Eleição de Milei na Argentina rompe décadas de hegemonia de esquerda

Após a vitória, o presidente eleito da Argentina, Javier Milei, saúda seus apoiadores na noite de domingo, 19 de outubro.| Foto: EFE/ Juan Ignacio Roncoroni

O libertário Javier Milei desbancou a hegemonia do peronismo, que havia vencido seis das nove eleições presidenciais desde a redemocratização na Argentina, em 1983, e se tornou neste domingo (19) o novo presidente do país sul-americano.

Antes mesmo da divulgação do resultado oficial, seu adversário no segundo turno, o peronista Sergio Massa, fez um pronunciamento reconhecendo a derrota. “Me comuniquei com Javier Milei para felicitá-lo e desejar-lhe sorte”, afirmou. A posse do libertário será em 10 de dezembro.

Depois da fala de Massa, começaram a ser divulgados os números oficiais da apuração. Com 99,28% dos votos apurados, Milei soma 55,69% e o peronista, 44,30%.

Javier Milei, fundador da coalizão A Liberdade Avança, tem 53 anos e é economista. Ele foi economista-chefe de uma empresa de previdência privada, economista sênior do HSBC e professor de economia e se diz adepto da Escola Austríaca, que defende a liberdade econômica e a não interferência do Estado na área.

Lula parabeniza o país, mas evita usar o nome do vencedor

O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva reagiu na rede social X parabenizando as “instituições argentinas pela condução do processo eleitoral e ao povo argentino” e desejando “boa sorte e êxito ao novo governo”, mas sem citar o nome de Milei, que o acusou de tentar interferir nas eleições a favor de seu adversário. “Alberto Fernández não falava com Bolsonaro. Então, qual é o problema se eu falo ou deixo de falar com Lula?”, disse o argentino em um debate presidencial no dia 13.

Na primeira eleição que disputou, as legislativas de 2021, Milei foi eleito deputado nacional. Neste ano, o libertário foi o mais votado nas prévias argentinas, realizadas em agosto. Em outubro, foi o segundo colocado no primeiro turno e se qualificou para a disputa deste domingo.

Admirador de Donald Trump e amigo da família Bolsonaro, ele é contrário ao aborto, cético sobre as mudanças climáticas e afirma que na sua presidência “não haverá marxismo cultural”. Acredita que as novas gerações argentinas estão mais propensas a concordar com suas opiniões porque “têm menos tempo de exposição à lavagem cerebral da educação pública”.

Na manhã desta segunda-feira (20), Milei destacou uma publicação de um jornalista de mercados apontando que as ações dispararam em 12% na Argentina e comentando que o presidente eleito “promete uma guinada ortodoxa e deixou em segundo plano em seu discurso as propostas extremas”.

Em entrevista à rádio Mitre, Milei confirmou que pretende privatizar a Televisión Pública, a Radio Nacional e a agência estatal de notícias Télam. “Nós entendemos que a Televisión Pública virou um mecanismo de propaganda”, declarou o presidente eleito. Segundo ele, a TV estatal foi negativa em 75% do tempo usado para falar dele, “endossando a campanha suja, a campanha do medo. Não concordo com essas práticas de ter um Ministério da Propaganda disfarçado: tem que ser privatizado”.

“Não vim guiar cordeiros, vim despertar leões”, costuma repetir. Entre suas propostas, estão a dolarização da economia da Argentina e o fim do Banco Central.

Estas medidas farão parte da sua estratégia para tentar recuperar a economia argentina: a pobreza hoje atinge 40% da população, a inflação em outubro ficou em 142,7% no patamar interanual e o Fundo Monetário Internacional (FMI) projeta que o país terá em 2023 a sexta retração do PIB em dez anos.

Reação dos derrotados

Já nesta segunda-feira, o presidente Alberto Fernández recebe Milei para começar a transição. A militância da campanha do derrotado Sergio Massa, ministro da Economia de Fernández, “ouviu incrédula e com dor” os resultados, segundo o site Letra P. “Hoje termina uma etapa da minha vida política”, disse Massa. “Com certeza a vida me trará outras responsabilidades”.

A derrota foi inesperada e contundente. Os presentes no QG da campanha de Massa ensaiaram explicações para o resultado, tendendo a culpar governadores e prefeitos que estavam garantindo a vitória em seus distritos. “Foram as pessoas. Elas queriam nos punir. Não podemos culpar ninguém”, disse um presente que ficou até o último minuto. Outra culpada pelo resultado foi Patricia Bullrich, candidata de centro-direita que ficou para trás no primeiro turno e apoiou Milei no segundo.

Massa saiu do QG às 22h e falou por telefone com Cristina Kirchner. A ex-presidente voará para a Itália, onde dará uma palestra na Universidade de Nápoles. Ela não se manifestou publicamente sobre o resultado, mas ao votar declarou que não tinha conselhos a dar para o próximo presidente da Argentina.

FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/mundo/javier-milei-desbanca-o-peronismo-e-e-eleito-presidente-da-argentina/

Milei diz que sua eleição foi “milagre” e que “hoje começa o fim da decadência argentina”

Eleitor de Javier Milei comemora em Buenos Aires a vitória do candidato libertário
Eleitor de Javier Milei comemora em Buenos Aires a vitória do candidato libertário| Foto: EFE/Juan Ignacio Roncoroni

Em pronunciamento diante de apoiadores neste domingo (19) em Buenos Aires, o presidente eleito Javier Milei disse que, nessa “noite histórica”, começa a “reconstrução” da Argentina.

