O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e a Previdência Social irão revisar 802 mil aposentadorias por invalidez, atualmente denominadas aposentadorias por incapacidade permanente. A medida é prevista em lei e terá a convocação de beneficiários que não passam por perícia médica há mais de dois anos.
A revisão é uma das medidas anunciadas pelo governo ainda no ano passado para racionalizar os gastos do órgão e identificar irregularidades, com a expectativa de economizar até R$ 10 bilhões.
“É uma revisão dos requisitos, e vamos revisar o que a lei manda revisar. É fazer o que presidente Lula falou. Quem tem direito tem que dar o benefício rápido, sem que minhas ineficiências atrapalhem o segurado. Quem não tem direito não é para dar benefício, porque senão falta dinheiro”, disse Alessandro Stefanutto, presidente do INSS, em entrevista à Folha de S. Paulo.
A expectativa é de que as convocações comecem em março, em que os beneficiários serão notificados por meio de mensagens no extrato bancário, aplicativo ou site Meu INSS, carta, SMS ou edital publicado no Diário Oficial da União.
Antes das convocações, o INSS e a Previdência Social devem publicar as regras da revisão, seguindo o exemplo do pente-fino realizado no auxílio-doença e no Benefício de Prestação Continuada (BPC) em 2024. Na ocasião, 595 mil perícias foram realizadas entre agosto e dezembro, resultando no cancelamento de 323 mil benefícios, equivalente a 54% do total analisado.
Além disso, 42,1 mil auxílios foram convertidos em aposentadorias por invalidez, enquanto os demais foram mantidos como benefícios temporários, sujeitos a nova avaliação.
Para manter o benefício, os segurados deverão comprovar a condição de saúde com documentos como laudos médicos, exames, receitas e atestados atualizados contendo o CID (Classificação Internacional de Doenças). Beneficiários que não atenderem aos requisitos poderão perder o direito ao pagamento.
A legislação protege três perfis de segurados da convocação: aqueles com 55 anos ou mais que recebem o benefício por incapacidade há mais de 15 anos, pessoas com 60 anos ou mais protegidas pelo Estatuto do Idoso e segurados aposentados por incapacidade permanente devido ao HIV.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/economia/800-mil-aposentadorias-invalidez-pente-fino-2025/
A saída de dólares e a irresponsabilidade fiscal
Com os números consolidados de dezembro e do ano de 2024 ainda por divulgar, já é praticamente certo que estamos diante de dois recordes históricos: a pior fuga de dólares do país pelo fluxo financeiro – que considera operações no mercado financeiro, remessa de lucros, pagamento de juros e investimento direto – tanto em um único mês quanto em um ano. Os US$ 26 bilhões retirados do Brasil até 27 de dezembro superam de longe o pior fluxo financeiro de um mês na série histórica, os US$ 20,4 bilhões de dezembro de 2009. Além disso, em 2024, até o mesmo dia 27 de dezembro, a saída de dólares pelo fluxo financeiro era de R$ 84,4 bilhões, superando a pior marca anterior, de 2019, com saída de US$ 65,8 bilhões.
Os dados preliminares divulgados pelo Banco Central no dia 2 de janeiro ainda apontam para o pior mês em termos de saída de dólares do país no fluxo cambial – que compreende o fluxo financeiro e a balança comercial. Considerando as entradas de US$ 1,7 bilhão pelo comércio exterior, o fluxo cambial de dezembro, até o dia 27, registrava saída de US$ 24,3 bilhões, a pior desde que os dados começaram a ser compilados, em 2008. Ainda em relação ao fluxo cambial, 2024 está a caminho de ser o terceiro pior ano da série histórica, com saída líquida de US$ 15,9 bilhões até 27 de dezembro, uma fuga de dólares inferior apenas às registradas em 2019 (US$ 44,77 bilhões) e 2020 (US$ 27,9 bilhões). Isso apesar de balança comercial estar rumando para um dos melhores resultados da série histórica, com superávit de quase US$ 68,5 bilhões.
