O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), determinou que polícia legislativa investigue um gesto feito pelo assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência da República, Filipe Martins, durante sessão com o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo.
Nas imagens captadas pela TV Senado, o assessor junta os dedos indicador e polegar da mão direita, de forma arredondada, e passa sobre o paletó do terno. O senador Randolfe Rodrigues (AP) percebeu o gesto e comunicou Pacheco, que afirmou: “Pedirei à Secretaria-Geral da Mesa, igualmente à Polícia Legislativa, que identifiquem o fato apontado”.
Martins se manifestou sobre o caso via redes sociais. “Um aviso aos palhaços que desejam emplacar a tese de que eu, um judeu, sou simpático ao ‘supremacismo branco’ porque em suas mentes doentias enxergaram um gesto autoritário numa imagem que me mostra ajeitando a lapela do meu terno: serão processados e responsabilizados; um a um”, escreveu.
No Twitter, o Museu do Holocausto no Brasil afirmou que, nos Estados Unidos, o gesto – semelhante ao “OK” – é um símbolo empregado por militantes de extrema-direita. “Recentemente, o gesto foi classificado pela ADL (Liga Antidifamação), como um sinal utilizado por supremacistas brancos para se identificarem”.
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