Embarcações estão paradas no Porto de Paranaguá, sem combustível. Estatal de petróleo teme sofrer retaliações dos Estados Unidos
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, determinou, na noite de quarta-feira (24/7), que a Petrobras abasteça navios iranianos que estão ancorados no Porto de Paranaguá, no Paraná. A estatal de petróleo se recusou a mandar o combustível temendo retaliações dos Estados Unidos.
A Petrobras alega que as empresas responsáveis pelas embarcações estão na lista das que sofrem sanções do governo norte-americano. A companhia informou que ela mesmo poderia ser alvo de sanções caso abastecesse.
Os navios estão carregados com 50 toneladas de milho, que devem ser levados ao país persa. Além disso, devem ser carregados com mais 60 toneladas. A carga está avaliada em R$ 100 milhões.
De acordo com Toffoli, a empresa brasileira Eleva Química, responsável pelas embarcações, não sofre sanções e não existe motivo para impedir o abastecimento. Ainda de acordo com o ministro, os EUA não aplicarão sanções ao Brasil por conta do abastecimento ter sido realizado por força de decisão judicial.
Irã e Estados Unidos protagonizam a troca de ameaças e ações hostis no Oriente Médio. O conflito ganhou força quando os iranianos derrubaram um drone de vigilância dos norte-americanos.
Em seguida, além das interceptações de navios no Estreito de Ormuz, um drone do Irã também teria sido derrubado na região. O presidente Donald Trump retirou seu país do acordo nuclear, então o Irã decidiu ultrapassar os níveis permitidos de enriquecimento de urânio, material usado na fabricação de armas nucleares.
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