A Justiça dos Estados Unidos deu início nesta quarta-feira (9) à fase de produção de provas no processo movido por Filipe Martins contra o governo americano.
A audiência, realizada em Orlando, na Flórida, foi conduzida pelo juiz federal Gregory A. Presnell e tratou exclusivamente da organização processual da ação, que agora avança com etapas definidas.
O magistrado estabeleceu dois marcos importantes para o andamento do processo. O primeiro foi o início da fase de discovery – etapa do sistema americano equivalente à instrução no Brasil, em que as partes podem reunir documentos, trocar informações e colher depoimentos. O segundo foi a definição do cronograma para apresentação das chamadas dispositive motions – petições que pedem ao juiz que decida o caso com base nas provas já apresentadas, sem a necessidade de um julgamento completo.
Essas petições deverão ser protocoladas até agosto deste ano. Se, até lá, o juiz considerar que os fatos relevantes já estão esclarecidos e que não há divergência substancial entre as partes, ele poderá encerrar o processo por meio de uma decisão sumária.
No caso de Filipe Martins, isso poderia significar um reconhecimento formal, pela Justiça americana, de que houve erro grave no registro migratório. Uma decisão nesse sentido representaria uma comprovação oficial, por parte dos EUA, de que sua prisão no Brasil se baseou em dados falsos.
Durante a audiência, os réus – o Departamento de Segurança Interna (DHS, na sigla em inglês) e a Agência de Alfândega e Proteção de Fronteiras (CBP) – informaram que devem apresentar declarações formais ao longo do processo. Essas declarações são documentos em que representantes das agências explicam por escrito os fatos e procedimentos relacionados ao caso.
O juiz indicou que, uma vez apresentadas as declarações, a defesa terá o direito de tomar os depoimentos de seus autores, incluindo representantes do DHS e do CBP. Esses depoimentos servirão para esclarecer o conteúdo das declarações, o contexto em que foram feitas e os fundamentos das informações prestadas.
Segundo a defesa, a procuradora responsável por representar as agências já sinalizou que vai produzir os documentos solicitados – o que, na prática, abrirá caminho para a coleta desses depoimentos dentro da fase de discovery.
Em julho de 2024, o próprio governo americano reconheceu oficialmente que Filipe Martins não ingressou nos Estados Unidos em dezembro de 2022, como indicava um registro equivocado usado na investigação brasileira.
A última entrada válida no país ocorreu em setembro daquele ano. Mesmo assim, o documento adulterado – com erros como grafia incorreta do nome, uso de passaporte cancelado e tipo de visto incompatível – foi utilizado para justificar sua prisão, por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
O que está em jogo no processo movido por Filipe Martins nos EUA
A prisão de Filipe Martins no Brasil, em 2024, foi fundamentada na acusação de que ele teria tentado fugir do país, com base em um registro que indicava sua entrada nos Estados Unidos em dezembro de 2022. O documento apresentado nos autos trazia diversos erros, como o nome grafado como “Felipe” em vez de “Filipe”, uso de um passaporte cancelado e categoria de visto incompatível com a que ele utilizava.
Posteriormente, o próprio governo americano retificou a informação, reconhecendo que a última entrada válida de Filipe Martins em território dos EUA havia ocorrido em setembro de 2022. Mesmo assim, o registro incorreto foi utilizado como justificativa para prolongar a prisão preventiva no Brasil por mais de seis meses.
A Polícia Federal já monitorava a localização de Martins desde outubro de 2023, e seus dados de geolocalização estavam disponíveis para o Ministério Público e o Supremo Tribunal Federal – o que contradiz a narrativa de fuga.
Esse conjunto de informações levou os advogados de Martins a ingressarem com uma ação judicial nos Estados Unidos, solicitando a responsabilização dos órgãos americanos envolvidos no registro migratório adulterado. O processo tramita na Justiça Federal da Flórida e busca apurar como o documento falso surgiu, por que foi incluído nos sistemas oficiais e quem foi o responsável pela alteração.
