O jornalista Diogo Forjaz foi destaque no canal Fator Político BR, na segunda-feira (26).
Em entrevista à jornalista Berenice Leite, Forjaz abordou diversos temas, como as CPIs, a amizade de Lula com ditadores, e o assunto que pode mudar os rumos da direita no Brasil: o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro:
“Estão subestimando o sentimento de um povo castigado todos os dias, chamado de ‘golpista’, ‘terrorista’… No meio disso, uma injustiça que está clara, e as pessoas não vão aceitar essa injustiça. É aquela velha história, isso pode ser um fósforo. Você riscaria esse fósforo? Eu não!
Tornar Bolsonaro inelegível pode ser o estopim. Estão achando que o povo está inerte, não está, basta ver a campanha do Pix a favor de Jair Bolsonaro”, ressaltou Forjaz, reconhecido por suas análises certeiras.
Veja o vídeo:
Diante de voto surpreendente, Cármen Lúcia, Moraes e Benedito interrompem leitura (veja o vídeo)
Com o surpreendente voto do ministro Raul Araújo contra a inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), um clima tenso tomou conta do plenário.
A ministra Cármen Lúcia interrompeu a leitura do voto de Raul e o questionou sobre a centralidade da “minuta do golpe” na ação.
“Não me pareceu que no voto do ministro relator houvesse nenhuma referência a que este documento, nem de autoria nem de responsabilidade do primeiro investigado (Bolsonaro). Eu, no meu voto, nem uso este dado”, afirmou.
Em seguida, o presidente da Corte, Alexandre de Moraes, reforçou: “o longo voto do relator se baseia na reunião. O fato de ter juntado a minuta golpista em nada afetou”, disse.
Benedito Gonçalves, também resolveu falar:
“Não se está apurando aqui a minuta. Foi um reflexo da conclusão, dos efeitos do discurso do efeito da reunião que se apura, no tocante à inverdade das urnas eletrônicas”, afirmou Gonçalves.
Mesmo assim, Raul Araújo se manteve firme.
Confira:
Em meio a todos esses acontecimentos, um livro chamado “O Fantasma do Alvorada – A Volta à Cena do Crime” parece descrever com exatidão o que, de fato, está acontecendo no Brasil atualmente.
Veja a capa:
O livro, na verdade é um “documento”, já se transformou em um arquivo histórico, devido ao seu corajoso conteúdo.
São descritas todas as manobras do “sistema” para trazer o ex-presidiário Lula de volta ao poder, os acontecimentos que desencadearam na perseguição contra Bolsonaro e todas as ‘tramoias’ da esquerda.
Eleição, prisões, mídia, censura, perseguição, manipulação e muito mais… Está tudo documentado.
Obviamente, esse livro está na “mira” da censura e não se sabe até quando estará a disposição do povo brasileiro…
Não perca tempo. Caso tenha interesse, clique no link abaixo para adquirir essa obra:
AO VIVO: Descaradamente, Lula exalta “democracia” da Venezuela (veja o vídeo)
Em entrevista à Rádio Gaúcha nesta quinta-feira (29), Lula comprovou toda a sua hipocrisia e o seu ‘negacionismo’.
Ao ser questionado por que o seu governo teima em reconhecer que a Venezuela é uma ditadura, Lula disse que o país de Maduro tem mais eleições do que o Brasil.
O próprio entrevistador, que já foi preso na Venezuela, ficou horrorizado com o descaramento e a falta de vergonha do ex-presidiário.
Assista ao vídeo com os comentários do professor Anderson Oliveira.
Vídeo é resgatado e revela mais um ministro de Lula pedindo algo que é considerado ‘crime’ nos dias atuais (veja o vídeo)
Nesta quarta-feira o ex-presidente Jair Bolsonaro criou uma situação embaraçosa para o TSE e para a cúpula do governo do descondenado Lula, ao revelar um vídeo de 2021 em que o atual ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, clamava pela necessidade do país modernizar o atual sistema de apuração eleitoral, com urnas mais modernas e voto impresso.
A exposição não foi a toa, pois é do partido de Lupi, o PDT (presidido por ele até dias atrás), a denúncia que levou ao pedido de retirada dos direitos políticos contra Bolsonaro, em julgamento que deve ser encerrado nesta sexta-feira (30) na Corte Eleitoral.
Pois um novo vídeo, este de 2018, também viraliza nas redes, desta vez protagonizado por Simone Tebet, também ministra do Janjo, no comando da pasta de Planejamento e Orçamento.
Na época, ocupando o cargo de Senadora da República, Tebet faz um discurso incisivo e convincente sobre a necessidade do ‘voto impresso’, na mesma linha de Lupi, ainda naquelas eleições que elegeriam o capitão para seu primeiro mandato.
O resgate do material cria uma nova saia justa, mas cuja resposta do outro lado é um ensurdecedor e vergonhoso silêncio.
O que teria mudado para esses dois ministros, hoje defendendo publicamente que Bolsonaro fique fora da disputa eleitoral pelos próximos oito anos?
