Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) saíram em defesa de Alexandre de Moraes, na quarta-feira passada (14), após a revelação de que ele comandava um gabinete dentro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que produzia relatórios “informais” contra apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, comentaristas políticos de direita e veículos de imprensa.
Além da adulação a Moraes, chamou a atenção da oposição outro aspecto daquela sessão plenária: o silêncio dos ministros André Mendonça e Kassio Nunes Marques.
Indicados por Bolsonaro para o STF, ambos eram vistos como esperança de contraponto à tendência de ativismo judicial e aos abusos da Corte contra a direita. A sessão da semana passada mostrou que ambos estão longe de assumir esse papel.Veja Também:
Desde que ingressaram no Supremo, tanto Mendonça como Nunes Marques chegaram a divergir pontualmente dos outros ministros em alguns julgamentos que afetavam a direita. A competência do Supremo para julgar os casos dos presos do 8 de janeiro, por exemplo, já foi contestada por ambos no plenário.
Em maio de 2023, Mendonça entrou em conflito com Moraes por uma divergência no julgamento do indulto concedido por Bolsonaro ao ex-deputado Daniel Silveira. O ministro – chamado por Bolsonaro de “terrivelmente evangélico” – também discordou de Moraes em maio de 2024 ao votar pela manutenção de uma resolução do Conselho Federal da Medicina (CFM) que proibia a assistolia fetal.
Em geral, contudo, os dois têm sido votos vencidos nas raras vezes em que decidem divergir dos outros ministros. Além disso, são criticados por membros da oposição por não aproveitarem as sessões para alçar a voz contra abusos, especialmente do ministro Alexandre de Moraes.Veja Também:
O que Mendonça e Nunes Marques poderiam fazer contra Moraes?
Na prática, Mendonça e Nunes Marques poderiam fazer algo contra os abusos de Moraes?
Para Alessandro Chiarottino, doutor em Direito Constitucional pela USP, ambos “têm feito pouco, de fato”; mas, para agir contra os abusos, precisariam da concordância da maioria dos membros do STF.
“E a gente sabe que não existe essa maioria. Ao contrário, a maioria é favorável ao Moraes”, diz. “O que eles poderiam ter feito seria uma oposição de cunho jurídico, político, ético até. Mas nada além disso.”
Já para a consultora jurídica Katia Magalhães, os outros ministros têm responsabilidade sobre o caso e deveriam agir pedindo investigação.
Em primeiro lugar, ela diz que as manifestações dos ministros Luís Roberto Barroso, Gilmar Mendes e do próprio Alexandre de Moraes durante a sessão do STF, sustentando a legalidade do gabinete “fora do rito” no TSE, são em si mesma uma violação da Lei Orgânica da Magistratura (LOMAN).
“Barroso e Gilmar prejulgaram assunto que pode vir a ser judicializado e encaminhado à sua apreciação, se, com base nas reportagens, vier a ser aberto um inquérito, e se a PGR vier a ingressar com uma denúncia contra Moraes por indícios da prática de crimes comuns”, afirma. Moraes, por sua vez, também estaria impedido de falar em juízo sobre um caso que envolve sua própria pessoa.
Num caso como esse, segundo a jurista, caberia aos outros ministros, como Kassio Nunes Marques e André Mendonça, “uma manifestação de repúdio público às falas impróprias de seus colegas”.
Além disso, segundo ela, “integrantes do Supremo poderiam, e deveriam ter tomado medidas práticas em relação ao assunto, pelo menos desde a primeira publicação dos documentos da Folha“.
“Na qualidade de magistrados e de cidadãos, poderiam ter requisitado à Polícia Federal a instauração de inquérito para a apuração das condutas de Moraes e de seus juízes auxiliares no TSE”, esclarece ela.
Na visão da jurista, os ministros deveriam ter feito isso. Ela recorda o artigo 102 da Constituição, segundo o qual compete ao STF o papel de processar e julgar seus próprios ministros em infrações comuns e nos crimes de responsabilidade.
