O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta terça-feira, 21, anular todas as condenações do empreiteiro Marcelo Odebrecht no âmbito da Operação Lava Jato.
Em sua coluna no jornal O Estado de S. Paulo, o jornalista Francisco Leali conta que o STF “anulou tudo, menos a delação feita pelo ‘príncipe’ do que já foi o maior grupo empresarial da construção civil do país.”
Para Leali, a decisão de Toffoli resulta em um paradoxo. Na delação premiada, Odebrecht confessou crimes e apontou culpados de várias siglas partidárias.
“O acordo da delação ainda estaria de pé, mas as condenações que decorreram disso e foram impostas ao empresário caíram”, afirma o jornalista.
“Temos crime, mas as confissões não valem para impor punição.”
Na prática, segundo a publicação, o Supremo já havia reduzido parte das penas do acusado.
“A Lava Jato virou um quadro que já se tirou da parede e preferiu-se guardar no sótão do Poder Judiciário”, comenta o jornalista do Estadão.
Na opinião dele, as anulações estão “ancoradas” na conduta do ex-juiz e atual senador Sergio Moro (União-PR). Na época magistrado, Moro teria levado a política para dentro dos processos e não mantido a imparcialidade necessária em seu gabinete.
“Ao dizer que nada que a justiça e Moro impuseram a Marcelo Odebrecht vale, Toffoli parece avisar que é melhor apagar as histórias que a Lava Jato revelou”, critica Leali.
Ele menciona que, antes de a imparcialidade de Moro ser questionada, corruptos e corruptores haviam revelado que os contratos da Petrobras financiavam propinas milionárias no mundo político.
“Ainda que os investigadores tenham descoberto que a Odebrecht tinha um departamento para tratar do suborno e do pagamento de caixa 2 nas campanhas eleitorais e mantinha um sistema secreto guardado fora do país, fica agora valendo que Marcelo, o principal gestor da empresa, não poderia ter sido condenado por isso”, escreve Leali. “Pelo menos não por Moro, e não como foi conduzido o processo”, acrescenta.
‘Poder é de quem está com a caneta’
Na visão do jornalista, a atitude de Toffoli confirma uma constatação feita por ele mesmo em um encontro ocorrido pouco depois de sua posse, em Brasília.
Na ocasião, o ministro lembrava dos tempos em que era responsável por levar os papéis para a assinatura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em seu primeiro mandato.
“Ao reunir convivas para um jantar, o ministro rememorou sua temporada como subordinado direto de José Dirceu e sentenciou que o verdadeiro poder é o de quem está com a caneta”, conclui Leali.
MARCELO ODEBRECHT INOCENTE
FONTE: JBF https://luizberto.com/marcelo-odebrecht-inocente/
DIRCEU LIVRE
FONTE: JBF https://luizberto.com/dirceu-livre/
NOVO PASSO NA ELEIÇÃO
FONTE: JBF https://luizberto.com/novo-passo-na-eleicao/
TRAGÉDIA COMEMORADA
FONTE: JBF https://luizberto.com/tragedia-comemorada/
COM A PALAVRA O CORRUPTOR
https://x.com/freu_rodrigues/status/1793320286521049437
FONTE: JBF https://luizberto.com/com-a-palavra-o-corruptor/
O PESADELO DE BORIS CASOY
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MINISTRO CELEBRA
FONTE: JBF https://luizberto.com/ministro-celebra/
Congresso dos EUA investigará envolvimento do FBI nos casos de censura no Brasil
A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, por meio de seu Comitê Judiciário e do Subcomitê Seleto sobre a Instrumentalização do Governo Federal, ambos liderados pelo deputado republicano Jim Jordan, investigará o possível envolvimento do FBI nos casos de censura resultantes de ações judiciais contra críticos e jornalistas no Brasil, especialmente contra personalidades da direita do país.
Em um documento enviado nesta terça-feira (21) ao diretor do FBI, Christopher Wray, o Comitê Judiciário exige esclarecimentos sobre relatos que indicam a suposta colaboração do FBI com as ações ocorridas no Brasil que limitam a liberdade de expressão.
O documento, assinado por Jim Jordan, descreve uma situação em que o FBI, a pedido do governo brasileiro, teria cooperado para monitorar e potencialmente censurar indivíduos que residem nos Estados Unidos. O documento também menciona outro caso em que a agência federal americana já teria colaborado com a inteligência ucraniana para sinalizar contas de cidadãos dos EUA nas mídias sociais.
