“Sua Santidade” é a maneira correta de chamar o Dalai Lama. É o mesmo título usado para o papa. Lama quer dizer monge, em tibetano. O Dalai Lama, que tem 87 anos, é o chefe do budismo tibetano, que traz nos sutras ensinamentos maravilhosos, que pelo visto, leem, ensinam, mas não praticam.
Sutra é o termo sânscrito usado para classificar os ensinamentos do Buda. A maioria deles foi composta na Índia em sânscrito e transmitida para a China, Coréia, Japão, Tibete e Mongólia.
Como exemplo, cito os quatro nobres sutras: a nobre verdade do sofrimento; a nobre verdade da origem do sofrimento; a nobre verdade da cessação do sofrimento; e a nobre verdade do caminho para a cessação do sofrimento. Como nobre uso, a língua do Dalai Lama deveria ser usada, sim, para recitá-los.
Como todos sabem, as cinco grandes religiões são budismo, islamismo, hinduísmo, judaísmo e cristianismo. É um escândalo descomunal a falta de compostura desses supostos e reverenciados líderes espirituais. Primeiro o papa marxista, agora o Dalai Lama marxista.
Só se fala nisso. O Dalai Lama era uma unanimidade, considerado um semideus pela esquerda caviar, artistas, comunistas veganos que acham que sabem tudo, mas não sabem nem que os budistas comem muuuuita carne, muita picanha, que eles adoram. São os hinduístas que não comem carne.
Como sempre, vão tentar justificar o injustificável comportamento criminoso, pedófilo, dégoûtant, écœurant, répugnant (palavras que em português significam nojento) cometido contra um menino visivelmente constrangido. Tive vontade de chorar depois de ter inadvertidamente assistido ao vídeo torpe. Quando li a manchete nos jornais do mundo inteiro, com um suposto pedido de desculpa, não acreditei. A loucura acometeu o mundo.
Despeço-me chocada e desejo a todos Tashi Delek — expressão tibetana usada para cumprimentar, felicitar e desejar boa sorte.
Caso Adélio tem novo desenrolar
Adélio Bispo de Oliveira, o psicótico com a melhor assessoria jurídica do Brasil, poderá ser transferido para uma unidade prisional com melhor atendimento psiquiátrico e próximo da sua residência.
O Ministério Público Federal (MPF) solicitou no dia 4 deste mês que a Justiça o transfira da Penitenciária Federal de Campo Grande (MS) para uma unidade prisional ou de saúde, que ofereça o tratamento necessário ao detento.
“O risco aumentado à periculosidade está diretamente relacionado a seu quadro psicótico paranoide com delírios persistentes. Um tratamento psiquiátrico adequado, com equipe multidisciplinar, em ambiente hospitalar e com a segurança adequada a que o caso requer, se torna fundamental e indispensável (…). Já houve agravamento do quadro neste período no presídio federal e seu quadro pode ter, a cada tempo que passa sem tratamento adequado, o prognóstico cada vez mais reservado”, diz relatório médico.
Em busca de uma solução, o procurador cobrou da direção do Hospital Psiquiátrico e Judiciário Jorge Vaz, em Barbacena (MG), que poderia resolver duas questões em uma única ação: tratar Adélio e proporcionar ao detento a proximidade de sua família, objetivo de seus advogados.
O entrave para a conclusão dessa transferência era a interdição do local, mas desta vez, apesar de estar em pleno funcionamento, o hospital tem uma fila com 180 pessoas aguardando vaga.
FONTE: JCO https://www.jornaldacidadeonline.com.br/noticias/47644/caso-adelio-tem-novo-desenrolar
Onda de demissões atinge em cheio o Nordeste
Tudo começou com o grupo Guararapes-Riachuelo, que demitiu 2.000 trabalhadores no Ceará.
Esta semana surgiram rumores de que essa onda de demissão em massa acaba de atingir a Paraíba.
A Alpargatas deve fechar as portas de sua fábrica em Campina Grande e demitir 600 funcionários.
Outras empresas na região também já sentem os efeitos devastadores da política econômica que vem sendo conduzida pelo desgoverno petista.
Assim, outras empresas nos demais estados da região devem anunciar em breve o encerramento de suas atividades.
O ‘medo’ atingiu em cheio o empreendedorismo.
As consequências terríveis de eleger o ex-presidiário Lula vão judiar muito do sofrido povo nordestino.
A economia está sendo devastada!
O país está em risco.
FONTE: JCO https://www.jornaldacidadeonline.com.br/noticias/47646/onda-de-demissoes-atinge-em-cheio-o-nordeste
Deslumbrada, Janja é flagrada com bolsa de madame e mais uma vez desmoraliza a esquerda (veja o vídeo)
A mulher do ex-presidiário Lula (PT), é hoje uma mera ‘ex-militante’.
O sonho de Janja agora é ser ‘madame’.
Recentemente, foi flagrada com uma bolsa de 21.400 reais.
O dinheiro está sobrando, mas falta-lhe elegância.
De qualquer forma, Janja está investindo pesado nesse ‘sonho’.
Algo desmoralizante para a esquerda, crítica da elite e desses hábitos ‘burgueses’.
E o fato não passou despercebido pelo antenado jornalista Cláudio Humberto.
Na Band ele comentou a desfaçatez da espevitada senhora.
Veja o vídeo:
O “maravilhoso homem-site-ChatGPT” ou 100 dias de desgoverno comendo jerimum e pensando em picanha e cerveja (veja o vídeo)
“Não existe nada mais perigoso no mundo do que um burro bem intencionado”. (Frase colhida na Internet).
Por que alguém deveria deixar os seus afazeres e ouvir Lula?
Lula é um semi-analfabeto que estudou até a terceira série primária.
Lula nunca leu um livro.
Lula, seu partido e seus parceiros patrocinaram um dos maiores assaltos que se tem noticia aos cofres do Brasil.
Lula é um mentiroso contumaz.
Lula é uma espécie de malandro que discorre sobre tudo: do sexo das formigas até Napoleão que nunca foi a China, dos escambos entre povos que nunca ouviu falar até os manuais de economia que, segundo ele, estão desatualizados; dos problemas seculares dos povos orientais até a Argentina completamente quebrada, mas para ele é um espetáculo de crescimento.
Ele é o suprassumo da sabedoria, segundo os eleitores-influenciadores que fizeram o L e convenceram o povo do Brasil a nele votar.
Sua técnica rudimentar é a mesma de todos os embusteiros que já desfilaram na história da humanidade enganando os tolos: decora duas frases sobre qualquer tema, junta assuntos do cotidiano que lhe vier a cabeça, e repete as duas frases que decorou sobre o tema. E assim a coisa vai. E mistura tudo. E repete… E mistura e vai repetindo… E vai vomitando bobagens…
Lula é uma invenção dos intelectuais de esquerda que precisavam de um trabalhador bronco, mas cheio de ginga e lero-lero, que representasse a classe trabalhadora, embaísse povo e o fizesse acreditar que “a classe trabalhadora” tomaria o poder e governaria tudo.
Assim, Lula afirma que foi ele quem “fundou o PT”. Não entende que é apenas uma marionete manejada pelos cordéis invisíveis que o colocaram no poder.
Eis os verdadeiros fundadores do PT:
“O PT foi fundado por um grupo heterogêneo, formado por militantes de oposição à Ditadura Militar, sindicalistas, intelectuais, artistas e católicos ligados à Teologia da Libertação, no dia 10 de fevereiro de 1980, no Colégio Sion, em São Paulo. O partido foi fruto da aproximação entre os movimentos sindicais da região do ABC, que organizaram grandes greves entre 1978 e 1980, e militantes antigos da esquerda brasileira, entre eles ex-presos políticos e exilados que tiveram seus direitos devolvidos pela lei da anistia. Desde a fundação, o partido assumiu a defesa do socialismo democrático”. (https://pt.wikipedia.org/wiki/Partido_dos_Trabalhadores)”
“Os intelectuais que participaram da fundação do PT, ou que nele ingressaram em seus primórdios… Mário Pedrosa, Sérgio Buarque de Holanda, Paulo Freire, Marilena Chauí, Antônio Candido, Lélia Abramo, Hélio Pellegrino, entre muitos outros, mais ou menos notórios,… Assumidamente esquerdistas, radicais… E não se trata de terem os intelectuais assumindo este ou aquele posto de poder no partido (embora alguns fossem logo respeitados dirigentes). Nem tampouco de terem participado diretamente da elaboração dos nossos documentos constitutivos (embora alguns tenham sido co-redatores inclusive do Manifesto de Fundação e do Programa do PT)”. (Antônio Candido – “Pensamento e Militância”).