Por que, o que diziam naquela época, hoje é algo tão grave, a ponto de ser censurado e proibido de ser tratado, a não ser pela ‘mídia autorizada’?
Sobre o julgamento no TSE, até o momento três votos foram proferidos, com o placar em 2 a 1 pela retirada dos direitos de Jair Bolsonaro. A sessão será retomada nesta sexta, na expectativa de que todos os votos restantes sejam proferidos, incluindo o do presidente da Corte, Alexandre de Moraes.
Veja o vídeo:
General enfrenta os ditadores amigos de Lula em Brasília e revela o “contra-ataque” da oposição (veja o vídeo)
Ainda há generais que honram suas fardas e o Exército de Caxias, um deles, sem dúvida, é o deputado federal General Girão (PL-RN).
Em entrevista ao canal Fator Político BR, da jornalista Berenice Leite, ele abordou diversos temas, como o julgamento de Bolsonaro, CPIs em andamento, a volta da Lei do Voto Impresso e o encontro do Foro de São Paulo em Brasília. Vale lembrar que o Foro de São Paulo era apenas uma ‘teoria da conspiração’, segundo a esquerda…
“É lamentável que o presidente Lula III tenha chamado essa reunião do Foro de São Paulo aqui para Brasília. É mais lamentável ainda que a Câmara e o Senado tenham falado que essa semana não teríamos sessões presenciais.
Não queriam que nós parlamentares estivéssemos em Brasília, mas eu vou fazer um protesto do lá de fora, se não me deixarem entrar, porque encontro de ditadores, façam em Cuba, na Venezuela, não aqui no Brasil, não admitimos isso!”, frisou.
O parlamentar comentou ainda que, na quinta-feira (29), foi criado o Foro do Brasil, uma resposta ao Foro de São Paulo.
“Um foro democrático, que é a cara do nosso país, não queremos ditadura, comunismo e muito menos o socialismo”, completou.
Veja o vídeo:
Megaoperação de transferência de criminosos para presídios federais é interrompida por liminares da Justiça
Bandidos perigosíssimos estão conseguindo liminares para que não sejam transferidos de presídios no Rio de Janeiro para presídios federais.
O pedido de transferência foi feito pelo governador Cláudio Castro.
Assim, cumprindo a determinação, na terça-feira (27) os órgãos competentes deram início a operação, com a imediata transferência de seis presos.
Nesse sentido, foi montada uma megaestrutura, inclusive, com a utilização de dois helicópteros da Polícia Militar.
É certo que o isolamento desses marginais em presídios com mais segurança, favorece a população.
Porém, tão logo as tais transferências tiveram início, inúmeros detentos conseguiram liminares na Justiça para suspender a medida.
Eis alguns dos presos beneficiados com a benevolência judicial: André Costa Bastos, o Boto; Alexandre Jorge do Nascimento, o Jason; Avelino Gonçalves Lima, o Alvinho; Marcelo de Almeida Farias Sterque, o Marcelinho Merendiba; e Magno Tatagiba, o Magno da Mangueira.
“Boto” é considerado um dos chefes da milícia na região de Jacarepaguá e Recreio e acusado de organização paramilitar, receptação, homicídios, posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito e tráfico de drogas.
“Jason” é suspeito de matar 40 pessoas na Baixada e, além de homicídio, tem passagens por formação de quadrilha, porte ilegal de arma de fogo de uso permitido e estelionato.
“Marcelinho Merendiba” tem acusações de roubo, homicídio, resistência, porte ilegal de armas de fogo e tráfico de drogas.
“Alvinho” responde por nove crimes. Homicídio, roubo e estupro.
“Magno da Mangueira” é réu no caso do abate a tiros de um helicóptero da Polícia Militar no Morro dos Macacos, em Vila Isabel, em 2009. Três PMs morreram na ocasião.
A “democracia relativa” de Lula é ditadura pura e simples
“Quando eu uso uma palavra, ela significa o que eu desejo que ela signifique, nem mais, nem menos”, dizia Humpty Dumpty, personagem de Alice através do espelho, de Lewis Carroll. Uma ideia que foi desenvolvida por George Orwell com a “novilíngua” de 1984 e que volta à tona graças ao presidente Lula, que, para defender o ditador venezuelano Nicolás Maduro, seu parceiro ideológico, alegou que “democracia é um conceito relativo” durante entrevista à Rádio Gaúcha, na manhã desta quinta-feira, horas antes de discursar no encontro do Foro de São Paulo, em Brasília.
O recurso, evidentemente, não é nada novo na esquerda, que abusou e ainda abusa do termo “democrático” inclusive nos nomes oficiais de ditaduras comunistas, como ocorrera na República Democrática Alemã (a antiga Alemanha Oriental) ou no Kampuchea Democrático (o Camboja sob o regime genocida do Khmer Vermelho), e ainda ocorre na República Popular Democrática da Coreia, a Coreia do Norte. Chamar ditaduras de democracias não é novidade nem para Lula, que em 2005 dissera que a Venezuela, já sob o jugo de Hugo Chávez, tinha “excesso de democracia”. Mas, infelizmente para o presidente brasileiro, seu poder sobre as palavras não é tão grande quanto ele gostaria que fosse.