A audiência desta quarta-feira marcou o início efetivo dessa investigação no âmbito judicial.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/justica-dos-eua-da-inicio-a-fase-de-provas-em-acao-de-filipe-martins/


A queda de Juscelino Filho e as emendas parlamentares

Longos dois anos após as primeiras denúncias envolvendo o ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União Brasil), finalmente está fora do cargo, após ser denunciado ao Supremo Tribunal Federal pela Procuradoria-Geral da República. O presidente Lula, que nos primeiros dias de governo afirmou que “quem fizer errado sabe que tem só um jeito: a pessoa será, simplesmente, da forma mais educada possível, convidada a deixar o governo”, até cumpriu a promessa, mas com grande atraso e da forma exageradamente polida que havia anunciado, faltando-lhe até mesmo a decência de exonerar Juscelino por iniciativa própria.
Segundo a PGR, Juscelino teria usado emendas parlamentares, quando era deputado federal, para beneficiar a própria fazenda, na cidade de Vitorino Freire (MA), cuja prefeita é a irmã do agora ex-ministro. A Polícia Federal havia descoberto, já em 2023, que R$ 10 milhões em emendas teriam sido direcionados à estatal Codevasf, que por sua vez teria contratado, para realizar a obra, uma empreiteira da qual Juscelino seria sócio oculto. Além deste caso, Juscelino também esteve envolvido em outros escândalos, como o uso de jatos da FAB, com pagamento de diárias pela União, para participar de um leilão de cavalos em São Paulo (a investigação foi arquivada pelo Tribunal de Contas da União); o pagamento indevido de diárias por outras viagens nacionais e internacionais; e o desaparecimento de cavalos de raça na declaração de bens entregue por Juscelino ao TSE em 2022.
Não deixa de ser irônico que Juscelino tenha caído pelo mau uso de emendas parlamentares, o meio que o Legislativo encontrou para se apoderar de fatias cada vez maiores do Orçamento federal
Tamanha leniência da parte de Lula em relação a Juscelino, que havia sido indiciado pela PF em junho do ano passado, tem explicação: o presidente já tem uma base parlamentar frágil e não quer se indispor com o União Brasil, partido do ex-ministro, que já é naturalmente dividido em relação ao governo Lula, com deputados e senadores fazendo oposição aberta ao petista. Assim, prestigiar Juscelino – e manter o Ministério das Comunicações sob controle do União mesmo após sua saída – é uma maneira de reter a fidelidade do restante do partido.
O escândalo que custou a cabeça de Juscelino Filho ainda é sintomático de outra distorção da vida política nacional. Não deixa de ser irônico que ele tenha caído pelo mau uso de emendas parlamentares, o meio que o Legislativo encontrou para se apoderar de fatias cada vez maiores do Orçamento federal. No Brasil, o Congresso controla o destino de um quinto dos recursos livres do orçamento – muito mais que em qualquer país da OCDE, onde essa porcentagem é muito menor, não passando de 1% em vários casos. Mesmo assim, deputados e senadores vivem à busca de novos meios de conseguir mais dinheiro – como as emendas de relator e as “emendas Pix” – enquanto recusam mecanismos de transparência sobre seu uso, motivo de uma disputa no STF.
O eleitor de direita haverá de pensar que é melhor deixar os parlamentares decidirem o destino do dinheiro que o governo Lula. Mas no passado foi Jair Bolsonaro quem teve de brigar para que o Legislativo não se apoderasse de cada vez mais recursos; este é um mal que independe de ideologia. Qualquer governo eleito precisa ter os meios (inclusive orçamentários) de colocar em prática o plano de governo que venceu nas urnas. Reduzir a porcentagem dos recursos públicos destinada a emendas, melhorar a transparência e aprimorar regras – por exemplo, substituindo a destinação específica do dinheiro por um direcionamento mais genérico, para determinadas rubricas – é uma forma de evitar que novos desvios ocorram. Evidentemente, um parlamentar disposto a roubar acabará achando outros meios, se não puder mais contar com emendas parlamentares; mas isso não é razão para deixar de fechar essa porta para a ladroagem.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/editoriais/juscelino-filho-demitido-emendas-parlamentares/

A pena de morte e o 8 de janeiro

O dogma central da mentalidade esquerdista é a morte do inimigo político. Na maioria dos regimes socialistas, ao longo do século XX, a pena de morte foi usada para destruir qualquer possibilidade de oposição ou questionamento contra o poder revolucionário.