Mas, Lula, “o escolhido”, descobriu as delicias de ser rico e tornou-se um fantoche caro. De tanto ouvir dos lambe-botas que é um predestinado, um sábio que veio a terra, uma espécie de profeta, Lula tomou para si essa ideia e agora discorre sobre tudo. Sabe tudo. Lula é o site ChatGPT, a maravilhosa Inteligência Artificial (AI) inventada pelos petistas para os brasileiros.
É uma estrela que sabe tudo sem nunca ter estudado. É um milagre. Os “outros” o induziram a isso e ele acreditou. E todos os dias lança bobagens através de reuniões, cafés com jornalistas, tudo devidamente registrado, publicado e divulgado pelos meios de comunicação. São “doses de sabedoria” para os brasileiros ávidos, assim pensa o “çabio” com cedilha. É como o Brasil deve progredir, segundo o “iluminado” Lula.
“Não resta dúvida de que a ascensão de um operário à presidência da República brasileira é uma importante conquista de nossa democracia, mas não porque quem nasce no seio do povo venha impregnado de virtudes próprias aos salvadores da pátria. Do seio do povo também veio Fernandinho Beira-Mar”. (Ferreira Gullar – Folha de S. Paulo, 26.9.2010).
Lula não sabe o significado da palavra “arcabouço”, mas que palavra bonita! Serve com perfeição para iludir a população de que essa estrutura sustentará a gastança que os petistas querem promover com o dinheiro público. Vão gastar muito: bolsa disso, picanha/cerveja, bolsa daquilo, jatinhos para ministros, cargos e mais cargos para os “cumpanheros”, reuniões, e muita marola, muito papo-furado. E aí a grande pergunta. E o dinheiro, virá de onde? Lula e sua equipe de “çábios” respondem: – “do aumento de arrecadação”.
É isso, o governo só aumenta a arrecadação se aumentar impostos.
“Em três meses de atividade, o governo não foi capaz de esboçar a mais remota medida concreta que possa levar a um 0,00001% de crescimento, ou a um emprego de carteira assinada, ou a 1 real de investimento. (O único investimento que o presidente Lula anunciou até agora foi um gasoduto na Argentina”. (O arcabouço fiscal é um retrato do governo Lula: ideias mortas e conversa fiada para tapear o povo – J.R. Guzzo – 03/04/2023).
Eis o que diz José Nêumanne Pinto em seu livro “O Que Sei de Lula”, página 28:
… “Como dirigente sindical, foi contra a convocação da Constituinte; como constituinte, relutou em assinar a Constituição de 1988, o que, depois, constrangido por Ulysses Guimarães, fez a contragosto.
Não permitiu que companheiros da legenda aceitassem convites para o primeiro escalão do mandato-tampão de Itamar Franco, depois de ter participado da derrubada do titular Fernando Collor.
Forçou a sair do partido a primeira mulher a ganhar a eleição para a prefeitura de São Paulo, Luiza Erundina de Souza, só porque ela aceitara dirigir a Secretaria de Administração Pública naquele governo, tido por todos como “de união nacional”.
Dando fé a conselhos do economista Aloizio Mercadante Oliva, combateu o Plano Real, que introduziu proteína na mesa do trabalhador, deu valor ao salário do operário e extinguiu a ciranda financeira, sob a acusação de ser mero “estelionato eleitoral”.
No entanto, nunca deixou de se beneficiar de cada um desses avanços, de todos eles tirando o máximo proveito, para espanto e desespero de seus adversários, alguns dos quais a eles aderiram à primeira hora, e poucos resistiram a seus acenos de reconciliação”.
O que explica a subida, o sucesso, a ascensão de um sujeito tapado, bronco, sobrevivente da caatinga, desonesto e sua saída da cadeia por causa de um CEP errado, segundo o Supremo, e sua eleição para presidir o Brasil?
O que explica tudo isso?
O nojinho que o “consórcio de imprensa”, “os artistas”, “os intelectuais”, “os progressistas” e congêneres afirmavam que tinham de Bolsonaro?
A média de QI da população do Brasil (grau de inteligência – um dos mais baixos do mundo) que está entre 84 e 89 pontos?
A esperança de que surja um herói e transforme o Brasil em uma nova Suécia?
São essas três afirmativas ou é tudo junto e misturado e mais alguma coisa que fez com que em pleno século XXI, 210 milhões de brasileiros fossem governados por um sujeito que esteve preso 580 dias por corrupção e ainda nomeasse todos os “cumpanheros”, que com ele praticaram os atos de corrupção, para administrar a nação?
Então temos duas possibilidades:
1 – Estamos dentro da Matrix brasileira e contemplamos o “maravilhoso-homem-site-ChatGPT”, imaginamos comer picanha e beber cerveja e deixamos o tempo passar.
2- Estamos fora da Matrix e tudo isso é uma triste realidade onde apenas vislumbramos jerimum-de-leite que no norte engorda porco e lutamos desesperadamente para sobreviver e transformar a dura realidade que nos cerca.
Onde estamos mesmo?
Relaxe e assista ao vídeo abaixo e reflita sobre a nova espécie de ser humano, o novo brasileiro que surgiu após o advento do “maravilhoso-homem-site-ChatGPT”, veja quanta sabedoria, quanta certeza, ciência, conhecimento esse novo ser dissemina! Assista! Deslumbre-se! E no final repita como a apresentadora diz:
– Já Elvis! Já Elvis Presley!
Hegemonia da esquerda em associações e ONGs favorece domínio da máquina estatal
Na luta por representatividade nas esferas do poder público, a direita tem esbarrado em uma realidade que pouco mudou mesmo após os quatro anos do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL): a esmagadora hegemonia da esquerda em associações, ONGs, think tanks e institutos com influência dentro da máquina estatal.
Desde que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assumiu a Presidência, o PT tem sido veloz em montar novas estruturas que ampliem o envolvimento de grupos do tipo com o Estado. Um dos focos do governo tem sido aumentar o que a esquerda chama de “participação da sociedade civil” – que se traduz, na prática, em abrir as portas do Estado brasileiro a representantes de entidades com viés de esquerda em órgãos colegiados, secretarias de ministérios, audiências públicas e outros contextos, na condição de especialistas em suas áreas.
Quer em quantidade ou em capacidade de influência, organizações desse tipo com valores associados à direita têm muito menos força no Brasil. A discrepância tem reflexo, entre outras coisas, na dificuldade de composição de quadros no Executivo durante um governo direitista como o de Bolsonaro; no governo Lula, egressos de associações, ONGs e outras entidades da sociedade civil comandam diversas pastas e povoam os ministérios.
Não é só no Executivo, contudo, que isso tem impacto. Na audiência pública sobre o Marco Civil da Internet promovida em março pelo Supremo Tribunal Federal (STF), por exemplo, o predomínio de associações com viés esquerdista era claro. As discussões, por conta disso, penderam muito mais para a defesa de métodos de controle e censura nas redes do que para o apoio à liberdade de expressão.
Em alguns julgamentos importantes da Corte, há forte predomínio de amici curiae alinhados a visões de esquerda, o que não é necessariamente o reflexo de uma seleção enviesada dos ministros. Na ADPF 442, em que se tenta descriminalizar o aborto até a 12ª semana de gestação, há claro desequilíbrio no próprio número de inscritos, como mostrou reportagem da Gazeta do Povo.
