Além de colocar em xeque a política externa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na região, o envolvimento do Brasil na tensão política da Venezuela também pode respingar em fatores internos. Para analistas ouvidos pela reportagem, o tema pode ser levado em consideração pelos brasileiros e aumentar a rejeição do PT nas eleições municipais de outubro.
Com um alinhamento histórico a ditaduras latino-americanas, o PT voltou a evidenciar essa aproximação ao reconhecer a reeleição fraudada do ditador venezuelano, Nicolás Maduro. Em nota assinada pela Nacional Executiva, a legenda parabeniza o autocrata e celebra a “jornada pacífica, democrática e soberana” do processo eleitoral no país.
Tal posicionamento evidenciou um racha na legenda e também no governo, com figuras se opondo à declaração do partido do presidente Lula. Na avaliação de especialistas, o declarado apoio do PT a Maduro pode boicotar os candidatos da legenda e os apoiados por ela durante as disputas municipais, sobretudo nas principais capitais dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Goiás.
“Nas regiões com menos habitantes esse é um tema que não entra tanto e a disputa é muito local, mas nas regiões com mais de 100 mil habitantes pode prejudicar bastante [os candidatos apoiados por Lula] porque é um tema que oposição vai usar contra ele”, pontua a cientista política Deysi Cioccari.
Além disso, Vito Villar, analista de política internacional da BMJ Consultores Associados, pontua ainda que a política externa é um tema de interesse dos brasileiros e que pesa em períodos eleitorais. Discussões envolvendo a Venezuela, contudo, têm um peso depreciativo e devem pesar contra Lula e seu partido.
“Uma coisa que a gente tem no governo atual – e que não teve nos dois primeiros mandatos do presidente Lula e no próprio governo Dilma – é o custo político interno de você ser abertamente favorável ao Nicolás Maduro. Acho que não tem nenhum país no mundo hoje que carregue uma visão tão negativa na visão da opinião pública brasileira quanto a Venezuela”, pontua Villar.
Ditadura na Venezuela é vista como negativa pelos brasileiros
Vito Villar explica que assuntos sobre política externa começaram a ganhar maior peso entre os brasileiros. “Dificilmente isso acontece em nações em desenvolvimento. Mas, por algum motivo, o eleitorado brasileiro está tendo um olhar bastante atento para o que acontece na política externa”, observa.
Lula ajudou a “popularizar” assuntos internacionais ao cometer erros diplomáticos gritantes que causaram indignação e repulsa entre muitos brasileiros. Entre eles estão a comparação que fez no ano passado da guerra de Israel contra o terrorismo com o Holocausto, e a afimação enviesada de que a Ucrânia era tão culpada quanto a Rússia pela invasão de 2022.
Após voltar ao poder, uma das primeiras ações de Lula foi restabelecer o relacionamento diplomático com a Venezuela, que havia sido interrompido pelo seu antecessor, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O petista ainda recebeu o ditador venezuelano no país e defendeu o regime chavista.
Na ocasião, disse que a Venezuela era vítima de uma “narrativa de antidemocracia e autoritarismo”. A declaração rendeu a Lula críticas de opositores, mas também de aliados esquerdistas, como o então presidente da Argentina Alberto Fernandéz e Gabriel Boric, presidente chileno. Para especialistas ouvidos pela reportagem, o tema tem virado consenso para os brasileiros.
“[A situação na Venezuela] é um tema que já foi muito polarizado no Brasil, mas hoje eu acredito que não é mais. É um tema que tem uma visão negativa pura e simplesmente”, avalia Villar. Conforme relembra o especialista, até mesmo uma base petista e membros do governo discordam do posicionamento de Lula e do PT sobre a situação política na Venezuela e sobre Nicolás Maduro.
Governo tem cautela, mas PT reconhece vitória de Maduro em eleições marcadas por irregularidades
Na última segunda-feira (29), o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela anunciou a reeleição do ditador Nicolás Maduro com 51% dos votos. De acordo com o CNE, a apuração de 80% das urnas já apontava para um resultado “irreversível”. Para o órgão, o segundo lugar no pleito ficou com Edmundo González, da Plataforma Unitária Democrática (PUD), o principal nome da oposição, com 44% dos votos.
Os resultados, contudo, foram divulgados sem a devida comprovação e são contestados pela oposição e por outros países. Desde então, o regime chavista tem sido pressionado a divulgar atas eleitorais que comprovem os resultados anunciados pelo CNE. Mas não há expectativa de quando elas serão divulgadas e se isso realmente irá acontecer. A suspeita sobre os números ganhou ainda mais peso depois que o site da autoridade eleitoral foi retirado do ar, inviabilizando o acesso aos documentos eleitorais.
Devido à falta de comprovação, o Brasil optou por esperar para se posicionar oficialmente sobre o resultados das eleições. Em nota, o Ministério das Relações Exteriores afirmou que aguarda “a publicação pelo Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE) de dados desagregados por mesa de votação”.
O Palácio do Planalto se uniu a México e Colômbia para se posicionar sobre o tema. “Acompanhamos com muita atenção o processo de escrutínio dos votos e fazemos um chamado às autoridades eleitorais da Venezuela para que avancem de forma expedita e divulguem publicamente os dados desagregados por mesa de votação. As controvérsias sobre o processo eleitoral devem ser dirimidas pela via institucional. O princípio fundamental da soberania popular deve ser respeitado mediante a verificação imparcial dos resultados”, diz o documento assinado por Lula e os presidente do México e Colômbia.