“No Brasil, veículos de imprensa relataram recentemente que o FBI, em nome do governo brasileiro, entrou em contato com dois residentes dos EUA, incluindo um jornalista alvo de algumas das ordens de censura dos tribunais brasileiros”, afirma o documento.
“O Comitê e o Subcomitê Seleto sobre a Instrumentalização do Governo Federal descobriram anteriormente como o FBI trabalhou com um governo estrangeiro para facilitar a censura do discurso de americanos. Por exemplo, em 2022, o FBI, a pedido de uma agência de inteligência ucraniana, sinalizou para as empresas americanas de mídia social contas autênticas de americanos, incluindo uma conta verificada do Departamento de Estado dos EUA e contas pertencentes a jornalistas americanos”, acrescenta.
O Comitê destaca que tais ações levantam preocupações sobre a possibilidade de o FBI estar cooperando com ações de censura que são promovidas por governos estrangeiros contra cidadãos que residem nos EUA.
“O recente contato [com os residentes dos EUA, a pedido do governo brasileiro] levanta preocupações sobre se o FBI está novamente ajudando a facilitar os esforços de censura de um governo estrangeiro. A liberdade de expressão, incluindo a liberdade de expressão nas plataformas digitais, é uma parte fundamental e necessária das sociedades democráticas e justas”, diz um trecho do documento.
Para compreender a natureza e a extensão das interações do FBI com autoridades brasileiras em relação aos seus esforços para censurar críticos, e para obter provas que possam auxiliar o Subcomitê para Instrumentalização do Governo Federal em sua investigação que está em curso sobre os atos da administração de Joe Biden, Jordan solicitou que o FBI entregue ao Comitê Judiciário até o dia 4 de junho uma série de documentos e troca de comunicações relacionadas às conversas entre o FBI e autoridades do Brasil.
O Comitê solicitou “ Todos os documentos e comunicações entre funcionários do FBI, incluindo, mas não se limitando ao Adido Legal do FBI no Brasil, à Sede do FBI e ao Escritório de Campo do FBI em Miami, referentes ou relacionados a ordens, demandas ou mandados de o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no Brasil ou o Supremo Tribunal Federal em relação à suspensão ou remoção de contas no X. Rumble ou qualquer outra plataforma de midia social”.
Jordan também pediu “Todos os documentos e comunicações entre o FBI e agências do Poder Executivo [dos EUA], incluindo o Departamento de Estado e a Embaixada dos EUA no Brasil, relacionados a ordens, demandas ou mandados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no Brasil ou do Supremo Tribunal Federal referentes à suspensão ou remoção de contas no X, Rumble ou qualquer outra plataforma de mídia social”; e “Todos os documentos e comunicações entre o FBI e o governo do Brasil relacionados a ordens, demandas ou mandados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no Brasil ou do Supremo Tribunal Federal referentes à suspensão ou remoção de contas no X, Rumble ou qualquer outra plataforma de mídia social”.
O novo pedido do Congresso americano é mais um desdobramento dos casos envolvendo a censura à direita no Brasil, reveladas pelo Twitter Files Brasil, uma série de reportagens divulgadas e desenvolvidas pelos jornalistas Eli Vieira, da Gazeta do Povo, Michael Shellenberger e David Ágape.
Ao comentar a nova ação do Comitê no X (antigo Twitter), o jornalista Michael Shellenberger disse que “a maioria dos americanos pensam que o Brasil é uma democracia liberal, mas não é. O presidente Lula está reprimindo a liberdade de expressão, e um juiz desonesto da Suprema Corte, chamado Alexandre de Moraes, está exigindo que as plataformas de mídia social proíbam jornalistas e políticos de quem ele não gosta. Mas agora, graças aos Twitter Files Brasil, todos podem ver a censura criminosa de Lula e de Moraes, e o Congresso dos EUA exige respostas do FBI sobre o seu papel na campanha do Brasil para o totalitarismo. Obrigado Jim Jordan”.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/mundo/congresso-dos-eua-investigara-envolvimento-do-fbi-nos-casos-de-censura-no-brasil/
ISSO É VERDADE??? OU É PEGADINHA???
https://x.com/AntonioCEvan/status/1792733390057423107/video/1
FONTE: JBF https://luizberto.com/isso-e-verdade-ou-e-pegadinha/
LIVRES, LEVES, SOLTOS!!!