No segundo turno da eleição presidencial, o libertário bateu o peronista Sergio Massa, candidato apoiado pelo presidente Alberto Fernández.

No seu discurso, Milei agradeceu a quem colaborou para o “milagre” da Argentina eleger um presidente libertário, entre eles, o ex-presidente Mauricio Macri (2015-2019) e sua ex-ministra Patricia Bullrich, terceira colocada no primeiro turno, que declararam apoio ao libertário e inclusive colocaram fiscais eleitorais para ajudar os da Liberdade Avança, coalizão do presidente eleito.

“Hoje, começa o fim da decadência argentina. Hoje, começamos a virar a página da nossa história e a retomar o caminho do qual nunca deveríamos ter saído”, disse Milei. “Hoje, acaba a ideia de que o Estado é um butim a ser dividido entre os amigos.”

O libertário afirmou que sua gestão terá três premissas: governo limitado, “que cumpra seus compromissos”, respeito à propriedade privada e comércio livre. Afirmou que este é o caminho para a Argentina se tornar uma “potência mundial”.

Milei afirmou que “todos que queiram se juntar à nova Argentina são bem-vindos”, mas afirmou que sabe que “há gente que vai resistir”.

“A esses, lhes digo: dentro da lei, tudo; fora da lei, nada. Na nova Argentina, não há lugar para os violentos, para os que queiram usar a força para defender seus privilégios”, disse o libertário.

O presidente eleito, que toma posse em 10 de dezembro, afirmou que a Argentina enfrenta a “pior crise da história”, com inflação, estagnação econômica, desemprego, violência e pobreza.

“Problemas que só terão solução se aqueles que querem uma mudança trabalharem juntos”, afirmou Milei.

Ele afirmou que nesta segunda-feira (20) a transição começa, e a imprensa argentina informou que os primeiros nomes de ministros do seu governo devem ser confirmados.

FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/mundo/milei-diz-que-sua-eleicao-foi-milagre-e-que-hoje-comeca-o-fim-da-decadencia-argentina/

5 motivos para Lula se preocupar com a vitória de Milei na Argentina

Sergio Massa Lula Haddad - Argentina - Brasil - PT
Ministros Sergio Massa e Fernando Haddad celebram acordo comercial com respaldo de Lula: esforço brasileiro para socorrer Argentina em crise econômica profunda| Foto: Ricardo Stuckert/PR

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem motivos para se preocupar com a vitória do candidato libertário Javier Milei nas eleições argentinas deste domingo (19). Uma série de razões podem afetar profundamente a relação entre o Brasil e a Argentina, além de induzir nova dinâmica política e econômica para a América do Sul.

A virada observada na votação deste domingo assusta o Planalto também pelo risco de ela enfraquecer a influência da esquerda no continente e da liderança regional brasileira e perante o cenário global.

Antes do primeiro turno, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), já havia relatado que estava preocupado com uma eventual vitória de Milei, agora concretizada. Para ele, o novo presidente argentino vai “ideologizar as relações internacionais”, citando a postura crítica de Milei em relação ao governo de Lula.

Para analistas ouvidos pela Gazeta do Povo, os temores da esquerda brasileira, sobretudo do governo, vão além disso. Veja quais são os motivos.

1. Enfraquecimento do Mercosul, com risco à sua continuidade

Conhecido pela postura crítica em relação a acordos de comércio regional e multilateral, Javier Milei pode levar à revisão de compromissos da Argentina com o Mercosul, privilegiando a busca de acordos comerciais individuais. Assim, uma nova orientação para a segunda maior economia do bloco poderia enfraquecê-lo e colocar sua continuidade em risco. Sobre a relação com o Mercosul, a quem chama de “união aduaneira imperfeita”, Milei avisou, durante campanha, que a Argentina “seguiria seu próprio caminho”, caso fosse eleito. O Brasil exerce a presidência rotativa do bloco em meio a tensões abertas com o governo uruguaio, de centro-direita, que pede flexibilização.

2. Fim da parceria de Lula com o governo peronista

Lula tentou, desde o começo de seu mandato, buscar caminhos para ajudar a Argentina a deixar a sua profunda crise econômica, propondo parceria estratégica entre os dois países e atuando junto a outros países e órgãos multilaterais para buscar fontes de financiamento e renegociar dívidas. A vitória de Milei pode encerrar de vez esses esforços. Lula tem relação pessoal de amizade com o atual presidente argentino, Alberto Fernández, que chegou a visitá-lo na prisão logo após ser eleito em 2019.

O Planalto foi duramente criticado pela oposição brasileira e pelo próprio candidato libertário por suas tentativas de, segundo eles, interferir no processo eleitoral argentino. As ações incluem apoiar a entrada da Argentina no Brics, bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul; acenar com empréstimos do BNDES; apelar ao Fundo Monetário Internacional (FMI) por novo tratamento ao país vizinho; firmar operações financeiras, incluindo acordo de US$ 600 milhões; e um empréstimo de US$ 1 bilhão junto ao Banco de Desenvolvimento para a América Latina.

