O indiciamento de Trump e o fim do Estado de Direito nos EUA e no Ocidente

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Um dos mais importantes pilares da Civilização Ocidental é a igualdade perante a Justiça. Ao longo do tempo, leis e procedimentos foram implementados para garantir que qualquer pessoa deveria ter os mesmos direitos e deveres numa sociedade livre.

Algum cínico poderia apontar que tal igualdade jamais foi alcançada, pois pessoas com mais recursos têm os melhores advogados, por exemplo. Porém, podemos argumentar que o sistema de Justiça ocidental, mesmo não sendo perfeito, oferece o maior nível de igualdade e proteção individual em relação a todos os outros existentes, ou que existiram, na história humana.

Talvez o país que melhor represente esse ideal seja os EUA, ou representava. Teremos hoje um momento histórico: é a primeira vez na história que um presidente ou ex-presidente é indiciado criminalmente. Poderia ser uma prova do princípio da igualdade perante a lei, mas infelizmente não é nada disso: Trump foi indiciado com base numa denúncia patética, levada a cabo por um procurador de extrema-esquerda, bancado por George Soros, e aceita por um júri formado por eleitores democratas (Biden teve 82% dos votos em NY).

O caso envolve o pagamento feito por um advogado de Trump a uma ex-atriz pornô, ainda em 2016, para que ela mantivesse silêncio sobre um suposto caso que o bilionário teria com ela. Trump nega e disse ter sido chantageado.

Não há lei que proíba um pagamento do gênero. A alegação é que o dinheiro foi lançado indevidamente, como honorário advocatício, e não como custo de campanha. A agência que cuida das eleições não encontrou crime, quando avaliou o caso em 2018.

E mesmo se fosse o caso de ter ocorrido lançamento indevido, a lei de NY não prevê prisão para o ilícito, apenas multa. Para gerar a possibilidade de prisão, tal lançamento indevido deve ocorrer em conjunto a outro crime. O procurador, neste caso, apontou que além do lançamento indevido, havia um crime eleitoral…

É preciso lembrar que Alvin Bragg, o procurador ativista, adotou uma postura de não processar “pequenos delitos”, desde que foi eleito para o posto, deixando até mesmo de indiciar ladrões em série, por considerar que perseguir esse tipo de criminoso é expressão do “racismo”.

Ou seja, estamos observando, em tempo real, o desmoronamento do sistema de Justiça americano, instrumentalizado pela esquerda para perseguir seus oponentes políticos.

Há pelo menos uma década atrás, a maioria da esquerda americana defendia valores como liberdade de expressão e devido processo legal. Depois que Donald Trump foi eleito, tudo mudou. A liberdade de expressão passou a ser questionada, assim como o próprio processo democrático, que poderia levar à eleição de “racistas” e “fascistas”.

Se adotou então a postura fascista para combater o alegado fascismo: censura e instrumentalização da Justiça, e de outras instituições, como a imprensa, para perseguir os opositores, considerados a priori como criminosos.

Todo movimento totalitário na história alegou fins nobres para cometer crimes, e hoje a esquerda autoritária segue o mesmo caminho. Claro que não há objetivo nobre algum, apenas o velho desejo de concentrar poder e escravizar o povo. Os únicos que acreditam nos fins nobres no assalto aos pilares da civilização são os idiotas úteis, que formam a base do movimento. 

Tipos como Soros investem na destruição dos EUA porque sabem que a República Americana é o último obstáculo ao projeto globalista. Fenômenos eleitorais como Trump e Bolsonaro devem ser destruídos, mesmo que isso signifique o fim do Estado de Direito e da própria Democracia. 

Pelo menos neste quesito, o Brasil está à frente dos EUA.

Texto de Leandro Ruschel.

FONTE: JCO https://www.jornaldacidadeonline.com.br/noticias/47451/o-indiciamento-de-trump-e-o-fim-do-estado-de-direito-nos-eua-e-no-ocidente

Como no conto de fadas, promessa do ex-presidiário ‘vira abóbora’ e se torna motivo de piada na Web (veja o vídeo)

Foto: Ricardo Stuckert
Foto: Ricardo Stuckert

Quem não se lembra do conto de fadas da ‘Gata Borralheira’, baseada em um conto popular italiano, que se tornou conhecido internacionalmente pela pena do escritor francês Charles Perrault e que, finalmente, se transformou em um sucesso cinematográfico dos estúdios Walt Disney, com o nome de ‘Cinderela’?