A desconfiança e a aversão ao risco tomaram conta do mercado financeiro – e haja risco, quando se trata de Lula, do PT e mesmo de Fernando Haddad
Há um fator sazonal no resultado: dezembro tradicionalmente é um mês de fluxo financeiro negativo graças ao fechamento dos balanços de empresas multinacionais, com remessas de dólares das filiais brasileiras para as matrizes no exterior. No entanto, os números deste dezembro de 2024, bem como o do acumulado do ano, têm destoado da média, e não há como atribuir a diferença apenas a movimentos novos, como o investimento em criptoativos e o pagamento de “serviços recreativos” (rubrica que inclui desde sites de apostas, as “bets”, até os streamings). A desconfiança e a aversão ao risco tomaram conta do mercado financeiro – e haja risco, quando se trata de Lula, do PT e mesmo de Fernando Haddad, que é saudado hoje como uma ilha de responsabilidade não porque tenha ideias realmente boas para a economia, mas porque seu entorno é muito mais inconsequente.
Ao longo dos quatro primeiros meses de 2024, o dólar oscilou na casa dos R$ 5. Bastou que, em abril, o governo alterasse as metas de resultado primário que ele mesmo havia proposto em 2023, quando o arcabouço fiscal foi aprovado no Congresso, para que o real entrasse em um ciclo gradual, mas consistente, de desvalorização. A disparada das últimas semanas teve como estopim o anúncio de um pacote fiscal completamente pífio e incapaz de reverter a trajetória de aumento no gasto público. Embora o dólar tenha se fortalecido diante da maioria das moedas em todo o mundo, o real termina o ano com a maior desvalorização entre as moedas mais negociadas no planeta.
A ausência de medidas de ajuste fiscal sólidas e eficazes, tendo como consequência mais inflação e crescimento da dúvida pública, aumenta a possibilidade de que nem mesmo as prometidas futuras elevações na Selic, elevando a diferença entre os juros pagos no Brasil e os juros pagos nos Estados Unidos, sejam capazes de reverter a saída de dólares. Novos resultados negativos nos primeiros meses de 2025 serão a comprovação definitiva de que os números de dezembro não podem ser explicados única e exclusivamente pelos elementos sazonais de todo fim de ano. O governo já perdeu muito tempo insistindo em não perceber nem retificar os erros, e ao que tudo indica continuará vendo a saída de capitais, sem crer que ele é o principal responsável pela debandada.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/editoriais/a-saida-de-dolares-e-a-irresponsabilidade-fiscal/
Argentina decola com Milei enquanto Brasil derrapa com Lula
Quem aplicou em peso argentino no ano passado e quem aplicou na Bolsa de Valores da Argentina fez o melhor negócio do mundo. O peso argentino foi a moeda que mais se valorizou no mundo e a Bolsa argentina ganhou longe da Bolsa de Nova York. Esse é o resultado de ter um economista na presidência do país. É como se Paulo Guedes fosse presidente do Brasil. As coisas saem muito bem, porque a pessoa tem cabeça para isso, para administrar as contas públicas.
Em dólar, a Bolsa argentina cresceu 114,9%, ou seja, mais do que o dobro. Enquanto aqui, a nossa caiu 30%. A melhor é a da Argentina, a pior é a nossa. Em pesos, a Bolsa argentina valorizou 174%, quase o triplo. Em real, a nossa caiu 10%. Da Bolsa brasileira saíram R$ 32 bilhões e do Brasil saíram US$ 16 bilhões.
O mundo está normal. O Brasil não está sofrendo por causa da guerra na Ucrânia, nem pelo conflito na Faixa de Gaza, não tem nenhuma pandemia, a situação está normal, mas o real está despencando. O IPCA, ou seja, a inflação está acima do teto. O Banco Central não consegue conter o dólar, já torrou US$ 34 bilhões de reservas, um déficit de mais de R$ 1 trilhão. Oferecem papeis do Tesouro Nacional com IPCA mais 8%, mas as pessoas estão refugando.