Esse tipo de apoio a ditaduras latino-americanas, que já seria um problema por si só, indica também que Lula as enxerga como modelo para o Brasil
Qualquer cientista político que não esteja acometido de grave cegueira ideológica haverá de concordar que não basta a realização periódica de eleições para caracterizar uma democracia; é preciso que elas sejam limpas e livres. Mas não apenas isso: a democracia requer respeito a garantias e liberdades como as de expressão, de imprensa e religiosa; a tripartição de poderes, que funcionam sem relações de interferência ou subordinação, dentro de um sistema de freios e contrapesos; o império da lei, que prevalece sobre a vontade de qualquer detentor de cargo eletivo ou magistrado.
E, se é assim, em democracias dignas deste nome não se perseguem – seja ostensivamente, seja de forma mais sutil – adversários políticos do governo de turno, expurgando-os, cassando seus mandatos ou impedindo-os de participar de eleições de forma arbitrária, contornando a lei e o devido processo legal; não se amordaçam veículos de imprensa que prezam por sua independência e se recusam a se curvar a um governante ou a uma ideologia; não se absorvem os demais poderes, submetidos à hegemonia total do governante; não se desrespeita a liberdade religiosa, usando de todos os meios, de uma Justiça aparelhada a gangues paramilitares, para calar clérigos e banir entidades religiosas. São critérios objetivos que ajudam a avaliar se uma nação é ou não democrática – uma avaliação extremamente simples de se fazer quando se trata de regimes como o venezuelano, o cubano ou o nicaraguense.
Apesar de tudo isso, também é preciso dizer que Lula, ao fazer declarações como a desta quinta-feira, não surpreende ninguém que não quisesse ser surpreendido. Nem ele, nem seu partido, jamais recuaram em seu apoio entusiasmado a carniceiros como Fidel e Raúl Castro, Hugo Chávez, Maduro ou Daniel Ortega. Mesmo durante a campanha eleitoral, enquanto vendia uma imagem de “democrata” e “moderado” que só foi comprada ou pelos muito incautos ou pelos que se empenharam em adotar uma versão extrema da chamada “suspensão da descrença”, Lula não deixou de prestigiar seus camaradas ideológicos, mostrando no que se tornaria a política externa brasileira assim que ele subisse a rampa do Planalto.
O problema maior, evidentemente, é que esse tipo de apoio a ditaduras latino-americanas, que já seria um problema por si só, indica também que Lula as enxerga como modelo para o Brasil. O “moderado” e “democrata” cujo partido montou esquemas de corrupção para fraudar a democracia brasileira não uma, mas duas vezes não disfarça a alegria de ver seus oponentes e aqueles que aplicaram a lei para colocá-lo na cadeia sendo, aos poucos, afastados da vida política. Enquanto isso, seu governo busca meios de controlar o discurso na imprensa e, especialmente, nas mídias sociais, seja em projetos de lei, seja por meio de órgãos de Estado como o “Ministério da Verdade” instalado dentro da Advocacia-Geral da União e da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República. No fim, tudo aponta para a certeza de que a atitude lulista em relação à democracia é levar a sério aquilo que Millôr Fernandes dizia como sátira: “democracia é quando eu mando em você, ditadura é quando você manda em mim”.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/editoriais/a-democracia-relativa-de-lula-e-ditadura-pura-e-simples/?#success=true
Lula diz que não se sente ofendido por ser chamado de comunista e critica “ricos em submarinos”
Durante o discurso no Foro de São Paulo, nesta quinta-feira (29), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que não se sente ofendido por ser chamado de “comunista”. O evento começou nesta quinta e termina no próximo domingo (2).
“Nós não ficamos ofendidos por sermos chamados de comunistas. Ficaríamos ofendidos se nos chamássemos de nazistas, neonazistas e terroristas. Ser chamado de socialista ou comunista nos dá orgulho e, às vezes, a gente sabe que merecemos sermos chamados assim”, disse.
Lula foi o responsável pelo principal discurso no evento de abertura do 26º encontro anual do Foro de São Paulo. Ao longo de 35 minutos, o petista citou as dificuldades que a esquerda tem encontrado pelo mundo e falou sobre a necessidade de integração entre os povos da América Latina e Caribe para adentrar espaços ocupados pela extrema direita.
“É preciso que a gente rediscuta o discurso da esquerda. Muitas vezes, a direita tem mais facilidade do que nós com um discurso fascista. Na Europa, a esquerda perdeu o discurso para a questão da migração”, disse o petista.
Lula critica “ricos em submarinos”
O presidente também voltou a criticar a desigualdade e a fome em seu discurso. De acordo com o petista, “é inaceitável que crianças morram de fome enquanto ricos paguem passagem de foguete e de submarino”.
Lula fez referência aos passageiros do submarino Titan, da empresa OceanGate, que morreram na última semana após fazerem uma expedição para visita os destroços do Titanic. A viagem era feita por cinco milionários que pagaram cerca de R$ 1 milhão para realizar o tour.