Uma das partes mais conhecidas da história é quando uma menina pobre explorada e maltratada pela tia e primas ricas, vê sua ‘fada madrinha’ transformar dois ratinhos em cavalos, seu cachorro de estimação em um cocheiro e uma abóbora em carruagem.

Juntos eles transportariam a menina para um baile de gala onde conheceria o príncipe. Eles se apaixonam e, lá no final da história feliz, ficam juntos para sempre.

Mas a fada alerta que sua protegida teria que voltar do baile antes da meia noite, horário em que a transformação seria ‘revertida automaticamente’.

Esse ‘complexo de Cinderela’ pode ser relacionado ao sentimento que todo eleitor do ex-presidiário Lula teve, quando ouviu o juramento de que teriam picanha com cervejinha aos domingos, mas que até agora só conseguiu comer abóbora.

Maltratado e explorado esse povo não poderá, infelizmente, contar com o tal final feliz, e não é exagero dizer que a tal picanha se transformou, como por encanto, no fruto da aboboreira, também conhecido aqui no Brasil como Jerimum.

A situação, como era de se esperar, virou meme e motivo de brincadeiras. Um desses momentos foi registrado por um cidadão de nome Anderson Costa, em um vídeo publicado em sua página no TikTok.

Em passagem pelo Ceasa do Rio de Janeiro, ele se deparou com um carregamento de abóboras e não perdeu a oportunidade para brincar com a situação:

“Olha aqui, gente, o caminhão da Friboi… e os açougueiros descarregando a picanha”.

E concluiu:

“Faz o L”.

Uma triste ironia, considerando os milhões que foram iludidos.

Mais um fato que retrata as mentiras ditas pelo descondenado, na ânsia de voltar à cena do crime para executar seu plano de vingança.

Confira no vídeo:

FONTE: JCO https://www.jornaldacidadeonline.com.br/noticias/47453/como-no-conto-de-fadas-promessa-do-ex-presidiario-e39vira-abobora-e-se-torna-motivo-de-piada-na-web-veja-o-video

Otimismo artificial

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante reunião ministerial, no Palácio do Planalto.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante reunião ministerial, no Palácio do Planalto.| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Lula acha que seus ministros andam muito acabrunhados e pediu-lhes “otimismo” no início de uma reunião ministerial realizada nesta segunda-feira. O presidente da República, recuperado de uma pneumonia que o fez adiar a viagem à China, afirmou que sua equipe não pode “ficar só lamentando” e disse estar “convencido de que o país vai dar um salto de qualidade”. Os comentários foram a reação a uma pesquisa do instituto Datafolha divulgada no fim de semana, e que trouxe números nada confortáveis para Lula.

De acordo com o instituto, a aprovação de Lula ao fim destes primeiros três meses de governo é a menor de todos os mandatos do petista. Do total de entrevistados, 38% consideravam o desempenho de Lula “ótimo” ou “bom” – este índice era de 43% em 2003 e de 48% em 2007. Já a parcela dos que classificaram o governo como “ruim” ou “péssimo” é de 29%, contra meros 10% em 2003 e 14% em 2007. Além disso, o Datafolha mostrou que os entrevistados estão ficando mais céticos quanto aos rumos da economia. É verdade que a parcela dos que acreditam em uma melhora ainda é de 46%, três pontos a menos que em pesquisa idêntica realizada em dezembro, antes da posse de Lula; mas o pessimismo em relação ao futuro subiu seis pontos, de 20% para 26%.

Em vez de “apostar”, o papel do governo é trabalhar: dar condições para que a economia possa galopar, com liberdade econômica, responsabilidade fiscal, Estado eficiente, tributação racional, sem intervencionismos nem populismos imediatistas

Também, pudera. Depois de uma longa sequência de queda, o desemprego voltou a subir por dois meses consecutivos, embora não se possa descartar de imediato a possibilidade de o mercado de trabalho ter sido influenciado por fatores sazonais típicos do início de ano. A inflação muito provavelmente extrapolará o limite máximo de tolerância da meta traçada para 2023 – será o terceiro ano seguido em que isso ocorre –, e Lula tem voltado todas as suas baterias contra o Banco Central, a única instituição que está batalhando contra a inflação com as armas que tem à disposição. Os aposentados tiveram seu acesso ao crédito severamente reduzido após uma canetada reduzir juros do empréstimo consignado. O presidente já demonstrou sua hostilidade ao empresariado, e o agronegócio se vê às voltas com o recrudescimento do MST e atitudes como a do presidente da Apex, Jorge Viana, que em Pequim associou o setor ao desmatamento na Amazônia. E, a cada dia que passa, fica mais evidente que a regra fiscal proposta pelo governo para substituir o teto de gastos tem problemas sérios, a começar pela garantia de aumento real de despesa governamental independentemente do que acontecer à economia, sem falar na convicção crescente de que as metas propostas pelo governo só poderão ser atingidas à custa de aumento na carga tributária.

