A única coisa que a esquerda brasileira viu na manifestação de massa deste dia 25 de fevereiro na Avenida Paulista foi Jair Bolsonaro. Havia, segundo as estimativas da polícia de São Paulo, 750 mil pessoas ocupando a maior parte dos quase três quilômetros na avenida e das ruas em sua volta. Não houve nem um incidente – zero. Não houve insultos ao STF, nem gritos pedindo “intervenção” dos militares, nem discursos em favor do “golpe”; na verdade, não houve uma única faixa ou cartaz pedindo nada, em cumprimento às instruções dadas previamente pelos organizadores.
Não houve frotas de ônibus pagas com dinheiro publico para trazer gente, nem a participação de sindicatos, de entidades cheias de dinheiro, das “elites”, ou de seja lá quem fosse. Foi possivelmente a maior exibição de vontade popular genuína que Brasil teve na sua história recente – e o mais indiscutível atestado da aversão de milhões de brasileiros pelo regime Lula-STF. Mas os que mandam no país só viram uma coisa – Bolsonaro.
Milhões de brasileiros são contra a junta de governo, e tanto faz se Bolsonaro é o nome que atrai no momento a rejeição à Lula, ao PT e ao Supremo.
Não ocorreu a ninguém na Junta de Governo, é claro, que eles não têm a mais remota condição de levar para a rua uma multidão parecida. Também não viram que havia, diante dos seus olhos, muito mais que um comício a favor do ex-presidente, ou um protesto contra o processo criminal armado contra ele. O que aconteceu na Paulista foi um atestado público de que uma grande parte da população é capaz de sair à rua por sua livre e espontânea vontade, sem um tostão de incentivo oficial e nenhum esforço de propaganda, para dizer que rejeita o governo que está aí e quem lhe dá sustento.
As pessoas estão dizendo: “Não gostamos do que vocês estão fazendo. Não queremos o Brasil que vocês querem. Entendemos os nossos direitos, e não temos medo de ir para rua para exigir que sejam cumpridos”. Mas o consórcio Lula-STF acha que é tudo “Bolsonaro”. O povo que foi para a rua não existe; é apenas um bando irrelevante de autômatos, e basta o governo se livrar do ex-presidente de uma vez por todas – já está proibido de disputar eleições, agora o projeto é fechá-lo numa prisão – para tudo se resolver.
A manifestação de São Paulo mostra que nada vai se resolver. Milhões de brasileiros são contra a junta de governo, e tanto faz se Bolsonaro é o nome que atrai no momento a rejeição à Lula, ao PT e ao Supremo – se não for ele, haverá imediatamente outro, e a rua continuará enchendo. É simples, no fim das contas: ou fazem uma ditadura de verdade, com tudo o que as ditaduras exigem, ou podem não aguentar o tranco.
Lula acha que Alexandre de Moraes, a dupla Pacheco-Lira e os jornalistas são a solução para todos os seus problemas – para que ter voto, ou fazer um governo que dê algum resultado, se são eles que mandam na máquina do Estado? Estão cegos para a rua; acham-se capazes de governar sem povo. Só há uma maneira de deixarem as coisas assim para sempre: com a força bruta.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/jr-guzzo/povo-tomou-avenida-paulista-mostrar-aversao-ao-regime-lula-stf/
Os brasileiros nas ruas e a defesa da democracia
A manifestação deste domingo na Avenida Paulista, segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, reuniu 750 mil pessoas em seu pico, colocando-a entre as maiores dos últimos anos. A organização do evento o definiu como um ato pela defesa da democracia, mas foi a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro – atualmente investigado pela Polícia Federal por ordem de Alexandre de Moraes, devido à chamada “minuta do golpe” – que despertou o maior grau de mobilização. Independentemente das intenções, convicções e lealdades que guiaram os manifestantes, vindos de todo o Brasil, é inegável que a distopia em que se transformou a vida política do país já era motivo para uma demonstração de indignação popular.