No Executivo, mesmo antes de Lula assumir a Presidência, associações e ONGs se perpetuavam em órgãos colegiados que servem ao aparelhamento estatal. Em pleno governo Bolsonaro, o Conselho Nacional dos Direitos da Mulher (CNDM) era composto por entidades pró-aborto, feministas extremistas e defensores da ideologia de gênero. Isso pode ser explicado, em parte, pelo caráter fechado das votações que elegem novos membros; mas, em alguma medida, o viés ideológico homogêneo também se deve à falta de alternativas entre os candidatos.
Direita sabe se associar como a esquerda, mas precisa se especializar, diz líder de instituto
Na opinião de Lucas Berlanza, presidente do Instituto Liberal, o que mais atrapalha a direita não é a incapacidade de se associar, mas sim a “falta de estrutura e especialização”. “O Brasil, de forma geral, tem uma cultura associativa bastante deficitária, mas não creio que os liberais e conservadores padeçam desse problema em particular”, afirma. “Considero que haja mais uma combinação de falta de estrutura e especialização para atuar em determinados ambientes e, naturalmente, falta de pessoal, tanto no campo do financiamento quanto no campo da articulação intelectual”, complementa.
O “amadorismo” da direita nesse âmbito contrasta com a perspicácia de certas ações da esquerda, que infiltra organizações radicalmente ideológicas na máquina estatal até mesmo em iniciativas bem-intencionadas na aparência.
No fim de março, o ministro Flávio Dino, da Justiça e Segurança Pública, lançou edital com o objetivo expresso de destinar até R$ 6 milhões a organizações da sociedade civil que promovam ações voltadas a mulheres usuárias de drogas ou que sofram o impacto do tráfico, em especial negras e indígenas. Uma das organizações participantes do evento de lançamento do edital era a Iniciativa Negra por uma Nova Política sobre Drogas, que trabalha com o controverso conceito de “redução de danos” (entenda nesta reportagem) e é uma das maiores financiadas no Brasil pela Open Society Foundations, de George Soros.
Para Berlanza, a desorganização da direita pode ser um problema importante, mas não é a única explicação para a hegemonia da esquerda em organizações da sociedade civil. “Há razões de sobra para que as vozes dissonantes se sintam intimidadas e desencorajadas nas esferas de expressão da intelectualidade. As lideranças no ambiente universitário estão associadas às ideias de esquerda e ao coletivismo, mobilizando todo tipo de pressão e constrangimento contra os que não subscrevem suas pregações”, comenta.
A solução para isso, na visão dele, é “marcar presença em cada espaço” que for aberto com o objetivo de “garantir que nossas pautas ganharão relevância e consolidarão uma corrente de opinião no país”.
“Muitas vezes, quando se faz uma participação em um programa televisivo ou radiofônico que não seja especificamente voltado ao público que não congrega das mesmas ideias que as nossas, por exemplo, nota-se o retorno de espectadores satisfeitos com o esforço por pluralizar a discussão. É claro que muitos já partilhavam de nossas concepções, mas, de qualquer maneira, têm a satisfação de encontrá-las representadas onde normalmente elas não teriam vez”, observa.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/hegemonia-da-esquerda-em-associacoes-e-ongs-favorece-dominio-da-maquina-estatal/?#success=true
Atuação de Lewandowski ajuda a explicar preferência de Lula por perfil parecido para vaga no STF
A trajetória do ministro Ricardo Lewandowski, que se aposentou nesta terça-feira (11), é um dos fatores que ajuda a explicar a predileção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por um sucessor com perfil semelhante para a vaga aberta no Supremo Tribunal Federal (STF). Em seus 17 anos na Corte, o ministro, nomeado pelo próprio Lula em março de 2006, se notabilizou por permanecer fiel ao ideário ou ao interesse do PT no campo criminal, econômico e constitucional.
Atualmente estão no páreo para a vaga o advogado pessoal de Lula, Cristiano Zanin, e o advogado Manoel Carlos de Almeida Neto, ex-assessor de Lewandowski no STF.
“Quem vai me substituir precisa respeitar a Constituição, ter coragem e aguentar pressão”, disse Lewandowski, numa entrevista recente à GloboNews.
Pressão não faltou. Nos momentos de maior crise do petismo, como durante o julgamento do mensalão, nas manifestações de 2013, no impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, ou no auge da Operação Lava Jato, o ministro se posicionou contra a punição de membros influentes do partido, na contramão da opinião pública e das evidências de corrupção ou má gestão dos recursos públicos. Ainda na área criminal, foi o responsável por alavancar as audiências de custódia.
Na área econômica, se destacou como uma voz de defesa da participação forte do Estado na regulação do mercado. Contra a agenda liberal do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ele tentou, sem sucesso, impedir a venda de subsidiárias da Petrobras sem aval do Congresso. Também votou, sem êxito, para derrubar a lei que deu autonomia ao Banco Central. Neste ano, conseguiu liberar, ainda que de forma provisória, a nomeação de políticos para a direção de estatais.
Na defesa dos direitos fundamentais, foi a favor das cotas raciais nas universidades e nas chapas eleitorais, votou pelo fim da prisão de mulheres gestantes, forçou o governo a investir na reforma de presídios, e teve atuação proativa para forçar o governo a acelerar a vacinação na pandemia de Covid.
Relembre abaixo, com maior detalhe, algumas dessas decisões.
Mensalão
Em 2012, como revisor do processo do mensalão, Lewandowski votou pela absolvição dos caciques do PT envolvidos na compra de apoio parlamentar. Considerou que eram inocentes os ex-ministros José Dirceu e José Genoino e o ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha, todos acusados de corrupção e condenados pela maioria dos ministros. Ainda tentou absolver o ex-tesoureiro Delúbio Soares e o operador do esquema, Marcos Valério, do crime de quadrilha.
Ao analisar as acusações contra Dirceu, disse que eram baseadas em “meras ilações e conjecturas”. Anos antes, em 2007, quando o STF aceitou a denúncia e tornou réus 40 acusados, ele foi flagrado num restaurante dizendo que ministros votaram “com a faca no pescoço”, numa crítica à imprensa, que acompanhava de perto o escândalo.
Na época, os atritos com o relator, Joaquim Barbosa, que votou pela condenação de todos eles, eram frequentes. Em agosto de 2012, na primeira sessão do julgamento, Barbosa disse que Lewandowski agiu com “deslealdade”, ao defender que o processo fosse fatiado, para deixar no STF apenas quem tinha foro privilegiado, questão que já havia sido superada.
Em setembro, quando Lewandowski defendeu que ministros considerassem argumentos da defesa dos réus ao acolher as acusações, Barbosa cobrou que ele votasse de maneira “sóbria”. “Vossa Excelência está dizendo: ‘É assim que se faz’. Vamos parar com esse jogo de intrigas”, disse. “Estou perplexo. Não tenho perdido a oportunidade de elogiar a clareza dos seus votos. Sabe que tenho admiração por Vossa Excelência. Vossa Excelência proferiu um excelente voto. Jamais ousaria insinuar que o voto de vossa excelência seja incompleto”, respondeu.
Em 2013, no julgamento de recursos, Lewandowski foi acusado pelo colega de fazer “chicana”, ou seja, de manobrar para prolongar o julgamento. Na sessão, ele pediu uma retratação, que foi negada. “Vossa Excelência está dizendo que estou brincando? Eu não admito isso”, queixou-se Lewandowski. “Faça a leitura que Vossa Excelência quiser”, rebateu Barbosa.
Lava Jato
Nos primeiros anos da Lava Jato, Lewandowski amargou derrotas nos julgamentos. Em 2016, ficou vencido no julgamento que permitiu a prisão em segunda instância; em 2018, também esteve na ala minoritária que votou para impedir que Lula fosse preso por esse motivo.
A virada começou em 2021, quando Lewandowski permitiu que o petista conseguisse acessar o acordo de leniência da Odebrecht, de onde saíram parte das provas para suas condenações. Nessa toada, também deu à defesa acesso às mensagens trocadas entre integrantes da força-tarefa da Lava Jato e de seu chefe, o ex-procurador Deltan Dallagnol, com o ex-juiz Sergio Moro. Apesar de terem sido obtidos de forma ilegal por hackers, sem que sua autenticidade fosse comprovada, os diálogos foram usados para desmoralizar e desmantelar a operação.