“Não concordo com as avaliações negativas da economia”, afirmou Lula a seus ministros, como se a mera opinião presidencial tivesse o condão de inverter indicadores ruins ou de melhorar a economia por mágica, como nas tentativas de forçar uma queda nos juros “porque sim”. Continuando sua tradição de metáforas esportivas, mas abandonando temporariamente o futebol, o presidente ainda justificou a cobrança por otimismo dizendo que “ninguém vai investir em cavalo que não corre”. No entanto, se o cavalo estiver fraco, desnutrido ou com pesos amarrados aos cascos, o jóquei pode gastar toda a sua voz com gritos de incentivo que não conseguirá fazer o animal sair do lugar.

“O nosso papel é apostar que esse país vai dar certo”, completou o presidente, mais uma vez demonstrando sua fé no poder mágico da propaganda. Em vez de apostar, o papel do governo é trabalhar: dar condições para que a economia possa galopar, com liberdade econômica, responsabilidade fiscal, Estado eficiente, tributação racional, sem intervencionismos nem populismos imediatistas. Se este roteiro for seguido, não será preciso pedir otimismo a ninguém, pois ele virá automaticamente. Do contrário, teremos o mais do mesmo petista: a insistência em políticas econômicas comprovadamente desastrosas na esperança vã de que os resultados serão diferentes daqueles do passado, fazendo especialmente os brasileiros mais pobres pagarem as consequências desse pensamento mágico.

FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/editoriais/otimismo-artificial/

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Alexandre Garcia

Governo não vai conseguir sua licença para gastar assim tão facilmente

O grande assunto de hoje é o arcabouço fiscal que o governo inventou para não ser acusado de estar furando teto. A lei do teto de gastos foi feita depois do impeachment da presidente Dilma, por causa das contas públicas. Para evitar excesso de gastos, contabilidade esquisita, fizeram uma lei moralizadora e muito boa, que dá equilíbrio fiscal para evitar que o governo gaste demais o nosso dinheiro, do nosso suor, dos nossos impostos. Muita gente que está me ouvindo pode achar que nunca pagou imposto diretamente. Diretamente não, mas em tudo que você compra você está pagando imposto embutido. Se não fosse pelo imposto, o produto ou serviço seria mais barato. Então você e todo mundo paga imposto, o pobre e o rico. Mas o pobre paga mais porque, como ele ganha menos, o imposto cobrado significa mais para ele.

Projeto do arcabouço fiscal prevê aumento real do gasto público mesmo que arrecadação e PIB tenham queda.
Projeto do arcabouço fiscal prevê aumento real do gasto público mesmo que arrecadação e PIB tenham queda.| Foto: Marcelo Andrade / Arquivo Gazeta do Povo

Esse arcabouço fiscal é um truque para derrubar ou derrogar – é a palavra mais bonitinha, mais apropriada – uma lei que controla os gastos do governo. Como disse o ex-presidente do Banco Central Affonso Celso Pastore, é licença para gastar: se o Congresso aprovar a lei, o governo poderá gastar sem sofrer impeachment. E Pastore ainda disse que o arcabouço vai resultar em alta brutal da carga tributária. Pois no dia seguinte o próprio ministro da Fazenda confirmou que precisará de mais de R$ 150 bilhões.

Mas tem o Congresso pela frente: o governo ainda não mandou o texto para o Legislativo e, agora, Haddad reconhece que não está pronto, que ainda tem de simplificar, tornar mais claro o texto que só foi anunciado na quinta-feira porque era o dia da chegada de Bolsonaro e tinham de ocupar o noticiário. Anunciaram também para fazer um balão de ensaio, mas todo mundo está fazendo as contas e vendo que não fecha. A aprovação depende do Congresso, e o Congresso que saiu da eleição tem 70% de centro-direita, enquanto o governo é de esquerda. Essa centro-direita do Congresso sabe muito bem que, se votar com o governo, vai ganhar rótulo de “vendido” nas mídias sociais.