E vem aí os Estados Unidos de Donald Trump no próximo dia 20. Trump foi hostilizado por Lula, que o chamou de nazista e apoiou Kamala Harris. Lula apoia o Irã, o Hamas, vai na contramão do mundo. O Brasil, como diria Carlos Drummond de Andrade: “Vai, Brasil, ser gauche na vida”, gauche no significado literal da palavra: vai ser esquerda na vida e ficar na contramão.
Dois pesos e duas medidas
Os artistas se manifestavam contra as queimadas na Amazônia e no Pantanal quando consideravam que os responsáveis eram o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles (Novo-SP). E agora? Com Marina Silva, atual chefe da pasta, e Lula (PT), mais 42% de fogo na Amazônia em 2024, segundo o Inpe, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais.
Lula só não bateu o próprio recorde. Em 2007, quando Marina também era ministra do petista foram registrados 186 mil incêndios. Em 2004, foram 218 mil incêndios. Em um ano de Bolsonaro, foram 71 mil e fizeram aquele barulho todo por pura propaganda.
Disputa no PT e a história do dinheiro na cueca
Conversas de bastidores apontam que o líder do governo na Câmara, José Guimarães (CE), pode ser presidente do PT no término do mandato da deputada Gleisi Hoffmann (PR). Guimarães estava envolvido na história do dinheiro da cueca.
Eu estava no aeroporto de Congonhas (SP) e um policial contou como foi a operação: um funcionário do deputado estava levando o dinheiro em um voo para Fortaleza (CE), provavelmente porque o irmão de Guimarães e então presidente do PT, José Genoino, decidiu mudar os valores do cofre diante da chegada de Tarso Genro, que iria atuar como uma espécie de interventor no partido.
O dinheiro tinha que ser lavado de alguma forma, parte foi para Goiás (GO) via rodoviária. Mas como Fortaleza era longe, resolveram embarcar no avião. Não é nenhum crime levar dinheiro nacional, mas o funcionário tentou passar pelo raio-x com uma valise cheia de dinheiro. Tudo bem, não é crime, mas pediram que ele prestasse esclarecimento no plantão policial.
O agente pediu ao assessor de Guimarães que se sentasse, mas ele não queria, quando finalmente se sentou, ficou muito alto. Vendo a situação, o policial deu a ordem para que ele baixasse as calças e descobriu os dólares. Para transportar dólar, é necessário atestar a origem e o dinheiro não tinha origem.
Não esquecemos, e nem podemos esquecer, porque a própria Constituição diz que no serviço público, em qualquer dos Poderes, tem que haver moralidade e transparência, além de outras qualidades. Moralidade e transparência. É preciso repetir isso até cansar: a exigência de moralidade e transparência no serviço público.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/alexandre-garcia/argentina-decola-com-milei-enquanto-brasil-derrapa-com-lula/
A PRISÃO DO GENERAL BRAGA NETTO (II)
FONTE: JBF https://luizberto.com/a-prisao-do-general-braga-netto-ii/
Governo paga R$191 milhões em emendas em um dia
No primeiro dia útil do ano, 2 de janeiro, o governo Lula abriu o cofre e despejou mais de R$191,6 milhões em emendas, tudo já em fase de pagamento. O recurso está classificado como emenda de bancada, de relator, de comissão e individual. O maior valor foi pago ao município de Normandia (RR) via bancada de Roraima: R$7,3 milhões pagos pelo Ministério das Cidades para investimento em mobilidade urbana.
37,5 mil habitantes
Afogados da Ingazeira (PE) levou a segunda emenda mais poupuda, R$5 milhões da Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo.
Milhões goiano
O governo pagou ainda R$4,8 milhões para o Estado de Goiás que a bancada goiana mandou para o programa de moradia digna.
Coisa de milhões
A emenda individual do senador Márcio Bittar (União-AC) foi a quarta maior paga, pouco mais de R$4,7 milhões para o Estado do Acre.
Quem é?
A maioria das emendas foi indicada em 2024, mas há coisa antiga, até de 2014. De tão velhas, nem mesmo têm os autores identificados.