Em cem anos, cerca de 135 milhões de pessoas perderam a vida unicamente pelo fato de serem consideradas inimigas do regime. Esse número supera a soma de todas as guerras, catástrofes e epidemias do mesmo período.
Quando falamos em socialismo, é necessário distinguir entre a pena capital propriamente dita e as diversas formas de aniquilação humana a ela associadas: tortura, fome, banimento, trabalhos forçados e perseguições de toda espécie.
Durante o reinado de Josef Stálin, por exemplo, o regime admitiu oficialmente ter fuzilado quase 1 milhão de pessoas; no entanto, o número de mortos no Gulag, segundo historiadores como Robert Conquest e Anne Applebaum, chegou a 20 milhões.
Situações análogas ocorreram em lugares como China, Camboja, Vietnã, Coreia do Norte, Cuba e países do Leste Europeu. Qualquer pessoa que se diga comunista, portanto, está fazendo política sobre uma montanha de cadáveres.
Além da pena de morte, houve regimes socialistas especializados em transformar a vida das pessoas comuns em um inferno. Esse era o caso da Alemanha Oriental, oficialmente chamada República Democrática da Alemanha. Ali existia a Stasi, polícia política cujo lema era “A espada e o escudo do Partido” (em alemão, Schild und Schwert der Partei.)
O próprio estatuto da Stasi a definia como um instrumento de lealdade incondicional ao Partido governante: “Na sua função de escudo, a Stasi deve afastar todos os ataques ao governo socialista. Na função de espada, a Stasi deve destruir agressivamente tudo que se interpõe no caminho do Partido e dos seus objetivos políticos”.
Como se vê, a Stasi não conhecia limites. Em 1989, quando caiu o Muro de Berlim, a polícia secreta tinha a seu serviço 91.015 agentes especiais. Como a população da Alemanha Oriental era de 16 milhões, isso significava um espião da Stasi para cada 175 habitantes.
Os “hackers” comunistas da época utilizavam todos os meios possíveis para espionar os cidadãos: escutas telefônicas, violação de correspondências, instalação de câmeras e gravadores nas residências, cooptação de familiares e amigos das vítimas. Para a Stasi, inexistia a vida privada. Tudo era interesse do Partido Comunista.
De posse das informações coletadas, a Stasi montava um perfil político e psicológico de cada cidadão. Caso a pessoa tivesse opiniões contrárias ao Partido ou aos líderes comunistas, os agentes utilizavam as mensagens pessoais em armas para atormentar a vida do sujeito. Essa técnica, que sempre envolvia a falsificação do material obtido ilegalmente, chamava-se “Zersetzung” — decomposição.
Na Tchecoslováquia não era diferente. Estou lendo, com grande interesse, o livro “Cartas a Olga”, que reúne a correspondência do dramaturgo Vaclav Havel para sua esposa de 1978 a 1983, período em que ficou preso por “crimes contra o Estado socialista”. Condenado a trabalhos forçados, Havel passou por diversos problemas de saúde na prisão e foi transformado em uma não-pessoa.
O crime do escritor tcheco consistiu em participar da criação de um Comitê de Defesa dos Injustamente Processados. Foi isso mesmo que vocês sete leram: Havel foi condenado a uma morte em vida por questionar perseguições judiciais em seu país. O detalhe é que, meses depois da condenação de Havel, seu advogado foi preso.
Todos os reféns do 8 de janeiro vivem hoje a mesma situação no Brasil. Sem terem cometido crime algum — a não ser, em raríssimos casos, o crime de depredação — eles foram condenados a uma morte em vida por questionarem o golpe socialista de 2022. Muitos desses presos políticos estão e correm o risco de ter o mesmo destino de Clezão (tenho aqui uma lista deles).