Nesse contexto, naquele mesmo ano, com voto favorável de Lewandowski, o STF anulou as condenações do petista e declarou Moro suspeito, enterrando também as investigações que haviam contra ele. Nesse julgamento, Lewandowski encampou o discurso do PT de que a Lava Jato teria causado prejuízo para a economia brasileira, ao punir as empreiteiras que cometeram corrupção. Na ocasião, ele foi confrontado pelo ministro Luís Roberto Barroso.
“Vossa Excelência acha então que o problema foi o enfrentamento da corrupção, e não a corrupção?”, questionou. Lewandowski negou, dizendo que o “modus operandi” da Lava Jato seria “incompatível com o Estado Democrático de Direito”. Depois, passou a fazer menção a “combinações” entre Dallagnol e Moro reveladas nas mensagens hackeadas.
“Eu pensei que Vossa Excelência fosse garantista. Essa é uma prova ilícita, colhida mediante crime”, rebateu Barroso. “Pode ser ilícita, mas enfim, foi amplamente veiculada e não foi adequadamente, a meu ver, contestada”, respondeu Lewandowski. “Então, o crime compensa para Vossa Excelência”, treplicou Barroso.
Nos últimos anos, Lewandowski “enterrou” uma série de ações penais contra vários réus da Lava Jato, que apontaram nulidade nas provas entregues pela Odebrecht, especialmente os sistemas que registravam pagamentos a políticos. Assim como Lula, eles alegaram que não havia garantia da integridade desses dados, pela forma como foram armazenados.
Nesta segunda (10), em seu último dia de trabalho, o ministro determinou que tramite no STF uma notícia-crime na qual o advogado Rodrigo Tacla Duran acusa Moro e Dallagnol de tentativa de extorsão, acusação já havia sido rejeitada anteriormente pelo Ministério Público Federal.
Audiências de custódia
Em 2015, quando assumiu a presidência do STF e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Lewandowski lançou programa para determinar que qualquer pessoa presa em flagrante precisaria ter sua detenção avaliada em até 24 horas pelo Judiciário.
O objetivo era verificar se houve violência, tortura ou irregularidade por parte dos policiais. No mesmo ano, o STF declarou a constitucionalidade da medida e, em 2019, o Congresso aprovou lei estabelecendo o procedimento.
Embora reconheçam a legitimidade da audiência para impedir violações aos direitos humanos, parte dos criminalistas e do Ministério Público tem ressalvas, pois considera que em boa parte dos casos criminosos perigosos são soltos rapidamente, bastando que aleguem más condições da cadeia ou ação truculenta da polícia.
Impeachment de Dilma
Em 2016, como presidente do STF, também presidiu o julgamento final da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) no processo de impeachment. Nessa função, inovou ao permitir que os senadores votassem de forma fatiada a punição única prevista na Constituição: cassação do mandato com inabilitação para exercer funções públicas por 8 anos. Assim, mesmo cassada, a ex-presidente permaneceu apta a disputar eleições ou assumir cargos públicos.
Posteriormente, Lewandowski externou críticas ao processo e à punição da petista. Numa aula na USP em setembro daquele ano, disse que a condenação foi “um tropeço na democracia”.
No ano passado, o ministro comandou uma comissão de juristas no Senado encarregada de propor uma nova lei de impeachment. O anteprojeto apresentado permite o fatiamento da punição, exclui crimes de responsabilidade fiscal que levaram à condenação de Dilma e também blinda ministros do STF por suas decisões.
Estatais e Banco Central
Em 2018, Lewandowski assinou uma liminar para exigir que a venda ações das estatais, que impliquem perda do controle pelo Poder Público, deveria ser precedida de autorização do Congresso por lei, o que dificultaria, por exemplo, a venda de ativos e subsidiárias. Em 2019, o plenário do STF atenuou a decisão, fixando que isso só seria válido no caso das matrizes.
Neste ano, numa nova canetada, o ministro suspendeu trecho da lei de 2016 que impedia que políticos assumissem a direção das empresas públicas – só poderiam fazer só depois de cumprir uma quarentena de 3 anos fora de cargos no Executivo ou de campanhas eleitorais. O objetivo da lei foi impedir conflito de interesses e favorecimento aos partidos. Lewandowski, porém, entendeu que isso afrontaria direitos fundamentais dos políticos.
A decisão beneficiou o novo governo Lula e o Centrão, interessados em usar as estatais como moeda de troca nas negociações por apoio político.
Em 2021, Lewandowski tentou derrubar a autonomia do Banco Central, aprovada pelo Congresso ano anterior. Acolhendo argumentos do PT e do PSOL, votou pela inconstitucionalidade formal da lei, por entender que ela partiu do Legislativo, e não do Executivo. Nesse caso, foi derrotado pela maioria da Corte, que considerou que a medida foi proposta em conjunto e aprovada com amplo apoio dos dois poderes.
Cotas raciais
As políticas de cotas raciais no Brasil conseguiram avançar no Brasil a partir do reconhecimento, em 2012, de sua constitucionalidade. Naquele ano, Lewandowski relatou ação do antigo DEM contra sua implementação nas universidades públicas. As ações afirmativas, disse na época, configuram um tipo de “discriminação positiva com vistas a estimular a inclusão social de grupos tradicionalmente excluídos”.
Presídios
Em 2012, numa liminar, mandou soltar todas as mulheres presas grávidas e mães de crianças com até 12 anos que não tenham cometido crimes violentos – nesse conjunto, incluiu muitas que estavam condenadas por tráfico de drogas. A prisão delas, para ele, prejudicava o desenvolvimento pleno das crianças.
Em 2015, Lewandowski obteve unanimidade na Corte para permitir que o Judiciário obrigasse o Executivo a gastar recursos para reformar presídios, de forma a melhorar as condições de encarceramento.
Pandemia
Entre 2020 e 2021, Lewandowski relatou 14 ações que acusavam o governo Bolsonaro de inação no combate ao coronavírus. O ministro permitiu a vacinação obrigatória, mediante imposição de restrições civis, e obrigou o Executivo a elaborar plano de vacinação. Autorizou ainda que estados adquirissem vacinas antes do governo federal, e que adotassem medidas preventivas, incluindo restrições à circulação, mesmo contrárias contra aos planos federais.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/republica/atuacao-de-lewandowski-ajuda-a-explicar-preferencia-de-lula-por-perfil-parecido-para-vaga-no-stf/
Para Lula, estatais valem mais que pobres sem água e esgoto
“O que é ruim a gente esconde” é uma frase que entrou para o folclore político nacional, dita há quase 30 anos pelo então ministro da Fazenda, Rubens Ricupero. Mas o presidente Lula resolveu ignorá-la ao assinar, na quarta-feira, dia 5, dois decretos que têm o potencial de prolongar o drama de milhões de brasileiros sem acesso a água potável e esgoto tratado. O petista não escondeu nada, pelo contrário: realizou cerimônia no Palácio do Planalto com a presença de ministros, governadores e representantes de empresas de saneamento, públicas e privadas, como se estivesse fazendo um grande bem ao país.
Por mais que o Novo Marco do Saneamento Básico, aprovado em 2020 pelo Congresso Nacional, tenha previsto a necessidade de regulamentação de alguns de seus itens, os decretos de Lula vão muito além disso: eles desfiguram a legislação, caminhando na direção diametralmente oposta àquela desejada pelos legisladores. Em outras palavras, sem força política para mudar a lei no Congresso, Lula usou o argumento da regulamentação para alterar ele mesmo partes essenciais do novo marco, especialmente no que diz respeito à contratação de empresas. Por mais que a opinião dos petistas sobre o tema represente um caminho (ainda que equivocado) entre os vários possíveis, fato é que o assunto foi longamente discutido pelos legisladores durante a tramitação do texto no Congresso e, por meio de um processo legítimo, eles rejeitaram as visões que Lula agora impõe com suas canetadas. Esse desvirtuamento do poder presidencial de regulamentar, além de afrontar o Legislativo, também era receita certa para a judicialização do tema, e o Partido Novo já contestou os decretos no Supremo Tribunal Federal.