Apesar do posicionamento cauteloso adotado pelo Brasil oficialmente, o PT foi na direção oposta e reconheceu a reeleição de Maduro. O presidente Lula, filiado e fundador da legenda, tentou se esquivar das tentativas de enquadrá-lo no mesmo posicionamento. “Eu acho que o PT fez o que tem de fazer”, disse Lula após ser questionado pela nota divulgada pelo seu partido.
“O PT não tem de pedir para o governo para fazer as coisas. O PT é um partido que tem autonomia, embora seja o meu partido, não precisa pedir licença para mim: ‘Lula, eu posso fazer isso?’. Não. Faça o que você se sentir melhor fazendo. E o governo faz aquilo que se sente melhor fazendo”, afirmou o mandatário em entrevista à TV Centro América, filiada da TV Globo no Mato Grosso. Lula não reconheceu a reeleição de Maduro, mas voltou a fazer acenos ao regime chavista na mesma entrevista.
Apoio do PT a Maduro pode prejudicar candidatos nas eleições
O PT tenta se recuperar da derrota nas urnas nas últimas eleições municipais de 2020, quando não conseguiu eleger candidatos para nenhuma das capitais do país. Para as eleições de outubro, a legenda tem candidatos filiados em 11 capitais brasileiras.
Em busca de um resultado melhor no pleito, o Partido dos Trabalhadores já tem apostado, inclusive, no apoio a candidatos de centro e também de direita. A legenda ainda abriu mão de lançar candidatos próprios em todas as capitais e apoiar postulantes de partidos da mesma linha ideológica com a intenção de barrar aqueles que são apoiados por Bolsonaro.
O posicionamento de Lula sobre a Venezuela não deve definir os votos dos cidadãos, mas deve ter um peso na rejeição de candidatos petistas. A cientista política Deysi Cioccari avalia que os nomes apoiados pelo PT podem sair em desvantagem na corrida eleitoral. De acordo com ela, o reconhecimento do partido pela reeleição de Nicolás Maduro – em um processo marcado por manobras eleitorais e opressão à oposição – enfraquece a legenda.
“Entre os eleitores medianos, aquelas pessoas que não queriam votar no Bolsonaro e votaram no PT como uma alternativa, elas podem se questionar agora. Entre essas pessoas, pode ter uma perda de apoio”, pontua Cioccari. Na avaliação da especialista, as falas podem virar munição para a oposição na disputa eleitoral e enfraquecer os nomes apoiados por Lula e seu partido.
“Nesse momento, pode vir à tona aquele discurso muito forte dos anos 80 e 90, que dizia que o PT é comunista e quer colocar uma ditadura no Brasil. Isso funcionou muito e ainda funciona entre eleitores do ex-presidente Bolsonaro e é muito fácil de voltar para o resto da população. Então [o tema Venezuela] virou uma arma contra o PT e uma arma chancelada pelo Lula”, avalia a cientista política.
Tema da Venezuela é discordância entre petistas
Apesar do PT ter parabenizado o autocrata venezuelano pelo suposto novo mandato, Lula não reconheceu os resultados das eleições que deram a reeleição para Nicolás Maduro. O petista, contudo, tratou o processo eleitoral como democrático – ainda que em meio a denúncias de opressão à oposição e desclassificação de opositores. “Eu estou convencido que é um processo normal, tranquilo”, disse o mandatário.
As declarações não foram acompanhadas por parlamentares da legenda e nem partidos aliados. Guilherme Boulos (PSOL-SP), candidato de Lula para a prefeitura de São Paulo, evitou grandes comentários, mas disse que “acompanha com preocupação” a situação no país vizinho. O deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), ex-líder do partido na Câmara, divergiu de seu partido e afirmou que Maduro tem a “postura de um ditador”.
O líder do governo no Congresso, o senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), foi um dos que também se manifestou de maneira crítica ao que está acontecendo na Venezuela. A ministra do Meio-Ambiente, Marina Silva, também discordou do partido de Lula e afirmou que a Venezuela “não se configura como uma democracia”.
Para analistas, a Venezuela evidencia um racha na legenda e também no governo. “Existe um núcleo mais duro, onde está Gleisi, que sempre existiu ali dentro das estruturas do PT. Mas também existe uma ala mais moderada. Quando ele coloca o Haddad no Ministério da Fazenda, mas mantém a Gleisi do seu lado, isso mostra que Lula está oscilando entre esses dois lados”, avalia a cientista política Deysi Cioccari.
Cioccari pontua ainda que Lula tenta transitar entre esses dois lados ao enxergar a necessidade de um PT mais moderado para alcançar diferentes núcleos eleitorais, mas que os atuais posicionamentos sobre a Venezuela evidenciam seu lado extremista. “O PT é um partido vertical e o Lula manda em tudo no partido”, pontua a especialista.
Nesse sentido, apesar da tentativa de Lula em se esquivar da nota da legenda, os analistas ouvidos pela reportagem acreditam que é difícil afastar o mandatário brasileiro dos posicionamentos adotados pelo partido que ele fundou.
