Por que a segunda metade do governo Lula tende a ser tão ruim quanto a primeira

J.R. Guzzo
(Foto: EFE/ Andre Borges)

A passagem do ano marca a conclusão da primeira metade do governo Lula-3. É, ao mesmo tempo, um retrato do que vem por aí: mais do mesmo. Governos, ao contrário do que acontece muitas vezes no futebol, dificilmente viram o jogo no segundo tempo. A terceira passagem de Lula na presidência tem sido um fracasso em corrente contínua antes mesmo de começar; como não passa pela cabeça do presidente e do PT, e nem pelas decisões que tomam todos os dias, a noção de que estejam fazendo um governo espetacularmente ruim, não há perspectiva de que queiram mudar de rota. Vão continuar errando.

O governo Lula escolheu as pessoas erradas, as ideias erradas e as soluções erradas – com a agravante de que as ideias não chegam a ser ideias e as soluções não podem solucionar nada, porque ninguém ali consegue, sequer, entender qual é o problema. De erro em erro, chegou-se à metade da viagem. A metade que sobra, pelo que se vê no noticiário, pode ter mudança de ministério, mas não mudança de ações, nem de estratégia e nem de objetivos. Sem mudar tudo isso, não adianta nada mudar quem está aqui e ali. Troca-se as moscas. Fica igual aquilo que as atrai.

Governos, ao contrário do que acontece muitas vezes no futebol, dificilmente viram o jogo no segundo tempo

Lula, possivelmente, montou o governo mais incompetente da história da República – um deserto de homens, de mulheres e de vida inteligente. Mas o problema real não é, no fundo, a entrega do Brasil a essa manada de nulidades; o governo não está indo a pique porque o primeiro, o segundo e o terceiro escalão são ineptos e em geral mal-intencionados. O problema é a visão de Lula, e do seu entorno imediato, a respeito do Brasil e dos brasileiros. Tudo o que ele acha que se deve fazer está errado, empurra o país para o atraso e elimina qualquer possibilidade de avanço social para os que mais precisam avançar.

Tanto faz, aí, se você erra com Sua Excelência A, B ou C. Na verdade, essa gente é ruim porque um governo tóxico como o de Lula só consegue operar com gente ruim. Há, é claro, as exceções, mas o que pesa é o conjunto da obra. Semelhantes se atraem sempre, e não há nada como projetos, pensamentos e objetivos errados para atrair gente errada. É isso, e não mais que isso, o Lula-3. Não consegue identificar corretamente um único problema real do Brasil – nem um que seja. É inevitável, em consequência, que não consiga propor nenhuma solução racional para nada.

FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/jr-guzzo/por-que-a-segunda-metade-do-governo-lula-tende-a-ser-tao-ruim-quanto-a-primeira/

A vez da Alemanha

Notícias sobre a morte da Europa vêm sendo publicadas há pelo menos uns 1,5 mil anos – ou, digamos, desde a queda do Império Romano. Sem dúvida, sempre houve certo exagero nisso tudo, levando-se em consideração que a Europa continua viva até hoje, nos mesmos graus de latitude e longitude, e os seus 750 milhões de habitantes nunca tiveram um padrão de vida tão alto quanto o que têm agora. Mas é certo, também, que os europeus estão vivendo uma experiência inédita na história da civilização humana.

Depois de resolverem praticamente todos os seus problemas, parecem ter decidido se suicidar socialmente, da economia ao seu conjunto de convicções históricas – ou algo tão parecido com isso, mas tão parecido, que não dá para notar a diferença.

A Europa dos últimos 25 anos, por decisão de suas elites intelectuais, dos seus milionários e das castas de burocratas que governam o continente através de suas “Uniões Europeias” e outros comissariados transnacionais, tomou uma decisão sem precedentes em sua existência.

Resolveu, alegando as novas exigências políticas, sociais, éticas e científicas que teriam surgido no “mundo contemporâneo”, que só poderia sobreviver se parasse de se desenvolver – na economia, na sua capacidade inventiva, na tecnologia, na criatividade individual e na produção. O resultado é que começou a andar para trás. Como preveem as teorias gerais da evolução, o que não se transforma não fica no mesmo lugar: desaparece.