https://x.com/marinahelenabr/status/1793028512036598246/video/1
FONTE: JBF https://luizberto.com/livres-leves-soltos/
A ECONOMIA VAI MAL, MAS PARA HADDAD A CULPA É DOS “RUÍDOS”
Na quarta-feira o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, foi à Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados, e os deputados pegaram no pé dele. Temos esse último dado de déficit público, R$ 58 bilhões, e os deputados reclamaram também de cada vez mais imposto. É um governo que gasta muito, começou quase duplicando o número de ministérios, aí não tem como. E o pior é que o gasto não é para investimento, para devolver o imposto às pessoas com prestação de bons serviços públicos. É muito gasto para sustentar a burocracia do Estado. Todo mundo está vendo, no socorro ao Rio Grande do Sul, como o Estado é lento, burocrático, moroso, pesado.
Haddad disse que “essa história de inflação está sob controle, são ruídos”. Quer dizer, a culpa sempre é da informação, é da notícia, e não do fato. Ele faz parte de um grupo que, por ideologia de pensamento único, não suporta a crítica. É muito mais fácil responder à crítica com gestos, palavras, ou apelando para a razão. Demonstrem aos críticos onde eles estão errados. Mas não, dizem que “isso são ruídos aí, o pessoal aí que está dizendo”.
Só que não é “o pessoal” que está dizendo; é o boletim Focus, em que o Banco Central faz pesquisa com o mercado financeiro. A previsão do PIB caiu de 2,09% para 2,05%. A previsão de inflação até o fim do ano subiu de 3,76% para 3,8%. A previsão para a Selic subiu de 9,75% para 10%. E a dívida pública? É dívida pública de pandemia, de período de Covid. Disparou. Fazer o quê? Se o governo está gastando mais, quer cobrar imposto, mas não tira o suficiente, joga papel no mercado e fica devendo. Isso pressiona os juros para cima. E os gastos públicos dão um trabalho enorme para o Banco Central controlar a inflação protegendo a moeda e crédito.
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Distribuição de ajuda já começa a causar disputas no Rio Grande do Sul
Falando no socorro ao Rio Grande do Sul, começam a aparecer coisas preocupantes. O governo vai ter gastos com a recuperação do estado e tem de pesar bem. Hoje é o Luciano Hang reclamando da isenção de produtos de importação. Os arrozeiros estão reclamando da isenção para importação de arroz, porque eles dizem que há arroz suficiente para abastecer o país. A produção no país inteiro passa de 10 milhões de toneladas. Poderíamos exportar arroz e estamos importando.
Como dizem os mineiros, em casa onde falta pão todo mundo briga e ninguém tem razão, e já estão surgindo reclamações, por exemplo em Roca Salles. As cestas básicas chegam lá, tem quem vá retirar de caminhonete ou de caminhão e leva tudo. E as pessoas que não têm tempo de chegar antes para buscar a comida, as pessoas mal atendidas, vendo que outras são atendidas, estão reclamando do prefeito e do governo do estado. Fora os casos de roubo, furto e saque. A Brigada Militar está se multiplicando lá no Rio Grande do Sul para mostrar presença e evitar o crime.
Vêm reclamações de fora também. Em Minas Gerais, soube de gente que queria mandar doações para o sul gaúcho, área de Pelotas e Rio Grande, que está pegando a cheia agora. E não estavam conseguindo, reclamando que as doações eram, digamos, “interceptadas”: chegavam a Porto Alegre e não seguiam caminho. Agora acharam uma solução: estão mandando pelos Correios, colocando endereço. São esses milhares de problemas que terão de ser resolvidos e sempre haverá desgaste para os prefeitos, para o governo federal e para o governo estadual. Vai haver mais gasto. E, quando se tem mais gasto, administrar é descobrir o que podemos cortar da burocracia, do peso que não produz, que não gera serviço na ponta. O serviço necessário agora é atender os necessitados do Rio Grande do Sul.
FONTE: JBF https://luizberto.com/a-economia-vai-mal-mas-para-haddad-a-culpa-e-dos-ruidos/
Após anulação de condenação de Odebrecht, deputado fala em “forças ocultas”
O deputado federal Evair de Melo (PP-ES) afirma à coluna Entrelinhas que “há algo errado no sistema jurídico brasileiro”. O parlamentar se refere à decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli que anulou todos os atos da Operação Lava Jato contra o executivo Marcelo Odebrecht. “Existem forças ocultas operando nos bastidores de Brasília e isso precisa ser revelado”, aponta o congressista.