Críticas e elogios a Chávez
Criticado por homenagear ditadores como Fidel Castro e Hugo Chávez, acusados de crimes políticos e contra os direitos humanos, Lula tentou legitimar o Foro ao fazer críticas ao antigo ditador venezuelano. De acordo com o petista, Chávez foi impedido de fazer parte da organização nos anos de 1990.
“No nosso segundo encontro, Chávez quis participar [do Foro] e nos não deixamos. Na época, ele tentou dar o golpe na Venezuela e nos não deixamos. Falamos ‘você não é democrático e não vai participar'”, disse Lula. Ainda de acordo com o mandatário brasileiro, todos os membros da organização tinham essa consciência.
Em seguida, Lula voltou atrás e elogiou o “companheiro Chávez”. O mandatário brasileiro revelou que “admirava” o ditador venezuelano porque ele “fazia críticas pessoalmente e elogiava em público”.
Hugo Chávez passou a integrar o grupo anos depois após chegar à presidência venezuelana. Chávez foi eleito em 1998 para um governo que deveria ter durado um mandato de cinco anos, mas ficou 14 anos no poder depois que a Constituição venezuelana sofreu diversas alterações para que ele não perdesse seu posto.
Em 2009, Hugo Chávez criou uma emenda constitucional que permitia reeleições ilimitadas e, enquanto estava à frente do país, falava em ser “presidente até 2030”. O mandatário venezuelano só deixou o cargo em 2013, quando morreu de câncer. O governo chavista foi marcado por uma série de acusações de crimes contra os direitos humanos e pelas mortes de manifestantes.
Cobranças à esquerda
Em meio ao pronunciamento que elogiava a união do Foro de São Paulo, o petista fez uma série de críticas veladas a parceiros da esquerda. “Entre amigos, a gente conversa pessoalmente e não faz críticas públicas, porque as críticas interessam à extrema-direita, não ao povo”, declarou.
“Se nós tivermos algum problema com algum companheiro, a gente, em vez de criticá-lo publicamente, tem de conversar pessoalmente. Eu sou presidente, mas nenhum de vocês está proibido de fazer crítica a mim”, disse.
“Muitas vezes, nós da esquerda latino-americanas nos autodestruímos porque utilizamos nossos adversário, através dos meios de comunicação, para falar mal de nós mesmos, para tentar nos destruir e mostrar os defeitos. As virtudes nunca são mostradas”, declarou.
Foro de São Paulo
Fundado em 1990 por Lula e o antigo ditador cubano Fidel Castro, o Foro de São Paulo foi criado com o intuito de reunir a esquerda na América Latina após o colapso da União Soviética. Em 33 anos, a organização se consolidou como uma força que tenta impor pautas de esquerda ao subcontinente, apoiou grupos criminosos como as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e faz vistas grossas a ditaduras.
Em seu pronunciamento, Lula relembrou a criação da organização e classificou o Foro como “uma bênção”. Em 1985, eu tinha consciência de que a gente jamais poderia chegar ao poder pela via do voto e pela via democrática, era uma coisa que eu tinha na cabeça naquele momento: ‘não é possível que um operário seja presidente pelo voto’. [Quando eu criei o Foro] eu falava que era preciso criar um mecanismo que evoluísse a consciência política das pessoas para elas votarem na gente”, disse.
O petista contou que a ideia da criação do Foro surgiu de quando ele fazia uma viagem a Cuba, no final dos anos 80. “Eu e Marco Aurélio conversávamos com Fidel Castro e falamos da possibilidade de fazer uma reunião com a esquerda latino-americana. Na época, os partidos eram pequenos e lutavam para ganhar espaços em seus países”, afirmou o petista.
Atualmente, organização reúne 123 partidos de esquerda de 27 países latino-americanos e caribenhos. Em solo brasileiro, de acordo com o site da organização, o Partido dos Trabalhadores (PT), o Partido Comunista do Brasil (PCdoB), o Partido Comunista Brasileiro (PCB) e o Partido Democrático Trabalhista (PDT) estão na lista de associados ao grupo. Procurada pela reportagem, no entanto, a assessoria do PDT que informou que não faz mais parte do grupo, ainda que o nome do partido conste na lista de associados no site do Foro de São Paulo.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/republica/no-foro-de-sao-paulo-lula-diz-que-nao-se-sente-ofendido-por-ser-chamado-de-comunista/
TCU vai investigar compras sem licitação em ministério de Lula após pedido de deputada
O Tribunal de Contas da União vai investigar compras feitas sem licitação pelo ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MDIR) nos primeiros meses deste ano, após uma denúncia da deputada Julia Zanatta (PL-SC).
De acordo com a deputada, o ministério transformou a exceção prevista em lei em regra para gastar, somente nos primeiros seis meses deste ano, quase a totalidade do orçamento da pasta para 2023: R$ 510 milhões em aquisições com dispensa de licitação. A pasta nega a acusação e diz que do orçamento de 2023 executado até agora, 79% foram por meio de licitações.
A assessoria do Tribunal de Contas da União confirmou a existência de processo, que será relatado pelo ministro Jhonatan de Jesus. Ainda não há decisão sobre o caso e nem data prevista para apreciação em Plenário.