Quase todos estão em depressão e perderam dezenas de quilos, tornando-se sombras do que eram, como ocorria com os internos dos campos de concentração. Nenhum deles oferece o menor risco à sociedade.
Quando Hugo Motta se nega a colocar em votação o PL da Anistia, ele está sendo cúmplice dessa sentença de morte em vida decretada contra brasileiros comuns e inocentes, cujo único azar foi ter acreditado na liberdade de pensamento e manifestação.
Os comunistas e seus companheiros de viagem não hesitariam um instante em destruir a vida de qualquer um que se coloque no seu caminho
Eles querem a nossa morte em vida, mas não a terão.
E eu digo isso com base na história. Dez anos depois de ser preso, Vaclav Havel se tornou presidente da Tchecoslováquia. Cedo ou tarde, algo semelhante irá acontecer no Brasil. Quero estar vivo para ver com os meus próprios olhos.
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FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/paulo-briguet/a-pena-de-morte-e-o-8-de-janeiro/
Comissão da Câmara aprova PL para desarmar segurança de Lula e de ministros

A Comissão de Segurança Pública (CSP) da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei (PL) 4012/23. O texto prevê a proibição de uso de arma de fogo pela segurança pessoal do presidente da República e de ministros de Estados. O texto segue em tramitação na Casa antes de ir para o Senado.
Segundo os autores do PL, os deputados Delegado Paulo Bilynskyj (PL-SP) e Delegado Caveira (PL-PA), o objetivo da proposta é alinhar a atuação dos órgãos que realizam a segurança do presidente e dos ministros à visão do atual governo.
A atuação desses seguranças, de acordo com Bilynskyj, deve “estar de acordo com a ideologia do atual mandatário, que não vê nas armas de fogo algo benéfico para a sociedade”. Durante a votação, o relator da comissão, deputado Gilvan da Federal (PL-ES), recomendou a aprovação da proposta.
“O atual governo prega o desarmamento do cidadão, apesar da posição contrária da maioria esmagadora da sociedade expressa nas urnas no referendo sobre armas de fogo de 2005, impedindo o cidadão de exercer o direito à legítima defesa”, afirmou.
“No entanto, o presidente da República, seus familiares e seus ministros contam com um aparato completo de segurança armada para defendê-los da criminalidade que tanto apoiam”, finalizou Gilvan da Federal.
Apesar de aprovado, o texto foi alvo de opiniões contrárias. O deputado Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ) chamou o projeto de “tragicômico” e cobrou que os parlamentares tivessem um argumento técnico para a proposta. Vieira também chamou o projeto de “inconstitucional”.
“O presidente Lula nunca disse que agentes de segurança não podem estar armados. O que nós dizemos é que arma de fogo, para uso estimulado em massa pela população, não é uma boa política de defesa e de proteção”, afirmou Pastor Henrique Vieira.
De acordo com a Câmara, o texto tramita em caráter conclusivo e dispensa de votação em Plenário se não houver recurso. O texto, no entanto, ainda precisa ser aprovado pelas comissões Administração e Serviço Público (CASP) e Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ). Na sequência, o texto tramita no Senado e se aprovado, vai à sanção do presidente.
Morte de Lula e investigação da AGU
Durante exposição sobre o Projeto de Lei, o deputado Gilvan da Federal chegou a dar declarações polêmicas ao dizer que queria que Lula morresse. “Por mim, eu quero mais é que o Lula morra! Eu quero que ele vá para o quinto dos inferno [sic]. É um direito meu. Não vou dizer que vou matar o cara, mas eu quero que ele morra”, disse Gilvan.
As afirmações colocaram o parlamentar no alvo da Advocacia Geral da União (AGU), que solicitou que a Polícia Federal (PF) e a Procuradoria Geral da República (PGR) investigassem suas falas. Após a polêmica, o parlamentar se desculpou das declarações.