“Isso está errado e eu acho que esse debate o Judiciário precisa fazer, já que ninguém pode ser condenado a 300 anos de pena e no trocar das luas ser absolvido”, declara. O deputado ainda adverte que, se não houver mudanças em relação à insegurança jurídica, “teremos que jogar na lata de lixo todo o sistema investigativo brasileiro”.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/entrelinhas/apos-anulacao-de-condenacao-de-odebrecht-deputado-fala-em-forcas-ocultas/
Governo Lula dificulta acordo de R$127 bilhões com a Vale para barganhar sua presidência
A resistência do governo Lula (PT) em aceitar o valor proposto pela Vale para reparar os danos da tragédia de Mariana tem sido encarado pelo mercado como estratégia de barganha para aumentar a influência na companhia com a sugestão de um novo nome para a presidência, após a indicação de Guido Mantega ter sido amplamente criticada. O caso vem atraindo a atenção pelo tamanho do dinheiro.
De acordo com advogados que acompanham causas semelhantes em outros países, o valor que a Vale colocou na mesa, de R$127 bilhões, está no mesmo patamar de uma das maiores indenizações já pagas por empresas envolvidas em catástrofes ambientais.
Para compensar a tragédia da sonda petrolífera Deepwater Horizon, que afundou em 2010 causando uma poluição devastadora no Golfo do México, a BP concordou em pagar num acordo histórico com a Justiça dos Estados Unidos US$18,7 bilhões em 2015, ou R$126,9 bilhões a valores atuais – o mesmo que a Vale está disposta a desembolsar.
Para se ter ideia do tamanho do montante, o escritório de advocacia internacional Pogust Goodhead processou a Volks no Reino Unido em 193 milhões de libras – o equivalente a R$1,25 bilhão.
O mesmo escritório, especializado em causas coletivas, move agora uma ação contra a Vale na Justiça de Londres, onde pedem cerca de R$230 bilhões. Mas, nesse caso, as vítimas e a região de Minas afetadas pela tragédia não seriam beneficiadas com a indenização total, pois os advogados gringos à frente da causa pretendem embolsar quase a metade do valor se forem bem-sucedidos no processo.
Governo doa ao Paraguai helicópteros da PF que podem fazer falta
Avança na Câmara dos Deputados pedido do governo federal para doar dois preciosos helicópteros da Polícia Federal ao governo paraguaio, tudo na faixa. A tramitação na Comissão de Constituição e Justiça ocorre no momento em que as aeronaves poderiam ser empregadas em operações de resgate e recuperação do Rio Grande do Sul, a exemplo dos aviões e helicópteros particulares do empresário Luciano Hang, da presidente do Palmeiras, Leila Pereira, ou do jogador Neymar.
Nossa conta
Além de ganhar os helicópteros, o Paraguai não irá gastar nada nem mesmo para fazer o deslocamento entre Brasília e Foz do Iguaçu.
Uma gaita
O Ministério da Justiça estima só o traslado em R$103.613,63. A grana para bancar a viagem sairá do caixa da Polícia Federal.
Lado de lá
O MJ sustenta a doação dizendo que os helicópteros, modelo 412 Classic, vão ajudar o Paraguai na fiscalização da fronteira… com o Brasil.
Pode seguir
No início desta semana, o projeto avançou após José Medeiros (PL-MT) dar ok pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa do texto.
Haddad volta a culpar oposição pelo próprio fiasco
Ministro da Fazenda de um governo cuja farra de gastos produziu rombo de R$ 230,54 bilhões nas contas públicas já em 2023, Fernando Haddad teve tempo para aprender que não dá para zerar déficit contando lorotas. Mas ele insiste. Nesta quarta (22), difundiu outra fake news, na briga por manchetes, culpando Jair Bolsonaro pelo próprio fracasso petista no ano passado no déficit público, 2º pior resultado da História, após receber do antecessor um País com superávit primário de R$54,1 bilhões, em 2022. As informações são do jornalista Cláudio Humberto, colunista do Diário do Poder.
Não é a primeira vez que Haddad recorre a dados falsos ou sem lastro na realidade para tentar justificar o próprio fiasco.
No mês passado, Haddad apostou na memória fraca dos jornalistas amigos dizendo em coletiva que o Brasil “não cresce desde 2015”.
