Donald Trump foi nomeado oficialmente o candidato republicano à Presidência pela convenção do partido, que começou nesta segunda (15) em Milwaukee, Wisconsin.
A oficialização da candidatura ocorreu após Trump escolher o senador republicano J.D. Vance, de Ohio, como seu companheiro de chapa.
“É minha honra nomear Donald J. Trump para o cargo de presidente dos Estados Unidos”, disse Jeff Kaufmann, diretor do partido em Iowa, o primeiro estado a se manifestar nas primárias republicanas, e responsável por fazer o discurso de nomeação.
No discurso, Kaufmann repetiu os eixos temáticos da convenção e bandeiras da campanha de Trump: tornar os EUA ricos de novo, seguros de novo, fortes de novo e grandes de novo.
A convenção começou com um momento de silêncio em respeito às vítimas do ataque de sábado, seguida por uma oração comandada pelo arcebispo Elpidophoros, da Igreja Ortodoxa Grega.
O encontro vai até quinta (18). São esperadas cerca de 50 mil pessoas na cidade.
Só esquerda demente vê armação em atentado a Trump
A esquerda moderna desenvolveu uma nova tara: sempre que alguém tenta assassinar, à faca ou a tiro, um líder de direita durante as campanhas eleitorais, sua reação automática é dizer que foi tudo armação da própria vítima. Nem se pergunte, na construção deste tipo de absurdo, porque alguém iria forjar um tiro na sua orelha e assumir o risco de ver a cabeça furada de um lado para o outro – além de provocar a morte de um apoiador e ferimentos graves em outros dois, como foi no atentado contra Donald Trump neste fim de semana.
Da mesma forma, é demente sair dizendo que o ex-presidente Jair Bolsonaro deu uma facada em si mesmo, que exigiu cirurgias extensas e o deixou, segundo todos os médicos que o atenderam, a um passo da morte. Não importa: como o agredido é de direita, é tudo invenção dele mesmo, pois no mundo mental da esquerda, gente de direita só agride; não pode, nunca, ser agredido.
No mundo desenvolvido está se tornando uma religião entre a esquerda, os “centristas” e as classes culturais, traficar o ódio como matéria prima da ação política
Esse tipo de reação à tentativa de assassinato de Donald Trump não veio apenas do esgoto da internet – esse mesmo que deixa tão horrorizados o ministro Alexandre de Moraes e seus colegas de STF quando o destinatário das mentiras é alguém da esquerda ou do “centro civilizado”. (Como, nesse caso, a vítima era um Godzilla da direita como Trump, nenhum deles deu um pio sobre a necessidade de “regulamentar” as redes sociais.)
Não é só do mundo digital, também, que vem a frustração irritada com a falha do assassino, que deveria matar e não conseguiu, e outras reações de ódio patológico contra a “extrema direita”. No caso de Trump, um ex-ministro e ex-presidente do PT afirmou com toda a clareza que foi ele que falsificou o atentado, da mesma forma como Bolsonaro teria forjado a facada que recebeu no estômago – a “fake ada”, como ele diz. A principal estrela das milícias usadas pelo governo e pelo PT para espalhar mentiras, de volta à cena do crime depois de se entalar numa operação de “rachadinha” explícita, foi na mesma linha.
É verdade que o Itamaraty não declarou que “entende” os motivos do assassino, como entende o assassinato de civis palestinos pelo Hamas. É verdade também que Lula reprovou o atentado contra Trump e disse que o crime era “inaceitável”. Mas é claro que ninguém no governo e no STF faz a menor restrição às barbaridades ditas por seus aliados – o que prova, mais uma vez, que o seu único compromisso é com a destruição dos adversários da “extrema direita”.
Obviamente, não é apenas no Brasil que se verifica essa espécie de transtorno de conduta. No mundo desenvolvido, particularmente, está se tornando uma religião, entre a esquerda, os “centristas” e as classes culturais, traficar o ódio como matéria prima da ação política. Nada comprova isso de maneira tão evidente quanto a obsessão em pregar automaticamente, sem nenhuma reflexão séria, que Trump, Bolsonaro e todos os líderes de direita com capacidade de ganhar eleições, de Marine Le Pen a Giorgia Meloni, de Viktor Orban a Javier Milei, são monstros fanáticos nazifascistas que vão “destruir a democracia” e levar a humanidade de volta à Idade da Pedra.