FONTE: REVISTA OESTE https://revistaoeste.com/revista/edicao-250/a-vez-da-alemanha/

Reconhecimento explícito: Lula enviará embaixadora para posse de Maduro na Venezuela

Lula - Glivânia - Brasil - Venezuela - Maduro
Lula e Glivânia Maria de Oliveira, embaixadora do Brasil na Venezuela (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

A participação de uma embaixadora do Ministério das Relações Exteriores do governo brasileiro na posse do ditador venezuelano, Nicolás Maduro, está sendo interpretada como o reconhecimento do resultado das eleições no país, apesar da comprovação da fraude generalizada no pleito. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) será representado pela embaixadora do Brasil em Caracas, Glivânia Maria de Oliveira. A informação foi confirmada por fontes do Itamaraty consultadas pela Gazeta do Povo.

A reportagem também apurou que Lula não deve comparecer à posse de Donald Trump, nos Estados Unidos, mas o Itamaraty não divulgou quem representará o Brasil na cerimônia.

A solenidade na Venezuela, que ocorre no próximo dia 10, marca o início do terceiro mandato do ditador Maduro, que está há mais de uma década no poder. Em meio a uma série de manobras eleitorais e desclassificações arbitrárias de opositores para concorrer ao pleito, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela – que é controlado pelo regime de Maduro – declarou o chavista reeleito. A oposição venezuelana apresentou cópias de boletins de urna em quantidade suficiente para comprovar que Maduro foi derrotado e o resultado foi rechaçado pelas democracias do Ocidente.

Desde o anúncio divulgado pelo Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela, o governo brasileiro não se manifestou oficialmente sobre o resultado das eleições. Fontes do Itamaraty, no entanto, avaliam que a decisão pelo envio ao evento de uma representante “considerada de baixo escalão” (em comparação o presidente, ao chanceler ou ao assessor especial de Lula), segundo a pasta, é justificado pelo não reconhecimento do governo brasileiro do resultado das eleições presidenciais venezuelanas.

Analistas e políticos ouvidos pela reportagem, refutam a posição da pasta. Embora não tenha tido uma declaração oficial do Planalto ou Itamaraty sobre o processo venezuelano, especialistas avaliam que a decisão do governo de Lula pode reflete um reconhecimento do resultado que deu a Maduro um novo mandato.

O presidente da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional, deputado Lucas Redecker (PSDB-RS) avalia que, “se o Brasil enviar qualquer representante à posse do Maduro, o governo brasileiro estará reconhecendo a sua eleição”. De acordo com o senador e ex-presidente Hamilton Mourão (Republicanos-RS), a decisão do governo Lula em enviar um representante para a solenidade, coloca o mandatário como um “admirador de tiranos”.  

“Enquanto as democracias do mundo reconheceram a vitória de Edmundo Gonzales (candidato opositor que está exilado), o governo Lula resolveu prestigiar o tiranete cucaracho que se mantém no poder pelo aparelhamento institucional. Ao prestigiar um déspota, o governo Lula valida a tirania e mostra que, na essência, despreza os princípios democráticos”, avalia Mourão.

Ainda que não tenha tido uma manifestação oficial do governo, o cientista político Elton Gomes, professor da Universidade Federal do Piauí (UFPI) e pesquisador sênior do Instituto de Pesquisas Estratégicas em Relações Internacionais e Diplomacia (IPERID) explica que, do ponto vista do Direito Internacional Público, se o Brasil envia um representante oficial, ainda que não seja uma autoridade eleita do Poder Executivo ou o chanceler, o reconhecimento do resultado é demonstrado “na prática”.

“A embaixadora tem essa característica de ser uma representante devidamente creditada nos termos do direito internacional. Portanto, há o reconhecimento na prática do resultado das eleições venezuelanas”, disse Gomes.  

