Associação tenta criar Centro de Conservação para salvar tatu-bola

Quem quiser ajudar na preservação do tatu-bola, pode acessar o site da Associação: www.caatinga.org.br FOTOS: Rodrigo Castro

A espécie que inspirou a criação do mascote da Copa do Mundo de 2014 perdeu 50% de sua população nas últimas três décadas devido à caça predatória e à perda de seu habitat natural. Agora ele corre risco de extinção

O tatu-bola, espécie encontrada na Caatinga, único bioma genuinamente brasileiro, luta pela sobrevivência. A caça predatória e o desmatamento, que impacta na perda do seu habitat natural, fizeram com que a população da espécie, que inspirou a criação do “Fuleco”, mascote da Copa do Mundo de 2014, fosse reduzida pela metade nos últimos 27 anos, conforme estimativa da Associação Caatinga. Por causa disso, o animal passou do estado de conservação “vulnerável” para “em perigo”, o que indica extinção em curto prazo.
Com o objetivo de frear a redução sistemática, a Associação, referência nacional na luta pela preservação do bioma, lançou um financiamento coletivo para arrecadar R$ 100 mil necessários para construir o Centro de Pesquisa e Conservação do Tatu-Bola (CPCTB).

A médica veterinária Flávia Regina Miranda ressalta que a criação do Centro vai possibilitar uma rede de contato entre pesquisadores nacionais e internacionais.

“O tatu-bola ainda é pouco pesquisado. Então, a criação do Centro de Pesquisa vai maximizar os estudos em torno da espécie. Para preservá-lo, precisamos primeiro conhecê-lo”, acrescenta.

O espaço ajudará ainda nas atividades de pesquisa para a conservação do bioma Caatinga. Ele será implantado na Reserva Natural Serra das Almas (RNSA), localizada na cidade de Crateús, uma relevante área de Caatinga. “O tatu-bola será uma espécie de guarda-chuva. Preservando-o, outras espécies também serão beneficiadas, além do bioma. Nós vamos poder estudar insetos, plantas, solos, enfim. A área de atuação do Centro vai além do tatu-bola. O impacto positivo é muito maior”, pontua.

Financiamento

O montante de R$ 100 mil ainda está distante de ser atingido. O projeto angariou, até agora, pouco mais de R$ 10 mil. “Cem mil reais é um valor muito pequeno se comparado a quantidade de benefícios que o Centro vai possibilitar. Para fazer expedições na Caatinga, por exemplo, o custo é bem maior e com a criação desse espaço, poderemos concentrar pessoas e esforços num só lugar que vai trazer um imensurável benefício ao bioma”, conclui Regina.

Confira matéria do Site Diário do Nordeste

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