A reportagem buscou o posicionamento do PT e da assessoria da deputada e presidente do partido, Gleisi Hoffmann, mas não obteve retorno.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/republica/custo-venezuela-apoio-de-lula-a-maduro-pode-aumentar-rejeicao-ao-pt-nas-eleicoes-municipais/
STF expande “Inquérito das Fake News” para além de seus limites originais
A abertura de novo inquérito no STF contra Allan dos Santos por difamação contra outra jornalista reforça uma tendência de expansão do Inquérito 4.781 (ou “Inquérito das Fake News”) para fora dos seus limites originais.
Aberto sob controvérsia em 2019 com o objetivo anunciado de reprimir “notícias fraudulentas, denunciações caluniosas, ameaças” e crimes contra a honra praticados contra ministros do STF (objeto que, de já tão amplo, rendeu a alcunha de “Inquérito do Fim do Mundo”), o inquérito vem sendo utilizado para atender às demandas de outros órgãos ou indivíduos para além do STF.
1) Jornalista
O novo procedimento investigatório aberto na quinta-feira (1º), numerado como Inquérito 4970, atendeu a pedido da jornalista Juliana Dal Piva, colunista do ICL Notícias e uma das fundadoras da Agência Lupa. O fato investigado é a divulgação por Allan dos Santos, em junho, de supostas capturas de tela de mensagens atribuídas à jornalista, as quais ela afirma serem falsas.
Em resposta, a jornalista peticionou ao STF afirmando ser alvo de “campanha difamatória e misógina” na qual “se engajaram nomes conhecidos da extrema direita”. Pediu que os fatos fossem investigados sob a relatoria do ministro Alexandre de Moraes no Inquérito 4.781.
Sem cargo público, Allan dos Santos não tem foro no STF; em regra, eventuais investigações criminais contra ele devem tramitar junto a juízes de primeira instância. No entanto, a jornalista justificou o pedido sob o argumento de que as publicações de Allan dos Santos também vitimariam “servidores da Polícia Federal e o Ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes”.
As supostas mensagens divulgadas por Santos tinham como assunto investigações em tramitação no STF contra Filipe Martins, ex-assessor de Bolsonaro. Nas publicações, Santos insinua que a Polícia Federal e o ministro Alexandre de Moraes (envolvidos nas investigações) teriam conhecimento de que Martins seria inocente e buscavam condená-lo apesar disso, por supostas motivações políticas.
A argumentação convenceu o Procurador-Geral da República, Paulo Gonet, que consentiu com a abertura de inquérito no STF “para apurar se há uma atuação coordenada” para “interferir no curso de investigação criminal em trâmite” no STF mediante a técnica de “difundir informações falsas”. Citando esse parecer da PGR, o ministro Alexandre de Moraes determinou a abertura do inquérito requerido pela jornalista.
2) Primeira-dama e presidente da República
Em dezembro de 2023, quando a primeira-dama Janja da Silva teve a conta invadida na rede social X (antigo Twitter), a investigação foi atribuída ao STF, tendo o ministro Alexandre de Moraes autorizado operações de busca e apreensão. Nenhum dos investigados tinha foro privilegiado a justificar que o caso tramitasse no tribunal.
Embora os autos do inquérito sejam sigilosos, fontes da Polícia Federal afirmaram à CNN Brasil que o caso tinha sido distribuído sem sorteio ao ministro Moraes por prevenção ao Inquérito das Milícias Digitais, um dos inquéritos-filhos do Inquérito das Fake News. Teria sido alegado pelos membros da PF que o presidente Lula também foi insultado nas publicações feitas pelo hacker, o que caracterizaria um ataque ao Estado democrático de direito – concepção nova, jamais aplicada antes no Inquérito para falas contra o chefe do Executivo no governo anterior.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/ideias/stf-expande-inquerito-fake-news-alem-seus-limites-originais/
A briga do Congresso para manter a farra das emendas
Praticamente toda a cúpula do poder em Brasília está enfiada em uma batalha sobre o controle de parte nada desprezível do Orçamento da União, um novo capítulo de uma disputa que já dura ao menos cinco anos. O Supremo Tribunal Federal não está nada satisfeito com as explicações do Congresso Nacional, do Tribunal de Contas da União, da Advocacia-Geral da União, da Controladoria-Geral da União e da Procuradoria-Geral da República sobre mecanismos para dar transparência aos repasses de emendas parlamentares, com direito a bronca do ministro Flávio Dino em uma reunião de conciliação. “Eu não consegui entender, imagine o cidadão, que é dono do dinheiro”, queixou-se o ministro, relator de uma ação em que a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) pede a suspensão das “emendas Pix”.
Em 2019, os congressistas descobriram uma forma de subverter um tipo específico de emendas, chamadas RP-9, ou “emendas de relator”. Elas foram infladas até representar mais que o dobro das emendas individuais e de bancada, ainda por cima sem respeito algum à isonomia entre parlamentares, com todo tipo de negociata e favorecimento que esse procedimento permite. No fim de 2022, o STF decidiu que as RP-9 eram inconstitucionais, não sem antes ter pedido ao Legislativo, sem sucesso, que estabelecesse formas de dar transparência ao que ficara conhecido como “orçamento secreto”. Mas o Congresso, uma vez tendo saboreado o poder de decidir o destino de mais alguns bilhões de reais, não desistiria tão facilmente.