De fevereiro de 2023 a fevereiro de 2024, as contas do Governo Central apresentaram déficit de R$252,9 bilhões, equivalentes a 2,26% do PIB.
Decisão de Toffoli apaga propina e confissão de crime, diz jornalista do Estadão
O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta terça-feira, 21, anular todas as condenações do empreiteiro Marcelo Odebrecht no âmbito da Operação Lava Jato.
Em sua coluna no jornal O Estado de S. Paulo, o jornalista Francisco Leali avalia que o STF “anulou tudo, menos a delação feita pelo ‘príncipe’ do que já foi o maior grupo empresarial da construção civil do país.”
Para Leali, da pena do ministro sai uma decisão que leva a um paradoxo. Na delação premiada, Odebrecht confessou crimes e apontou culpados de diversas siglas partidárias.
“O acordo da delação ainda estaria de pé, mas as condenações que decorreram disso e foram impostas ao empresário caíram”, diz o jornalista. “Temos crime, mas as confissões não valem para impor punição.”
Na prática, segundo a publicação, o Supremo já havia reduzido parte das penas do acusado.
“A Lava Jato virou um quadro que já se tirou da parede e preferiu-se guardar no sótão do Poder Judiciário”, diz o jornalista do Estadão.
Na visão dele, as anulações estariam “ancoradas” na conduta do ex-juiz e atual senador Sergio Moro (União- PR). Na época magistrado, Moro teria levado a política para dentro dos autos e deixado claro que não levava a imparcialidade para seu gabinete.
“Ao dizer que nada que a justiça e Moro impuseram a Marcelo Odebrecht vale, Toffoli parece avisar que é melhor apagar as histórias que a Lava Jato revelou”, diz o jornalista.
Ele cita ainda o fato de que, antes de a imparcialidade do ex-magistrado ser revelada, corruptos e corruptores trouxeram à luz o fato de que os contratos da Petrobras bancavam propina milionária do mundo político.
“Ainda que os investigadores tenham descoberto que a Odebrecht tinha um departamento para tratar
do suborno e do pagamento de caixa 2 nas campanhas eleitorais e mantinha sistema secreto guardado fora do País, fica agora valendo que Marcelo, o principal gestor da empresa, não poderia ter sido condenado por isso”, escreve Leali.
“Pelo menos não por Moro, e não como foi conduzido o processo”, acrescenta.
‘Poder é de quem está com a caneta’
Na visão do jornalista, com a atitude, Toffoli comprova uma constatação feita por ele mesmo em encontro que teve pouco tempo depois de sua posse, em Brasília.
Na ocasião, o ministro lembrava dos tempos em que era responsável por levar os papéis para a assinatura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em seu primeiro mandato.
“Ao reunir convivas para um jantar, o ministro rememorou sua temporada como subordinado direto de José Dirceu e sentenciou que o verdadeiro poder é o de quem está com a caneta”, conclui Leali.
FONTE: REVISTA OESTE https://revistaoeste.com/politica/decisao-de-toffoli-apaga-propina-e-confissao-de-crime-diz-jornalista-do-estadao/?utm_source=pushnews&utm_medium=pushnotification
Prefeitura de Porto Alegre recebeu alerta sobre risco de falha em sistema contra enchente em 2018
A Prefeitura de Porto Alegre foi notificada em 2018 sobre o risco de falhas no sistema de bombeamento na região central da cidade em caso de cheia do Rio Guaíba acima da cota de inundação. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.
A informação está em um relatório técnico acessado pela publicação. O documento foi elaborado em setembro daquele ano por funcionários municipais.
A área central de Porto Alegre e outras regiões do Estado enfrentam alagamentos há duas semanas devido a intensas chuvas. As bombas, que deveriam drenar a água para o Guaíba, não funcionaram adequadamente, de acordo com especialistas.
Na época do relatório, o prefeito da cidade era Nelson Marchezan Júnior (PSDB), sucedido por Sebastião Melo (MDB), em 2021.
No documento acessado pela Folha, dois engenheiros integrantes da gestão municipal apontaram o fato de que era necessário rever o projeto de parte do sistema de prevenção de cheias por possível “falha na proteção”. Segundo a publicação, os técnicos se referiam a duas casas de bombas projetadas para escoar a água da chuva do centro da cidade para o Guaíba.