A Argentina procurou assistência do Brasil para lidar com desafios relacionados ao financiamento de importações. No entanto, as negociações não progrediram. Haddad reconheceu que o governo elaborou quatro propostas diferentes, todas destinadas a oferecer garantias que possibilitariam ao Brasil financiar as importações da Argentina. No entanto, nenhuma dessas propostas avançou devido à incapacidade ou falta de capacidade do governo argentino em atender às exigências estipuladas.

Marqueteiros e estrategistas ligados ao PT participaram da campanha do candidato governista Sergio Massa, atual ministro da economia, com quem Haddad tem buscado costurar formas de socorrer o país vizinho.

3. Inflexão à direita na América do Sul já anima políticos no Brasil

A vitória de um candidato libertário na Argentina envia um sinal claro de derrota para a esquerda sul-americana, o que anima políticos de direita no Brasil e em outros países. Um grupo de 69 deputados de oposição a Lula assinaram uma carta pública de apoio a Milei nas eleições, destacando que o libertário representa a “esperança de mudança e renovação para o povo argentino e para a América Latina”.

A maioria dos países da América do Sul segue dominada por governos esquerdistas, mas já iniciou uma inflexão à centro-direita e direta após as vitórias de Santiago Penã (Paraguai), de Luis Lacalle Pou (Uruguai) e, mais recentemente, de Daniel Noboa (Equador).

A vitória de Milei representa um duro golpe para a esquerda na América do Sul, que tem como o retrato mais trágico a Venezuela e que retomou nos últimos anos a liderança de países como Argentina, Brasil e Chile. A guinada à direita na Casa Rosada poderia enfraquecer a influência regional e global desse bloco de países, prejudicando a agenda política do PT.

4. Contraponto liberal à política econômica estatizante do Brasil

Famoso por suas políticas econômicas radicalmente liberais, em contraste com a abordagem estatizante dos atuais governos argentino e brasileiro, Milei deve implementar um novo e contrastante modelo na América do Sul. Se colocar em prática suas promessas de campanha, ele pode construir um contraponto significativo de iniciativas em favor da livre iniciativa e da retirada da presença do governo em vários setores da economia e da vida da população, estimulando debates e comparações com soluções apresentadas historicamente pelo PT.

A Argentina é o terceiro maior parceiro comercial do Brasil, atrás só da China e dos Estados Unidos. A vitória de Milei pode afetar o comércio entre os dois países em tese, embora o candidato tenha dito que não interferirá nas iniciativas de cada importador ou exportador.

Chamado de “Bolsonaro argentino”, ele afirmou durante a campanha que pretendia limitar iniciativas de governo para promover o comércio com o Brasil, classificando Lula de “comunista raivoso” e “socialista com vocação totalitária”.

5. Fim da integração sul-americana, incluindo uma moeda comum

A esquerda na América do Sul historicamente defende uma profunda integração regional nos planos político e econômico, incluindo a criação de uma moeda comum para seus países, semelhante ao euro. A vitória de Milei, que se opõe abertamente aos projetos nessa direção, pode significar o fim desse sonho dos governos esquerdistas e retardar algumas ações em curso em favor da cooperação multilateral.

Além da aversão ao Brics e ao Mercosul, o libertário também pode sepultar as iniciativas de Lula para retomar a União de Nações Sul-Americanas (Unasul) e a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), organismos regionais criados durante governos petistas e com viés de esquerda.

Especialistas veem Congresso como maior desafio de Milei

Leandro Gabiati, diretor da Dominium Consultoria, vê a corrida presidencial argentina como ruptura da tradição bipartidária de 40 anos. “A emergência de uma terceira força, distinta da centro-esquerda peronista e da centro-direita tradicional, reflete o colapso do sistema político incapaz de enfrentar as crises. O candidato libertário é um exemplo notável desse cenário”, avaliou. Até as 21h de domingo, Milei estava com 55% dos votos.

Além disso, a governabilidade de Milei dependerá dos humores do Congresso, já que a coalizão dele, Libertad Avanza, não obteve maioria no parlamento. O grupo do rival derrotado, Sergio Massa, elegeu o maior número de deputados (108), mas também não conseguiu maioria (ao menos 129 deputados). Contudo, se a aliança com o grupo do ex-presidente Mauricio Macri (Juntos por el Cambio) for firmada na Câmara, Milei pode alcançar uma maioria simples.

“A capacidade dele de implementar qualquer uma das suas agendas polêmicas, como a dolarização e as reformas dos modelos públicos de saúde e educação, depende da aprovação de larga maioria parlamentar, por envolver questões de natureza constitucional”, avalia a Natália Fingermann, professora de relações internacionais do Ibmec-SP,

A professora prevê a necessidade de Milei moderar posturas para não sofrer críticas da população caso as suas propostas sejam barradas dentro de um quadro social desafiador, com inflação mensal na casa de dois dígitos, rumo à uma terceira hiperinflação, após as das décadas de 1980 e 1990. A decisão de sair do Mercosul, por exemplo, já sofreu alguma inflexão, pois grande parte do empresariado argentino se beneficia desse ambiente comercial.

