Cândido Albuquerque ainda criticou o processo eleitoral e disse que mudá-lo será prioridade da sua gestão
Candidato que recebeu a menor quantidade de votos em consulta pública entre estudantes, professores e servidores para assumir a reitoria da Universidade Federal Ceará (UFC), Cândido Albuquerque, acabou sendo o escolhido para o cargo pelo presidente Jair Bolsonaro. O advogado e então diretor da Faculdade de Direito da UFC afirmou que a oposição a ele é “pequena”.
“É um número muito pequeno de pessoas contra. A Universidade é plural. É claro que há uma insatisfação, não existe unanimidade, mas eu vou estender a mão para essa pequena parcela da oposição em busca de união”, afirma o novo reitor da UFC. Albuquerque frisou ainda que “não foi escolhido para ser líder político”.
Na consulta pública, o mais votado foi o então vice-reitor da UFC, Custódio Luís Silva de Almeida, com 7.772 votos. Cândido ficou em terceiro lugar com 610 votos. O segundo colocado, Antônio Gomes de Souza Filho, chegou a receber 3.499 votos. Cândido também não foi o mais votado na elaboração da lista tríplice. Ele ficou em segundo lugar na definição feita pelo Conselho Universitário (Consuni) e enviada a Bolsonaro para a decisão final.
Ao Sistema Verdes Mares, o reitor nomeado criticou o processo eleitoral e afirmou que será sua prioridade trabalhar para mudar o pleito. “Essa eleição direta [consulta pública] ao invés servir para buscar um gestor para a universidade você trava uma batalha ideológica e gera disputa política. Nós precisamos rever esse processo. Desde o começo da minha campanha eu me posiciono contra esse processo.
Cenário
Em meio a conjunta de cortes e bloqueios de verbas na educação em todo o País, o novo reitor da UFC afirma que é preciso diálogo. “Os cortes começaram após as eleições de 2014, então é uma realidade que temos que buscar alternativas e adotar medidas internas e mudar para investir em pesquisa. Não vamos fazer confronto, vamos fazer diálogo”, pondera Cândido Albuquerque.
Questionado sobre os planos para os quatro anos de gestão, o professor frisou a importância da inovação. “A universidade como é hoje não está focada em empreendedorismo e inovação. Os alunos atualmente estão se preparando para profissões que daqui a dez anos nem vão existir mais. Temos que focar em inovação e internacionalização.
O programa Future-se, que foi rejeitado pelo Consuni da UFC ainda na gestão de Henry Campos, no último dia 14 de agosto, será avaliado pelo gestor. “Não pode ser contra ou a favor de um projeto que não está finalizado. Nós precisamos ajudar a construir esse projeto”, afirma Albuquerque.
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