O evento ocorreu sob a sombra do apagão da liberdade de expressão colocado em prática especialmente pelo Supremo Tribunal Federal. Coube ao pastor Silas Malafaia, o principal organizador da manifestação, dizer as palavras mais duras contra a corte, enquanto os políticos evitaram menções diretas e pediram aos manifestantes que não levassem cartazes críticos. Sendo verdadeiras as informações de bastidores segundo as quais um ministro do STF teria dito a um jornalista que, “se ele [Bolsonaro] falar um ‘ai’ do Supremo, vai preso”, teríamos a comprovação de que também virou letra morta o trecho da lei dos crimes contra o Estado Democrático de Direito segundo a qual “não constitui crime (…) a manifestação crítica aos poderes constitucionais”. A ameaça, seja dirigida aos políticos, seja aos demais manifestantes, ignora completamente o oceano de diferença entre a crítica legítima a decisões da corte, mesmo quando feita de forma mais enfática, e a injúria aos ministros ou a incitação a medidas de força como o fechamento do Supremo (estas, sim, manifestações ilegais). O fato de que algo assim tenha sido dito, ou mesmo considerado plausível ou “normalizável”, mostra a disposição do STF de seguir criando tabus, ampliando a lista de assuntos que não podem ser de forma alguma mencionados.
O que temos presenciado há quase cinco anos é uma perseguição ideológica e completamente antidemocrática, contra a qual é absolutamente necessário que a sociedade brasileira se levante
Mesmo alegando-se que a manifestação teria sido movida mais pela defesa do próprio Bolsonaro do que em defesa da democracia, de forma abstrata, isso em nada serve para deslegitimar a mobilização popular. Primeiro, porque não há nada de ilegal ou mesmo imoral em um suposto caráter personalista do evento. Segundo, porque, mesmo descontando a recente investigação de uma possível trama para um golpe de Estado que permitisse uma virada de mesa após a vitória eleitoral de Lula em outubro de 2022, não há como negar que a democracia brasileira está profundamente fragilizada.
O STF e outras instâncias, como o STJ, o TSE e o TCU, introduziram um enorme desequilíbrio no tratamento de partes opostas no espectro político-ideológico, tanto do ponto de vista criminal quanto durante o processo eleitoral de 2022. Observe-se, por exemplo, o desmonte da Operação Lava Jato, com anulação de processos, acordos e multas, permitindo a corruptos escaparem impunes; e compare-se esse desmonte com todas as condenações impostas a aliados de Bolsonaro, além de outros direitistas e conservadores. No caso de dezenas de réus do 8 de janeiro, por exemplo, o devido processo legal está sendo ignorado, com acusadores e julgadores dispensando a necessária individualização de conduta. Mandatos conquistados de forma legítima são cassados contra legem, como no caso de Deltan Dallagnol, privado da cadeira de deputado federal pelo TSE com base em meras ilações que jamais deveriam ter lugar em um julgamento. Durante a eleição de 2022, um dos lados era frequentemente calado, com direito até mesmo a censura prévia, enquanto o outro podia divulgar mentiras em direitos de resposta. Direitistas e conservadores frequentemente são calados nas mídias sociais ainda que não sejam formalmente investigados ou acusados de nada.
Ou seja, o que temos presenciado há quase cinco anos, quando foi aberto o inquérito das fake news – e o dizemos sem julgar as intenções dos ministros, mas apenas observando os resultados práticos de inúmeras decisões –, é uma perseguição ideológica e completamente antidemocrática, contra a qual é absolutamente necessário que a sociedade brasileira se levante. Se um dos principais (se não o principal) alvos ou vítimas dessa perseguição é Jair Bolsonaro, especialmente pelo prejuízo sofrido durante a campanha eleitoral, acaba sendo inevitável que as pautas acabem mais ou menos misturadas. O fato é que, goste-se ou não de Bolsonaro ou de seus aliados, goste-se ou não do que eles afirmam, a defesa da democracia tem de ser feita de forma integral, e o contrário disso é hipocrisia rasteira. A liberdade de expressão e o devido processo legal valem para todos, mas em vez disso no Brasil de hoje vigora a frase atribuída a Juan Domingo Perón: “aos amigos, tudo; aos inimigos, nem mesmo a lei”.
