Partidos de oposição acionam STF contra regras para privatização da Eletrobras

Partidos de oposição reclamam de MP sobre privatização da Eletrobra

Partidos de oposição apelaram ao STF (Supremo Tribunal Federal) para barrar regras da Medida Provisória 1.031, que trata da privatização da Eletrobras.

Na ação conjunta, o Partido dos Trabalhadores reclama que a proposta não poderia ser apresentada via medida provisória, já que não preenche, segundo o partido, o requisito de urgência e relevância. Isso porque o texto seria quase que idêntico ao Projeto de Lei 9.643 de 2018, que trata da privatização da estatal.

“A Presidência da República não se desincumbiu da obrigação de comprovar tecnicamente a urgência que lhe impulsiona legitimidade para o uso da edição de uma Medida Provisória com tamanho impacto para a sociedade, para o patrimônio, a soberania nacional e com desdobramentos na economia brasileira, mesmo ciente de que seus atos necessitam de conversão legislativa em caráter definitivo”, escreve o PT.

As siglas também apontam atropelo a prerrogativas dos congressistas, “uma vez que usurpa a competência do Congresso Nacional para apreciar a questão, tendo a medida força de lei, produzindo efeitos automaticamente no ordenamento jurídico”.

O PDT também argumenta que já existem propostas em andamento no Congresso Nacional, uma delas encaminhada pelo ex-presidente Michel Temer, o que tornaria desnecessária a caracterização de urgência no assunto. Aponta “uma tentativa de fraudar a tramitação daquelas proposições”.

O relator sorteado para analisar as ações foi o ministro Nunes Marques.

EXPECTATIVA DO GOVERNO

O Ministério das Minas e de Energia afirmou que a arrecadação com a venda da Eletrobras poderá passar de R$ 50 bilhões. O presidente da República, Jair Bolsonaro, anunciou o envio da proposta ao Congresso em 23 de fevereiro.

A venda do controle da empresa está condicionada à aprovação da medida provisória. Segundo o ministério de Minas e Energia, a modelagem poderá ser realizada enquanto o Congresso discute a capitalização. Esses estudos devem levar cerca de 8 meses, de acordo com a pasta.

Confira a matéria no Poder 360

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