A possibilidade de qualquer líder de direita, por mais forte que seja e por mais votos que tenha, de criar uma ditadura ganhando eleições é de zero elevado à potência zero. Trump não é fascista, nem nazista e não tem a mais remota intenção de implantar uma ditadura nos Estados Unidos – e materialmente nem poderia, no caso de querer. A mesma observação se aplica integralmente a Bolsonaro. Insistir nessas acusações histéricas é, hoje, a mais venenosa manifestação de ódio na vida política mundial.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/jr-guzzo/esquerda-demente-ve-armacao-atentado-trump/
MP-TCU pede investigação sobre negócio de R$500 milhões da Caixa Econômica
O subprocurador-geral do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), Lucas Rocha Furtado, apresentou uma representação no TCU nesta segunda-feira (15) exigindo que a Caixa Econômica Federal esclareça a compra de R$ 500 milhões em letras financeiras do Banco Master.
A operação milionária foi considerada “arriscada” e “atípica” para os padrões do banco.
Furtado busca uma investigação detalhada das possíveis irregularidades associadas ao investimento, levando em conta os riscos envolvidos.
De acordo com uma reportagem do jornal O Globo, um parecer sigiloso de 19 páginas da área de renda fixa da Caixa Asset, a divisão de gestão de ativos da Caixa, desaconselhou fortemente a operação.
Além disso, dois gerentes que se opuseram à compra foram destituídos de seus cargos pela administração da Caixa na última semana.
A ação foi interpretada internamente como uma tentativa de retaliação.
Nunes descarta golpe em 8 de janeiro, ‘depredação de patrimônio público’
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, que disputará a reeleição em outubro deste ano, afirmou, nesta segunda-feira (15), que os ataques violentos de 8 de janeiro de 2023 em Brasília (DF) não foram uma tentativa de golpe de Estado afirmou, nesta segunda-feira (15) que o 8 de janeiro não foi uma tentativa de golpe de Estado, mas, sim, ataque contra o patrimônio público.
Segundo o prefeito de São Paulo, os atos de vandalismo são condenáveis e devem ser repudiados, mas não configuram uma ameaça real ao regime democrático no Brasil.
“Oito de janeiro nós podemos comparar também com 23 de setembro de 2015. Se entrarmos no Google e colocarmos ‘Boulos invade ministério’, vai sair a foto do Boulos em cima da mesa em um prédio público do Ministério da Fazenda em ato contra o ajuste fiscal proposto pelo governo Dilma Rousseff, na época. Não tem diferença em relação a invasões de prédio público”, comparou Nunes, citando o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), seu principal adversário na corrida eleitoral paulistana.
“Eu me posicionei veementemente de forma contrária à depredação do patrimônio público no 8 de janeiro. Agora, essa questão do dia 23 de setembro é algo para podermos refletir”, completou o prefeito, em sabatina promovida pelo UOL e pelo jornal Folha de S.Paulo.
O episódio mencionado por Nunes ocorreu no dia 23 de setembro de 2015, no primeiro ano do segundo mandato da então presidente Dilma Rousseff. Boulos, na época, era líder do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) e participou da invasão ao prédio do Ministério da Fazenda na capital paulista. Também houve atos do MTST em Brasília.
Questionado se os ataques de 8 de janeiro de 2023 poderiam ser classificados como tentativa de golpe, Nunes respondeu: “Daquelas pessoas que estavam ali, eu não acredito. Então, foi tentativa de golpe o Boulos ter invadido, em 2015, o prédio do Ministério da Fazenda”.
“Aquelas pessoas que a gente viu ali, a grande maioria humildes, ambulantes e aposentados… eu não consigo imaginar. Cometeram um erro gravíssimo e têm de pagar por isso. Mas está muito distante de a gente poder dizer que aquelas pessoas tinham a intenção de dar um golpe de Estado”, afirmou Ricardo Nunes.
Atentado contra Donald Trump
O prefeito de São Paulo também comentou o atentado sofrido pelo ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, no domingo (14), durante um comício de sua campanha à Presidência do país, na Pensilvânia. O republicano levou um tiro na raspão na orelha, mas passa bem.
Indagado se a tentativa de assassinato de Trump poderia ter alguma influência na eleição em São Paulo, Nunes respondeu: “Na eleição municipal de forma direta, não. Mas, de forma indireta, sim”.