Para Anne Dias, advogada e diretora do Programa de Núcleos da organização não governamental Ladies of Liberty Alliance (entidade internacional que reúne mulheres que lutam por liberdades individuais e livre mercado) a presença de um representante brasileiro neste evento é um insulto à luta por democracia e liberdade. “É um completo absurdo que o Brasil, com sua histórica defesa dos valores democráticos, legitime com sua presença um regime autoritário e criminoso. Tal postura só nos distancia de nosso compromisso com a liberdade e os direitos fundamentais”, disse Anne.

A deputada Julia Zanatta (PL-SC) reforça a oposição à decisão do governo Lula. “Ao agir assim, o governo brasileiro não apenas valida a tirania que sufoca a liberdade, mas também destrói os princípios democráticos que as forças ligadas ao Foro de São Paulo alegam defender, mas utilizam apenas como ferramenta para consolidar o poder. É o Brasil deixando evidente o triste rumo que estamos trilhando: um afastamento cada vez maior do mundo civilizado e livre”, disse Zanatta.

FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/republica/reconhecimento-explicito-lula-enviara-embaixadora-para-posse-de-maduro-na-venezuela/

O fim da farsa

Lula mandará embaixadora à posse de Maduro
Lula e Nicolás Maduro em foto de 2023, durante visita do venezuelano a Brasília. (Foto: André Borges/EFE)

Diante da evidente fraude eleitoral que culminou com a declaração de vitória de Nicolás Maduro nas eleições venezuelanas de julho de 2024, Lula pretendeu cozinhar o assunto o quanto pôde: não reconheceu a “vitória” do companheiro socialista, como fizeram várias ditaduras mundo afora (e seu partido, o PT), mas também não afirmou categoricamente que a contagem dos votos havia sido fraudada, como fizeram várias democracias mundo afora, algumas delas reconhecendo o oposicionista Edmundo González como presidente eleito. Em vez disso, Lula e o chanceler de facto Celso Amorim flertaram com várias ideias esdrúxulas, incluindo a realização de novas eleições na Venezuela, até se fixarem em um pedido que sabiam ser irrealizável.

Para tentar iludir a opinião pública, o petista passou a insistir na apresentação dos boletins de urna (as chamadas “atas”) como condição para o reconhecimento do resultado. Mas havia um truque: tal apresentação, segundo Lula, só poderia ser feita pela autoridade eleitoral chavista. Era uma forma de contornar o fato de que a oposição já havia divulgado boletins suficientes para atestar a vitória de González, e de que o Centro Carter, observador internacional independente, havia confirmado a fraude. O pedido de Lula, evidentemente, foi ignorado por Maduro, dando início a uma pequena série de provocações que o observador mais atento sabia que deveria encarar com um certo ceticismo.

Se um governo não reconhece o resultado de uma eleição em outro país, não envia representante nenhum à pretensa posse do autoproclamado vencedor. Se o faz, é porque, no fim das contas, reconhece o resultado

Mas chegou a hora da verdade: em 10 de janeiro, o presidente eleito da Venezuela deverá assumir o cargo, e Maduro está preparando o seu teatro, como fizera em 2019 após “vencer”, em meados de 2018, uma eleição que já não teve o reconhecimento dos Estados Unidos, da União Europeia e do Brasil, então presidido por Michel Temer. E o governo brasileiro terá uma representante na cerimônia de “posse”: a embaixadora brasileira em Caracas, Glivânia Oliveira. Sua ida à Venezuela, no início de 2024, marcou o restabelecimento completo de relações entre os dois países, já que Jair Bolsonaro havia fechado a representação diplomática em 2020; Lula a reabriu em 2023, mas por um ano manteve lá um encarregado de negócios, e não um embaixador, lacuna que foi preenchida com o envio de Glivânia.