“Por consequência, a Constituição impõe a cada magistrado de cúpula a obrigação de cuidado, proteção e vigilância da própria ordem constitucional do país, transformando-o em autêntico garante que os princípios contemplados pela Constituição não venham a ser infringidos”, afirma.
“Os princípios constitucionais da inércia do Judiciário e da imparcialidade da magistratura parecem ter sido diretamente afrontados por Moraes, razão pela qual cada um de seus dez colegas teria tido a obrigação de acionar o aparato policial”, acrescenta.
Magalhães lembra ainda o artigo 13 do Código Penal, sobre “a omissão daqueles que poderiam e deveriam ter agido para evitar o resultado danoso”.
“Com base nesse dispositivo, os pares de Moraes – todos garantes das normas da Constituição – poderiam e deveriam ter atuado para evitar a continuidade de resultados catastróficos, tais como a manutenção de prisões ilegais, de ordens de censura e de bloqueios de ativos financeiros. Quem cala, consente. Em âmbito criminal, a inação de ministros garantidores da Constituição não implica em mero consentimento; também contribui para a permanência dos danos, sendo passível de acarretar a responsabilização dos omissos”, afirma.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/republica/terrivelmente-mudos-nunes-marques-e-mendonca-frustram-esperanca-de-contraponto-a-moraes/
Ciro Gomes critica Moraes e alerta para a possibilidade de anular processos
O ex-deputado e ex-presidenciável Ciro Gomes (PDT) criticou duramente o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pela atuação fora dos ritos processuais ao pedir a um órgão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para produzir relatórios contra investigados pela Corte, principalmente aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Ciro se refere à série de reportagens publicadas pela Folha de S. Paulo há mais de uma semana que revela uma troca de mensagens entre assessores de seu gabinete e da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação (AEED) do TSE, em que escolheu alvos específicos para monitoramento. O magistrado também vem prorrogando indefinidamente o andamento do chamado “inquérito das fake news”, que completa 2 mil dias no mês que vem.
“Desde 2019, Moraes resolveu transformar esse inquérito numa coisa que não tem fim, no inquérito do fim do mundo. Isso, data máxima vênia, não é direito. É incorreto. Está simplesmente produzindo nulidade para, inclusive, garantir a impunidade dos malfeitores”, disse o ex-deputado em um vídeo publicado nas redes sociais nesta quarta (21).
Ciro Gomes afirmou que os envolvidos nas investigações já deveriam ter sido indiciados e levados a julgamento, com provas colhidas e o direito à ampla defesa assegurado. Segundo ele, o prolongamento do inquérito, que já se arrasta há mais de cinco anos, compromete a efetividade da justiça e a memória das tramitações.
O ex-deputado afirma que o próprio ministro havia declarado que “seria esquizofrênico” se auto oficiar enquanto presidente do TSE na época, mas criticou o fato de que Moraes acabou acumulando funções e poderes durante esse período, o que enfraquece sua autoridade perante a opinião pública.
“Como é ele mesmo o agredido, ele está, aparentemente, perdendo a isenção e o distanciamento”, disparou sugerindo que o ministro está perdendo a imparcialidade necessária para conduzir o caso.
Ciro ainda fez uma analogia com o futebol para ilustrar a concentração de poderes nas mãos de Moraes. Para ele, o magistrado “bate lateral, faz o gol de cabeça, como juiz, valida, embora haja uma queixa de impedimento, e faz ele mesmo a perícia do VAR no lance”.
Por fim, Ciro Gomes defendeu o encerramento do inquérito das fake news, argumentando que essa é a única maneira de “as coisas voltarem à normalidade”. E expressou preocupação com o prolongamento dos processos e a possível deterioração da confiança da população no sistema judiciário.
Entenda o caso
Desde a semana passada, a Folha de S. Paulo vem publicando uma série de reportagens sobre trocas de mensagens entre servidores do STF e do TSE, um pacote de mais de 6 gigabytes de diálogos e arquivos trocados via WhatsApp entre auxiliares de Moraes e outros integrantes dos dois tribunais a que a apuração teve acesso.