Mesmo contidos – sinal do ambiente de mordaça imposto a metade do Brasil –, os 750 mil brasileiros na Avenida Paulista deixaram claro que estão insatisfeitos, e romperam um primeiro ciclo de medo: o de ir às ruas em grandes números, no primeiro protesto realmente multitudinário desde que Alexandre de Moraes, na sequência do 8 de janeiro de 2023, impôs restrições equivocadas ao direito de manifestação, referendadas de forma unânime pelo plenário da corte. Bem sabemos que o efeito prático deste domingo provavelmente não será muito grande. Mas isso não é motivo para que os brasileiros desistam de recuperar sua voz para se opor aos desmandos e ao arbítrio.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/editoriais/manifestacao-avenida-paulista-democracia-bolsonaro/
ESTÁ FALANDO DE QUEM?
FONTE: JBF https://luizberto.com/esta-falando-de-quem/
Oposição articula CPI da Ilha do Marajó para investigar abuso sexual infantil
Os deputados federais Paulo Bilynskyj (PL-SP) e Eduardo Bolsonaro (PL-SP) pretendem apresentar requerimento para instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigará as denúncias de exploração e abuso sexual infantil na Ilha do Marajó, no Pará. Até o momento, o pedido já conta com 93 assinaturas (veja mais abaixo). Para que o pedido seja formalizado, são necessárias, no mínimo, 171 assinaturas.
A investigação sobre exploração sexual de crianças e adolescentes na região do Marajó já foi alvo de outras CPIs no Congresso Nacional, como a CPI da Pedofilia em 2008, e a CPI de Abuso e Exploração de Crianças e Adolescentes entre 2012 e 2014.
Como parte dos depoimentos colhidos pela CPI de 2014, consta um da Coordenadora da Comissão de Justiça e Paz, do Regional 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil — CNBB, irmã Marie Henriqueta, confirmando os casos de exploração sexual na Ilha do Marajó. Ela relata o caso de crianças que vão vender óleo nas balsas e não retornam, sendo apreendidas por exploradores sexuais.
Denúncias de exploração sexual de crianças e tráfico de pessoas menores de idade na Ilha de Marajó, no Pará voltaram à tona nesta semana, após a repercussão de uma música da cantora Aymeê com o título “Evangelho de fariseus”.
Na letra, a cantora cita os problemas sociais e ambientais na ilha amazônica: “Enquanto isso, no Marajó/ O João desapareceu / Esperando os ceifeiros da grande seara / A Amazônia queima / Uma criança morre / Os animais se vão / Superaquecidos pelo ego dos irmãos”.
A canção repercutiu pelas redes sociais, após a cantora se apresentar na semifinal do programa “Dom reality”, competição musical entre artistas do universo gospel, com transmissão no YouTube, na última quinta-feira (15). Depois da apresentação, Aymeê fez um breve relato das tragédias e crimes que ocorrem em Marajó.
“Marajó é uma ilha a alguns minutos de Belém, minha terra. E lá tem muito tráfico de órgãos. Lá é normal isso. Tem pedofilia em nível hard. As crianças de 5 anos, quando veem um barco vindo de fora com turistas (a jovem se interrompe)… Marajó é muito turístico, e as famílias lá são muito carentes. As criancinhas de 6 e 7 anos saem numa canoa e se prostituem no barco por R$ 5”, afirmou Aymeê.
O anúncio feito pela cantora reacendeu o debate sobre os casos de prostituição e pedofilia que já foram denunciados desde 2006 e até mesmo pela ex-ministra dos Direitos Humanos, senadora Damares Alves (Republicanos-DF). Com a retomada do assunto, artistas e influenciadores lançaram a campanha #justicaporMarajo pelas redes sociais cobrando alguma solução para os crimes. Porém, na época que Damares denunciou os casos ela foi chamada de “louca” e criticada por artistas.