Os 35 milhões de brasileiros sem água tratada e os 100 milhões sem esgoto coletado valem menos para o petismo que sindicalistas e estatais medíocres e quebradas que precisam seguir existindo para servirem de cabide de emprego a “companheiros”
E, se erra na forma, Lula erra ainda mais no conteúdo. Seus decretos permitirão, por exemplo, a manutenção de contratos precários, em que as empresas prestadoras de serviço não foram capazes de comprovar capacidade econômico-financeira para realizar os investimentos necessários para a melhoria e expansão das redes de água e esgoto. Cerca de 20% dos municípios brasileiros, reunindo uma população de quase 30 milhões de pessoas, tiveram seus contratos considerados irregulares. Agora, pouco menos de um terço desses municípios terão a chance de refazer o processo com as regras mais frouxas, e mesmo os demais ainda ganharão uma oportunidade, sob o pretexto de não terem os serviços interrompidos. O Planalto alega que “as agências reguladoras vão acompanhar o cumprimento das metas com transparência”, o que é de uma enorme hipocrisia, vindo do mesmo governo que, no seu primeiro dia, tirou da Agência Nacional de Águas (ANA) funções de regulamentação do setor.
Igualmente preocupante é a permissão para que companhias estatais continuem prestando serviços em regiões metropolitanas, aglomerações urbanas ou microrregiões (os chamados “contratos de programa”) sem passar pelo processo de licitação, o que, mais uma vez, extrapola totalmente o poder presidencial de regulamentar, pois tal permissão viola frontalmente os artigos 2.º, XV, e 49, XV, que mencionam explicitamente a necessidade de concorrência na prestação dos serviços de saneamento básico. O decreto de Lula é tudo o que estatais ineficientes queriam, pois se livram do incômodo de terem de enfrentar empresas do setor privado em um processo limpo, no qual vence quem demonstrar mais capacidade de levar um serviço de qualidade ao maior número possível de cidadãos.
A escolha de Lula, com a importante participação de outros arautos do atraso como o deputado Guilherme Boulos (PSol-SP) e o ministro da Casa Civil, Rui Costa – que até há pouco governava a Bahia, cuja estatal de saneamento é uma das beneficiadas com os decretos –, é evidente: os 35 milhões de brasileiros sem água tratada e os 100 milhões sem esgoto coletado valem menos que sindicalistas e estatais medíocres e quebradas que precisam seguir existindo para servirem de cabide de emprego a “companheiros”. Para isso, vale até criar insegurança jurídica e afastar um setor privado que se mostrou interessado em investir assim que o Novo Marco do Saneamento se tornou lei.
“Se der certo, todos vão ganhar, porque a população brasileira vai ganhar”, prometeu, durante a assinatura dos decretos, um Lula que, como se sabe, não pensará duas vezes antes de reivindicar a paternidade do sucesso. Mas e se der errado? “Se isso aqui não der certo, é um fracasso de todo mundo. Se isso aqui não der certo, não tem culpado”, disse o mesmo Lula, que, como se sabe, não pensará duas vezes antes de terceirizar a culpa pelo desastre que ele mesmo causou. No entanto, se daqui a dez anos a universalização prevista no Novo Marco do Saneamento não tiver ocorrido porque estatais seguiram prestando serviços precários, não faltarão brasileiros com memória para apontar que, sim, houve culpados, a começar por um presidente que fingiu preocupação com os pobres, mas agiu para mantê-los sem água tratada e convivendo com o esgoto a céu aberto.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/editoriais/lula-decretos-marco-saneamento/
Qual será o impacto do acordo entre Brasil e China para descartar o dólar
Mesmo sem a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que se recuperava de uma pneumonia e apenas nesta terça-feira (11) viajou ao país asiático, a comitiva brasileira na China teceu no final de março um acordo que permitirá que as transações bilaterais entre os dois países ocorram diretamente em reais e na moeda chinesa, o yuan, sem precisar passar pelo dólar.
Anunciado em 29 de março, durante o Seminário Econômico Brasil-China, em Pequim, o acordo ainda carece de detalhes (que devem ser oficializados na viagem de Lula ao país asiático), mas promete facilitar os negócios entre os dois países.
Segundo Leonardo Paz, pesquisador do Núcleo de Prospecção e Inteligência Internacional da Fundação Getúlio Vargas (FGV), “esse tipo de mecanismo só é minimamente eficiente quando você tem um fluxo de comércio bilateral, indo e vindo, robusto”, na casa dos bilhões de dólares, e ao longo de muitos anos.
Já o professor de relações internacionais do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec) Carlo Cauti lembrou que um acordo como este “já foi tentado no passado e não deu certo”. Ele recordou que, em 2009, o próprio Lula, em seu segundo mandato, tentou um acordo parecido.
“Estamos em 2023 e as transações continuam sendo em dólar”, destacou o especialista. Para ele, o que ocorreu no passado pode ser uma prévia do que vai acontecer com este novo acordo. Como o Brasil é o único “grande país que tem superávit comercial” em relação à China, teria de convencer os exportadores a aceitar a moeda chinesa como pagamento.
Como ela “não é uma moeda conversível” e não haveria a certeza da manutenção da estabilidade do câmbio do yuan, “já que ele é manipulado há décadas, desde sempre, pelo governo chinês”, “é muito difícil convencer essas empresas a aceitarem o pagamento em yuan”.
Para o professor, as empresas exportadoras brasileiras “vão querer dólares, até porque elas vão ter que comprar os insumos internacionais, que são fundamentais para suas produções, do fertilizante até a vacina para o boi, até os instrumentos da Petrobras para produzir petróleo, e eles são cotados em dólares”. Como isso também possui um custo de câmbio, o professor acredita que “é muito difícil que esse acordo seja implementado”.
Vantagens do acordo
Desde 2009, a China é o maior parceiro comercial do Brasil e uma das principais origens de investimento no país. Segundo números da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), em 2022, o volume de transações foi recorde, atingindo US$ 150 bilhões, sendo US$ 89,7 bilhões em exportações brasileiras e US$ 60,7 bilhões em importações.
Nos negócios com a China, o Brasil tem, portanto, superávit de US$ 29 bilhões, vendendo especialmente commodities para o país asiático. Em 2021, a China foi o oitavo maior investidor mundial no Brasil e o primeiro da Ásia, à frente do Japão, da Coreia do Sul e da Índia.
A vantagem mais clara para o Brasil, no momento, se refere ao câmbio. Quanto mais trocas de moeda há numa transação, maiores são o pagamento de taxas e as perdas no câmbio.
“Se você consegue vincular os seus pagamentos a uma outra moeda, você evita ficar fazendo essas conversões. Você perde menos dinheiro nesses vários atritos”, afirmou o pesquisador Leonardo Paz. “No caso do Brasil se aproximar paulatinamente da China, ao fazer esse tipo de acordo, ele cria uma boa vontade institucional para que você possa ir aprofundando em outras áreas, eventualmente, esse processo.”
A seu ver, ainda haveria uma possibilidade de “criar uma série de políticas de apoio à exportação e à importação” porque “uma das políticas públicas de apoio à exportação é você criar bandas, ou você criar mecanismos de taxas de câmbio diferenciadas”, dando a possibilidade, por exemplo, do governo brasileiro favorecer um setor que ele queira alavancar, oferecendo a ele câmbio mais barato para importar peças mais em conta.
Para Cauti, a China ganha em influência no mundo com este tipo de acordo. “Se o Brasil começar a ter reservas internacionais não mais em dólares, mais em yuan, é óbvio que tudo o que acontecer na China e com a China vai ter uma influência direta no Brasil”, alertou, citando a possibilidade de uma “dependência direta da China”, “muito mais do que hoje”.
Motivos do acordo
Para ambos os especialistas, dois fatores teriam motivado a China a fazer acordos como o que está realizando com o Brasil também com outros países: a possibilidade de uma invasão a Taiwan (segundo previsões, num horizonte de cinco a 15 anos) e diminuir sua dependência de dólares.