Para o consultor de empresas e palestrante Ismar Becker, Milei é “uma das poucas novidades na política na América do Sul”. Segundo ele, o economista e político argentino chama a atenção não só por sua cabeleira despenteada, mas pela capacidade única de explicar como a macroeconomia afeta o dia a dia das pessoas, sobretudo quando a Argentina “afunda cada vez mais e clama por soluções corajosas para tirá-la da permanente crise”.

FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/republica/5-motivos-para-lula-se-preocupar-com-uma-vitoria-de-milei-na-argentina/

Operações policiais com data marcada dão “férias” a criminosos e estruturam facções

GLO levou cerca de 200 militares da Capitania Fluvial ao rio Paraná.
GLO levou cerca de 200 militares da Capitania Fluvial ao rio Paraná.| Foto: Divulgação/Capitania Fluvial do Rio Paraná

Operações HórusFronteira SulÁgata e mais recentemente um decreto presidencial de Garantia da Lei e da Ordem (GLO). Todas ações de enfrentamento ao crime organizado que, na visão de especialistas em segurança pública, acabam tendo o efeito de fortalecer, estruturar e sazonalizar o crime organizado. A análise é feita tendo como base a característica comum das operações: dia e hora para começar, além de, em muitos casos, prazo estipulado para o término.

Na região de tríplice fronteira entre Brasil, Paraguai e Argentina há agravantes. É considerada uma das mais vulneráveis do país pela entrada de armas, drogas e munições que abastecem facções de Norte a Sul. “Há anos estamos discutindo problemas relacionados à fronteira e parece que continuamos debatendo as mesmas coisas: segurança pública, tráfico de drogas, de armas, facções criminosas”, aponta o presidente do Instituto de Desenvolvimento Econômico e Social de Fronteiras (Idesf), Luciano Barros, que em novembro organizou na cidade de Foz do Iguaçu (PR) o 10º Seminário Fronteiras do Brasil.

Conhecedor dos problemas enfrentados nos quase 17 mil quilômetros de fronteira, Barros considera que entraves transfronteiriços vêm se agravando. “Temos situações importantes de cooperação e integração interagências, mas são muitos os desafios. Não temos condições delinearidade das operações. A gente precisa de um objetivo nacional que ancore todas essas ações de forma duradoura”, constata.

Para o especialista, é essencial fazer uma reflexão do legado deixado por estas intervenções. “E na hora que desmobilizar tudo isso, o crime vai voltar? É muito fácil ‘dar férias’ ao crime organizado quando você diz que isso tem prazo determinado. E há o desafio de trabalhar com países vizinhos. São problemas internacionais que perpassam as nossas fronteiras. Esses trabalhos conjuntos são fundamentais”, defende ele.

Além de perenidade das operações de repressão e enfrentamento ao crime organizado, o especialista considera que periférico ao crime existem dilemas a serem sanados que vão além da tríplice fronteira. Eles envolvem, segundo Barros, bases sociais que passam por empregos dignos, sobretudo em cidades que crescem muito em regiões fronteiriças e atraem uma população jovem que busca ser cooptada pelo crime. Pesquisas originadas ou pautadas pelo Idesf percorrem as mãos de um amplo grupo de pesquisadores na academia e na administração pública, com o objetivo de auxiliar na construção de políticas públicas.

Combate ao crime não pode ser estruturado como se todas as fronteiras fossem iguais

Para o vice-reitor Internacional da Faculdade de Ciências Sociais e Políticas Públicas da King’s College London, Vinicius Mariano de Carvalho, que há uma década pesquisa segurança e defesa na América Latina, é indispensável uma sincronia entre as forças de segurança no enfrentamento ao crime e métodos de enfrentamento diferenciados, de acordo com as caraterísticas de cada região fronteiriça.

O pesquisador considera que o que se evidencia entre Brasil e Paraguai são “ações robustas de violência que perturbam as instituições sociais e de Estado, promovendo insegurança e risco às vidas humanas”. Ele pontua que o crime organizado é mais flexível e dinâmico que o aparato oficial. “O crime não tem preocupação de responder a alguém, enquanto o Estado responde a si mesmo, à legislação e à população. É lento e tem uma máquina burocrática, funciona mais fragmentado, mas não é um caso perdido. O Estado precisa se mobilizar de forma mais rápida e coerente para responder à pressão, à agressão e à ameaça que o crime organizado traz à sociedade”, avalia.

Quanto aos crimes em regiões de fronteira, o pesquisador alerta que, por serem transnacionais, uma resposta unilateral é limitada. “É essencial uma cooperação internacional efetiva, que aja de fato e não seja apenas declaratória”.

Quanto às ações de combate e controle internos, Carvalho diz é um equívoco pensar em operações datadas em fronteiras de maneira uniforme. “A fronteira entre Brasil e Paraguai é habitada, dinâmica e economicamente forte, então é preciso entender pontos cruciais com abordagens mais específicas. É preciso entender que uma única política para todas as fronteiras não funciona. Temos muitas (áreas de fronteiras) com características diversas”, reforça.

Para o pesquisador, também é fundamental se adequar de forma repressiva à dinâmica criminal. “Isso passa por entender que o nosso modelo de segurança pública vem da Constituição Federal de 1988: estamos notando fragilidades ao longo do espaço de tempo. É preciso reentender, modificar a segurança pública no modelo federativo que adotamos”, completa.