As “emendas Pix” são um desafio aos princípios constitucionais que regem a administração pública e estão elencados no artigo 37 da Carta Magna
Logo os parlamentares encontraram outro instrumento que servia muito bem a seus interesses: um tipo particular de emenda individual, chamado “emenda individual de transferência especial”, que dispensa o detalhamento tradicional exigido de emendas parlamentares sobre que obra, serviço ou projeto deve receber o dinheiro: em vez disso, o deputado ou senador simplesmente indica que prefeitura ou governo estadual receberá o valor, que poderá usar praticamente como bem entender. A supersimplificação rendeu a esse procedimento o nome de “emenda Pix”, que rapidamente se tornou parte relevante de todo o dinheiro que o Congresso resolve tomar para si na forma de emendas: hoje, as “emendas Pix” representam dois terços do total de emendas que não são obrigatoriamente destinadas à área da saúde.
Repasses sem destinação definida, sem transparência, sem nem sequer prestação de contas, são um desafio aos princípios constitucionais que regem a administração pública e estão elencados no artigo 37 da Carta Magna. Em ano eleitoral, prefeitos candidatos à reeleição estão tendo seu orçamento turbinado graças a “emendas Pix” de seus aliados no Congresso. Esse tipo de situação já vinha sendo criticado por alguns parlamentares preocupados com a correta aplicação dos recursos públicos; já outros passaram a adotar um discurso de defesa da transparência apenas para não correr o risco de ver as “emendas Pix” terem o mesmo fim das emendas de relator. O presidente da Câmara, Arthur Lira, por exemplo, agora promete “fazer a emenda Pix com um objeto determinado”.
Mesmo que, por algum milagre brasiliense, os parlamentares de fato decidam jogar luz sobre as emendas Pix, o principal problema ainda estará longe de ser resolvido. O enorme poder que o Legislativo tem sobre uma parcela significativa do Orçamento não tem paralelo no Ocidente: em 2024, o Congresso decidiu o destino de 20% dos recursos livres, aqueles que não têm destinação definida por determinação constitucional ou outras regras – em comparação, esse porcentual é de 2,4% nos Estados Unidos e menos de 1% em Portugal, Coreia do Sul e França. Isso cria uma distorção na democracia, pois o governo eleito pelo povo (qualquer governo, de esquerda, de direita ou de centro) é deixado quase sem dinheiro para botar em prática o plano que os eleitores resolveram endossar. As emendas parlamentares não precisam deixar de existir, mas precisam ser repensadas em seu tamanho e seu uso.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/editoriais/congresso-stf-emendas-pix/
STF transforma cabeleireira em ré por crimes inventados
A cabeleireira Débora Rodrigues dos Santos virou ré no Supremo Tribunal Federal (STF). Ela não tem prerrogativa de foro, não é senadora, não é ministra de Estado, devia estar na primeira instância, mas está no Supremo. Ninguém consegue entender por quê. O STF aceitou a denúncia contra ela – que foi presa há 483 dias – por associação criminosa armada, abolição violenta do Estado de Direito, golpe de Estado e dano qualificado.
A arma? Um batom de pintar os lábios. Abolição violenta do Estado de Direito? Ainda é preciso saber onde e como. Golpe de Estado? Não foi abolido o Estado de Direito, não houve golpe de Estado. Dano qualificado? Não restou nada do batom na estátua da deusa da justiça, da Têmis, porque lavaram logo. Talvez pudesse haver alguma acusação sobre direitos autorais, porque ela escreveu uma frase que se tornou famosa quando saiu da boca de um ministro de Supremo lá em Nova York, o “perdeu, mané”. Para comparar, Paulo Maluf, que foi condenado por crimes durante a prefeitura de São Paulo, pegou sete anos.
Kamala Harris escolhe vice ainda mais radical
Ainda estou chocado com o assassinato do Vinícius, com sete meses de gestação, e por isso me chamam atenção as declarações da candidata à presidência dos Estados Unidos Kamala Harris, declarando que a pessoa tem de ser muito woke, em referência a essa cultura esquisita que não consegue encontrar base na razão, na lógica. Agora, ela escolheu um vice: Tim Walz, ex-governador de Minnesota. Como governador, ele era pró-aborto, e assinou uma lei legalizando a maconha para fins recreativos no estado. É com isso que os americanos estão lidando.
Militares venezuelanos esqueceram o dever de lealdade ao povo
E com que os venezuelanos estão lidando? O candidato da oposição, Edmundo González, foi declarado vencedor por Estados Unidos, Panamá, Argentina e Uruguai, que reconheceram o resultado divulgado pela oposição, que fez a leitura de 80% das atas, que davam 66% para González e só 30% para Nicolás Maduro. Mas o resultado oficial é outro: 52% para Maduro.
A oposição pediu para que os militares e policiais ficassem ao lado do povo e das famílias. Mas o general chefão dos militares, o ministro da Defesa, Vladimir Padrino López, declarou absoluta lealdade a Maduro. É um erro de formação, um erro estratégico, movido por um casuísmo imediatista, porque o militar não tem lealdade a uma pessoa. Ele não aprendeu isso na academia militar. Ele deve lealdade à nação, aos valores da nação.
Os militares de Bangladesh não caíram nessa. Cansaram de manter no poder uma chefe de governo que está lá há 15 anos e que herdou o poder do pai. Permitiram que os estudantes entrassem no palácio e tirassem a primeira-ministra Sheikh Hasina de lá. Só a ajudaram a entrar no helicóptero e mandaram embora. Não ficaram o tempo todo no erro. Porque errar é humano, agora perseverar no erro é diabólico. Diz-se em latim: Errare humanum est, perseverare autem diabolicum.