Em ofício enviado ao Tribunal de Contas, a deputada afirma que o total destinado a compras e contratações no ministério comandado por Waldez Góes (PDT) representa 97% da verba para 2023, e supera os gastos de todo o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, de 17,6% em aquisições com dispensa de licitação durante os quatro anos de mandato, entre 2019 e 2022.
A deputada Júlia Zanatta quer que o TCU investigue as compras, além do valor “estratosférico”. Segundo a parlamentar, o ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional gastou muito mais que outras pastas do governo Lula.
“Nesse mesmo período, enquanto o ministério da Defesa, Infraestrutura e Previdência Social utilizaram respectivamente 5,17%, 10,62% e 0,89% nas contratações com dispensa de licitação, o valor das contratações sem concorrência chega a quase 97%”, informa.
Tribunal de Contas vai apurar gastos
O Tribunal de Contas da União (TCU) fiscaliza os gastos públicos do governo e das administrações direta e indireta e, a partir do ofício enviado pela parlamentar, vai apurar as supostas irregularidades apontadas por Zanatta.
As normas para compras públicas permitem a dispensa de licitação apenas em casos excepcionais, como por exemplo, em situações de emergência, como guerras, calamidades públicas e comprometimento da segurança nacional.
Em entrevista à Gazeta do Povo, a deputada Júlia Zanata disse que fez o pedido de auditoria ao TCU porque a fiscalização faz parte das funções do parlamentar. Além disso, a deputada protocolou pedido de informações junto ao próprio ministério, para saber informações detalhadas sobre as contas e supostas irregularidades.
O ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional é comandado por Waldez de Góes (PDT), que governou o Amapá por quatro mandatos e é apadrinhado do senador Davi Alcolumbre (União Brasil – AP).
Ministério rebate informações
Procurado pela Gazeta do Povo, o ministério do Desenvolvimento Regional disse em nota que a informação sobre gastos por dispensa ou inexigibilidade em 2023 não é verdadeira. A pasta afirma ainda que não há sustentação dos números nem das comparações com o governo anterior.
Ainda de acordo com o ministério, “do orçamento de 2023 executado até agora, 79% foi por meio de licitações, e a previsão é que esse percentual chegue a 85% até o final do exercício, em dezembro”.
O ministério ressaltou ainda que “as transferências para ações de ajuda humanitária, restabelecimento de serviços essenciais e reconstrução de infraestrutura danificada em casos de situação de emergência e estado de calamidade pública não são classificadas como dispensa ou inexigibilidade no Tesouro Gerencial”.
De acordo com os dados da pasta, os repasses para essas situações de Proteção e Defesa Civil correspondem a R$ 246 milhões até junho deste ano. “Estados e municípios destinatários desses recursos são os responsáveis pelos procedimentos de execução”, diz o ministério.
Ainda segundo o ministério, o restante do orçamento, utilizado nas modalidades de inexigibilidade e dispensa, representa R$ 396 milhões, dos quais 98% foram repassados para outros órgãos do Governo Federal por meio de Termos de Execução Descentralizada (TED). A pasta ainda disse que “no caso, os órgãos que recebem os recursos são responsáveis pelos processos de licitação e contratação”.
Um dos exemplos é a Operação Carro-Pipa (OCP), com a descentralização de recursos do MIDR para o Exército Brasileiro. O objetivo do Programa é levar água potável a cidades atingidas pela seca na região do semiárido. Desde o início do ano, segundo a assessoria da pasta, já foram repassados para a OCP R$ 211 milhões, o que corresponde a 63% dos repasses nessa modalidade.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/republica/tcu-vai-investigar-compras-sem-licitacao-em-ministerio-de-lula-apos-pedido-de-deputada/
TSE vai tornar Bolsonaro inelegível
Nesta sexta, Jair Bolsonaro vai ficar inelegível até 2030. Já está 3 a 1 – o único voto favorável foi o do ministro Raul Araújo, que ficou do lado da Constituição, do inciso IV do artigo 5.º, que diz que, não havendo anonimato, é livre a manifestação do pensamento. Isso vale para presidente da República também, e foi isso que Bolsonaro fez diante dos embaixadores no Alvorada, mostrando as suas desconfianças em relação à urna sem comprovante de voto. Ironicamente, quem apresentou a queixa ao TSE foi um partido que desde sempre defende o comprovante do voto. Desde que o seu líder máximo, Leonel Brizola, botou a boca no mundo para não ser prejudicado na contagem informatizada lá da Proconsult. Se não tivesse gritado, talvez ele não teria sido eleito governador do Rio de Janeiro.
O relator Benedito Gonçalves gastou 382 páginas para demonstrar que Bolsonaro praticou crime eleitoral, de abuso do poder econômico e poder político ao falar para os embaixadores estrangeiros, que não são eleitores no Brasil. De 3 a 1 o placar deve ir para 5 a 2. Supõe-se que Kassio Nunes Marques possa votar a favor dele, mas os outros votos são da ministra Cármen Lúcia e do ministro Alexandre de Moraes.