Considerando a atuação de diferentes agentes operadores da segurança pública, o pesquisador analisa que existe troca de informações entre eles, mas que é essencial ter “vontade de fazer”, alertando ser indispensável que as questões em fronteiras devem envolver o Ministério das Relações Exteriores. “Segurança pública não é apenas uma política interna e operadores da política externa precisam ser inseridos nesse problema. Como membro da academia, me cabe essa provocação”.VEJA TAMBÉM:

Quando a ação é perene, falta estrutura

Enquanto operações pontuais vem e vão nas regiões de fronteira, grupos permanentes e ativos de combate ao crime sofrem com a falta de estrutura. Um dos exemplos é o Comando Tripartite envolvendo forças de segurança, fiscalização e controle do Brasil, do Paraguai e da Argentina.

Tido como um exemplo bem-sucedido, o Comando Tripartite foi instituído em 1996 pelo então ministro da Justiça Nelson Jobim no governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Mesmo com ações contínuas, reuniões mensais e trocas diárias de informações, não conta com dotação orçamentária própria nem uma sede física.

A presidência pró-tempore do Comando Tripartite segue até o início de 2024 com o Brasil e é o chefe da Delegacia da Polícia Federal (PF) de Foz do Iguaçu, Marco Smith, quem está à frente dos trabalhos. Durante este ano, segundo o delegado, houve troca de informações envolvendo mais de 2 mil documentos oficiais.

Entre as atribuições está o recebimento para ingresso oficial no país de deportados, extraditados ou brasileiros expulsos dos outros países-membros. “Talvez essa seja a ação que dá mais visibilidade ao Comando Tripartite, mas vai além. Desde o início se produz informação e material que pode ser utilizado em juízo em diversas áreas. Tudo que vem do Comando é fruto de cooperação internacional e não são necessários novos pedidos para inserção de documentos vindos dali para fins judiciais”, explica.

O órgão está elaborando um novo protocolo, o que ocorre a cada cinco anos numa renovação de portarias interministeriais com a inclusão de novos eixos temáticos. Desta vez, são casos de roubo e contrabando de veículos. Na região da fronteira, esses crimes patrimoniais são bastante comuns: veículos são levados de um país a outro, onde dificilmente são recuperados. Muitos são usados para ações criminosas subsequentes, como contrabando de cigarros e de eletrônicos, tráfico de drogas e de armas.

O Comando Tripartite conta com um banco de dados integrado em controle de migração, combate à lavagem de dinheiro, à evasão de divisas, ao tráfico de drogas, à investigação e financiamento ao terrorismo, tráfico e contrabando de pessoas, crimes ambientais, cibercrimes e temas correlacionados. “Essa entidade com quase 30 anos não tem uma sede própria. Isso traz vantagens e desvantagens. Entre as vantagens está a celeridade pelas movimentações eletrônicas. Por outro, se perde o contato com os agentes”, pontua. As reuniões mensais ocorrem em locais distintos.

Operações levam as Forças Armadas à fronteira

As fronteiras brasileiras estão recebendo duas ações distintas, mas não constantes, de enfrentamento ao crime.

Uma delas é a Operação Ágata, desenvolvida desde o ano de 2011 em meio ao Plano Estratégico de Fronteiras (PEF) do governo federal, coordenada pelo Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA). O objetivo, segundo o Ministério da Defesa, é “fortalecer a segurança dos quase 17 mil quilômetros de fronteiras do Brasil. Militares da Marinha, do Exército e da Força Aérea Brasileira realizam missões táticas contra o narcotráfico, contrabando e descaminho, tráfico de armas e munições, crimes ambientais, imigração e garimpo ilegais”, explica a pasta federal.

Participam da ação 13 ministérios e duas dezenas de agências governamentais. O Programa Integrado de Fronteiras, instituído pelo decreto residencial 8.903, de 16 de novembro de 2016, tem como objetivo organizar “a atuação de unidades da administração pública federal para sua execução”.

Na tríplice fronteira entre Brasil, Paraguai e Argentina, a 15ª Brigada de Infantaria Mecanizada é quem está na coordenação, “intensificando as ações de patrulhamento e controle de rodovias e rios na faixa de fronteira Oeste do estado do Paraná e divisa com o Mato Grosso do Sul”.

São cerca de 800 militares que utilizam equipamentos considerados modernos e o Sistema de Aeronaves Remotamente Pilotadas, em apoio às ações de patrulhamento terrestre e fluvial, postos de bloqueio e controle de vias, com revistas de pessoas, veículos e embarcações.

Somada à operação em curso, em 6 de novembro foi deflagrada a Garantia da Lei e da Ordem (GLO), determinada pelo governo federal após os ataques protagonizados pelo crime organizado no Rio de Janeiro. Além da fronteira, a GLO é desenvolvida em portos e aeroportos pré-definidos em São Paulo e Rio de Janeiro.

Na fronteira com o Paraguai, em torno de 200 militares da Capitania Fluvial operam pelo rio Paraná, que divide os dois países e tem trechos controlados pelo crime organizado. Há também militares de outros destacamentos cedidos à operação.

Em nota, a Capitania Fluvial destacou que a “GLO é uma medida excepcional de segurança pública que aciona as Forças Armadas para atuar em conjunto com as forças de segurança pública e Marinha do Brasil”. Treze embarcações foram empregadas na ação, algumas com metralhadoras fixas. O efetivo conta com apoio de aeronaves.