Os conteúdos das matérias afirmam que o gabinete de Moraes teria ordenado informalmente à Justiça Eleitoral a produção de relatórios contra apoiadores de Bolsonaro e comentaristas de direita para embasar decisões dele em inquéritos em andamento na Corte.
A troca de mensagens sugere que houve supostamente adulteração de documentos, prática de pesca probatória, abuso de autoridade e possíveis fraudes de provas. Os alvos escolhidos sofreram bloqueios de redes sociais, apreensão de passaportes, intimações para depoimento à PF, entre outras medidas.
Todos os pedidos para investigação e produção de relatórios eram feitos via WhatsApp, sem registros formais. As conversas vazadas envolveram Airton Vieira, juiz instrutor do gabinete de Moraes no STF, Marco Antônio Vargas, juiz auxiliar de Moraes durante sua presidência no TSE, e Eduardo Tagliaferro, então chefe da AEED (Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação), órgão que era subordinado a Moraes na corte eleitoral.
As mensagens e áudios ocorreram entre agosto de 2022 e maio de 2023 e mostram perseguição aos jornalistas Rodrigo Constantino e Paulo Figueiredo, à Revista Oeste, ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), entre outros nomes de direita.
Em nota enviada à Gazeta do Povo, o gabinete do ministro Alexandre de Moraes negou qualquer irregularidade nas requisições dos relatórios. Moraes argumenta que o TSE, “no exercício do poder de polícia, tem competência para a realização de relatórios sobre atividades ilícitas”.
Na sessão do dia 14, após tomar conhecimento das revelações feitas pela Folha, o ministro afirmou que todos os alvos de relatórios produzidos pelo órgão de combate à desinformação do TSE já eram investigados no inquérito das fake news ou no das milícias digitais, ambos sob sua relatoria no STF.
Moraes também disse que todos os agravos regimentais (recursos apresentados pelo alvo, Ministério Público ou outra parte do processo) foram levados por ele para análise no plenário do STF, com acompanhamento pela PGR (Procuradoria-Geral da República) de todas as movimentações do processo.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/republica/ciro-gomes-critica-moraes-alerta-possibilidade-anular-processos/
Novas mensagens mostram que vale tudo para pegar os críticos do TSE e do STF
A Folha de S.Paulo deu mais um capítulo dos 6 gigabytes de conversas, de mensagens que, segundo o jornalista americano Glenn Greenwald, saíram do gabinete do ministro Alexandre de Moraes.
Estamos vendo qual é o modus operandi do STF e do TSE em um caso envolvendo o ex-deputado estadual do Paraná Homero Marchese. Disseram que ele teria publicado o nome do hotel em que estavam os ministros participantes daquele evento da Lide, do João Doria, em Nova York, que ele teria dado dicas para as pessoas se reunirem na frente do hotel e criticarem, vaiarem os ministros. Não foi nada disso, mas agiram daquela forma que já conhecemos, “vamos pegar, vamos ver o que tem para pegá-lo”, e aí congelaram os perfis de Marchese.
A respeito de vaia, o próprio ministro Alexandre de Moraes disse uma vez: quem não quiser ser criticado, satirizado, que não se ofereça ao serviço público. E a vaia é também um sinal de importância da pessoa. Certa vez eu estava em Tóquio e uma multidão vaiava uma pessoa que estava hospedada no mesmo hotel onde eu estava, o New Otani. Perguntei quem era, e me disseram que era um ministro famoso das Filipinas. Ninguém vaia um ilustre desconhecido. Essa é uma maneira de mostrar que a pessoa é importante, e faz parte do ônus de ser servidor público. A população tem direito de criticar, de reprovar a atuação de seus funcionários. Não pode caluniar – é crime, assim como injuriar e difamar –, mas vaiar sim, é uma expressão de desaprovação.