O governo sabe disso também; está sentindo o pessimismo em alta, o otimismo em queda, está vendo que os ministros estão meio assustados. Todo ministro está olhando para o seu próprio futuro, ano que vem tem a eleição municipal, então tudo isso está preocupando o presidente da República. Ele está vendo que as coisas não vão andar assim tão facilmente. Normalmente, aqui no Brasil, tudo começa a acontecer depois do carnaval, mas vai passar a Páscoa e não aconteceu nada ainda, a não ser algumas coisinhas como isso de revogar a Medalha Princesa Isabel, porque Lula acha que ela não merece. Era uma medalha que leva o nome da princesa para premiar quem se destaca na área dos direitos humanos. É uma injustiça histórica que o atual presidente está fazendo.

São esses os problemas que temos pela frente, que afetam o Brasil inteiro. O governo quer cobrar mais imposto porque quer gastar mais. Mas quem vai pagar mais imposto somos nós. E a Curva de Laffer mostra que, quando se cobra imposto demais, os que produzem, os que comerciam, os que empregam, os que prestam serviços ficam desanimados e produzem menos, e com isso cai a arrecadação – ou seja, não vai adiantar nada. O governo tem é de gastar menos consigo mesmo e gastar mais na prestação de bons serviços públicos, porque é para isso que existe governo.

FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/alexandre-garcia/governo-arcabouco-fiscal-congresso/

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Luiz Philippe de Orleans e Bragança

A porta dos fundos para o poder absoluto

O Rei Sol tinha uma eminência parda, real poder atrás do poder.
O Rei Sol tinha uma eminência parda, real poder atrás do poder.| Foto: Rigaud/Domínio público

Quem é o poder por detrás do poder? É a eminência parda. Quando esse termo surgiu no século XVII, na França, quem desempenhava esse papel era Leclerc, assessor do Cardeal Richelieu, que comandava sem aparecer. No atual governo do Brasil é o STF quem exerce essa função. O STF é a única organização capaz de dar suporte a um governo natimorto, impopular, sem base parlamentar e sem sustentação em diversos segmentos da sociedade. A imprensa sabe, os intelectuais sabem, os políticos sabem, os ativistas sabem, os empresários sabem, mas o silêncio sobre o assunto incomoda a todos.

O STF deveria ser a Corte revisora de temas constitucionais, que são a base de todo o sistema judiciário. Deveria ser o exemplo de isenção e zelo pelas leis e pela Constituição. Deveria, mas em vez disso, o órgão concentrou poder e diversas competências. Tornou-se não somente o maior violador de leis e da Constituição, como também o gargalo de todo o sistema judiciário. Nesse processo de concentração de poder ao longo de 30 anos, o STF se tornou o poder por trás de todos os poderes, interferindo em todos os temas e em todas as esferas da federação.

O STF é a única organização capaz de dar suporte a um governo natimorto, impopular, sem base parlamentar e sem sustentação em diversos segmentos da sociedade

Todos juízes concursados de carreira sabem disso e muitos se incomodam com essa involução. O resultado é obvio: o fim do frágil e mal desenhado Estado de Direito, criado na Constituição de 1988. Acaso algum destes magistrados incomodados se manifestou ou sugeriu alguma proposta? Claro que não. São passivos e deixam que os “juízes” nomeados, não concursados e sem experiência na magistratura, notadamente juízes das supremas cortes (STF e STJ), arvorem-se cada vez mais no poder. Cabe, portanto, aos legisladores propor mudanças.

No cerne desse problema está o processo de nomeação para as altas cortes. Ao longo dos últimos 30 anos da sexta república, quem o presidente da república escolheu como juiz atingiu não somente o STF, como todo o judiciário. Olhando o passado, na verdade poucos juízes foram nomeados, e muitos advogados sem experiência na magistratura têm recebido o benefício de comandar o judiciário. E este é apenas um detalhe. Acuado e sabedor de que essa situação de total descrédito não pode perdurar, ainda assim resiste às reformas necessárias para modernizar e garantir a estabilidade do sistema político, que tem sido abalado com sua atuação sem freios e contrapesos.

A PEC do Judiciário é uma realidade e mesmo a imprensa manipulada pela esquerda e parlamentares da situação admitem que reformar o Poder Judiciário é dar um passo importante para garantir o Estado de direito. Mas em que consiste essa PEC que estamos propondo desde o ano passado, e que já alcançou a marca de mais de setenta assinaturas na Câmara dos Deputados?