Lula continua ignorando pedido de ex-presidentes latino-americanos
E Lula, será que está desprezando 30 ex-presidentes de fala espanhola da América Latina e o ex-primeiro-ministro da Espanha José María Aznar? Ele e ex-presidentes do México, do Peru, da Colômbia, da Argentina, do Paraguai, do Panamá e do Chile assinaram uma carta dizendo esperar que Lula se movimente para que haja democracia na Venezuela. Eles identificam Lula como protetor de Maduro, por isso fazem esse pedido. Até o momento em que fiz a gravação, não vi uma resposta de Lula. Talvez ele tenha pedido para alguém redigir algo em resposta, porque é preciso. O povo venezuelano – pelo menos a maior parte dele, dois terços – espera isso.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/alexandre-garcia/stf-cabeleireira-denuncia-8-de-janeiro/
Venezuela, um país sequestrado por um ditador
Peço licença dos temas do agro, nesta semana, para tratar do absurdo que temos acompanhado, desde o último final de semana, na Venezuela.
Em uma eleição com ares de fraude, o atual presidente Nicolás Maduro foi considerado eleito pelo Conselho Nacional Eleitoral, com 51,2% dos votos. Isso apesar do órgão não ter divulgado o total de votos, nem liberado as atas eleitorais mais de 72 horas após o pleito, prazo limite. É algo impensável de se ver em democracias minimamente sérias.
A oposição contestou: disse que seu candidato, Edmundo González, venceu as eleições com mais de 70% dos votos, e que o atual presidente perdeu em todas as regiões.
Enquanto isso, uma onda de protestos invadiu as ruas das principais cidades venezuelanas. Durante as manifestações, um líder da oposição foi preso, doze pessoas foram mortas pelas forças de segurança de Maduro, e mais de setecentas estão detidas em diferentes regiões.
A repressão cresce e a contestação nos países vizinhos também. A Organização dos Estados Americanos (OEA) questionou a demora na divulgação dos resultados detalhados.
E não parou por aí: o Secretário-Geral da entidade, Luis Almagro, prometeu pedir a prisão de Maduro no Tribunal Penal Internacional, em Haia, na Holanda, sob acusação de cometer um “ataque sangrento” contra manifestantes.
Pelo menos dezoito países e a União Europeia não reconheceram a vitória do chavista, que está no poder desde 2012. Entre eles, Argentina, Chile e Uruguai. O Brasil, para a surpresa de ninguém, não estava entre eles. O governo PT, como todos sabem, é um antigo aliado da gestão Maduro.
A Venezuela vive o pior tipo de ditadura. Aquela em que falar em eleições livres, transparência ou democracia é mero discurso para travestir um regime de exceção
Mesmo assim, até o Itamaraty pediu, logo após as eleições, que fossem divulgados os dados detalhados por mesa de votação. Isso apesar da fala absurda do Presidente Lula, de que “não tem nada de grave” no processo, mesmo com os atrasos e a total falta de transparência.
Já o PT prefere, mais uma vez, negar a realidade de pobreza e crise humanitária vivida pela população venezuelana. O partido divulgou uma nota em que reconhece o resultado das eleições, e tratou Maduro como “reeleito”.
Não é de hoje que os petistas flertam abertamente com ditaduras, como aquela imposta à Venezuela por Maduro e por seu antecessor, Hugo Chávez. O PT é um contumaz apoiador de esquerdistas que têm tanto apreço pelo poder que querem se eternizar nele – como Evo Morales já tentou, na Bolívia, e os irmãos Castro, em Cuba.
Na Venezuela, a situação é tão grave que o estado de Roraima, há anos, tornou-se uma área de recepção de pessoas que fogem do regime chavista. A Operação Acolhida, do governo brasileiro, já recebeu mais de 125 mil migrantes e refugiados daquele país.
Maduro, por sua vez, diz que o Tribunal Supremo de Justiça decidirá o destino das eleições. Uma corte que sofreu várias reformas do presidente venezuelano e que, hoje, recebe críticas e é acusada de aparelhamento para silenciar e punir opositores.
O Centro Carter, que já observou mais de 100 eleições em 43 países, disse que o pleito da Venezuela “não pode ser considerado democrático”, por não obedecer a “parâmetros e padrões internacionais para processos eleitorais”. Eles também pediram a divulgação detalhada dos resultados.
No Senado Federal, a senadora Tereza Cristina vai chamar o assessor especial da Presidência Celso Amorim e a embaixadora do Brasil na Venezuela, Gilvânia Maria de Oliveira, para prestar esclarecimentos. Um deles é saber por que o Itamaraty não se solidarizou com os sete países que tiveram embaixadores expulsos por Maduro, após suas nações terem contestado o resultado das eleições.
Fica muito claro que a Venezuela, há mais de dez anos, vive uma ditadura de esquerda que ocupa espaços no Legislativo e no Judiciário, além de outros setores, para sequestrar o Estado aos seus caprichos e interesses, e impedir mudanças ou qualquer rotatividade no poder.
A Venezuela vive o pior tipo de ditadura. Aquela em que falar em eleições livres, transparência ou democracia é mero discurso para travestir um regime de exceção.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/pedro-lupion/venezuela-um-pais-sequestrado-por-um-ditador/
Lula pode antecipar indicação de novo presidente do Banco Central, aponta líder do governo
O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), afirmou que o Executivo avalia antecipar a indicação do novo presidente do Banco Central em vez de deixar mais para o final do ano. O mandato do atual chefe, Roberto Campos Neto, termina em dezembro.
