Paisagista vítima de agressão chega à delegacia para prestar depoimento

Paisagista Elaine Caparroz chega para prestar depoimento na 16º DP — Foto: Henrique Coelho / G1

Polícia deve encerrar inquérito sobre espancamento de paisagista nesta segunda-feira. Delegada acredita na possibilidade de vítima ter sido dopada.

Elaine chegou acompanhada do advogado, Evandio Bianor dos Passos Filho, e de um casal de amigos que a hospedam em casa, no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio. Elaine foi violentamente espancada por quatro horas no apartamento onde mora na Barra da Tijuca, na madrugada de sábado (16). O suspeito de cometer as agressões, Vinícius Serra, 27 anos, está preso por tentativa de feminicídio.
A delegada afirmou que já tinha ouvido informalmente da própria vítima a possibilidade de ter sido dopada. A chance de o crime ter sido motivado por um sentimento de vingança da parte de Vinicius Serra também será questionada no depoimento.
“A possibilidade de ele ter dito a ela que gostaria de sentir a sensação de matar alguém. Eu preciso que ela me esclareça muitos pontos”, disse Belém.

Serra foi internado no setor psiquiátrico do Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, onde permanecia até a manhã desta segunda para a realização de exames.
A delegada disse ainda que há uma possibilidade real de Elaine ter sido dopada, como ela disse em entrevistas.
“Ela já havia me falado isso. Existem lapsos de memória. Ela lembra de determinado momento, e ele [Vinicius] a fazia voltar a si. Parece que é uma pessoa que se sentia satisfeita em ver o outro sofrendo”, avaliou Adriana.

Vingança pode ter motivado agressões

Elaine acredita que pode ter sido alvo de uma tentativa de vingança de Vinícius Serra. “Em algum momento ele falou pra mim: ‘Ah, eu gostaria da sua opinião’. Eu falei: ‘Sobre o quê?’. Ele falou assim: ‘Eu tenho um amigo que quer muito se vingar de alguém e ele pensa em matar essa pessoa. Nossa, meu amigo tá muito bravo! Ele quer realmente matar. O que você acha disso?’. Eu falei: ‘Nossa, que conversa, né? Que conversa mais louca””, lembra Elaine, que deve prestar depoimento na 16ªDP (Barra) no início da tarde desta segunda-feira (25).
Ainda de acordo com a paisagista, uma agressão dessa não pode ter ocorrido de forma gratuita. “Não sei por que, mas eu achei muito estranho. Qual motivo de uma pessoa fazer isso gratuitamente? Eu não faço mal para ninguém. Deve ter algum motivo. Eu achei essas perguntas dele estranhas, por que ele ia perguntar isso? E por que ele fez isso comigo? Não sei. Talvez alguma rixa, não é? Mas não posso afirmar que seja com isso. Tem que ser investigado porque eu acho que é uma agressividade gratuita, ele quase me matou, eu quase morri”, afirmou.

Confira matéria do Site do G1.