“A gente precisa ter ações como essa como um exemplo daquilo que não se pode fazer. Não é aceitável nem razoável qualquer tipo de comportamento que gere uma agressão como essa. A fala mais sensata que eu vi é a colocação do Vaticano, pedindo paz e contra qualquer tipo de agressão a qualquer político ou a qualquer pessoa”, afirmou o prefeito.
Nunes também relembrou a facada sofrida pelo ex-presidente Jair Bolsonaro em setembro de 2018, durante a campanha eleitoral, em Juiz de Fora (MG).
Voos de ministros em jatinhos batem recorde em junho
O total de voos realizados por autoridades do governo Lula (PT) e pelos presidentes dos Poderes em jatinhos da Força Aérea Brasileira bateu recorde para um único mês. Segundo os dados da FAB, foram 271 viagens apenas mês passado. Em maio, por exemplo, foram 85 voos. Este ano, até agora, o total já superou 930 viagens. O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, foi quem mais viajou em 2024, até o momento: requisitou jatinhos da FAB 71 vezes. As informações são do jornalista Cláudio Humberto, do Diário do Poder.
O presidente da Câmara, Arthur Lira, tem 65 viagens nas asas da FAB, enquanto Fernando Haddad (Fazenda) fez 58 voos nos jatinhos.
Jatinhos da FAB são um dos principais luxos reservados apenas às mais altas autoridades da República e seus convidados.
Esse total não leva em conta as viagens de Lula no seu Airbus e outros jatos da FAB, assim como os voos do vice Geraldo Alckmin.
A violência política na maior democracia do Ocidente
No episódio de violência política mais grave ocorrido nos Estados Unidos desde a invasão do Capitólio, em 6 de janeiro de 2021, o ex-presidente e candidato republicano à presidência dos EUA Donald Trump sobreviveu por muito pouco a um atentado a tiros durante um comício na Pensilvânia, no último sábado. Trump levou um tiro de raspão na orelha; um bombeiro que estava na plateia morreu atingido por outro disparo, enquanto protegia sua família, e outras duas pessoas foram feridas.
O atirador, Thomas Matthew Crooks, foi morto por atiradores de elite segundos após efetuar os disparos, e seus pertences estão com órgãos de investigação. No entanto, mesmo sem que se saiba quais os motivos específicos que levaram Crooks a tentar matar Trump, e mesmo que tenham ocorrido falhas por parte do Serviço Secreto norte-americano, encarregado de proteger o ex-presidente e prevenir esse tipo de situação, já é possível identificarmos com toda a certeza uma causa remota do ataque sofrido pelo republicano: a degeneração do debate político, com a normalização da retórica que demoniza ou desumaniza o adversário – um fenômeno que não é nem de longe exclusividade norte-americana, podendo ser observado em muitas democracias ocidentais.
Uma causa remota do ataque sofrido por Trump é a degeneração do debate político, com a normalização da retórica que demoniza ou desumaniza o adversário
Quando adversários políticos já não são tratados como o que são – pessoas que têm discordâncias legítimas e merecem o devido respeito, ainda que se considere que estejam profundamente equivocadas – para ganharem designações como “lixo”, “vermes” ou “animais selvagens” (todos esses exemplos reais, vindos dos dois lados do espectro político), está dado o recado: a eles não é preciso dispensar o mesmo tratamento dado a um ser humano. Da mesma forma, a banalização de termos como “fascista”, “nazista” ou “ameaça à democracia” para designar políticos ou seus apoiadores segue o roteiro idêntico. Para quem crê que a única forma de lidar com um nazista não é na conversa, mas no braço (ou na bala), basta juntar os pontos que a violência política acaba legitimada.
Na contramão de algumas reações vergonhosas – como o da ex-assessora de um deputado democrata que pediu ao atirador para “não errar da próxima vez”, ou de setores da esquerda brasileira que negam a realidade do atentado – os dois homens que disputarão a presidência dos Estados Unidos em novembro parecem ter tomado consciência das consequências da retórica demonizadora. Em pronunciamento televisivo feito na noite de domingo, o presidente Joe Biden afirmou que é preciso “baixar a temperatura” do debate político e “dar um passo para trás”. “Podemos discordar, mas não somos inimigos; somos vizinhos, amigos, colegas de trabalho”, afirmou com razão. Ironicamente, o pedido significa uma mudança radical na própria campanha democrata, já que o que Biden mais vinha fazendo era descrever Trump como uma “ameaça à democracia”.