Veja a lista dos deputados que já assinaram:
- Abilio Brunini
- Alberto Fraga
- Alfredo Gaspar
- Altineu Côrtes
- Amalia Barros
- Amaro Neto
- André Fernandes
- Any Ortiz
- Bia Kicis
- Bibo Nunes
- Cabo Gilberto Silva
- Capitão Alberto Neto
- Capitão Alden
- Carla Zambelli
- Carlos Jordy
- Caroline de Toni
- Chris Tonietto
- Clarissa Tércio
- Coronel Assis
- Coronel Chrisóstomo
- Coronel Fernanda
- Coronel Meira
- Coronel Telhada
- Coronel Ulysses
- Cristiane Lopes
- Daniela Reinehr
- Dayany Bittencourt
- Delegado Caveira
- Delegado Fabio Costa
- Delegado Palumbo
- Delegado Ramagem
- Dr. Fernando Máximo
- Dr. Frederico
- Dr. Luiz Ovando
- Dr. Victor Linhalis
- Dr. Zacharias Calil
- Eduardo Bolsonaro
- Eros Biondini
- Evair Vieira de Melo
- Filipe Martins
- Franciane Bayer
- General Girão
- General Pazuello
- Geovania de Sá
- Gilson Marques
- Gilvan da Federal
- Giovani Cherini
- Greyce Elias
- Gustavo Gayer
- Helio Lopes
- Ismael
- Jefferson Campos
- José Medeiros
- Josivaldo JP
- Julia Zanatta
- Junio Amaral
- Lincoln Portela
- Luiz Lima
- Luiz Philippe de Orleans e Bragança
- Magda Mofatto
- Marcelo Moraes
- Marcos Pollon
- Mariana Carvalho
- Marx Beltrão
- Mauricio do Vôlei
- Mauricio Marcon
- Mendonça Filho
- Messias Donayo
- Nicoletti
- Nikolas Ferreira
- Osmar Terra
- Pastor Diniz
- Paulo Bilynskyj
- Paulo Freire Costa
- Pedro Westphalen
- Pezenti
- Pr. Marco Feliciano
- Roberta Roma
- Roberto Monteiro Pai
- Rodolfo Nogueira
- Rodrigo Valadares
- Rosana Valle
- Sanderson
- Sargento Fahur
- Sargento Gonçalves
- Sargento Portugal
- Silvia Cristina
- Silvia Waiãpi
- Soraya Santos
- Tião Medeiros
- Wellignton Roberto
- Zé Trovão
- Zucco
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/oposicao-articula-cpi-da-ilha-do-marajo-para-investigar-abuso-sexual-infantil/
PV pede que STF proíba Zema de liberar matrícula em escolas sem comprovante de vacinação
O Partido Verde (PV) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que proíba o governo de Minas Gerais de dispensar a apresentação do comprovante de vacina para a matrícula nas escolas públicas. A ação foi apresentada após o governador, Romeu Zema (Novo), afirmar que “em Minas todo aluno, independente de ter ou não vacinado, terá acesso às escolas”.
A legenda protocolou uma Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF 1127), que será relatada pelo ministro Dias Toffoli. Segundo o STF, o PV argumentou que a recusa em implementar o Plano Nacional de Imunizações (PNI) não tem embasamento legal e contraria a orientação federal que ampliou o plano de imunização contra Covid-19.
O PV destacou ainda que a dispensa do cartão de vacina pode deixar as crianças expostas a um conjunto de doenças infecciosas nas escolas, além da Covid. O partido solicitou ao STF que fixe interpretação à Lei estadual 20.018/2012, que limita a obrigatoriedade de apresentação do comprovante para crianças de até 10 anos, determinando que as escolas estaduais e municipais possam cobrar o cartão de vacina atualizado em todas as fases de ensino.
Na semana passada, Zema reafirmou ao STF seu posicionamento contrário à obrigatoriedade da apresentação do comprovante de imunização. Ele também é alvo de uma ação movida pelo Psol, com base na mesma declaração que levou o PV a acionar a Corte. O relator da ação protocolada pelo Psol é o ministro Alexandre de Moraes, que solicitou uma manifestação do governador.
Na resposta enviada a Moraes, no dia 19 de fevereiro, Zema disse que a não apresentação do cartão de vacinação nunca impediu o exercício “do pleno direito de acesso à educação”, embora o documento seja pedido no momento da matrícula como forma de conscientização.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/pv-stf-proiba-zema-liberar-matricula-escolas-sem-comprovante-vacinacao/
O QUE FALAR???