A região da tríplice fronteira é reconhecidamente uma área ocupada por facções criminosas, quadrilhas de contrabando de cigarros e supostos membros de núcleos terroristas. “Precisamos de ações contínuas nas fronteiras e espero que muitos dos problemas que debatemos hoje nãos sejam mais necessários daqui a 10 anos, que estejamos cada vez mais afinados e que os problemas sejam efetivamente enfrentados a partir de uma legislação consistente e de uma cooperação, inclusive internacional, com ações constantes e eficazes”, defende o presidente do Idesf.

FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/brasil/operacoes-combate-ao-crime-com-data-marcada-dao-ferias-a-criminosos-e-estruturam-faccoes/

Bolsonaro toca no “ponto fraco” de Flávio Dino (veja o vídeo)

Foto: PR; Agência Brasil
Foto: PR; Agência Brasil

Em evento no Rio Grande do Sul, o ex-presidente Jair Bolsonaro disse que, para mudar o país, é necessário mudar a classe política, para que a maioria seja de pessoas do bem.

“O que voltou a dar errado? É a classe política. A maioria tem que ser do bem. Estamos, cada vez mais, nos aproximando da maioria. (..) Vai sacrifício, vai momentos de tristeza. Mas pode ter certeza: o nosso dia, o dia dos cidadãos de bem, das pessoas honestas, dos patriotas, vai chegar”.

Bolsonaro ainda ironizou a perseguição política da qual é vítima diariamente e tocou exatamente no “ponto fraco” do ministro da Justiça Flávio Dino:

“Todo dia uma maldade. A de ontem é que eu estou perseguindo baleias. 

A única baleia que não gosta de mim é aquela que está no ministério, aquela que diz que eu quis dar um golpe, mas aquela baleia some com os vídeos do ministério. 

Pertence a um partido que detesta a democracia, detesta a participação popular”. 

Flávio Dino já chegou a processar pessoas por conta de comentários sobre sua condição física. 

Confira:

FONTE: JCO https://www.jornaldacidadeonline.com.br/noticias/53432/bolsonaro-toca-no-equotponto-fracoequot-de-flavio-dino-veja-o-video

Só o calor não explica mortes em show de Taylor Swift

Rio, calor
Rio chegou a registrar sensação térmica de 58,5 C° devido a onda de calor| Foto: Tomaz Silva/ Agência Brasil

Ouça “Só o calor não explica mortes em show de Taylor Swift” no Spreaker.

Já imaginou a situação dos moradores dos vales do Itajaí, Santa Catarina e Vale do Taquari, no Rio Grande do Sul? Quatro, cinco cheias consecutivas. A cheia de agora, no Rio Taquari, está apenas dois metros, no máximo, diferente da outra cheia. Muita chuva. Chuva que tá faltando aqui no centro oeste.

Dizem que é o calor, mas na minha idade eu posso dizer que eu já senti mais calor do que agora. Na minha infância, dias assim, em Cachoeira do Sul, em Santa Cruz e Porto Alegre, chegavam aos 37, 38 ou 39 graus. Era abafado, úmido, horrível. Na época não registravam a temperatura, não tinha rede social e não tinha essa famosa “mudança do clima”, que depende de explosões cíclicas do sol que esquentam um pouco mais as águas dos oceanos.

Atribuem o excesso de calor como o responsável pela morte de Ana Clara Benevides Machado, de 23 anos, no show da cantora Taylor Swift. Mas, em Rondonópolis, a temperatura pode chegar a 43 graus. Também houve a morte do cantor da banda Cravo, de Juiz de Fora, 31 anos. Está na hora do Ministério da Saúde fazer o levantamento de todas as mortes de jovens. De repente, saber qual é o ponto comum entre essas mortes.

Teve outro jovem que foi morto no Rio de Janeiro, no Engenhão. Tiveram que cancelar o segundo show. Teve, teve assalto, pessoas fugindo, correndo, a polícia, agindo em torno do estádio. Um outro jovem, do Mato Grosso, que também era fã da cantora, foi morto a facadas em Copacabana. E quem o matou? Um sujeito que tinha sido solto horas antes pela audiência de custódia porque havia sido preso assaltando, em flagrante.

Prenderam três desse crime. O segundo tem dez registros criminais na polícia. E o terceiro tem catorze registros de crime na polícia. Estavam todos soltos, em liberdade, nem tornozeleira, nem foram pra Papuda. Eles não entraram em Palácios, estavam assaltando. Esse é o nosso país, infelizmente.

Anistia de Sanchez desencadeia protestos em Madrid

Lá na Espanha, estão dizendo que houve um do governo socialista. O presidente socialista Pedro Sanchez, do PSOE, fez uma anistia com dois partidos da Catalunha, que tem por objetivo a independência da Catalunha. A Catalunha é a região onde fica Barcelona. Tem até outra língua muito parecida com o português. Com essa anistia, ele ganhou algumas cadeiras e desequilibrou o resultado da eleição. Porque no pleito, a direita ganhou e os socialistas perderam. Resultado: a população de Madri está nas ruas. Encheram a Gran Vía, a Praça de La Silvestres, que fica na frente do hotel em que eu costumo me hospedar. Belíssima.