PF acha que ex-assessor do TSE passou mensagens para Greenwald
A Polícia Federal está investigando, desconfiando daquele funcionário que era perito criminal, o Eduardo Tagliaferro, que depôs nesta quarta-feira. Ele disse que não repassou as mensagens. Mas, caso tenha sido, não foi hackeamento, nem prova obtida de maneira ilegal, mas uma cessão de registros de serviços públicos. O artigo 37 da Constituição diz que o serviço público é caracterizado pela publicidade, isto é, transparência; o povo tem o direito de saber o que se conversa dentro do serviço público, a não ser que seja algo de segurança nacional, que exija segredo extremo.
Argentina de Milei enfileira um superávit atrás do outro
Agosto terminando, e temos o oitavo mês de superávit comercial da Argentina no governo de Javier Milei. Estudiosos, aqui no Brasil, ainda ontem me falavam sobre como é rápida a reação da economia de um país, do mercado, de tudo. Não é preciso esperar anos, é muito rápido. Mudou o governo, muda a economia para cima ou para baixo, ou para tudo, se reinar o pessimismo. Já disse aqui várias vezes que o otimismo e o entusiasmo é que fizeram o milagre econômico brasileiro, com o Brasil crescendo 14% ao ano, e o contrário é verdadeiro também. Basta uma posição de governo que logo surgem os resultados, como estamos vendo na Argentina, que é uma espécie de modelo para nós.
Queimadas na Amazônia dobraram em relação ao ano passado
Volto a falar do meio ambiente, porque temos o dobro de queimadas na Amazônia em relação aos oito primeiros meses do ano passado. Inclusive há quem diga que está queimando até a floresta em pé, o que os entendidos da Amazônia dizem ser impossível, porque seria preciso derrubar primeiro e esperar seis meses para secar, do contrário não pega fogo. No Pantanal é certo que está queimando, por causa do que chamam de “franja”, que a Amazônia não tem e o Pantanal tem. É o capim que cresce, o gado não come e facilita que o fogo se espalhe. Lá as queimadas estão seis vezes maiores. No Parque Nacional da Serra do Cipó acontece a mesma coisa.
Setembro é mês tradicional de enchente no Rio Grande do Sul, mas não fizeram nada nos rios assoreados
No Rio Grande do Sul eu faço um alerta sobre rios que eu conheço bem: o Jacuí, da minha infância, onde eu nadei tantas vezes, onde eu aprendi a atravessar, e o Taquari estão absolutamente assoreados; as pessoas passam na vau, caminhando. No Guaíba é a mesma coisa, está cheio de ilhas. Então, por que não começou ainda uma dragagem a todo vapor? Vêm aí as “chuvas de São Miguel”, e a enchente de São Miguel é algo tradicional, previsível no Rio Grande do Sul.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/alexandre-garcia/tse-stf-homero-marchese-alexandre-de-moraes/
O jornalismo de luto
No dia da morte de Silvio Santos, a “Veja” deu a seguinte manchete: “A ideologia política de Silvio Santos: beija-mão de militares a Bolsonaro”.
Vamos ser mais específicos: essa “notícia” foi publicada não apenas no dia da morte do dono do SBT, mas cerca de uma hora depois de informado o falecimento. Você nem sabia que os urubus poderiam ser tão velozes.
A primeira e inevitável conclusão dispensa todas as outras: Silvio Santos continua vivo e a “Veja” morreu.
Dito isso, vamos ao beija-mão.
Se você afronta o luto e sai correndo para expelir uma pensata de quinta categoria sobre a vida do falecido, você está beijando a mão de quem? A sordidez é um bom patrão? E se você atropela o luto de alguém para usar a morte como outdoor, qual é a sua ideologia política? Resposta correta: nenhuma. Você é apenas um bagaço moral.
Mas claro que você quer dar a impressão de ter uma ideologia política – calculando que o seu público (?) lhe atribuirá uma grandeza que você não tem. O que você faz, então? Usa a desonestidade intelectual – especialidade da casa. Pega uma foto de Silvio Santos no auditório diante de um telão com a imagem de Bolsonaro. Qual o efeito visual que você consegue, com a sutileza que só as aves de rapina têm? Bolsonaro fica maior que Silvio Santos na foto.
No dia da morte de Silvio Santos. Uma hora após o anúncio da morte de Silvio Santos.