Não há como minimizar a decisão de Lula. Um embaixador está longe de ser um cargo qualquer; se parte da opinião pública está enxergando a escolha como um “rebaixamento” ou mesmo uma “crítica” a Maduro, é apenas por causa da enorme camaradagem entre o ditador bolivariano e o petista, que em outras circunstâncias já estaria com a viagem agendada para abraçar pessoalmente o amigo. O fato é que, se um governo não reconhece o resultado de uma eleição em outro país, não envia representante nenhum à pretensa posse do autoproclamado vencedor. Se o faz, é porque, no fim das contas, reconhece o resultado. E não se trata nem mesmo de um reconhecimento tácito, feito nas entrelinhas: trata-se de reconhecimento explícito. Gilvânia comparecerá ao evento em nome do governo brasileiro, e talvez até cumprimente Maduro enquanto ele estiver envergando a faixa presidencial; o que mais seria necessário para mostrar que Lula realmente considera o ditador como mandatário legítimo da Venezuela?

Assim termina a farsa de Lula e de seus colegas de esquerda no México e na Colômbia, dois países que também escolheram a estratégia do pedido pela publicação das atas, e que estarão representados no teatro do dia 10. O petista ganhou tempo, iludiu a parte da opinião pública que desejou ser iludida para não ter de reconhecer o erro cometido ao chamar Lula de “democrata” em 2021 e 2022, e no fim seguirá prestigiando o herói da “democracia relativa”, a vítima de “narrativas”, o responsável por manter algo que não é mais que um “regime desagradável”. O povo venezuelano, que elegeu González e teve sua voz sufocada pela ditadura chavista, sabe que não pode contar com Lula para absolutamente nada que envolva o fim de um regime usurpador. E a pequena troca de insultos se revelou um teatrinho ou, no máximo, uma briga entre amigos que já se entenderam novamente.

FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/editoriais/posse-de-maduro-fim-da-farsa-lula/

Rodrigo Constantino
Rodrigo Constantino

O Regime avisa: não mexam com nossos militantes

(Foto: ROSINEI COUTINHO/STF)

Jornalista no Brasil pode ser xingado, perseguido, censurado ou até preso, desde que seja independente. Se for um militante disfarçado de jornalista, porém, terá toda a proteção do sistema. Se trabalhar naquela emissora que faz propaganda diária do governo e aplaude o arbítrio supremo, então, terá a blindagem dos próprios ministros!

O jornalista David Ágape, do time independente, comentou sobre o caso mais recente e bizarro: “Um policial civil ousou mexer com a jornalista Natuza Neri, uma das porta-vozes do Regime. Uma confusão em um supermercado já mobilizou o ministro decano do STF, Gilmar Mendes, e o advogado-geral da União, Jorge Bessias. Enquanto isso, jornalistas continuam presos ou exilados, mas para o sistema, isso é irrelevante. O objetivo sempre foi claro: proteger os aliados e esmagar quem se atreve a contrariá-los”.

Se for um militante disfarçado de jornalista, porém, terá toda a proteção do sistema

A postagem surreal do ministro supremo foi a seguinte: “O ataque sofrido por Natuza Nery, em razão do simples exercício diário de seu ofício, exige pronta resposta do poder público, em especial dos órgãos de persecução penal”. Ele acrescentou: “É de nossa manutenção na pauta civilizatória que estamos a tratar. As democracias dependem do jornalismo profissional; sem ele, não há liberdade de informação e, por conseguinte, liberdade de expressão”.

Gilmar Mendes, não custa lembrar, é o mesmo que deu uma resposta um tanto atravessada a um jornalista no passado, quando disse: “Enfia essa pergunta na bunda”. O repórter havia questionado quem foi o responsável por custear as despesas de passagem aérea do ministro para Portugal, onde passa bastante tempo.

O deputado Mario Frias também comentou sobre o caso: “Vivemos num país em que o mero bate-boca num mercado é tratado como ataque e exige pronta resposta do nosso querido estado policial, com direito a manifestação com julgamento sumário de ministro da mais alta corte do país. É ou não uma maravilha viver nessa primorosa democracia? Como eu costumo dizer, garantismo penal é luxo que apenas traficante, estuprador, ladrão e assassino possuem. Que fique o aviso, ninguém incomode um dos agentes de propaganda do regime”.

