Um ano após facada, apoiadores de Bolsonaro cantam ”parabéns”

(foto: Raysa Leite/AFP)

O presidente voltou a agradecer não apenas ao grupo que o esperava, mas também aos médicos da Santa Casa de Juiz de Fora (MG)

Um ano após ser vítima de uma facada durante campanha eleitoral, o presidente Jair Bolsonaro foi recebido por apoiadores que cantaram “parabéns” do lado de fora do Alvorada, na manhã desta sexta-feira (6/9). O presidente voltou a agradecer não apenas ao grupo que o esperava, mas também aos médicos da Santa Casa de Juiz de Fora (MG) — primeiro lugar onde ele foi atendido em emergência antes de ser transferido ao Albert Einstein, em São Paulo.

“Hoje é meu aniversário, nascido em Juiz de Fora. Muito obrigado, Santa Casa de Juiz de Fora, estou vivo graças a Deus e dirigindo com a graça de Deus o destino dessa nação”, disse Bolsonaro. Logo em seguida, o presidente completou: “7 de setembro é amanhã, quero todo mundo de verde e amarelo. Vamos comemorar a nossa data, nossa independência”.

Apesar de falar com a imprensa na saída do Planalto durante a manhã, Bolsonaro disse, nesta sexta-feira (6/9) que só falaria sobre dois assuntos: o aniversário e as comemorações do 7 de setembro. Na quinta-feira (5/9), o presidente escolheu o subprocurador Augusto Aras para comandar a Procuradoria-Geral da República (PGR) no lugar de Raquel Dodge. A decisão foi criticada tanto pelos apoiadores do presidente quanto pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR).

Facada

Por volta das 16h de 6 de setembro de 2018, o então candidato, durante um ato em Juiz de Fora, levou uma facada de Adélio Bispo de Oliveira, 41 anos. Atingido na altura do abdômen, Bolsonaro passou por três cirurgias: sendo uma feita na Santa Casa de Juiz de Fora, onde foi atendido em emergência, e outras duas já no Hospital Albert Einstein. Ele ficou internado por mais de 30 dias. Outra cirurgia está marcada para este domingo (8/9).

O autor do crime foi preso em flagrante. Ele confessou ser autor da facada e disse que agiu sozinho. Em junho, a Justiça entendeu que Adélio tem doença mental e não pode ser punido criminalmente.

Bolsonaro criticou o papel da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) durante o processo e chegou a dizer que “um dia, se o presidente da OAB quiser saber como é que o pai dele desapareceu no período militar, eu conto pra ele”. A afirmação foi repudiada por muitos órgãos e criou uma intriga entre o chefe do Executivo e Felipe Santa Cruz.

Confira matéria do site Correio Braziliense.

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