Campos Neto foi indicado ainda durante o governo de Jair Bolsonaro (PL) e é alvo constante de ataques do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por conta da taxa básica de juros – mantida em 10,5% na reunião da semana passada e sem previsão de começar a ser reduzida.
“Hoje, todo mundo no Banco Central, mesmo quem está na direção, pelo que eu ouço, acha melhor indicar [o presidente], porque um Banco Central trabalha com expectativa de futuro. Pelo que estou sentindo, a maioria das pessoas entende que é bom indicar, mas tudo tem que ser combinado”, disse Wagner a jornalistas no Senado.
A menção a “tudo tem que ser combinado” se dá por conta de se fechar um acordo para realizar a sabatina do indicado por Lula no Senado. Há a expectativa de que o presidente indique o sucessor do Banco Central em outubro, mas isso irá coincidir com a realização das eleições municipais que, de praxe, esvaziam os corredores do Congresso.
A sabatina no Senado é feita pelos integrantes da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), que depois encaminham a votação ao plenário.
Entre os mais cotados para assumir a vaga é o economista André Galípolo, que foi o secretário-executivo do Ministério da Fazenda antes de ser sugerido pelo ministro Fernando Haddad, da Fazenda, para ocupar a diretoria de Política Monetária do BC.
Galípolo, no entanto, já deu sinais de que tem compromisso com a vigilância sobre a inflação e afirmou recentemente que o Banco Central pode ajustar a taxa básica de juros se necessário – uma indicação de que não deve se dobrar às críticas de Lula para baixar a Selic se for indicado e aprovado para a presidência da autoridade monetária.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/economia/lula-antecipar-indicacao-novo-presidente-banco-central/
Israel promete matar Yahya Sinwar, novo líder político do Hamas
As Forças de Defesa de Israel (FDI) e o Ministério das Relações Exteriores do país prometeram nesta terça-feira (6) matar Yahya Sinwar, escolhido pelo grupo terrorista palestino Hamas como novo líder político após a morte do antecessor, Ismail Haniyeh.
“Yahya Sinwar é um terrorista, responsável pelo ataque terrorista mais brutal da história – em 7 de outubro”, declarou o porta-voz das FDI, Daniel Hagari, em entrevista à rede de televisão Al Arabiya.
“Há apenas um lugar para Yahya Sinwar, que é ao lado de Mohamed Deif”, acrescentou, referindo-se ao comandante-chefe do braço armado do Hamas, que foi eliminado em um bombardeio israelense realizado no dia 13 de julho na Faixa de Gaza.
O ministro das Relações Exteriores israelense, Israel Katz, afirmou que “a nomeação do arqui-terrorista Yahya Sinwar […] é outro motivo convincente para eliminá-lo rapidamente e varrer essa organização vil da face da terra”.
As declarações foram feitas após o Hamas – que controla de fato a Faixa de Gaza e é considerado uma organização terrorista por Israel, Estados Unidos e União Europeia – ter anunciado que havia escolhido Sinwar, chefe do grupo terrorista dentro do enclave palestino, como seu principal líder político para substituir Haniyeh, morto há uma semana em Teerã, em um ataque atribuído a Israel, que não assumiu a autoria.
“A escolha de Sinwar como líder do movimento é uma mensagem para a ocupação [israelense] de que suas ameaças não assustam os líderes da resistência e não afetarão as decisões”, disse Taher al Nono, assessor de imprensa do escritório político do grupo terrorista Hamas, à rede Al Jazeera, do Catar.
A Jihad Palestina, outro grupo terrorista que atua em Gaza, parabenizou o Hamas pela decisão, dizendo que era “uma forte mensagem para o inimigo sionista de que o Hamas continua forte e coeso, e que o inimigo não afetou sua estrutura apesar da guerra de extermínio”.
Sinwar, que estaria escondido em túneis em Gaza, representa a linha mais dura e beligerante do grupo e é considerado o mentor dos ataques de 7 de outubro de 2023 contra Israel, que deixaram 1,2 mil mortos, 251 sequestrados e desencadearam a guerra.
Desde então, ele tem sido o homem mais procurado por Israel.
A escolha de Sinwar, até então líder político e militar do Hamas na Faixa de Gaza, confirma a mudança estratégica no grupo terrorista, com o lado militar sobrepujando o político, além de colocar em risco as negociações de cessar-fogo, nas quais defende uma postura mais linha-dura, em comparação com Haniyeh, considerado “mais pragmático”.
Porém, Taher al Nono Nono afirmou que a comunicação entre Sinwar e a delegação de negociação do Hamas para um cessar-fogo “está em andamento desde o primeiro dia da batalha” e que isso não representa um obstáculo para a implementação de acordos.
FONTE: GAZEAT DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/mundo/israel-promete-matar-yahya-sinwar-novo-lider-politico-do-hamas/
Lula cai… Aprovação baixa, impeachment próximo
Segundo análise de Gustavo Gayer, a queda nas pesquisas de aprovação do desgoverno de lula o aproximam perigosamente do limite conhecido para que não leve um pé na bunda: 30%.
O impeachment, depois disso é inevitável.
O início do fim da estocadora de vento dilma foi quando sua aprovação desabou para 31%.
O tal ‘piso do PT’, de 30% de aprovação, determina uma espécie de ponto de onde já não é possível a recuperação.