No caso de um conflito com Taiwan, depender menos de moeda americana significaria para a China não ficar tão vulnerável a sanções internacionais, como as que a Rússia está vivenciando desde que invadiu a Ucrânia. “Ela vai se blindando tanto economicamente quanto politicamente, uma dependência de uma moeda que hoje, supostamente, é a moeda do país que é o principal rival estratégico dela”, afirmou Leonardo Paz.
Outro fator que pode ter motivado a China a buscar esses acordos foi que a nação teve seu comércio muito impactado pela crise internacional de 2008, tendo dificuldade de acesso ao dólar no mercado internacional, via suas empresas, para poder fazer transações. Ao não precisar tanto da moeda americana (o que tem sido uma tendência global, segundo Paz), o país asiático “vai ganhando blindagem da escassez internacional em determinados setores que considera estratégicos para o país”.
Já os Estados Unidos seriam prejudicados, segundo Carlo Cauti. “Os americanos perderiam um pouco mais de poder, em termos de influência, porque não são eles que decidem aonde o dólar vai, aonde não vai. Eles simplesmente imprimem o dólar. Mas, com certeza, isso reduziria a influência dos Estados Unidos. Além disso, por exemplo, isso poderia evitar sanções internacionais contra empresas que negociam com países que estão sob sanções americanas”. Haveria também a redução da “influência americana e a capacidade dos americanos de ter o chamado ‘soft power’”, completou.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/mundo/impacto-do-acordo-brasil-e-china-para-fazer-negocios-em-moeda-chinesa-ao-inves-do-dolar/
A Outra Ordem Mundial e o Brasil
Poucos se deram conta, mas vários assuntos têm abalado a estrutura política mundial. Está em movimento o eixo de poder e de influência, a disputa por hegemonia. Estruturas criadas no século XX – ONU, OCDE, OTAN, União Europeia – observam acuradamente a ascensão dos BRICS, grupo liderado por China e Rússia. O Brasil é peça fundamental para essa nova aliança de países emergentes, mas há uma pergunta a se fazer: de que lado ficará o Brasil?
Continuará obediente à agenda passivo-agressiva da nova ordem mundial do ocidente? Pulará de barco e ajudará a formar outra ordem mundial junto com China, Rússia e Índia? Atenderá aos dois blocos? Ou buscará o caminho da independência?
Vamos avaliar algumas perspectivas e tendências para ajudar na tomada de decisão:
Guerra na Ucrânia – A guerra na Ucrânia e as ações dos EUA via OTAN e União Europeia contra a Rússia reativaram os BRICS, e reforçaram a ideia de unir países que não estão alinhados com o G7, com a OCDE ou com a agenda da ONU. Por mais condenável que seja a invasão de um país soberano nos dias de hoje, a expansão deliberada da OTAN e da União Europeia sobre o anel de países que a Rússia considera sua área de hegemonia e esfera de segurança nacional foi o gatilho da ação russa. Como retaliação, EUA e Europa congelaram ativos russos e isolaram o país dos sistemas comercial e financeiro mundial.
Isso foi um tiro no pé da Nova Ordem Mundial comandada pelos EUA e pela Europa e desencadeou a formação de Outra Ordem Mundial. Como?Turbinando os BRICS – Como reação às sanções, a Rússia adota protocolos bancários próprios, começa a exigir pagamento em ouro e moeda russa por seu gás e óleo, reativa sua rede de relacionamentos mundiais e, mais diretamente, com os BRICS. Vários países que ficaram assustados com a reação draconiana dos EUA e Europa contra a Rússia sinalizaram que queriam conversar com o novo bloco. Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul agora têm motivação para levar essa mera união de siglas mais a sério, e foram incluídos outros países como Arábia Saudita e Indonésia, entre vários outros desafetos, com acordos mais amplos.
O Novo Hegemon: A China articulou acordo de paz entre Irã e Arábia Saudita com sucesso, o que revela seu real poder de influência sobre os parceiros. Ambos são produtores de petróleo e não gostam da relação com o Ocidente, nem com o dólar. Se a Arábia Saudita programar uma saída do dólar, mesmo que gradual, pode ter efeitos econômicos e políticos brutais para os EUA, que estão em déficit fiscal recorrente há vários anos. Se vários países abandonarem o dólar, os Estados Unidos terão que equilibrar suas contas e, até que isso seja feito, haverá grandes pressões inflacionárias.
Nova Moeda? A criação de uma moeda alternativa ao euro ou ao dólar já começou, mas não há ainda moeda comum. Vários países agem energicamente para sair da dependência do dólar: China, Rússia e Índia já começaram a incentivar o aumento de suas reservas cambiais em outras moedas, e até mesmo exigir que seus parceiros façam o mesmo. O Brasil também passou a diversificar mais suas reservas aumentando reservas em yuan. O resultado em menos de um ano foi a valorização do rublo russo, o aumento do uso da rupia indiana e o dobro de uso do yuan chinês como reserva. O dólar, que há 50 anos detinha 80% das reservas mundiais, atualmente detém 60%, com tendência ainda maior de queda.
Ter reserva além do dólar é positivo para o Brasil? A princípio, sim, considerando que o dólar e o euro têm sido mal gerenciados e os países do Ocidente passam por um mau momento. Mas tudo tem seu limite, considerando que China e Rússia são reconhecidamente autocracias e Brasil, Índia e África do Sul são democracias imperfeitas, no melhor dos casos.
Risco EUA – Assim como a Rússia viu o fim de sua hegemonia a partir da queda do muro de Berlin, os EUA e Europa estão vendo seu poder geopolítico ser desafiado. No entanto, ao contrário da Rússia, os EUA mantêm liderança de poder bélico inquestionável. A instabilidade mundial está sendo causada tanto pela ascensão de um novo poder hegemônico como pelo desafio aos EUA, que ainda têm poder de reação global. Regime em decadência com força bélica pode ser desestabilizador.
Biden – O atual presidente norte americano conspira contra seu próprio país enfraquecendo-o internamente. Sinaliza amizade ao nosso presidente socialista em função de terem a mesma agenda destrutiva de civilizações, mas na questão externa, ele se prepara para se manter como comandante da agenda mundial. Recentemente, os EUA aumentaram seus gastos militares especificamente para manter o controle da agenda global e agir contra insurreições lideradas pelo consórcio China e Rússia.
Belt & Road = Neocolonialismo: Argentina e Peru já assinaram o acordo no qual a China constrói a infraestrutura e em contrapartida ganha garantias e preferências de acesso a portos e fornecimento de alimentos e minerais. Muitos países da Asia e da África que assinaram esse acordo se tornam efetivamente colônias da China, ao não conseguirem honrar os termos de pagamentos. O atual governo do Brasil negocia ativamente acordos bilaterais com a China que envolvem investimentos bem vastos em infraestrutura e tecnologia. É razoável estimar que o Brasil corre o mesmo risco de se tornar colônia.
UNASUL: O governo brasileiro reativou esse órgão que integra países da América do Sul. A princípio, parece ser redundante aos parlamentos dos países membros. Mas seu efeito é projetado no longo prazo, pois pode se tornar o centro de governo da região, e a maioria dos países já contam com a China como maior articulador regional. É muito mais fácil controlar e corromper poder concentrado.
Narcotráfico: A esquerda usa o narcotráfico para conquistar o poder, mas em alguns casos acabam por sucumbir totalmente a ele. O México é um exemplo. Lá, o atual presidente socialista não consegue implementar as políticas do Foro de São Paulo porque os cartéis são donos de muitos setores da economia em diversos estados. Se o narcotráfico no Brasil crescer no atual governo podem ser uma força inibidora tanto para qualquer plano de governo, como para projeção internacional em qualquer bloco. O real inimigo da região é o narcotráfico. Os EUA já reconheceram isso como sendo uma questão de defesa nacional, falta o Brasil fazer o mesmo. Com este governo, o mais provável é agirem ao contrário.