Trump – que está longe de ser um exemplo de moderação no discurso – foi na mesma toada em entrevista ao New York Post, a primeira após o atentado. O republicano afirmou ter “jogado fora” o discurso que havia preparado para a convenção do seu partido, iniciada nesta segunda-feira. “Eu faria um discurso bem duro, muito bom, sobre essa administração corrupta e horrorosa”, afirmou ao repórter do Post, acrescentando que a nova versão seria sobre “unir o país” e que, de agora em diante, a campanha se tornaria mais civilizada.
“Discordar é inevitável na democracia americana, e faz parte da natureza humana, mas a política é a arena do debate pacífico”, afirmou Biden em seu pronunciamento – uma verdade que vale não somente para os Estados Unidos, mas para o mundo todo. Não se trata de abrir mão das próprias convicções em nome de um relativismo, nem de deixar de debater temas políticos, mas de compreender que é possível debater ideias sem desrespeitar (muito menos desumanizar) pessoas, que há todo um arco de posições legítimas (concordemos ou não com elas) sobre vários temas, e que considerar todos os que discordam de nós como burros ou mal-intencionados está muito longe da verdade. Se a trégua provocada pelo atentado contra Trump se mostrar permanente, haverá esperança de recuperar uma autêntica cultura democrática dentro e fora dos Estados Unidos.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/editoriais/atentado-trump-demonizacao-desumanizacao-adversario/
Trump escolhe vice e já está com a mão na taça
Vocês perceberam a importância que o noticiário está dando à escolha do vice de Trump? O que isso significa? A imprensa está reconhecendo que, depois da tentativa de matar Trump, ele – assim como aconteceu com Bolsonaro naquele 6 de setembro, na facada do Adélio Bispo – já está se encaminhando para posse. Inclusive houve aquela foto icônica, que ficou tão marcante quanto a foto dos soldados colocando a bandeira americana em Iwo Jima, na Segunda Guerra Mundial, imagem que virou monumento em Washington.
J.D. Vance, o vice de Trump, é jovem, 39 anos. É senador por Ohio, formado em Yale, foi fuzileiro naval e cobriu a Guerra do Iraque como jornalista militar. Lá atrás ele foi crítico de Trump, mas agora não mais.
Enquanto isso, o Senado americano abriu uma investigação para saber por que o atirador não foi capturado antes, já que o Serviço Secreto foi avisado de que ele estava em cima do telhado e com um fuzil. Havia uns três minutos para fazerem isso; foram erros básicos. O atirador foi contribuinte, com US$ 15, de uma facção esquerdista do Partido Democrata, com 15 dólares. O fuzil que ele usou pertencia ao pai.
Sem sigilo, especulações sobre o que Bolsonaro disse em reunião com Ramagem acabarão
O ministro Alexandre de Moraes está liberando a gravação de uma reunião que incluía Jair Bolsonaro e o então diretor da Abin, Alexandre Ramagem. Assim toda a imprensa ficará sabendo o que exatamente Bolsonaro conversou com Ramagem e com o ministro Augusto Heleno, chefe do Gabinete de Segurança Institucional. O presidente estava se queixando de que auditores da Receita estavam perseguindo os filhos dele.
Preso do 8 de janeiro ficou 15 dias na cadeia por erro sobre tornozeleira
Moraes também tirou da cadeia Valdir de Souza, auxiliar de serviços gerais que tem 57 anos e ganha R$ 2 mil por mês. Ele tinha sido preso no acampamento diante do QG do Exército, foi solto com tornozeleira, mas voltou a ser preso em 28 de junho, e estava na cadeia de Juara, no Mato Grosso, porque a tornozeleira dele estava desligada. Agora descobriram que não foi ele quem desligou a tornozeleira, mas a autoridade responsável pela execução penal. E aí, quem vai indenizar o Valdir de Souza por esses 15 dias de prisão? Se ele for indenizado, quem paga somos você e eu, os pagadores de impostos, porque não há nada que responsabilize por indenizações o funcionário público que causou a irregularidade. Aliás, Valdir de Souza disse que não assina a tal confissão do crime, que o obrigaria a pagar multa e a ir para a “aula de democracia”; ele disse que não cometeu nenhum crime, e portanto não assina nada. Acho que o Kafka teria muito material para escrever um novo O Processo, se vivo estivesse.