As últimas pesquisas, inclusive dos parceiros, como datafolha, indicam 35% de aprovação para lula.
Descontando-se o ‘otimismo’ remunerado dessas pesquisas, a coisa vai ficando cada vez pior para o picareta.
Essa é a razão da convocação de lula para uma reunião ministerial e emergencial: segurar o poder.
Lula vive entre duas realidades diversas: o mundo das mentiras de sua propaganda oficial e a realidade das ruas.
Não é novidade, quando se sabe que o arrogante homenzinho até deu aula pra Maduro sobre como construir narrativas para se manter no poder.
Na verdade, como ressalta Gayer, a maior parte da população brazuca, mais simples, não é afetada por questões ideológicas.
É afetada por algo muito mais prático: a falta de grana pra pagar luz, água, aluguel.
Isso é, realmente, o que determina a queda de um governante, aqui ou em qualquer lugar.
Nesse caso, a situação de lula é ainda pior:
52,4% dos brasileiros tem a percepção de que preços aumentaram no desgoverno em questão.
A economia que vai mal, somada às cagadas recorrentes de lula, um anão interna e externamente, que o levam agora a sair correndo pra apagar o incêndio de Maduro na Venezuela, ou sua inacreditável defesa de terroristas assassinos vão demolindo sua imagem de fantasia dentro da própria esquerda, que evidentemente não quer afundar junto a um demente.
Fritar haddad, e trocá-lo por outra incompetente, como gleisi hofmann, é só teatro e não vai dar em nada.
Lula está só.
Incompetente, não tem ninguém com capacidade ao seu lado, dentro de sua propinocracia, para salvar o país.
E nem é essa sua intenção, como se nota.
Sua prioridade agora é tirar o próprio cu da reta no caso Maduro, e evitar a prisão por seus crimes.
Com todo esse barulho, uma coisa é certa:
Não dorme maduro, não dorme lula.
FONTE: JCO https://www.jornaldacidadeonline.com.br/noticias/60936/lula-cai-aprovacao-baixa-impeachment-proximo
Toffoli reconhece erro material em decisão que envolve família e Moraes em aeroporto
Na terça-feira 6, o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), reconheceu um erro material em uma decisão que envolve a família Mantovani, Alexandre de Moraes e o filho do juiz do STF, no caso da confusão no Aeroporto de Roma, que ocorreu em julho de 2023.
Em um despacho no qual deu prazo aos Mantovanis para se manifestarem sobre denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), Toffoli disse que a família foi acusada pela PGR de “abolição do Estado Democrático de Direito”.
“Há razão à defesa, pois constou, equivocadamente do teor da imputação, alusão a tipo penal (art. 359-L, do Código Penal) que, apesar de ter constado dentre as hipóteses acusatórias da autoridade policial (durante as investigações), não foi secundado pela PGR na denúncia oferecida”, escreveu Toffoli. “Dessa forma, o despacho merece reparo.”
Toffoli, contudo, rejeitou o argumento do advogado Ralph Tórtima, que defende os Mantovanis, segundo o qual houve “omissão”, por parte do STF, no que diz respeito à liberação das imagens do Aeroporto de Roma.
Toffoli nega pedido dos Mantovanis para acessar imagens de aeroporto que envolvem Alexandre de Moraes
Na mesma decisão em que reconheceu o erro material, Toffoli negou o pedido de Tórtima para acessar as imagens originais, obter uma cópia e submetê-la a uma perícia independente.
Atualmente, o material pode apenas ser consultado no STF pela defesa, com horário marcado, e não pode deixar a sede do tribunal.
FONTE: REVISTA OESTE https://revistaoeste.com/politica/toffoli-reconhece-erro-material-em-decisao-que-envolve-familia-e-alexandre-de-moraes-em-aeroporto/?utm_source=pushnews&utm_medium=pushnotification
Suíte presidencial do hotel de Lula no Chile custa R$20 mil a diária. Veja fotos
De volta ao Brasil, o presidente Lula trouxe do Chile souvenir característico de todas as viagens internacionais que faz: amarga fatura das hospedagens sempre luxuosas. Entre domingo (4) e ontem (6), Lula e numerosa comitiva com 14 ministros desfrutaram das regalias do The Ritz-Carlton, hotel cinco estrelas de Santiago, entre os melhores do Chile em rankings especializados. A suíte presidencial do lugar oferece diversos mimos em 180 m² ao custo de US$3,5 mil, quase R$20 mil.
Mansão suspensa
A luxuosa suíte presidencial tem mesa para oito pessoas, escritório, ampla sala com poltronas, além de cozinha própria na unidade.
Dois é bom
O banheiro em mármore conta com hidromassagem para dois e pias duplas. Há ainda outro banheiro na unidade, igualmente luxuoso.
Tem de tudo
O hotel oferece serviços como esqui, ciclismo, noites de jantar temático, pacotes de spa, belíssima piscina, passeios de bicicletas etc, etc…
Open bar
Por cerca de R$300, Lula ainda pode desfrutar do famoso open bar de bebidas, com espumantes, pisco sour e, neste mês, vinhos selecionados.
Ministro das Comunicações, Juscelino Filho. (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados).
Ministro de Lula acusado de roubar emoção do ouro
Lula não viu problema em seu ministro Jucelino Filho (Comunicações) ser indiciado pela Polícia Federal por organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção passiva, mas considerou a pressão para demiti-lo ontem, por outras razões. Foi o desgaste da apropriação indébita e adulteração da foto histórica em que atletas americanas reverenciam a brasileira Rebeca Andrade, ouro na ginástica. O governo Lula usou imagens sem autorização para fazer propaganda de um projeto oficial.