O estado policialesco já avançou muito no Brasil, mas esse tipo de abuso produz reação. Os ministros do STF, por exemplo, precisam gastar fortunas com seguranças e só usam avião da FAB para evitar qualquer contato com o povo, que supostamente estão protegendo. Quando vão a um restaurante, costumam ser alvos de hostilização, assim como acontece com os militantes disfarçados de jornalistas que defendem o indefensável regime.

É isso que eles querem evitar a todo custo. E, para tanto, precisam intimidar quem ainda ousa desafiá-los, quem tem coragem de se manifestar apesar de tudo. É por isso que vão tentar destruir esse policial, para servir de aviso. Todo regime totalitário faz isso, pois não pode tolerar qualquer crítica, tratada como “ataque”.

O STF, porém, perdeu qualquer credibilidade, assim como a emissora “oficial” do regime. O povo pode até se sentir intimidado e acuado, e escolher se calar por prudência. Mas os ministros supremos e seus militantes adestrados jamais terão o respeito da população. Afinal, respeito legítimo não se obtém sob a mira de uma arma…

FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/rodrigo-constantino/o-regime-avisa-nao-mexam-com-nossos-militantes/

Moraes nega prisão domiciliar a Chiquinho Brazão, mas autoriza saída para exames

Chiquinho Brazão
Deputado preso por suspeita de envolvimento na morte de Marielle Franco passará por exame cardiológico. (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou um pedido de prisão domiciliar feito pela defesa do deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido) por questões médicas, mas o autorizou a sair da prisão para uma consulta presencial com um cardiologista de sua escolha, além de eventuais exames necessários.

A saída da Penitenciária Federal de Campo Grande (MS) será feita sob escolta da Polícia Federal para uma consulta na própria cidade e deverá ter a data, horário e local informados à autoridade com cinco dias de antecedência. Moraes atendeu a um parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR) que negou a progressão para a prisão domiciliar, mas autorizou a saída para a realização da consulta.

“Autorizo a imediata realização do exame de cineangiocoronariografia, que poderá ser realizado pelo médico cardiologista a ser indicado por João Francisco Inácio Brazão na cidade em que o réu está custodiado, mediante escolta a ser realizada pela Polícia Federal”, escreveu o magistrado.

Brazão está preso desde março suspeito de ser um dos mandantes da execução da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em março de 2018. A defesa dele pediu a substituição da prisão preventiva por domiciliar “humanitária”, com uso de tornozeleira eletrônica, alegando problemas graves de saúde.

Os advogados afirmam que Brazão foi diagnosticado com coronariopatia e já submetido a intervenções coronarianas, e atualmente sofre de dores constantes no peito, indicando possíveis complicações graves como obstrução arterial completa, necessidade urgente de cateterismo ou até mesmo cirurgia cardíaca de peito aberto.

O deputado chegou a ser avaliado em dezembro por um cardiologista na prisão, que recomendou novos exames e possível encaminhamento para cirurgia. Apesar disso, o pedido de prisão domiciliar foi negado.

Além da prisão, Brazão enfrenta desdobramentos políticos, como a cassação do cargo pelo Conselho de Ética da Câmara dos Deputados em agosto no passado. No entanto, ele recorreu à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que rejeitou o recurso.

A decisão foi enviada ao plenário, mas ainda não foi pautada. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), encerrou as atividades legislativas em 20 de dezembro, deixando o caso para o próximo presidente da Casa pautar.

FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/republica/moraes-nega-prisao-domiciliar-chiquinho-brazao-autoriza-saida-exames/

Paulo Briguet
Paulo Briguet

Daniel Silveira é bode expiatório do autoritarismo do Judiciário brasileiro

No episódio de Briguet Sem Medo deste domingo (29), Paulo Briguet comenta sobre a violação da lei na recente prisão do ex-deputado Daniel Silveira, que ocorreu quatro dias após ter recebido liberdade condicional. A determinação da nova prisão foi feita pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que alegou descumprimento das regras estabelecidas para a soltura.