FONTE: JBF https://luizberto.com/o-que-falar/
Querer negar as dimensões da manifestação na Paulista é passar ridículo
185 mil pessoas na Avenida Paulista? É ridículo, não? O pior de tudo é a pessoa passar ridículo por vontade própria. Nós vimos aquela Avenida Paulista lotada; moradores de lá disseram que nunca a viram tão cheia. Eu calculei com base na matemática – e eu fui bom nisso, nota 10 na faculdade e no ensino médio –: a área da avenida é de uns 130 mil metros quadrados; se pusermos cinco pessoas por metro quadrado, teremos 650 mil pessoas. A PM de São Paulo disse que havia 750 mil, e eu até admito porque calculei apenas a avenida em si, com 50 metros de largura e 2,8 mil metros de extensão, mas certamente havia gente nas transversais. Se não tivesse havido bloqueio na estrada, haveria ainda mais gente. Mas insistir em 185 mil é um retrato desse ridículo. É tão absurdo que ficamos pensando que a pessoa está sonhando ou deixou de pensar racionalmente, só emocionalmente, porque quer ser contra. Como se passou ridículo ingenuamente, puerilmente. “Não é”, “não é”, “não é”. Por que isso? É tão vergonhoso, tão vexaminoso negar a realidade.
E não estou falando só da contagem da multidão. Vi pessoas dizendo “o pior discurso do Bolsonaro em toda a sua vida”, não sei mais o quê. Outros ofenderam, disseram que não podia ter havido a manifestação… mas não vivemos em uma democracia? Quem diz algo assim está revelando o seu totalitarismo, seu desejo de partido único, quando na verdade toda essa gente deveria simplesmente reconhecer a demonstração de força, de grandiosidade de um líder, que conseguiu convencer os manifestantes a não trazerem faixas ofensivas, por exemplo. Houve o discurso moderado de Bolsonaro, houve o discurso de cunho moral e religioso de Michelle e de Silas Malafaia. Não houve partidarismo, não apareceu partido político; o presidente apenas deu força para as lideranças que estavam com ele no palanque.
Mas as pessoas fazem questão de negar isso. E quando fazem isso, assinam embaixo, assumindo que aquilo as atingiu. E como usam adjetivos, até interjeições! É coisa de jornalista que não aprendeu na faculdade, como eu aprendi, que em jornalismo não se usa adjetivo e muito menos interjeição. Usamos verbos e substantivos para contar os fatos. Em vez de usar um adjetivo, mostramos o tamanho do que foi, a cor do que apareceu, o inchaço. Mas não se usa adjetivo, que, em geral, embute uma opinião. Enfim, a manifestação teve repercussão no mundo inteiro, principalmente por causa da detenção do jornalista português – um marqueteiro empenhado em deixar mal o país não teria feito melhor.
Abasteça o carro e patrocine um filme
Um edital da Petrobras, divulgado na sexta-feira, prevê para o ano que vem a volta do patrocínio para shows, teatro, filmes e até festas: R$ 250 milhões. De onde vai sair esse dinheiro? Se você pensou que é do seu bolso, quando estiver abastecendo com diesel ou gasolina, ou comprando gás, então você acertou. Porque não tem mais de onde sair. Tanto que no governo anterior o patrocínio havia acabado, exatamente para não pesar no preço do combustível e do gás. Está de volta, agora, a festa de R$ 250 milhões.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/alexandre-garcia/dimensoes-manifestacao-avenida-paulista/
Damares denunciou exploração em Marajó e MPF ajuizou ação cobrando R$ 5 milhões por divulgação de “fatos falsos” (veja o vídeo)
Em 2022, durante um culto evangélico, a ex-ministra Damares Alves denunciou abuso sexual e torturas envolvendo crianças da Ilha de Marajó, no Pará.
Damares narrou detalhes de práticas sexuais violentas e torturas das quais teria tomado conhecimento enquanto ministra, que teriam inclusive justificado a criação durante o governo Bolsonaro do “maior programa de desenvolvimento regional na Ilha do Marajó”.
A reação do Ministério Público Federal (MPF) foi inusitada. O MPF ajuizou uma ação civil pública indenizatória contra a atual senadora e a União.
Na ação, ainda em tramitação, o órgão pede que a União e a Damares sejam condenados ao pagamento de R$ 5 milhões (metade do valor para cada réu) por danos sociais e morais coletivos, a serem revertidos em favor de projetos sociais destinados à região do arquipélago.