FONTE: DP https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/governo-paga-r191-milhoes-em-emendas-em-um-dia
Dengue matou mais do que Covid-19 no Brasil
Fechados os números de óbitos de 2024, as contas do Ministério da Saúde apontam que houve mais mortes por dengue em 2024 do que por covid-19. Números extraídos do Painel de Monitoramento de Arboviroses, mantido pela pasta da Saúde, registram 5.858 mortes confirmadas em razão da covid-19 em 2024. Já as mortes por dengue atingiram a triste marca de 5.972 ao longo do ano passado. Há ainda outras 908 mortes em investigação, o que pode elevar o número. A informação é destaque na Coluna Cláudio Humberto deste domingo (5).
O número de casos de dengue também bateu recorde histórico, são 6.484.890 só no ano passado.
Os estados com maior número de casos prováveis são São Paulo (2,1 milhões), Minas Gerais (1,6 milhão) e Paraná (656 mil).
A pasmaceira do Ministério da Saúde e a disparada dos casos da doença renderam a Lula, entre opositores do pestista, a alcunha de presidengue.
FONTE: DP https://diariodopoder.com.br/brasil-e-regioes/csa-brasil/dengue-matou-mais-do-que-covid-19-no-brasil
O BRASIL LULOSO SEMPRE NA CONTRAMÃO
FONTE: JBF https://luizberto.com/o-brasil-luloso-sempre-na-contramao/
Bancos veem Selic e Dólar sem trégua até julho
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) ouviu bancões e agentes do mercado financeiro e produziu uma pesquisa que é um banho de água fria na equipe econômica do governo Lula. A maioria dos entrevistados, que tem nomes como Bradesco, Caixa, Itaú, BRB, BNDES, Santander e vários outros, não conta com estabilização da Selic ou do Dólar até o meio do ano. E fica pior. Para 57,9% dos ouvidos, a inflação deve passar dos 4,5%, ou seja, vai estourar o teto da meta.
O céu é o limite
O número dos entrevistados que acham que a Selic ficará acima dos 14,25% é esmagador: 84,2%. A expectativa é chegue aos 15% até junho.
Dólar, R$6
Com apreciação prevista, o Dólar também não traz boas notícias. O previsto é a moeda na casa dos R$6. Só em julho fica perto dos R$5,90.
Tesoura cega
O corte de gastos não convenceu. O governo previa economia de R$71 bilhões em 2 anos. Os bancos esperam entre R$40 bilhões e 55 bilhões.
Dados
A pesquisa foi realizada em dezembro e considerou percepções sobre as atas do Copom e projeções para o mercado de crédito para este ano.
FONTE: DP https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/bancos-veem-selic-e-dolar-sem-tregua-ate-julho
NEM ELES ACREDITAM NO QUE ESTÃO DIZENDO
FONTE: JBF https://luizberto.com/nem-eles-acreditam-no-que-estao-dizendo/
Muralhas do Estado
Pelo que apurou o Datafolha, 61% dos entrevistados na véspera da virada do ano disseram que o governo está levando o Brasil para um rumo errado. Menos da metade dos pesquisados – 47% – acham que não vale a pena estar otimista com o novo ano. Quem procurar na mídia previsões para 2025 verá previsões astrológicas e místicas de um ano maravilhoso, certamente de videntes que estão salivando por uma picanha. Muitos resistem ao realismo trágico que se ampliou no ano que passou; talvez tomados de negacionismo, porque com o voto contribuíram para piorar a vida de todos. É preferível teimar e não aceitar o que está evidente; ficar mais cômodo e não sentir pressão para repensar convicções ideológicas, principalmente se a pessoa se vê responsável – pelo voto, pela omissão, pelo silêncio. Não há sinais de mudança. Não se pode falar em mudança de rumo quando não há rumo. Há improvisos, populismos, impulsos emocionais, reações de oportunidade.
FONTE: REVISTA OESTE https://revistaoeste.com/revista/edicao-250/muralhas-do-estado/
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