Os especialistas identificaram ainda que a única proteção contra o transbordamento de água captada abaixo do piso, antes de ser despejada no rio, era uma simples tampa de ferro. Segundo eles, era essencial um sistema estanque com vedação robusta para aguentar a pressão em caso de cheias.
“A cota do piso é de 3,30 m. Assim, em situações onde o nível do Guaíba ultrapasse esta cota, é provável que haja extravasamento para a área interna da estação”, menciona o documento.
Outro relatório sobre enchente em Porto Alegre foi publicado em novembro
Em novembro do ano passado, com o transbordamento do rio, um novo parecer foi emitido
“Informamos que ocorreram grandes dificuldades na operação das unidades citadas, quando o Guaíba passou da marca de 3,2 m, em especial quando passou de 3,4 m, ponto onde se observou o limite para o acionamento das bombas com segurança”, consta no documento. A cota de inundação do lago é de 3 metros.
Em comunicado enviado à Folha, o Departamento Municipal de Água e Esgotos (DMAE), da gestão Melo, informou que a instalação de tampas herméticas nas casas de bombas 17 e 18 está em “fase de viabilidade técnica para elaboração do projeto”.
Em entrevista coletiva, o prefeito acusou “pessoas de extrema esquerda” de “montar uma narrativa mentirosa” sobre as enchentes em Porto Alegre.
O alerta sobre as falhas no sistema foi divulgado pelo deputado estadual Matheus Gomes (Psol) em suas redes sociais na noite desta segunda-feira, 20.
Melo afirmou ainda que politizar a questão não resolverá o problema das enchentes na cidade.
“O impacto poderia ter sido muito menor”, declarou o deputado em relação às falhas no sistema de bombeamento. Ele anunciou que solicitará investigações sobre os contratos ao Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) e ao Tribunal de Contas.
A paralisação no sistema de bombeamento é apontada por engenheiros hídricos e ambientais como um dos fatores agravantes para a inundação do centro histórico de Porto Alegre e dos bairros Menino Deus, Cidade Baixa e Sarandi. Das 23 estações instaladas pela cidade, apenas três estavam operando nos primeiros dias depois das chuvas intensas.
FONTE: REVISTA OESTE https://revistaoeste.com/brasil/prefeitura-de-porto-alegre-recebeu-alerta-sobre-risco-de-falha-em-sistema-contra-enchente-em-2018/?utm_source=pushnews&utm_medium=pushnotification
Anac fecha Aeroporto de Porto Alegre por tempo indeterminado
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) suspendeu por tempo indeterminado as operações de pouso e decolagem no Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, devido às chuvas e enchentes no Rio Grande do Sul.
As operações só serão retomadas depois que a concessionária Fraport comprovar a restauração das condições no local.
Segundo a Anac, a decisão foi baseada na impossibilidade de uso do sistema de pistas, o que afetou todo o complexo aeroportuário do Salgado Filho.
A reavaliação da situação do Aeroporto de Porto Alegre dependerá da redução do volume de água e da avaliação dos danos causados.
Durante os dias mais críticos das chuvas em maio, imagens aéreas mostraram as instalações do Salgado Filho completamente inundadas, com partes da pista de pouso e decolagem submersas. O aeroporto está fechado desde o dia 3 de maio.
Com fechamento de aeroporto, malha aérea será ampliada
O Ministério de Portos e Aeroportos e a Anac afirmam estar empenhados em oferecer voos alternativos devido ao fechamento do Salgado Filho.
Com isso, anunciaram a ampliação da malha aérea emergencial mínima de voos, que inclui a Base Aérea de Canoas, que começou a receber voos comerciais nesta segunda-feira, 20.
Confira a malha aérea emergencial abaixo:
- Aeroporto de Caxias do Sul: 39 voos semanais;
- Aeroporto de Santo Ângelo: 6 voos semanais;
- Aeroporto de Passo Fundo: 21 voos semanais;
- Aeroporto de Pelotas: 6 voos semanais;
- Aeroporto de Santa Maria: 3 voos semanais;
- Aeroporto de Uruguaiana: 3 voos semanais;
- Aeroporto de Florianópolis: 14 voos semanais;
- Aeroporto de Jaguaruna: 7 voos semanais;
- Base Aérea de Canoas: 35 voos semanais.
FONTE: REVISTA OESTE https://revistaoeste.com/brasil/anac-fecha-aeroporto-de-porto-alegre-por-tempo-indeterminado/?utm_source=pushnews&utm_medium=pushnotification
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