O bolsonarismo e o fascismo imaginário viraram um anabolizante para os medíocres. Viraram a desculpa preferencial dos parasitas. Viraram o grande álibi dos inúteis
Como classificar uma imprensa que se demite da missão jornalística e abraça sofregamente uma cartilha politicamente correta, woke ou que nome se queira dar a esse sacolão de virtudes de mentira? Panfleto vip? Fake news de grife? Fique à vontade para escolher sua definição preferida.
Algumas horas depois do vexame da manchete “beija-mão”, a “Veja” voltou à carga, mostrando que seria implacável com os enlutados: “A relação complexa de Silvio Santos com a comunidade LGBT+”. Não é nada complexa a relação da revista com seus propósitos inconfessáveis: vamos pisar na morte para beijar a mão dos cínicos.
Claro que isso aí não é defesa de minoria alguma. Demagogia jamais serviu para proteger ninguém.
E outros veículos que já foram grandes entraram na mesma sanha de avacalhar o luto por Silvio Santos com “matérias” instantâneas sobre quem vai mandar no SBT, etc.
Muito triste o funeral da velha imprensa.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/guilherme-fiuza/o-jornalismo-de-luto/
Lula se reune com aliado e 24 horas depois libera ‘dinheiro fácil’: R$ 143 milhões
O petista Lula aprovou em apenas 24 horas a liberação de R$ 143 milhões para a Prefeitura de Araraquara (SP), administrada pelo prefeito Edinho Silva (PT-SP), um de seus aliados mais próximos. Os recursos serão destinados a uma obra de infraestrutura voltada para o combate a enchentes na cidade.
Segundo informações do sistema de transferência do governo federal, a Prefeitura de Araraquara apresentou a proposta no dia 5 de julho de 2023. No dia seguinte, o prefeito Edinho Silva se encontrou com Lula em Brasília, onde, conforme relatado por Edinho em suas redes sociais, Lula fez uma ligação para o ministro das Cidades, Jader Barbalho Filho, ordenando a liberação do montante.
Em resposta, o Ministério das Cidades declarou que a destinação de recursos segue critérios técnicos, como em todos os programas da pasta. No entanto, não houve comentários específicos sobre o telefonema de Lula para o ministro.
O convênio estabelecido entre a Prefeitura de Araraquara e o Ministério das Cidades prevê que o governo federal repasse os R$ 143 milhões até 2025, com uma reserva inicial de R$ 20 milhões já garantida.
Os recursos destinados a Araraquara provêm diretamente dos ministérios, e não de emendas parlamentares, o que significa que a decisão sobre o destino do dinheiro cabe ao governo federal.
FONTE: JCO http://blog.cesarvale.com.br/wp-admin/post.php?post=54798&action=edit
CCJ do Senado faz vergonha alterando lei para favorecer políticos ladrões
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado protagonizou nesta quarta (21) um dos momentos mais vergonhosos da história recente do Congresso, aprovando projeto que desfigura a Lei da Ficha Limpa para beneficiar políticos inelegíveis por envolvimento em casos de corrupção. A jogada tem o DNA do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha: o projeto é de sua filha, deputada Dani Cunha (União-RJ), com parecer entusiástico do relator na CCJ, senador Weverton Rocha (PDT).
Decoro na cesta do lixo
A aprovação também do “regime de urgência” confere prioridade para votação da proposta indecorosa no plenário do Senado.
Volta à cena do crime
O projeto reduz a punição dos políticos ladrões, autorizando candidaturas já nas eleições deste ano e os habilitando a voltarem à cena do crime.
Regra dilacerada
A Lei da Ficha Limpa prevê que político ladrão fica inelegível pelo tempo equivalente ao restante do mandato mais os oito anos seguintes.
Corruptos liberados
A inelegibilidade será só de oito anos, a partir da posse no mandato em que praticou o crime. Isso livra todos os corruptos transitado em julgado.