Briguet critica a prisão de Silveira ao relembrar que o ex-deputado foi preso por um “crime de fala”, portanto uma medida arbitrária e ilegal, segundo a Constituição Federal; reflete sobre os desdobramentos do caso no contexto jurídico, apontando o abuso de autoridade no caso de Silveira em comparação a criminosos de maior gravidade; e ainda, alerta para a ameaça da liberdade de expressão e a censura para todos que, assim como Daniel Silveira, se opõem ao governo atual.

O caso Daniel Silveira Quatro dias após ter recebido liberdade condicional, o ex-deputado federal Daniel Silveira foi preso novamente pela Polícia Federal nesta terça (24). Segundo Moraes, Silveira teria descumprido o horário de recolhimento imposto como regra para a liberdade condicional.

A defesa do ex-parlamentar alega que ele sentiu fores dores lombares e, por isso, teria ido a um hospital em Petrópolis (RJ). Moraes alegou, no entanto, que não houve autorização judicial para isso e que, apesar de a liberação ter sido feita às 0h34, Silveira só retornou para casa às 2h10. O ministro determinou nesta quinta (26) que a defesa do ex-deputado explique as saídas e o “descumprimento das condições impostas na liberdade condicional”.

A decisão contrasta com a orientação mais recente dos tribunais superiores e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) de maior tolerância no tratamento de condenados.

Assista ao Briguet Sem Medo todas as quartas e domingos
Uma análise sem amarras sobre os fatos da política e do cotidiano em formato de crônica, com o jornalista Paulo Briguet. Todas as quartas e domingos, às 20h, no site da Gazeta do Povo, nos aplicativos de Android e Iphone e no canal do YouTube.

FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/paulo-briguet/daniel-silveira-e-bode-expiatorio-do-autoritarismo-do-judiciario-brasileiro/

Influência de Janja atrasa mudança na Secom

Paulo Pimenta (E), Lula (C) e Janja (D) (Foto: Marcelo Camargo/Ag. Brasil)Cláudio Humberto

Está bem adiantada a conversa sobre a ida de Sidônio Palmeira para a Secretaria de Comunicação da Presidência, hoje ocupada pelo ministro Paulo Pimenta, que já toma café frio na Secom. O marqueteiro resistiu no início principalmente por dois motivos: ganha muito mais trabalhando na iniciativa privada e avalia que a Secom é tribo com muito cacique e pouco índio. Sidônio não “exige” carta branca para assumir a pasta, mas quer o comando da pasta centralizado, o que não acontece hoje.

Pistolão

Um grande problema é o pitaco da primeira-dama Janja, que faz lobby para Brunna Rosa, que hoje cuida das redes sociais da Presidência.

Não entra mosca

Sidônio também tem problemas com declarações de Janja que contratam uma crise que não existia, como as ofensas ao empresário Elon Musk.

Cada um por si

Até Ricardo Stuckert, o fotógrafo, entra como peso. Com acesso direto a Lula, tem trabalho independente e controla as redes sociais do chefe.

Ministro sem força

Um dos motivos que empurrou Pimenta para fora da Secom é justamente a falta de comando. Dos sete secretários, o atual ministro só indicou dois.

FONTE: DP https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/influencia-de-janja-atrasa-mudanca-na-secom

Brasil notifica ingleses sobre acordo em Mariana

As vítimas que receberem pelo acordo brasileiro não podem também receber via processo na Inglaterra

Ruínas em Bento Rodrigues, distrito de Mariana (MG) atingido pelo rompimento da Barragem de Fundão, da Samarco. (Foto: José Cruz/Agência Brasil/Arquivo)Rodrigo Vilela

Brasil notifica ingleses sobre acordo em Mariana
O governo brasileiro notificou em 11 de dezembro, pela primeira vez, a Justiça de Londres sobre o acordo de repactuação pela tragédia de Mariana, assinado com as empresas BHP, Vale e Samarco. O Ministério de Relações Exteriores enviou a íntegra do documento aos cuidados da juíza Finola O’Farrell, responsável pelo caso na corte britânica, com todos os detalhes da homologação do acordo, pelo qual as famílias vitimadas no desastre serão indenizadas em R$132 bilhões. As informações são do jornalista Cláudio Humberto, colunista do Diário do Poder.