As ruas cheias de gente protestando contra o governo socialista. Vai ter que haver uma solução até dia 27, no parlamento, para resolver quem vai ter maioria para formar governo. Por enquanto está permanecendo o Pedro Sanchez, por ele ter concedido anistia para aqueles que querem a independência da Catalunha. É uma coisa  que agride a soberania dos castelhanos.

FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/so-o-calor-nao-explica-mortes-em-show-de-taylor-swift/

Foto de perfil de Roberto Motta
Roberto Motta

Sorrindo para ratos: o arriscado flerte com o terror

Ato na Avenida Paulista, em 12 de novembro, em São Paulo, teve manifestações de apoio ao Hamas.
Ato na Avenida Paulista, em 12 de novembro, em São Paulo, teve manifestações de apoio ao Hamas.| Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

Há poucos meses assistimos a grupos de esquerda e de extrema esquerda – junto com algumas autoridades – acusando cidadãos de terrorismo apenas por exercer direitos legítimos de manifestação. Hoje, vários dos mesmos acusadores sorriem para o terror fundamentalista. Esse é um ato de gravidade incalculável.

O sorriso pode ser interpretado como uma permissão, um convite ou uma licença para atividades abomináveis. O sorriso para terroristas é uma manifestação marxista, embora a maioria das marionetes que vestiram a camiseta do terror provavelmente não tenha consciência disso. A simpatia com o terrorismo consta da cartilha marxista há muito tempo. Ela faz parte da filosofia infernal de conflito, ódio e destruição que ainda hoje infecta milhões de mentes em todo mundo sob seus diversos nomes: marxismo, socialismocomunismo ou progressismo.

Nenhuma palavra será dura o suficiente para descrever traidores que abrem as portas do Ocidente aos seus piores inimigos.

Quando essa infecção se combina com fundamentalismo, o potencial de dano se aproxima do infinito. Os neomarxistas que flertam com o terror foram nutridos e embalados em um berço capitalista. Sua leitura da realidade é a mistura raivosa de luta de classes com uma pauta identitária que nem eles mesmos compreendem – por isso usam todes em uma frase, presidenta em outra. Perdidos em sua adolescência intelectual e moral, são incapazes de entender o perigo ao qual estão expondo todo o Ocidente. Os idiotas comunistas (pleonasmo, eu sei) que defendem assassinos de bebês são, eles próprios, bebês indefesos que aplaudem seus algozes.

Depois do 7 de outubro, os ratos finalmente saíram do esgoto. Mas é preciso nomear os ratos. Eles representam a aliança entre o marxismo tradicional, impotente e carcomido, e o fundamentalismo que foi semeado nas melhores instituições ocidentais. Os instrumentos da semeadura foram uma política de imigração sem critério e um multiculturalismo insensato que exige a aceitação de “culturas” tóxicas cujo objetivo é destruir nossa cultura – a cultura ocidental.

Os cretinos marxistas que embarcaram na canoa fundamentalista são efebos, guerreiros de escritório, combatentes de verbas públicas e mestres em retórica etílica, incapazes de se defender quando o mal que eles invocam realmente aparecer.

Embriagados por teses bizarras e estimulados por “pensadores” cuja mercadoria é a denúncia de tudo o que seja normal e ocidental, eles são como patinhos em um estande de tiro ao alvo, alinhados à espera do terrorista – ou seria melhor dizer “combatente”? – que um dia aceitará o convite para reduzir a desigualdade e acabar com a colonização, seguindo o modelo do massacre de 7 de outubro. É preciso denunciar esses ratos.

Nenhuma palavra será dura o suficiente para descrever traidores que, na calada da noite, e abusando de nossa compaixão e inocência, abrem as portas do Ocidente aos seus piores inimigos.

FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/roberto-motta/sorrindo-para-ratos-arriscado-flerte-terror/

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Cristina Graeml

Advogado consegue absolver clientes de acusação de crimes do 8 de janeiro

Entrevista com Bruno Jordano, advogado de 8 réus do 8 de janeiro, que conseguiu as primeiras vitórias nos julgamentos virtuais do STF.

Mesmo com todo o cerceamento à defesa, que vem caracterizando os processos contra as pessoas presas dentro de prédios públicos na praça dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023 ou, no dia seguinte, no acampamento em frente ao QG do Exército, em Brasília, ele conseguiu derrubar parte da acusação da Procuradoria Geral da República (PGR).

Dois de seus clientes foram absolvidos dos crimes de associação criminosa armada, atentado contra os poderes constituídos ou tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito.

FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/cristina-graeml/advogado-consegue-absolver-clientes-de-acusacao-de-crimes-do-8-de-janeiro/

Dino deve explicar na Câmara visita da ‘dama do tráfico’

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, é aguardado nesta terça-feira (21) na Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara para explicar o tour de Luciane Farias, esposa de um dos chefões do Comando Vermelho, pelos gabinetes do ministério.

A comissão aprovou 23 pedidos de convocação do ministro que, além do caso da “dama do crime”, terá que explicar sobre outros assuntos, como falas consideradas fake News envolvendo colecionadores, atiradores desportivos e caçadores (CACs) e uma facção criminosa. O depoimento está marcado para às 09h.