Senador diz que o STF passou de todos os limites
O senador Márcio Bittar (União-AC) acredita que a crise entre Legislativo e Supremo Tribunal Federal (STF) atingiu o ápice após as revelações da Folha de S.Paulo envolvendo assessores do ministro Alexandre de Moraes em suposta fabricação de provas contra alvos bolsonaristas pré-determinados. “Todos os limites foram quebrados”, afirmou Bittar ao podcast Diário do Poder. O senador admite, entretanto, que a oposição não tem votos suficientes para aprovar o impeachment do ministro.
Faltam votos
“Não temos 54 votos para cassar”, admitiu Bittar, “mas não significa que não possamos tentar”, diz o senador, para quem não se deve ter pressa.
Deve mudar
O senador acredita que as eleições de 2026 devem “mudar a relação de forças” e confia que o futuro Senado poderá promover o impeachment.
‘Golpe’ é fake
Bittar acusa o STF de promover “uma grande fake news” ao classificar a quebradeira do 8 de janeiro em Brasília como “tentativa de golpe”.
Poder sem Pudor
O medo de Brizola
Leonel Brizola encontrou Tancredo Neves em um evento político e se derramou em elogios, lembrando que ele fora o último ministro da Justiça de Getúlio, indo ao seu enterro e falando em seu túmulo. “Foi também primeiro-ministro de Jango, compareceu ao seu enterro e discursou junto ao túmulo. O senhor merece o meu apreço”, completou. Quando Brizola se despediu e foi embora, Tancredo brincou: “Aquilo não é elogio, não. Ele está com medo que eu o enterre. E discurse.”
Perdeu, mané
Lula não se conforma com a derrota imposta pelo Congresso, fazendo o STF recuar para manter tudo como era, incluindo emendas pix, individuais, de bancada etc., todas impositivas. Ele queria se apropriar da bolada de R$53 bilhões das emendas para bancar o falecido “PAC”.
Criador e criaturas
Foi Lula II que turbinou as emendas individuais, para ser “mais convincente” nas negociações com parlamentares, que, depois, tornou-as impositivas. Eles agora não abrem mão da autonomia.
Crescimento rápido
O pedido de impeachment de Alexandre de Moraes ultrapassou um milhão de assinaturas menos de uma semana após seu início na plataforma Change.org. Foram 100 mil somente nesta quarta (21).
Vai ou racha
Para Magno Malta (PL-ES), ou o Senado aprova o impeachment de Alexandre de Moraes “ou nós temos que jogar a toalha, pedir para ir embora, desmoralizados por não ter a coragem de enfrentar”.
Frase do dia
Democracia não necessita de acordo
Senador Plínio Valério (PSDB-AM) sobre o conchavo batizado de “acordo pela democracia”
Tudo como dantes
Kim Kataguiri (União SP) nega a existência do “pacto democrático” citado por Rodrigo Pacheco após o regabofe dos Poderes que desfez a decisão do STF contra as emendas parlamentares: existe é “um grande acordão”.
Candidatos únicos
Levantamento do Instituto de Pesquisa em Reputação e Imagem aponta que 214 municípios têm só um candidato a prefeito, em 2024. É o maior número dos últimos 24 anos, quase o dobro do recorde em 2008 (131).
Anote aí
O governo Lula (PT) já conseguiu torrar cerca de R$80 milhões com viagens apenas no mês de agosto. No total de 2024, a administração petista se aproxima dos R$993 milhões gastos com passagens e diárias.
Se prepare
Em uma semana começa em todo o País o horário eleitoral no rádio e na TV. A exibição da propaganda “gratuita” começa no dia 30 de agosto e vai até o próximo dia 3 de outubro, no primeiro turno.
Pensando bem…
…a briga para controlar os bilhões das emendas parlamentares, quem diria, virou “luta pela democracia”.
Inquérito de Moraes tenta identificar fontes da ‘Vaza Toga’
O ministro Alexandre de Moraes, do STF, acionou uma investigação confidencial para apurar o vazamento de mensagens envolvendo seus assessores e antigos auxiliares do TSE. No centro da polêmica, o perito Eduardo Tagliaferro, ex-chefe do núcleo de combate à desinformação no tribunal, foi intimado pela PF para depor nesta quinta-feira (22), em São Paulo.