“Um cristão não deve desejar a morte de ninguém, então eu não desejo a morte de qualquer pessoa, mas continuo entendendo que Luiz Inácio Lula da Silva deveria pagar por seus crimes, deveria estar preso e pagar por tudo o que ele fez de mau ao nosso país. Mas reconheço que exagerei na minha fala e peço desculpas presidente, obrigado”, disse.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/republica/comissao-da-camara-aprova-pl-para-desarmar-seguranca-de-lula-e-de-ministros/
Oposição pede que Moraes aplique entendimento do caso Débora aos demais

Nesta quarta-feira (9), o líder da oposição na Câmara dos Deputados, Luciano Zucco (PL-RS), enviou um ofício ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, pedindo que o magistrado aplique o entendimento do caso Débora Rodrigues aos casos dos demais presos pelos atos do 8 de janeiro.
A cabeleireira Débora Rodrigues virou ré e aguarda decisão sobre pena de 14 de prisão por escrever, com batom, a frase “perdeu, mané” na Estátua do STF durante os atos de 8 de janeiro de 2023. No fim de março, Moraes autorizou a ida de Débora para a prisão domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica.
No ofício enviado a Moraes, Zucco pede uma análise humanitária urgente sobre os casos dos presos que se encontram em situação similar à que se encontrava a cabeleireira Débora Rodrigues.
“Em mente esse contexto, a extrema necessidade de que direitos humanos fundamentais sejam resguardados, e com o intuito de preservar a dignidade da pessoa humana, postulo a Vossa Excelência que a extensão dos efeitos das decisões acima referidas seja acompanhada da formação de força tarefa no espaço deste E. Supremo Tribunal Federal, a fim de que os processos em comento possam receber célere e cuidadosa atenção e assim possamos avançar na pauta da Justiça humanitária e da pacificação nacional”, diz um trecho do ofício.
No documento, Zucco também cita uma lista com 20 casos de réus cujas situações são tratadas pela Associação dos Familiares e Vítimas de 8 de Janeiro (Asfav) como “graves violações de direitos humanos”.
A lista foi enviada hoje pela Asfav ao deputado com o objetivo de “subsidiar as discussões a respeito da pauta da anistia”.
Ofício de Zucco foi protocolado após Zanin ter negado HC
A iniciativa do deputado Zucco acontece cinco dias depois de o ministro Cristiano Zanin ter rejeitado um habeas corpus coletivo protocolado pelo parlamentar com o mesmo pedido enviado a Moraes nesta quarta.
“Após a negativa do HC coletivo pelo ministro Cristiano Zanin, buscamos sensibilizar o ministro Alexandre de Moraes, relator dos casos, para que aplique o princípio da isonomia e conceda, por questão humanitária, medidas alternativas aos presos do 8 de janeiro que se encontram em situação semelhante àqueles já beneficiados por suas próprias decisões recentes”, disse Zucco.
“Não podemos permitir que mais tragédias ocorram por falta de um olhar individualizado e humano. São pais, mães, idosos, pessoas doentes que merecem cumprir suas penas ou aguardar julgamento de forma digna, conforme a lei e os princípios humanitários”, completou.
No ofício a Moraes, Zucco também lembrou do caso do pequeno empresário Cleriston Pereira, que sofreu um mal súbito durante o banho de sol na Papuda depois de ter diversos apelos da defesa e laudos médicos ignorados pelo ministro.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/oposicao-pede-que-moraes-aplique-entendimento-do-caso-debora-aos-demais/
Viagem de Lula ao Japão e Vietnã custou R$826 mil só em diárias

A comitiva de 84 pessoas que acompanharam o presidente Lula (PT) em sua “turnê” na ásia, do Japão ao Vietnã, custou caro para o bolso do pagador de impostos. Os valores apontam um gasto de R$ 826.774,92 mil somente em diárias. Os gastos com passagens não fazem parte desta soma.
O petista viajou acompanhado de líderes políticos como os então presidentes do Congresso Nacional, Hugo Motta (Republicanos-PB) da Câmara, e Davi Alcolumbre (União-AP), presidente do Senado. Ministros, deputados, senadores e outros sindicalistas estiveram com o presidente nos dias 20 à 30 de março.