Damares, na época, também foi duramente criticada por figuras como a ex-apresentadora Xuxa.
Os procuradores da República alegaram que as violações na região do Marajó não justificavam “a utilização sensacionalista da vulnerabilidade social daquela população, associada à divulgação de fatos falsos, como palanque político e eleitoral em benefício do então presidente da República e da própria ministra”.
De acordo com os procuradores, esse tipo de informação falsa confunde a sociedade e prejudica a execução de políticas públicas sérias e comprometidas com a melhoria das condições sociais da população do Marajó, causando danos sociais e extrapatrimoniais aos moradores da região.
Nesse contexto, os procuradores salientaram que as declarações geraram grande repercussão em diversos setores da sociedade e na mídia.
O caso novamente está vindo à tona e neste final de semana foi objeto de matéria do jornalista Roberto Cabrini.
Parece que Damares tinha absoluta razão.
Veja o vídeo:
FICOU CALADINHO
FONTE: JBF https://luizberto.com/ficou-caladinho-2/
Criticou o regime? Passa a ser investigado…
Silas Malafaia pode vir a ser investigado pela Polícia Federal, aquela atuante na causa de Lula, numa das dezenas de inquéritos abertos de ofício pelas próprias autoridades criticadas.
É assim que eles provam que ‘não há ditadura do judiciário’.
Trecho da matéria publicado pelo jornal O Globo:
“Na avaliação de policiais federais, o pastor pode ser investigado por tentar embaraçar o inquérito que apura uma tentativa de golpe de Estado.
A leitura dos investigadores é que, por meio do financiamento do ato na Avenida Paulista e de suas falas, o pastor disseminou mentiras à parte da população, com o objetivo de instigá-la contra a investigação de uma organização criminosa, que atuou para dar um golpe de Estado.
Policiais federais avaliam ainda que Malafaia estimulou os presentes a se voltarem contra integrantes do Poder Judiciário, por meio de falsas premissas.”
FONTE: JCO https://www.jornaldacidadeonline.com.br/noticias/56164/criticou-o-regime-passa-a-ser-investigado
AO VIVO: Advogado de jornalista português revela os bastidores da abordagem da Polícia Federal (veja o vídeo)
No domingo (25), ao desembarcar no Brasil logo após às 7h, o jornalista português Sérgio Tavares foi abordado pela Polícia Federal e ficou por quatro horas no Aeroporto de Cumbica até ser liberado.
Inicialmente, surgiram várias versões sobre as inquirições da PF, como o fato dele estar sem visto de trabalho.
No entanto, foram feitas perguntas mais capiciosas sobre os motivos de sua vinda ao Brasil.
Eduardo Borgo, o advogado que o acompanhou em seu interrogatório, é o entrevistado do programa do Canal Emílio Kerber e vai esclarecer exatamente o que aconteceu.
Veja o vídeo:
‘Tentativa de golpe com minuta é ridículo’, afirma o senador Hamilton Mourão
O senador Hamilton Mourão (Rep-RS) negou que tenha havido “tentativa de golpe de Estado”, conforme versão dos adversários de Jair Bolsonaro (PL), e ironizou a suspeita. “Nunca vi golpe de Estado com minuta”, disse ele, “isso para mim é ridículo”. Durante entrevista ao podcast do Diário do Poder, Mourão lembrou que golpe foi o que tentou o coronel Hugo Chávez na Venezuela, em 1992, quando atacou o palácio presidencial, a casa do presidente com sua família lá dentro, “inclusive matou gente”.
Sem chance
“Para mim, não houve tentativa de golpe de Estado, nem da parte do presidente e nem das conversas que ali ocorreram”, explicou Mourão.
Tática ‘magistral’
Ele chamou atenção para a tática (“magistral”, ironizou) de apreender celulares e divulgar mensagens privadas, jogando uns contra os outros.
Ninguém sobrevive
“Você pega o celular de uma pessoa e escarafuncha por dois meses, quem sobrevive?”, pergunta o general da reserva do Exército.
Compromisso familiar
Hamilton Mourão contou que não esteve na Av. Paulista, domingo, por não poder faltar a um compromisso familiar importante.