Luciane Farias em recente participação em evento oficial com despesas pagas pelo governo de Lula. (Foto: Instagram/associacaoliberdadedoam)

A visita de Luciane, recebida em diversos gabinetes da Esplanada dos Ministérios de Lula, causou desgaste ao governo. A oposição quer investigar os gastos com a “dama do tráfico. As passagens da “dama do tráfico” foram bancadas com recursos do Ministério dos Direito Humanos.

Em outra frente, o deputado federal Kim Kataguiri l(União-SP) pediu o impeachment de Flávio Dino e justificou o pedido dizendo que o ministro cometeu crime de responsabilidade por ato de improbidade administrativa ao “garantir interlocução com o crime organizado, especificamente, o Comando Vermelho”.

FONTE: DP https://diariodopoder.com.br/brasil-e-regioes/xwk-brasil/dino-deve-ir-a-camara-explicar-visita-da-dama-do-trafico

Prefeito que atirou 15 vezes contra casa de ex é considerado foragido

Naçoitan Leite invadiu e disparou 15 vezes contra quarto onde ex-namorada estava (Foto: reprodução)

A Justiça mandou prender o prefeito de Naçoitan Araújo Leite (sem partido), prefeito de Iporá, em Goiás, cidade a cerca de 225km de Goiânia, após o homem invadir a casa da ex-namorada e atirar 15 vezes contra o quarto onde ela estava com o atual namorado.

Os disparos ocorreram na madrugada do último sábado (18), as vítimas conseguiram se esconder e não se feriram.

A defesa de Naçoilan tentou um habeas corpus, alegou que o político está sofrendo constrangimento ilegal e que a prisão é uma medida extrema, já que há possibilidade de aplicação de medidas protetivas, além de alegar foro especial por prerrogativa de função.

O desembargador Anderson Máximo de Holanda, do Tribunal de Justiça de Goiás, negou o pedido do prefeito. Na decisão, destacou que as suspeitas que pesam contra o político “não guardam pertinência com exercício do cargo”.

FONTE: DP https://diariodopoder.com.br/brasil-e-regioes/xwk-brasil/prefeito-que-atirou-15-vezes-contra-casa-de-ex-e-considerado-foragido

‘Argentina respira liberdade!’, afirma Milei, eleito com mais de 10 pontos de vantagem

iei Milei agitanbdo uma motosserra, símbolo de sua campanha prometendo cortar despesas e privilégios das elites – FOto: reprodução TV.

O presidente eleito Javier Milei afirmou agora há pouco, em post nas redes sociais, que “a Argentina respira a liberdade!” Ele vence a disputa, até agora, com mais de dez pontos percentuais de vantagem.

O candidato governista a presidente da Argetina, Sergio Massa, reconheceu a derrota e até telefonou para Javier Milei, candidato do Partido Libertário, cumprimentando-o pela vitória.

Os primeiros resultados oficiais divulgados, copm 86,59% das urnas apuradas, Milei já soma 55,95% do total de votos, contra 44,05% de Massa.

O candidato derrotado relatou ter ligado para felicitar Milei e desejar sorte “porque é o presidente que a maioria dos argentinos elegeu”.

O libertário Javiei Milei enfrentou uma das campanhas mais sórdidas da história argentina, em razão da estratégia de ódio conduzida por três marqueteiros brasileiros contratadops a peso de ouro pelo comitê oficialista. A estratégia tentava atribuir a Milei a pecha de “extrema-direita” e de “ameaça à democracia”, exatamente como acontecei no Brasil.

FONTE: DP https://diariodopoder.com.br/exteriores/ttc-internacional/argentina-respira-liberdade-afirma-o-presidente-eleito-javier-milei

Marina treme de medo… Amanhã é o dia

Foto: Agência Brasil
Foto: Agência Brasil

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, recebeu convite da CPI das ONGs para falar sobre eventuais favorecimentos a organizações não-governamentais ligadas a ela na região Norte do país.

Marina terá que explicar, por exemplo, como o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) teria recebido financiamento de R$ 35 milhões do Fundo Amazônia.

Desse montante, R$ 24 milhões foram utilizados para consultorias e viagens.

A oitiva da ministra está marcada para esta terça-feira (21).

Porém, há quem diga que Marina não irá comparecer, que vai dar alguma desculpa esfarrapada para não ter que enfrentar os parlamentares.

Caso isso aconteça, a ministra fatalmente será convocada e, sem dúvida, vai atiçar ainda mais a ira da oposição.

FONTE: JCO https://www.jornaldacidadeonline.com.br/noticias/53436/marina-treme-de-medo-amanha-e-o-dia

Lula dá notável demonstração de baixeza moral com a vitória de Javier Milei

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Lula nunca foi um democrata.

É um parasita oportunista, louco pelo poder.

Jogou pesado nas eleições da Argentina, mas se deu mal.

Com o fracasso, mais uma vez envergonha o povo brasileiro ao se manifestar.

Em um texto mequetrefe, omitiu o nome do presidente eleito da Argentina. Não mencionou o nome de Javier Milei.

Melhor seria que ficasse quieto.

Esse sujeito que diz que a democracia é relativa, não passa de um invejoso e ressentido, que já pressentiu que a esquerda por aqui terá a mesma sorte em 2026.

FONTE: DP https://www.jornaldacidadeonline.com.br/noticias/53427/lula-da-notavel-demonstracao-de-baixeza-moral-com-a-vitoria-de-javier-milei

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