O que vai acontecer agora é que Bolsonaro vai ser turbinado. Estão dizendo que ele está sendo crucificado, vai virar Cristo alguém que já tem Messias no nome, e talvez seja um empuxe aí de ressurreição, porque ele não vai poder receber voto, mas cada vez mais é reforçada a possibilidade de ele eleger pessoas como tem feito até hoje. Elegeu governadores, elegeu senadores, elegeu deputados, é o que tem feito nesses dias.
Alysson Paolinelli, herói brasileiro que a esquerda ignora
Nesta quinta-feira, o presidente Lula participou do Foro de São Paulo. Que muita gente, durante a campanha eleitoral, disse que não existia, que era uma invenção, mas não é. Está aí o Foro de São Paulo, criado por Lula, Fidel Castro e Hugo Chávez, como alternativa para o fim da União Soviética, para o marxismo continuar no terreno fértil da América Latina. Lula, talvez tão envolvido com o Foro de São Paulo, não teve tempo – pelo menos eu não vi – de declarar luto nacional pela morte de um herói, Alysson Paolinelli, que fez a revolução verde no Brasil, da agricultura tropical.
Agricultura, no mundo, só dava certo em região temperada. Mas Alysson Paolinelli e sua equipe da Embrapa converteram o Brasil no celeiro do mundo, evitando a fome que é motivo para guerras. Por isso ele foi indicado por duas vezes ao Prêmio Nobel da Paz, e ganhou aquele que é chamado de “Nobel da Agricultura”, que é o World Food Prize, em 2006. Ele foi ministro no governo Geisel e foi três vezes secretário de Agricultura em Minas Gerais, onde o governador Romeu Zema e muitas prefeituras decretaram luto. Tomara que alguém pense em levar o nome dele para o Panteão dos Heróis, lá na Praça dos Três Poderes.
Ficamos muito orgulhosos em saber que nós somos capazes de produzir homens da estatura de Alysson Paolinelli. Eu quero fazer esse registro porque me orgulho de ter convivido com ele desde o início, quando chegou aquele jovem com quatro anos a mais do que eu. Ele tinha 37, 38 anos quando virou ministro da Agricultura. Um hectare no cerrado não valia um tostão furado. Hoje, o fruto é de grandes colheitas que dão equilíbrio para a balança comercial brasileira, para o nosso balanço de pagamentos, que trazem divisas que permitem que importemos e que cresçamos.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/alexandre-garcia/tse-vai-tornar-bolsonaro-inelegivel/
Bolsonaro está sendo julgado não pelo que fez, mas por ser quem é
Imagine-se, por não mais do que três minutos, o que estaria acontecendo se o réu a ser executado no julgamento do TSE, e transformado em pária “inelegível”, fosse o presidente Lula – e não Jair Bolsonaro. Por que não? Lula foi condenado pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, em três instâncias e por nove juízes diferentes. Bolsonaro não foi condenado por crime nenhum. Seria então muito razoável que Lula, e não o seu antecessor, fosse o homem que o TSE quer eliminar da política brasileira.
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É melhor nem pensar num cataclisma desses. Lula inelegível, por violação da Lei da Ficha Limpa? O mundo viria abaixo. Os signatários da Carta aos Brasileiros estariam em absoluta crise de nervos. A esquerda iria pedir a intervenção da ONU no Brasil. O MST iria colocar o seu “exército” nas ruas para derrubar a condenação. Nos cinco continentes, os militantes do “campo progressista”, o Greenpeace e os bilionários socialistas estariam horrorizados com o que chamariam de maior agressão já feita contra a democracia desde as disputas da Grécia Antiga. Mas o pelotão de fuzilamento foi montado para liquidar Bolsonaro; nesse caso, vale tudo. A esquerda e os liberais do “Brasil civilizado” dizem que a condenação vai salvar a “democracia”. Fim da discussão.
O pelotão de fuzilamento foi montado para liquidar Bolsonaro; nesse caso, vale tudo.
Não importa, nesse caso, o que a lei manda que se faça – se importasse alguma coisa, Bolsonaro não estaria respondendo a processo nenhum, pois não fez nada de ilegal. Mas, como dizem os próprios autores da ação contra o ex-presidente, “os fatos” não devem contar nesse caso, nem a “letra fria” da lei. A “salvação da democracia”, no seu entendimento, deve estar acima dos fatos e da lei – é um bem supremo, e para preservar essa preciosidade 140 milhões de eleitores brasileiros devem ser proibidos de votar em Bolsonaro. Essa gente não sabe votar, na visão do STF-TSE e da esquerda nacional; tem de ser protegida dos seus erros pela autoridade superior.
Bolsonaro criou, segundo os acusadores, “um clima antidemocrático” no Brasil. Quis dar um “golpe”; não deu, mas provavelmente iria dar, ou deixou a impressão que daria, ou bem que poderia ter dado. É esse o “arcabouço” amplo e geral das acusações feitas contra ele. Nada disso é crime, obviamente, nem aqui e nem em lugar nenhum do mundo. Mas o ex-presidente está sendo julgado não pelo que fez, mas por ser quem é.