Planalto usa acordo da CCJ para driblar deputados
O Palácio do Planalto não está com a menor pressa para ver resolvido o imbróglio, criado pelo próprio PT de Lula, sobre o comando da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, confirmam governistas à coluna. O motivo é que, sem a instalação da comissão, os projetos pegam um “atalho” e são votados diretamente no Plenário, onde, mesmo que a peso de ouro, o governo vê maior chance de aprovar matérias de seu interesse. Pelo acordo, a CCJ deverá ser presidida pelo PL este ano.
O acordo fechado
A CCJ já deveria ser do PL, que tem a maior bancada, em 2023. O partido abriu mão da comissão para indicar o relator do Orçamento.
Fio falso de bigode
Petistas espalham que o acordo sobre o comando da CCJ, geralmente selado na camaradagem, não foi formalizado e não tem validade.
Carne de pescoço
Preocupa o governo o nome destacado, até agora, pelo PL para presidir a CCJ: Caroline de Toni (SC), ferrenha opositora a Lula na Câmara.
Poder sem Pudor
Diálogo de raposas
Magalhães Pinto era deputado federal e, no dia do aniversário de José Maria Alkmin, seu rival na política mineira e nos talentos de raposa, resolveu não enviar mensagem alguma. Mas o destino colocou os dois frente a frente naquele dia. Magalhães fingiu contentamento: “Parabéns, Alkmin, muitos anos de vida! Recebeu meu telegrama?” Alkmin foi tão insincero na resposta quanto o adversário na saudação: “Mas é claro, Magalhães. Aliás, de todos que eu recebi, o seu foi o que mais me emocionou.”
Fim do monopólio
Após multidão lotar a Avenida Paulista em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro, o senador Ciro Nogueira (PP-PI) avalia que a esquerda se recente por não ser dona das ruas, “o povo agora é dono de si mesmo”.
Vai que é tua, Lula
O vereador Rubinho Nunes (União-SP) aproveitou a avenida Paulista lotada para tirar sarro de Lula, “o descondenado teve que cancelar as lives semanais porque não conseguia colocar 5 mil pessoas ao vivo”.
Ministro desproporcional
Ocupante de cargo desproporcional de ministro, Silvio Almeida (Direitos Humanos) atacou Israel pela reação “desproporcional” aos terroristas. Não explicou se seria “proporcional” matar velhos e bebês, usar cabeças humanas como bola de futebol, executar brasileiros, estuprar…
À beira de um ataque
A manifestação na Avenida Paulista fez muitos no governo, no STF e até mídia começarem a semana nervosos, tensos, cuspindo marimbondos de fogo. Talvez tenha sido esse o maior êxito do ex-presidente.
Frase do dia
“Se precisar, a gente empresta a kombi”
Senador Ciro Nogueira (PP-PI) desafiando Lula a repetir o êxito de Bolsonaro na Av. Paulista
Lá de longe
Flanando na Espanha, o governador Jerônimo Rodrigues (PT) lamentou outra morte por dengue na Bahia. Apesar dos quase 17 mil casos prováveis da doença, ele manteve o belíssimo tour pela Europa.
Tucanos se bicando
O PSDB de São Paulo, em pé de guerra interno, não chega a um acordo de pacificação. Após convenção neste fim de semana, os tucanos não conseguiram consenso sobre quem vai presidir o diretório.
Golpe no zap
Criminosos não perdoam nem mesmo o governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), e se passam pelo político no whatsapp com pedidos de dinheiro. O governador avisou: bloqueie, é golpe!
Só subindo
O Brasil ultrapassou os 760 mil casos prováveis de dengue em 2024, registram números oficiais do Ministério da Saúde. Na última semana, eram mais de 90 mil.
Pensando bem…
…nada mais “democrático” do que incluir manifestação de rua em inquérito policial.
PESQUISA: 64,4% dos portugueses dizem que nunca morariam no Brasil
Pesquisa realizada pela Paraná Pesquisas em Portugal, e divulgada na manhã desta terça-feira (27), aponta que 64,4% dos portugueses não se mudariam “nunca” para o Brasil se tivessem oportunidade. A pesquisa também ouviu a opinião dos portugueses sobre a presença de brasileiros em Portugal.
A coleta dos dados foi realizada através de entrevistas telefônicas, com eleitores com 18 anos ou mais, entre os dias 08 e 17 de fevereiro de 2024.