A oitiva será quinta-feira (22) na superintendência da corporação, em São Paulo. Tagliaferro chefiou o núcleo de enfrentamento à desinformação do TSE durante a presidência de Moraes. Ele deixou o cargo em maio de 2023, após ser preso sob suspeita de violência doméstica contra a esposa.
A defesa de Tagliaferro, que deixou o cargo em maio após ser preso por suspeita de violência doméstica, solicita “acesso total e irrestrito” ao processo sigiloso e a remarcação do depoimento. O inquérito foi instaurado depois que a “Folha de S.Paulo” expôs mensagens nas quais o gabinete de Moraes, informalmente, teria solicitado relatórios ao TSE para fundamentar ações contra apoiadores de Bolsonaro no âmbito do inquérito das fake news, em 2022.
A equipe de Moraes, por sua vez, alega que todas as medidas contra os bolsonaristas, realizadas com apoio do TSE, seguiram os trâmites legais e foram devidamente documentadas.
Malta cobra Pacheco sobre impeachment: ‘O rei está nu’
O senador Magno Malta (PL-ES) cobrou do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), uma postura firme para pedir impeachment ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
O parlamentar afirmou que se o caso não for pautado, o Senado sairá “desmoralizado”.
“Agora o rei está nu. Quem vai passar o pano? Eu me dirijo ao presidente desta Casa, senador Rodrigo Pacheco! Ou esta Casa pede o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, ou nós temos que “jogar a toalha”, pedir para ir embora, desmoralizados por não ter a coragem de enfrentar quem deve respeito e explicações ao Senado da República, que é a Casa da Federação e que representa o povo brasileiro”, declarou o senador em pronunciamento no Plenário da Casa.
A cobrança de Magno Malta se dá pelo vazamento de conversas onde assessores de Moraes sugerem a fabricação de relatórios contra aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Como noticiou o Diário do Poder, o ex-presidente mencionou estar aguardando outras reportagens sobre como o gabinete do ministro deu ordens informais para a produção desses relatórios pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que era presidido por Moraes.
Ainda no pronunciamento, Malta também ponderou a situação do senador Marcos do Val (Pode-ES), que teve bloqueio das redes sociais e de até R$ 50 milhões de suas contas bancárias por ordem do magistrado.
Embaixada da Argentina na Venezuela denuncia roubo de US$ 90 mil
A Embaixada da Argentina na Venezuela comunicou às autoridades de Caracas, nesta quarta-feira, 21, que US$ 90 mil (cerca de R$ 493 mil, na cotação atual) foram roubados da conta bancária da missão diplomática no país. As informações são da CNN.
Depois de descobrir o roubo, a embaixada pediu explicações ao banco e fez uma denúncia formal.
O incidente acontece em meio à tensão entre os governos dos dois países. O presidente da Argentina, Javier Milei, e o ditador Nicolás Maduro têm trocado acusações nos últimos meses, especialmente depois das eleições presidenciais na Venezuela.
Venezuela tem retaliado países da América Latina
Além de retirar o seu corpо diplomático de Buenos Aires, Maduro ordenou a saída da Embaixada da Argentina em Caracas como parte de uma retaliação contra países que questionam o resultado do pleito.
A Embaixada da Argentina em Caracas abriga seis dissidentes venezuelanos que buscam asilo. O governo argentino solicitou salvo- condutos ao regime venezuelano para permitir a saída dessas pessoas, mas ainda não obteve resposta. O Brasil está responsável pela segurança local.
Em um comunicado conjunto publicado na última sexta-feira, 16, 22 países e a União Europeia reiteraram o pedido para que a Venezuela permita a saída dos requerentes.
FONTE: REVISTA OESTE https://revistaoeste.com/mundo/venezuela-embaixada-da-argentina-denuncia-roubo-de-us-90-mil/?utm_source=pushnews&utm_medium=pushnotification
Be the first to comment on "“Terrivelmente mudos”: Nunes Marques e Mendonça frustram esperança de contraponto a Moraes"