Uso do cachimbo
O caso repercutiu no Congresso: para a oposição, as mãos suspeitas na PF de roubar o erário agora são criticadas por roubar imagem alheia.
Vale-tudo antiético
Ao cometer o desatino, a turma esperta do ministro Jucelino cumpriu o objetivo de dar visibilidade à sua propaganda.
Tudo errado
A montagem grosseira excluiu Rebeca da foto e usou as imagens de Simone Biles e Jordan Chiles na propaganda oficial do governo petista.
Poder sem Pudor
Sem desperdiçar munição
A política sempre produziu malucos. O ex-governador de Alagoas Silvestre Péricles, certa vez, recebia uma comissão que pretendia a criação de uma Faculdade de Filosofia quando puxou conversa com um dos presentes, padre Teófanes de Barros, educador emérito: “Veja, padre, que blasfêmia: meus inimigos espalham por aí que eu coloco os retratos deles no quintal do Palácio e fico treinando tiro ao alvo.” Homem gentil, o padre concordou: “Que calúnia, governador…” Silvestre seguiu: “Que besteira! Se fosse para atirar eu não ia ficar gastando munição em retratos. No dia que resolver, saio é atirando na bunda deles!”
Ignora que some?
Assim como Lula, o senador do PT Paulo Paim pediu “divulgação das atas” na Venezuela. Mencionou “democracia” 15 vezes no discurso de cinco minutos. Não falou “ditadura” nem “Nicolás Maduro” uma só vez.
Quem viu
Após a ONU finalmente admitir, após 10 meses, que nove funcionários do organismo estiveram envolvidos no ataque terrorista a Israel no 7 de outubro, o ex-deputado Roberto Freire cravou: “É uma vergonha”.
Olimpíada paralela
Internautas fazem enquete para saber qual ministério merece ouro pelo afano e adulteração da foto: Comunicações, por apagar Rebeca Andrade em montagem tosca, ou Esporte, por usar um macaco em post racista.
Sufoco a bordo
Caroline de Toni (PL-SC) passou por apuros enquanto ia para Joinville participar da convenção do PL. O motor do avião que levava a deputada falhou e a aeronave precisou fazer um pouso de emergência.
Frase do dia
“Vaia para quem deveria estar na cadeia cumprindo pena”
Deputado Marcel van Hattem (Novo-RS) sobre a “recepção” a Lula no Chile
Sempre nossa conta
Agosto mal começou e o total que o governo Lula torrou com viagens já supera R$914,4 milhões este ano, com 335 mil voos. Desse montante, quase R$144 milhões foram gastos com viagens internacionais.
Modus operandi
Lembrou agressão à jornalista Delis Ortiz, esmurrada por capangas do ditador Maduro, o tratamento dispensado por segurança de Lula no Chile, agredindo repórteres chilenas. Sindicatos, ONGs etc silenciaram.
Roubo protegido
As vaias no Chile a Lula dão certeza de que sua proteção ao ditador não agrada nem à atrasada esquerda brasileira. Mary Anastasia O’Grady, colunista do Wall Street Journal, foi certeira: enquanto o petista “está até o pescoço” na defesa da ditadura “o venezuelano tenta roubar a eleição.”
Meia furada
O bloqueio de R$500 milhões em verbas do Pé-de-Meia ocorreu só três dias após o governo Lula anunciar a ampliação do programa. O corte não parou por aí, o Ministério da Educação terá que bloquear R$1,3 bilhão.
Pergunta em Haia
Apoio cúmplice a ditadura sanguinária rende denúncia no Tribunal Penal Internacional?
Ditadura sequestra e prende chefe de campanha da oposição
Maria Corina Machado, liderança da oposição ao regime do ditador venezuelano Nicolás Maduro, denunciou que Maria Oropeza, diretora de campanha do também opositor Edmundo González, teve a casa invadida e foi presa.
Em vídeo divulgado no X, antigo Twitter, Maria Corina pede para que apoiadores se dirijam à casa da coordenadora da campanha. As imagens mostram a grade da casa da mulher sendo forçada em aparente tentativa de arrombamento.
“O regime acaba de levá-la à força e não sabemos aonde ela se encontra. Sequestraram ela! Peço a todos, dentro e fora da Venezuela, que exijam sua libertação imediata”, afirmou Corina no X.
Suplente pelo PT é presa em ação na Cracolândia
Entre as cinco pessoas presas preventivamente em operação na Cracolândia, no centro de São Paulo, está Janaína da Conceição, suplente de vereador pelo Partido dos Trabalhadores (PT) nas eleições de 2020.
A mulher é apontada como parceira de Léo do Moinho, liderança da facção criminosa PCC e que comanda o tráfico de drogas na região. Em nota enviada ao portal Uol, o PT disse “defender as investigações e que os culpados sejam punidos conforme a lei” e ainda disse que, à época da filiação de Janaína, não havia qualquer processo contra ela.
Com o nome de urna como Janaína Xavier, a mulher recebeu 238 votos. Para a campanha, Janaína recebeu R$27.883,50. A maior parte da direção municipal do PT, R$27.522,05. O restante, R$361,45, foi da campanha de Jilmar Tatto, que tentou se eleger prefeito.
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