Foram 59 pessoas do governo federal o que representa R$ 645.193 de gastos. Já do Senado foram três pessoas, com gasto estimado em R$ 49.436. A Câmara enviou sete pessoas, empresas públicas e estatais levaram 12 pessoas e três pessoas representaram os sindicatos.
O total de gastos da Secretaria de Comunicação (Secom), foi de R$ 130 mil para 11 pessoas, referindo-se à diretores, coordenadores e cinegrafistas da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC). Os dados foram mencionados pelo Poder360, com informações do Portal da Transparência.
O número total gasto com essas viagens ainda pode aumentar, pois os dados foram publicados no dia 9 de março, mas a comitiva brasileira começou a chegar no dia 16. Há ao menos 29 nomes de pessoas que viajaram com Lula e seus dados ainda não foram publicados no Portal da Transparência.
Governador anuncia bloqueio de R$6 bilhões do Comando Vermelho no Rio

“Quem financia o crime vai pagar caro”. Este foi o recado dado pelo governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), à facção de narcotraficantes do Comando Vermelho, após a Polícia Civil fluminense deflagrar, nesta quinta (10), a maior operação da história contra a organização criminosa, mirando seu núcleo financeiro. Castro exaltou que o cerco da Operação Contenção bloqueou aproximadamente R$ 6 bilhões em bens e ativos da facção, que foi a maior ofensiva patrimonial da história da polícia do Rio.
A investigação que identificou este faturamento bilionário ao longo de um ano ainda resultou no cumprimento de 46 mandados de busca e apreensão para obter provas contra o braço financeiro da facção, na capital fluminense e em municípios do estado de São Paulo.
Ao menos duas pessoas foram presas, sendo uma mulher flagrada com uma celular roubado, no Rio. E um homem em São Paulo, alvo de mandado prisão por organização criminosa, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica, evasão de dívidas, uso de documento falso e operação de instituição financeira ilegal.
“O Rio está enfrentando o tráfico com coragem, inteligência e determinação. Não dá mais para aceitar que o crime organizado banque sua guerra contra o povo do Rio com bilhões lavados em plena luz do dia!”, escreveu Cláudio Castro, nas suas redes sociais.
Esquema une facções
A Polícia Civil identificou ramificações do núcleo financeiro do Comando Vermelho no estado paulista, com ligação direta com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).
“O grupo atuava no esquema de lavagem de dinheiro proveniente do tráfico de drogas. Para isso, eles usam uma rede estruturada que inclui bancos digitais, fintechs, intermediadoras de pagamento ilegais, empresas de fachada e plataformas contábeis, tudo sem autorização do Banco Central”, detalhou a Polícia Civil do Rio.
A ação visa asfixiar financeiramente o crime organizado, desmantelando sua base logística, cortando a fonte de investimentos para comprar armas e drogas. Recursos que ainda bancam disputas por expansão territorial em comunidades da Zona Oeste do Rio.
A Polícia Civil explica que a ação de hoje faz parte da ofensiva estratégica da Operação Contenção para conter e atacar o avanço territorial da facção criminosa Comando Vermelho na Zona Oeste do Rio.
“O principal objetivo é desarticular a estrutura financeira, logística e operacional da organização criminosa, além de prender traficantes que atuam na região”, disse a polícia.
A operação foi executada pela Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), com apoio da Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE), do Departamento-Geral de Polícia Especializada (DGPE), do Departamento-Geral de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (DGCOR-LD) e da Polícia Civil de São Paulo.
Não dá mais para aceitar que o crime organizado banque sua guerra contra o povo do Rio com bilhões lavados em plena luz do dia!