O Brasil não é a Índia: Entre os países dos BRICS, a Índia é o mais independente. Tem bom relacionamento comercial com todas as potências: EUA, Europa, Rússia e China (mesmo em disputas territoriais). No entanto, politicamente é um país que sofre pouca influência de qualquer um deles. A Índia atingiu esse status depois de décadas investindo, ela própria, em infraestrutura, em defesa e na ampliação de suas proteções legais e econômicas contra agentes predatórios externos. Ao mesmo tempo em que se blindou, a Índia liberalizou diversos setores de sua economia para garantir crescimento econômico e se tornar hoje na quinta maior economia do mundo. É importante reforçar que ela se torna independente apenas em 1947: 125 anos depois do Brasil.
Em contraste, o Brasil é o mais influenciável de todos os BRICS: atende demandas de todos os blocos e sucumbe política, geopolítica, diplomática e comercialmente a eles. Nosso país não tem blindagem externa, não tem defesa efetiva. Tem, sim, uma economia dirigida que prefere alocar recursos em seu bem-estar social corrupto e ineficiente a investir em infraestrutura e defesa. Por isso, o Brasil tornou-se incapacitado por culpa de sua própria ignorância, incrédulo dos benefícios de liberalizar qualquer parte da economia para crescer por conta própria. O resultado é uma extrema dependência do capital externo para criar sua infraestrutura, o que torna o país vulnerável.
Dessa última consideração deriva nossa conclusão: com o atual governo, o mais provável no curto prazo é que o Brasil atenda a todos.
O governo já sinalizou que atenderá às políticas ambientais da União Europeia, às políticas sociais da ONU, às restrições de defesa impostas pelos EUA, aos futuros ditames da UNASUL, às exigências da China, às sugestões da Rússia. Ainda dentro da lógica do atual governo, até que a outra ordem se consolide o atual governo ficará no meio do caminho.
A opção mais difícil seria trilhar o caminho de nossa independência, mas isso requer outro governo e um movimento nacional que exija um Brasil soberano e brasileiros livres.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/luiz-philippe-de-orleans-e-braganca/a-outra-ordem-mundial-e-o-brasil/
As leis e o Judiciário brasileiro não dão a mínima para a vítima
Acho que não vão resolver a questão do crime no Brasil e nem a violência nas escolas porque até agora ninguém percebeu o óbvio: a lei brasileira e o Judiciário – que estão juntos e dependem um do outro – são lenientes, são favoráveis ao crime e não dão a mínima para a vítima. O criminoso é objeto de todas as atenções: o criminoso é vítima da sociedade, tem o direito de reagir em legítima defesa à polícia, “autodefesa intuitiva”, como disseram três desembargadores de São Paulo.
E agora o ministro da Justiça está arrochando as redes socais dizendo que é para proteger as escolas. O presidente Lula acha que para proteger as escolas basta a polícia. Tem gente que acha que é a arma de fogo. Mas o sujeito atacou a escola em São Paulo com faca, em Blumenau com machadinha, e se não tiver nem faca nem machadinha vai atacar com tijolo, com pau, com pedra, pedaço de ferro. Não perceberam ainda que é a mente que arma as mãos. E jogos eletrônicos também não é o problema. Gerações inteiras gostavam de história de mocinhos e bandidos, de atirar, de brincar de polícia, de revolver e não aconteceu nada.
Justiça leniente
O problema é a lei leniente: o sujeito assalta, passa pela audiência de custódia e vai embora arrumar outra arma para assaltar. Não entenderam isso. Tem juiz dizendo que não tem prova quando o próprio sujeito confessou o crime; dizem que não tem prova e que a confissão foi por medo da polícia. Tem de se mexer nas leis.
Outros países, que têm leis mais duras, como Portugal, têm mais segurança, seja nas ruas, nas escolas, de noite ou de dia. Pode haver furto por “descuidismo”, mas sem violência. Nós temos de pressionar os nossos representantes na Câmara dos Deputados e no Senado para abrirem os olhos e perceberem isso.
Ressaca
Outro assunto: depois da festa dos cem dias, a ressaca da festa. O FMI chega e estraga tudo dizendo “olha, o país não vai crescer o esperado”. No ano passado cresceu quase 3%, mas neste ano não vai crescer nem 1%, só 0,9%. Qual foi a reação do presidente da República? Disse que vai fazer exatamente o contrário do que diz o FMI. Parece uma criança birrenta, teimosa.
Mas o ex-ministro Almir Pazzianotto me disse que quando era advogado do Sindicato dos Metalúrgicos e Lula era o presidente, ele já era assim. Lula não gostava de quem tinha diploma, que tinha anel de doutor no dedo. Desprezava porque achava que era gente que só estudava teoria e depois queria implantar coisas que ele – Lula – sabia “na prática”. É mais ou menos isso que ele está dizendo agora. Vai fazer o contrário do que os técnicos, economistas, pessoas que estudam estatística, que examinam os dados sobre o Brasil – e que são pagos para isso, para pensar nisso o dia inteiro. Enfim, vai fazer o contrário e vai piorar a situação.
Consolo
Quando cai o PIB ou aumenta a inflação, o nome é estagflação”, mas, felizmente, pelo jeito não vai ter isso porque a inflação de março foi bem, a de fevereiro estava assustando – já estava em 5,6% nos últimos 12 meses e agora baixou para 4,6% – a meta é 3,25%. Pelo menos esse consolo, porque estamos todos no mesmo barco, esse barco afundando, afundamos todos juntos. Teve gente que torcia muito para esse barco afundar. Não se importava em morrer afogado, mas queria que todo mundo morresse junto. No tempo da pandemia foi assim: a gente viu uma torcida grande pela morte. Terrível. Diziam que não tinha tratamento a doença; quantos milhares morreram por causa disso. Isso é inesquecível.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/alexandre-garcia/as-leis-e-o-judiciario-brasileiro-nao-dao-a-minima-para-a-vitima/
Para Sanderson, governistas é que impediram a inquirição de Dino na Câmara
Deputado disse que agora o ministro poderá ser convocado para depor
O presidente da Comissão de Segurança Pública, deputado federal Sanderson (PL-RS), acredita que parlamentares governistas geraram confusão nesta terça-feira (11) para atrapalhar a sessão com o ministro da Justiça, Flávio Dino.
Apesar dos apelos de Sanderson pela ordem no recinto, os deputados estavam com os ânimos exaltados desde o início da sessão.
O deputado destaca que a sociedade brasileira e o Poder Legislativo esperam por respostas, e como o ministro não conseguiu responder a todos os questionamentos propostos pelo colegiado ele poderá ser convocado para nova reunião.
FONTE: DIÁRIO DO PODER https://diariodopoder.com.br/brasil-e-regioes/sta-brasil/para-sanderson-governistas-e-que-impediram-a-inquiricao-de-dino
EUA podem punir Petrobras por confiscar dividendos
A “sugestão” do conselho de administração para a diretoria petista da Petrobras confiscar ou “reter” quase 50 centavos por ação de dividendos a serem pagos aos acionistas pode render nova ação judicial nos Estados Unidos. A Petrobras já teve que pagar US$900 milhões (R$4,5 bilhões) para encerrar processo em razão dos prejuízos aos investidores na Bolsa de Nova York, causados pela corrupção revelada pela Lava Jato. Agora, a “retenção” deve gerar novos processos judiciais.
Buraco mais embaixo
Com ações na Bolsa de Nova York, a Petrobras está sujeita à legislação norte-americana. Foi o que determinou a primeira indenização bilionária.
Lucro roubado
A Petrobras anunciou que irá pagar gordos dividendos de R$35,8 bilhões e cada ação corresponderá a R$2,74, em duas parcelas de R$1,34.
R$7 bi no saco
O confisco da Petrobras sobre o dividendo dos acionistas representa cerca de 20% do valor calculado: a tunga será de mais de R$7 bilhões.
Motivo importa
Segundo a estatal, o confisco dos valores servia a uma certa “reserva”, mas representa intervenção política nas diretrizes da companhia.