Tudo serve, aí. Bolsonaro é culpado por criar “desconfiança” em relação às urnas eletrônicas – quando o próprio Congresso Nacional aprovou uma lei mandando substituir o sistema atual por um outro, em que os votos pudessem ser comprovados por escrito. Que desconfiança maior do que essa poderia haver? Dizem que as “minutas do golpe” indicam sua participação em planos para eliminar o “Estado de Direito” – um disparate tão óbvio que um ministro do próprio TSE achou a história toda sem pé e sem cabeça.
O ex-presidente é acusado, também, de ser “o responsável”, de um jeito ou de outro, pelos atos de violência em Brasília no dia 8 de janeiro – embora estivesse a 3.500 quilômetros de distância do Brasil neste dia, e não haja nem um átomo de prova material de que tivesse alguma coisa a ver com o que aconteceu. Mais que tudo, ele perdeu a eleição – é acusado de influenciar a votação com “o uso indevido” do poder, mas perdeu. Que golpe é esse?
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/jr-guzzo/bolsonaro-esta-sendo-julgado-nao-pelo-que-fez-mas-por-ser-tse/
Como melhorar o que já é perfeito?
Nada é tão bom que não possa ser melhorado… Exceto o sistema eleitoral brasileiro, que atingiu o máximo grau de segurança e confiabilidade, e assim será para sempre. Lula concorda. Ele já não anda por aí, como em 2002, dizendo que “nada é infalível, só Deus”. O sistema eleitoral brasileiro também não falha, nunca. Ministros atuais de Lula concordam. Simone Tebet, do Planejamento, já não quer saber, como em 2015, se “o voto depositado na urna, depois de processado, se concretiza”. Carlos Lupi, da Previdência Social (e do PDT, que entrou com ação contra Bolsonaro no TSE), não defende mais a “auditagem do voto eletrônico, a possibilidade de haver recontagem”.
Era uma turma enorme, de vários partidos, de vários espectros políticos, que defendia o voto impresso auditável, de preferência com o escrutínio público dos votos. Ciro Gomes, João Amoêdo, Roberto Requião, Carlos Sampaio… Ao que parece, mudaram de ideia. Não porque não vejam mais motivo para um debate sobre a nossa urna eletrônica. Simplesmente porque o debate foi banido, as perguntas e críticas sobre o sistema foram proibidas. E é melhor que todos aceitem isso. A reação furiosa aos desobedientes pode envolver perda de mandato, inelegibilidade, censura, censura prévia, perda de contas em redes sociais, bloqueio de contas bancárias, suspensão de passaporte e, agora, até perda de concessão de veículo de comunicação.
O debate foi banido, as perguntas e críticas sobre o sistema eleitoral foram proibidas. E é melhor que todos aceitem isso
Em 2009, o então presidente do TSE, ministro Ayres Britto, registrava que as urnas estavam prontas para gerar o voto impresso, bastando a anexação de impressora. Em 2018, já com Luiz Fux na presidência, o TSE licitou a compra das impressoras. O vencedor foi escolhido, mas veio a ADI 5.889. A ação contra a impressão do registro de cada voto para conferência do eleitor foi apresentada pela então procuradora-geral da República, Raquel Dodge, e a maioria dos ministros do STF a julgou procedente. Mesmo que Gilmar Mendes tenha dito à época que “as vulnerabilidades do sistema são conhecidas da Justiça Eleitoral”, ficou definido que não há o que melhorar no que já é perfeito.
Nossos ministros supremos querem que todos acreditem que há mais de 25 anos o Poder Legislativo faz movimentos desnecessários, para tentar mudar o que não precisa ser mudado. E claro que eles não se perguntam por que um país como a Alemanha rejeitou o modelo de urna idêntico ao brasileiro, puramente virtual, sem registro físico do voto… Os outros países deveriam também acreditar numa Justiça Eleitoral exatamente como a nossa, com poderes para normatizar, executar e julgar a votação e a apuração. Todas as funções numa só instituição pública, que julga a si mesma, que inventa uma auditoria em que o auditado é quem se audita.
É assim a nova democracia, ela impõe uma opinião, elimina críticas, questionamentos, acaba com o debate, a busca pela verdade. Não haverá mais adversários, todos pensarão exatamente da mesma forma, do mesmo jeito. Todos saberão o seu lugar, saberão como se comportar, o que poderão dizer, o que não poderão dizer. Será o mundo da maioria submissa, das liberdades estraçalhadas. Todos serão tutelados. A nova democracia exige fé cega em seres iluminados. E está resolvida a questão.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/luis-ernesto-lacombe/debate-banido-urna-eletronica/
A democracia relativa de Lula, o super-homem inimputável
No começo do ano, quando Reinaldo Azevedo teve a duvidosa honra de entrevistar cara a cara, tête à tête, o Lula, lembro que ele fez uma pergunta que me deixou mais intrigado do que revoltado. Ele perguntou como o Lula fazia para não se sentir imortal ou invencível ou indestrutível ou qualquer coisa assim. Principalmente depois de ter sido o primeiro ex-presidiário eleito presidente do Brasil. O primeiro de muitos, suponho.