Marco do Saneamento fez quatro anos, mas ainda há muito a fazer
Na segunda-feira o Novo Marco do Saneamento fez quatro anos. Temos 90 milhões de brasileiros sem esgoto, e 32 milhões de brasileiros sem água potável na torneira, segundo o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento. Nós pagamos impostos para todos terem saneamento, mas esse dinheiro vai para mordomias, para privilégios, para o Estado inchado, e aí falta para o saneamento. Falta para os municípios, inclusive, que não têm poder financeiro para investir em saneamento básico. E a reforma tributária deve piorar a situação dos caixas municipais.
STF atropelou a lei e a vontade dos brasileiros no caso da maconha
Por último, para não esquecermos, pesquisa Datafolha feita no começo do ano mostrou que 70% dos brasileiros, de todas as idades – principalmente os jovens – e de todas as cores políticas, rejeitam a descriminalização do porte de maconha em qualquer quantidade e peso. O Supremo está meio desligado do país real.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/alexandre-garcia/trump-escolhe-vice-eleicoes-estados-unidos/
Reforma tributária vai aumentar preço de todos os imóveis, diz setor
Representantes dos setores imobiliário e de construção civil alertam para o fato de que a reforma tributária, sem um redutor de 60% na alíquota, vai aumentar o custo da moradia para todas as faixas de renda.
“Os estudos técnico-econômicos realizados por especialistas independentes, de forma transparente e fundamentada, demonstram claramente que vai aumentar a carga tributária sobre moradia em todas as suas formas de atendimento – seja uma casa, apartamento, aluguel ou lote”, afirma comunicado do setor, assinado por 28 entidades imobiliárias, entre elas o Secovi-SP.
O projeto atual da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) estabelece um desconto de 40% na alíquota do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) dos Estados e municípios e da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) do governo federal para transações com imóveis e 60% para operações de aluguel.
Ministério diz que preço de imóveis não vai subir com reforma tributária
O Ministério da Fazenda, porém, assegura que “não haverá nenhum aumento relevante de custos em comparação à situação atual, e os imóveis populares serão menos tributados que os de alto padrão.”
As entidades afirmam que, com um redutor de 60%, a carga tributária atual seria mantida, evitando aumento de preços. Para locação de imóveis, pedem um redutor de 80%, pois com os 60%, a tributação do aluguel subiria 136,22%, conforme cálculo da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).
A nota das entidades destaca que operações imobiliárias já são tributadas pelo Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis (ITBI) e possuem custos adicionais que devem ser considerados na base de cálculo da CBS e do IBS. A experiência internacional mostra que operações com imóveis devem seguir um regime específico de tributação.
O Ministério da Fazenda prevê que o custo de um imóvel popular novo (na faixa de R$ 200 mil). deve cair cerca de 3,5%, enquanto imóveis de alto padrão (de R$ 2 milhões) devem subir 3,5%.
“Ao contrário das notícias inverídicas que estão circulando, a reforma tributária será positiva para o setor imobiliário brasileiro e será justa, pois tributará menos os imóveis populares que os imóveis de alto padrão”, afirma o Ministério.
Segundo a pasta, as vendas de imóveis novos por empresas serão tributadas apenas sobre a diferença entre o custo de venda e o valor do terreno, com um redutor social de R$ 100 mil para tornar a tributação progressiva.
Além disso, a aliquota sobre esse valor reduzido será de 60% da alíquota-padrão, cerca de 15.9%.
A Fazenda também afirma que a reforma vai aumentar a eficiência do setor de construção e incorporação ao permitir a recuperação de créditos sobre insumos e promover métodos construtivos mais eficientes.
O próximo passo é a análise e a votação da reforma no Senado. Se houver mudanças, o texto volta para a Câmara antes de seguir para sanção presidencial.
“Esperamos evoluir com as tratativas no Congresso Nacional e com o governo para esclarecer os impactos das decisões políticas sobre o setor, na moradia e na geração de emprego”, afirmam as entidades em nota.
FONTE: REVISTA OESTE https://revistaoeste.com/economia/reforma-tributaria-vai-aumentar-preco-de-todos-os-imoveis-diz-setor/?utm_source=pushnews&utm_medium=pushnotification
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