A expectativa é que a Juíza considere na sua sentença os valores (recordes) que estão sendo pagos pelas empresas no Brasil.

As vítimas que receberem pelo acordo brasileiro não podem também receber via processo na Inglaterra, de acordo com a notificação.

Os municípios de Sobralia, Córrego Novo, São Mateus e Conceição de Barra já abandonaram a ação da Pogust Goodhead no Reino Unido.

FONTE: DP https://diariodopoder.com.br/brasil-e-regioes/xwk-brasil/brasil-notifica-ingleses-sobre-acordo-em-mariana

Gusttavo Lima anuncia candidatura à Presidência em 2026

Cantor Gusttavo Lima anuncia candidatura à Presidência. (Foto: Instagram/Acervo Pessoal).Camile Soares

O cantor Gusttavo Lima anunciou que irá se candidatar à Presidência da Republica nas próximas eleições. O cantor não é afiliado a nenhum partido politico mas afirmou que começará a dialogar com grupos políticos que tenham alinhamento com seus planos na política.

Gusttavo disse em entrevista ao Metrópoles que apesar de não ter experiência política é um empreendedor e sabe como fazer “para a roda girar”.

“Conheço muita gente e, embora eu nunca tenha ocupado nenhum posto político, eu sou um empreendedor. Montei muitas empresas e sei como fazer para a roda girar. A gente tem que desburocratizar para o país funcionar melhor.”, afirma o cantor.

O sertanejo sempre apoiou publicamente o ex-presidente Jair Bolsonaro mas declarou não ter ideologias em sua candidatura “Chega dessa história de direita e de esquerda. Não é sobre isso, é sobre fazer um gesto para o país, no sentido de colocar o meu conhecimento em benefício de um projeto para unir a população”.

Gusttavo Lima recentemente teve seu nome envolvido em uma investigação por suspeita de lavagem de dinheiro com casas de apostas online. Contudo, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) solicitou o arquivamento do caso por falta de provas.

FONTE: DP https://diariodopoder.com.br/brasil-e-regioes/e09-brasil/gusttavo-lima-anuncia-candidatura-a-presidencia-em-2026

Governo Lula retoma gastos milionários em propaganda dos Correios

Correios falam em 'reposicionar a marca' em 2025 | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) retomou os investimentos em promoção dos Correios, três anos depois de Jair Bolsonaro (PL) reduzir os gastos com propaganda e comunicação. A apuração é do jornal Folha de S.Paulo.

A volta dessas despesas ocorre em um momento de forte prejuízo na estatal, que acumulou perdas superiores a R$ 2 bilhões nos primeiros nove meses de 2024, depois de encerrar 2023 com um déficit de R$ 600 milhões.

Em 2024, os Correios destinaram R$ 33,7 milhões ao patrocínio de entidades como a Confederação Brasileira de Ginástica e eventos como o Lollapalooza, a turnê de Gilberto Gil, os Jogos Universitários Brasileiros, o Tour do Rio de Ciclismo e o Sertões, entre outros.

Esses valores ainda são distantes do montante planejado para 2024 no relatório de gestão da empresa, que prevê R$ 380 milhões para publicidade e propaganda.

A expectativa, porém, é que em 2025 haja aumento nesse desembolso. Além da retomada do investimento em patrocínios, a estatal está pagando mais de R$ 200 milhões em bonificações a seus quase mais de 80 mil funcionários, fruto de acordo em convenção coletiva.

Apelidado de “vale-peru”, o benefício destina R$ 2,5 mil aos funcionários da estatal.

FONTE: REVISTA OESTE https://revistaoeste.com/economia/governo-lula-retoma-gastos-em-propaganda-dos-correios/

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