E aqui abro um parêntesis bem rapidinho para pedir desculpas. Talvez o Reinaldo Azevedo tenha usado outro adjetivo para seu rapapé travestido de jornalismo. Mas a ideia era essa e, no mais, você não vai me obrigar a assistir àquilo tudo, né? E aqui abro outro parêntesis mais ligeiro ainda para dizer que, sempre que uso “àquilo”, me lembro da velha professora de português que ensinava: não se usa crase antes do masculino. Sabe de nada, inocente!
Fechados os parêntesis, volto a Lula e a Reinaldo Azevedo para dizer que o maior vira-casaca da história recente estava certo. Lula é mesmo invencível. Imortal, no sentido político da coisa. Indestrutível. Um super-homem. A maior prova disso são as bobagens que ele vem colecionando nos últimos meses e que, na boca de um Bolsonaro qualquer, já teriam reduzido a República a escombros. O mais recente exemplo dessa indestrutibilidade de Lula é a exaltação do processo eleitoral venezuelano, seguida pela declaração surpreendentemente honesta (!?) de que “o conceito de democracia é relativo”.
Neste momento, interrompo o texto para confessar que é muito estranho usar Lula e “honesto” na mesma frase. Tive que ler uma, duas, dez vezes para ver se fazia sentido. Até coloquei um “surpreendentemente” ali, para dar uma disfarçada. Mas não sei se o advérbio expressa toda a minha estranheza. Até porque, ao ouvir essas palavras pronunciadas na voz cavernosa de Lula, me peguei concordando com o Montesquieu de Garanhuns.
Parem as máquinas!
Difícil não concordar. Afinal, vivemos hoje a democracia mais relativa de todos os tempos. Ou pelo menos dos tempos que eu vivi. Uma democracia tão relativa que pode querer fechar rádio crítica ao governo. Uma democracia tão relativa que pode considerar um ex-presidente inelegível por causa de uma reunião à toa. Uma democracia tão relativa que abriga reunião de ditadores. Uma democracia tão relativa que… ah, você entendeu.
Mas sou obrigado a novamente evocar o nome do ex-presidente para dizer que, por muito muito muito MUITO menos, os Reinaldos Azevedos e Mírians Leitões dos Pravdas da vida pediram impeachment, Tribunal de Haia, guilhotina e paredón para Bolsonaro. Que, vamos combinar, não era exatamente um ás das palavras. Esse rigor todo dos puritanos democratas é que nunca entendi. Se bem que faço questão de não entender gente má. Por falar em “ás das palavras”, PAREM AS MÁQUINAS!
Porque me ocorreu agora (me lembrei de “Tempos Modernos”, de Paul Johnson) que a fala de Lula revela o quanto o ex-condenado se deixou corromper pela mentalidade progressista, para a qual a fronteira entre o certo e o errado não existe. Isso talvez explique a sem-cerimônia com que ele mente, vive uma vida mentirosa e faz política idem. Afinal, qualquer psicanalista de botequim sabe que a relativização de tudo (da verdade, do Bem, do certo) é uma forma que as pessoas encontram de justificar seus piores pecados. E de conviver “em paz” com eles. Uau.
Inimputável
De volta à vaca fria, o fato é que Lula, além de invencível, é inimputável. Não no sentido em que você está pensando; no sentido de alguém que é livre para cometer quaisquer erros, sem que haja consequência. Absolutamente nada atinge o Lula, e é por isso que me incomoda essa falsíssima esperança em torno da CPI do MST ou da CPMI do 8/1. Hoje, se Lula for pego em flagrante (numa foto by ©Ricardo Stuckert, talvez?) chutando uma criança, pode apostar: vão encontrar uma forma de botar a culpa na criança.
Ou seja, temos o chefe de um poder, o Executivo, sem qualquer tipo de freio, seja ele eleitoral, moral ou institucional. Temos um presidente que fala o que quer e faz o que lhe dá na telha. E ainda há quem diga que isso é uma democracia. Viu como é mesmo relativo o conceito? (E só porque odeio terminar texto com pergunta fica aqui mais este parêntesis).
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/polzonoff/a-democracia-relativa-de-lula-o-super-homem-inimputavel/
Ministra de Lula discorda do ‘chefe’: “Governo da Venezuela não respeita os direitos fundamentais”
Lula com suas sandices não consegue convencer nem os seus subordinados.
Nesse sentido, a ministra Simone Tebet discordou publicamente de Lula, dizendo claramente que o regime venezuelano de Nicolás Maduro não é democrático.
“O governo da Venezuela não respeita os direitos fundamentais, os direitos da liberdade de expressão, direito de o cidadão poder ir r vir, fazer suas críticas construtivas ao governo”.
E disse mais:
“Quando você tem um governo que impeça esse tipo de direito, que é previsto e é absoluto para uma democracia, você não tem um governo democrático”.
Isso demonstra com clareza que nesse desgoverno cada um fala uma língua e ninguém respeita o ex-presidiário.
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