— Cláudio Castro (@claudiocastroRJ) April 10, 2025
Alvo da PF, prefeito de Sorocaba dobra a aposta e manda recado diretamente a Lula (veja o vídeo)

Alvo de uma operação da Polícia Federal deflagrada nesta quinta-feira, o prefeito de Sorocaba (SP), Rodrigo Manga (Republicanos), voltou às redes sociais para ironizar a ação dos agentes e sugerir motivações políticas por trás da investigação. Conhecido por seu estilo irreverente na internet, o gestor publicou um vídeo afirmando que, durante as buscas em sua residência, a PF teria encontrado apenas um “bolo de cenoura” e um “pokémon”.
A operação, batizada de “Copia e Cola”, apura a atuação de uma suposta organização criminosa envolvida no desvio de recursos públicos da área da saúde no município. Os agentes cumpriram mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao prefeito, que tem se projetado nacionalmente nas redes e recentemente lançou sua pré-candidatura à Presidência da República em 2026.
No vídeo, Manga afirma que a investigação se intensificou após seu crescimento nas pesquisas eleitorais. Ele associou a operação a uma perseguição política supostamente liderada pelo governo federal.
“Eu não tenho medo de você, presidente Lula, e de nenhuma autoridade que está incomodada com a nossa ascensão”, declarou.
Secretária de Anielle pede demissão e detona o Governo Lula

Márcia Lima, ex-secretária de Políticas Afirmativas do Ministério da Igualdade Racial, anunciou sua saída do governo federal e, ao fazê-lo, teceu duras críticas à condução da comunicação da atual gestão. Sua decisão de deixar o cargo vem acompanhada de uma nova missão: assumir a Diretoria de Estudos e Políticas Sociais no Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, Márcia não hesitou em expressar sua insatisfação com a maneira como o governo federal, liderado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT), divulga as ações de seus ministérios — com especial destaque para a pasta chefiada por Anielle Franco.
“O problema não é a comunicação do ministério, eu acho que é a comunicação do governo sobre o ministério. E também sobre alguns ministérios, não somente o MIR [Ministério da Igualdade Racial]”, afirmou.
Ela também observou que a fragmentação das ações e o excesso de pastas dificultam o diálogo e a formulação de políticas públicas integradas.
“O nosso limite de negociação, de possibilidade, de construção com os outros ministérios tem um teto. Então eu acho que, por ser um governo com muitos ministérios, isso dificulta a construção dessas pautas transversais. Em algum momento, eu saí mapeando com quem eu devia dialogar”, disse.
Márcia Lima ainda ressaltou que a atuação atual da comunicação federal contraria a própria narrativa adotada pelo governo, simbolizada pelo lema “União e Reconstrução”.


Bolsonaro revela sua poderosa “carta na manga” para 2026

Durante a última manifestação, realizada na Avenida Paulista, em São Paulo, o ex-presidente Jair Bolsonaro demonstrou otimismo quanto ao cenário eleitoral de 2026. Diante de milhares de apoiadores, que se reuniram para pedir anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023, Bolsonaro afirmou acreditar que poderá voltar a confiar no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no próximo pleito, especialmente com a futura presidência do ministro André Mendonça, seu indicado ao Supremo Tribunal Federal (STF).
“Ano que vem o TSE terá um perfil completamente de isenção e podemos voltar a confiar nas eleições do ano que vem”, declarou Bolsonaro, sugerindo que a condução de Mendonça à frente da Corte eleitoral poderia restabelecer a confiança no processo democrático.
O ex-presidente, crítico contumaz das decisões do TSE durante as eleições de 2022 — que, segundo ele, teriam favorecido o presidente Lula por meio de supostos abusos de autoridade —, agora projeta um cenário mais favorável para 2026, com o que classificou como um “perfil isento” no tribunal.
Em sua fala, Bolsonaro também fez menção a possíveis apoios internacionais. Sem entrar em detalhes, afirmou que “tem esperança” de receber ajuda “de fora”. Referiu-se ao filho Eduardo Bolsonaro, deputado federal licenciado, como articulador dessas conexões globais.
“Hoje faltou um filho meu aqui, o 03 [Eduardo Bolsonaro], que fala inglês, espanhol, árabe. Tem contato com pessoas importantes no mundo todo e está lá nos Estados Unidos”, disse.
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