Padilha quer intermediar trégua entre Lira e Pacheco
O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, apresenta-se agora como “mediador” designado pelo petista Lula da disputa entre os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco, e da Câmara, Arthur Lira, para definir o funcionamento das comissões mistas que examinarão medidas provisórias. Enciumado com protagonismo de Lira, Pacheco quer definir a solução, mas nada anda sem a concordância de Lira. O problema é que o “mediador” tem lado: ele e Pacheco são parceiros nessa jogada.
Líder não liderou
Espécie de emissário do Planalto, o líder do governo, José Guimarães (PT-CE), falhou na missão de pacificar a disputa no Congresso.
Desconfianças
Assim como os deputados não confiam em Padilha, os senadores não deram a menor confiança a Guimarães, que acabou dispensado.
MPs correm risco
Lula captou que, sem acordo, duas promessas podem morrer: o reajuste do salário-mínimo e a isenção do imposto de renda para dois salários.
Saneamento
Projeto de Fernando Monteiro (PP-PE), aliado de primeira do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), suspende os efeitos do decreto de Lula que desmonta o Marco do Saneamento. Tem tudo para ser aprovado.
Única realização
A grande novidade do governo nos 100 dias iniciais é o vice Geraldo Alckmin (PSB): após décadas na política e duas tentativas frustradas de ocupar o Palácio do Planalto, virou presidente duas vezes.
Voo da alegria
O governador do Maranhão, Carlos Brandão (PSB), largou seu Estado submerso, com cidades sob decreto de calamidade pública, para não perder a boquinha voadora da viagem com Lula à China por nossa conta.
Não está nem aí
Governadora desconectada das aflições do seu povo, Fátima Bezerra (PT) deixou para trás a guerra da polícia potiguar contra bandidos que atacam o Estado para não ficar de fora do passeio oficial à China.
Pacto com o diabo
Não foi de graça o elogio de Lula a Fernando Haddad (Fazenda), antes de embarcar para a China. Ele foi instado a apoiar o ministro após Lindbergh Farias (PT-RJ) se apropriar do discurso da oposição e comparar a nova regra fiscal ao “pacto com o diabo”.
Haja paciência
A ida do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, ao Senado tem data marcada: 25 de abril. Vai participar da Comissão de Assuntos Econômicos. Na pauta, a taxa de juros, claro.
Problema?
O PCO “furou” o governo Lula, que apoia, para anunciar a inauguração de uma rota marítima direta de contêineres entre o Brasil e o Irã, “país mais sancionado do mundo”, diz o partido. Inclusive pelos EUA.
O pessimismo voltou
A indústria crescerá apenas 0,1% em 2023, prevê o Informe Conjuntural da CNI, após alta de 1,6% em 2022. E o crescimento do PIB será quase 60% menor no primeiro ano de Lula que no último ano de Bolsonaro.
Pensando bem…
…se Lula não resolve nem a briga Lira x Pacheco, coitados de russos e ucranianos.
FONTE: DIÁRIO DO PODER https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/eua-podem-punir-petrobras-por-confiscar-dividendos
Oposição cria ‘governo sombra’ para fiscalizar ministérios
No grupo de 27 parlamentares há 22 deputados e cinco senadores
Parlamentares de oposição anunciaram nesta terça-feira (11) a criação de um grupo de trabalho para fiscalizar ministérios do Governo Federal, intitulado “Gabinetes de Fiscalização Especializada”.
O grupo será formado por 27 parlamentares, cada um deles responsável por uma área, sendo 22 deputados federais e cinco senadores.
A iniciativa é inspirada no “shadow cabinet”, gabinete sombra ou gabinete espelho, que funciona em países parlamentaristas, como Reino Unido, Austrália, Dinamarca, Portugal e Espanha.
Nesses sistemas, os parlamentares que ostentam independência em relação ao Governo Federal fiscalizam cuidadosamente suas ações e encabeçam a fiscalização das pastas de maneira específica e focalizada. Na versão brasileira, o mesmo princípio é reproduzido buscando aprimorar a fiscalização parlamentar.
Segundo o estatuto oficial do grupo, os parlamentares membros do grupo farão um acompanhamento crítico e técnico da rotina do Planalto e da Esplanada dos Ministérios com a produção trimestral de relatórios e análises
O deputado Deltan Dallagnol (Podemos-PR) que ocupa o cargo de secretário do grupo deu início a coletiva de imprensa no Salão Verde da Câmara dos Deputados e ressaltou que o objetivo é colocar as necessidades da sociedade brasileira no centro do parlamento brasileiro.
Os ministérios e “ministros espelhos” serão esses:
Advocacia-Geral da União: deputado Sanderson (PL/RS)
Agricultura e Pecuária: Evair de Melo (PP/ES) e Consultora – Tereza Cristina (PP/MS)
Cidades: Amon Mandel (Cidadania/AM)
Ciência e Tecnologia: Marcos Pontes (PL/SP)
Comunicações: Daniel Trzeciak (Podemos/PR)
Secretaria de Comunicação Social: Maurício Marcon (Podemos/PR)
Defesa: Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL/SP)
Desenvolvimento, Indústria e Comércio: Joaquim Passarinho (PL/PA)
Direitos Humanos: Eduardo Girão (Novo/CE)
Educação: Mendonça Filho (UNIAO/PE)
Esporte: Luiz Lima (PL/RJ).
Fazenda: Kim Kataguiri (União/SP)
Integração e do Desenvolvimento Regional: Gilson Marques (Novo/SC)
Justiça e Segurança Pública: Deltan Dallagnol (Pode/PR) e Alfredo Gaspar (União/AL)
Meio Ambiente: Pedro Aihara (Patriota – MG)
Minas e Energia: Alex Manente (Cidadania – SP)
Mulher: Chris Tonietto (PL/RJ)
Pesca: Jorge Seif (PL/SC)
Portos e Aeroportos: Jorge Seif (PL/SC)
Previdência: Samuel Viana (PL/MG)
Relações Exteriores: Marcel van Hattem (Novo/RS)
Saúde: Adriana Ventura (Novo/SP) e Rosângela Moro (União/SP)
Trabalho: Any Ortiz (Cidadania/RS)
Transportes: Hamilton Mourão (REP/RS)
Agências Reguladoras: Luis Felipe Francischini (União/PR)
FONTE: DIÁRIO DO PODER https://diariodopoder.com.br/brasil-e-regioes/ttc-brasil/oposicao-cria-grupo-para-fiscalizar-atividades-dos-ministerios
Após xingamentos e bate-boca, Dino abandona comissão sob gritos de ‘fujão’
Parlamentares bateram boca e trocaram ofensas
Com bate-boca, xingamentos e intervenção da polícia legislativa, a audiência para ouvir o ministro da Justiça, Flávio Dino, acabou antes do previsto. Nesta terça-feira (11), o ministro esteve na Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara dos Deputados em uma conturbada audiência.
Já no início da reunião, os ânimos estavam exaltados e Dino informou ao presidente da Comissão, deputado Ubiratan Sanderson (PL-RS), que deixaria o local caso a confusão continuasse. Momentos depois, Gervásio Maia (PSB-PB) e Carla Zambelli (PL-SP) bateram boca. Maia afirmou que Zambelli mandou outro parlamentar “tomar no c*”.
Em meio ao caos, houve parlamentar gritando “chupetinha”, em referência ao deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) e Dimas Gadelha (PT-RJ) acusando Gilvan da Federal (PL-ES) de ameaça de agressão física.
Duarte Júnior (PSB-MA) e cabo Gilberto Silva (PL-PB) trocaram acusações de xenofobia. Com a confusão generalizada instalada, a continuação da oitiva foi cancelada.
Nas redes sociais, Dino comentou o episódio e classificou o ocorrido como “desrespeito ao povo brasileiro e ao próprio Poder Legislativo”. Veja abaixo:
Veja abaixo o vídeo da audiência na Câmara dos Deputados:
FONTE: DIÁRIO DO PODER https://diariodopoder.com.br/brasil-e-regioes/xwk-brasil/apos-xingamentos-e-bate-boca-dino-abandona-comissao-sob-gritos-de-fujao
SE SUPERANDO
FONTE: JBF https://luizberto.com/se-superando/
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