Ao total 840 portugueses participaram sendo 46,9% homens e 53,1% mulheres, com uma margem de erro de aproximadamente 3,4 pontos percentuais para os resultados gerais, sendo estratificada segundo gênero, faixa etária e posição geográfica.
Veja os dados:
Levantamento dos Portugueses que se mudariam para o Brasil, caso tivessem uma oportunidade.
- Com certeza se mudaria para o Brasil – 3,1%
- Poderia se mudar para o Brasil – 26,1%
- Nunca se mudaria para o Brasil – 64,4%
- Não sabe/ não respondeu – 6,4%
Percepção quanto a presença de brasileiros em Portugal.
- Positiva – 41,4%
- Nem positiva nem negativa – 36,9%
- Negativa – 20,5%
- Não sabe/ não respondeu – 1,2%
Ciro desafia o PT a lotar Av. Paulista: ‘empresto a kombi’
O presidente nacional do Progressistas e senador piauiense, Ciro Nogueira, desafiou a esquerda a parar de reclamar e atacar a direita e promova uma manifestação que supere o público do ato de apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ontem (25), na Avenida Paulista. Na rede social X, nesta segunda-feira (26), o senador ironizou que emprestaria a kombi necessária para levar apoiadores do presidente Lula (PT) às ruas, ao criticar que a esquerda não esconderia a dor de saber o povo já não lhe pertence, como imaginava ter um monopólio sobre os brasileiros.
“Muito feliz com a manifestação pela DEMOCRACIA e de apoio ao presidente Bolsonaro. Ao pessoal da esquerda, ao invés de reclamar, a sugestão: façam uma manifestação ainda maior. A democracia agradece! Se precisar, a gente empresta a Kombi…[sic]”, provocou o ex-ministro da Casa Civil de Bolsonaro com a imagem de uma van da Volkswagen vermelha, com capacidade entre oito e doze pessoas.
No início da manhã de hoje, Ciro publicou extenso texto em que reagia a ataques da esquerda à manifestação de ontem em defesa de um Bolsonaro inelegível e cercado por investigações sobre supostos crimes de tentativa golpe de estado contra a eleição de Lula. Para o senador, o que mais dói na esquerda é tudo que Bolsonaro representa, após décadas “se dizendo e se achando dona das ruas e dona do monopólio do povo”.
“A esquerda sente a dor de que o povo não lhe pertence, que as ruas já não enchem nem se encantam mais sob seu comando. E descarregam em Bolsonaro todo o rancor sem perceber que o povo não mudou de dono. O povo ama Bolsonaro porque ele representa o contrário do que a esquerda sempre imaginou. O povo agora é dono de si mesmo!”, defendeu Ciro Nogueira.
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo calculou que o público do ato pró-Bolsonaro foi de 600 mil pessoas. Mas os bolsonaristas estimaram em mais de 1 milhão de apoiadores do ex-presidente.
Mais que culto ao político
O senador descarta que a manifestação de domingo tenha sito um culto à personalidade de Bolsonaro, mas, sim, a comunhão de ideias e valores maiores. “São ideias e valores que são do povo brasileiro. Não adianta atacar Bolsonaro, como a esquerda faz, porque ao fazer isso está atacando o próprio povo”, concluiu.
Ciro encerra o textão afirmando que, se Lula já disse uma vez que ele seria uma ideia para os brasileiros, Bolsonaro seria uma visão de um Brasil, uma visão da política, uma visão da família, uma visão de patriotismo.
“Uma visão de tudo que podemos ser e uma visão compartilhada por dezenas de milhões de brasileiros. […]Não adianta chamá-los de reacionários, atrasados, idiotas, não adianta insultá-los. Eles têm uma visão do Brasil e do mundo e é por entender essa visão que Bolsonaro os representa”, disse Ciro Nogueira.
O ato de ontem foi criticado pelo ministro da Secretaria de Comunicação de Lula, Paulo Pimenta, e pela presidente nacional do Partido dos Trabahadores (PT), Gleisi Hoffmann.
TRANSFORMOU MISSA EM PALANQUE
FONTE: JBF https://luizberto.com/transformou-missa-em-palanque/
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