Eis as propostas para organização da Justiça:

  • O STF se torna corte constitucional, composta por ministros com mandato de 10 anos, com idade entre 50 e 65 anos; e que comprovem pelo menos 20 anos de atividade judicante; sendo indicado de diferentes formas e vedada a recondução;
  • O STJ e os tribunais absorvem as demais competências do STF;
  • São redistribuídas as competências dos tribunais superiores e do STF para outras áreas do judiciário e vedadas férias coletivas nos tribunais superiores;
  • As competências da Justiça Eleitoral e do Trabalho também são incorporadas e redistribuídas para a Justiça comum. Apenas a Justiça Militar será mantida em caráter especial, pois trata de temas relativos ao Estado: crimes contra a soberania nacional, violação da integridade territorial, terrorismo, espionagem, crimes de lesa-pátria, de guerra e operações militares;
  • Estabelece limites para Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que passa a desempenhar apenas a função de conselho administrativo;
  • Extingue o foro privilegiado, apenas o Presidente da Republica é julgado pelo STF, as demais autoridades passam pela Justiça comum.

Quanto a juízes e membros do Ministério Público:

  • Dá estabilidade, mas acaba com a vitalicidade;
  • Estabelece idade mínima 30 anos para ingresso e 5 anos de experiência jurídica comprovada;
  • Retira a OAB do processo, com ingresso apenas por concurso;
  • Extingue o quinto constitucional, regra que indica para compor os tribunais membros do Ministério Público e advogados indicados pela OAB;
  • Mandato de 10 anos para ministros, apenas juízes de carreira, escolhidos por lista tríplice e sem recondução;
  • Mandato de 5 anos para ministros do STJ, sem recondução e com idade mínima de 45 anos;
  • Abre a possibilidade de eleição de retenção por referendo popular, tanto para magistrados como para membros do MP.

Tribunal Superior Eleitoral e Autoridade Nacional Eleitoral:

  • O TSE se converte apenas em corte jurisdicional e a execução das eleições passa para a Autoridade Nacional Eleitoral, uma espécie de autarquia.

Como publicado no artigo “Reforma Escravocrata?“, todos aqueles que ousam apoiar essa proposta de emenda à Constituição são acusados de serem escravistas por pessoas que sequer leram o teor do projeto. A PEC incomoda, mas ninguém quer debater se as mudanças são boas ou não. O método que utilizam para se defenderem é o uso da maneira baixa e vil, conforme um grupo de extrema esquerda, que por si só denuncia a necessidade de se modernizar o sistema judiciário.

Diante de tantos controles e prerrogativas que conquistaram para exercer o poder, é compreensível que o STF, a eminência parda nos bastidores do sistema, pressione veículos de mídia, deputados e população a abrirem mão do direito legítimo à Justiça, para preservar seu poder absoluto.

No balanço de não haver propostas modernizantes além desta, enfraquecemos o nosso Estado de Direito e reforçamos um Estado do arbítrio.

Comente se você concorda com esse ponto de vista e se é a favor de continuarmos com a proposta. Compartilhe também com outros que tenham conhecimento da importância do tema.

FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/luiz-philippe-de-orleans-e-braganca/a-porta-dos-fundos-para-o-poder-absoluto/

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Deltan Dallagnol

Lula enganou até o papa Francisco

Em entrevista que foi ao ar na última quinta-feira, o Papa Francisco questionou a condenação de Lula, dizendo que não existiam provas contra ele. O trecho com pouco mais de três minutos sobre o assunto, um dos tópicos de uma longa entrevista, pode ser conferido a partir do minuto 40.

Lula enganou até o papa Francisco
| Foto: EFE

O papa Francisco é uma das principais lideranças cristãs e religiosas do mundo. Neste artigo, para além de expressar meu profundo respeito ao papa, apresento as informações que o papa não conhecia ao fazer seu comentário.

Primeiro, ser cristão e discípulo de Jesus me faz nutrir um profundo respeito pelo Papa. Eu me esforço para aprender diariamente com Jesus, meu maior mestre e inspiração. Busco fortalecer minha fé e minha prática todos os dias com exame de consciência, oração e leitura espiritual.

Jesus me ensinou que o propósito central da vida é amar a Deus e ao próximo. E foi por amor que entrei na Lava Jato e trabalhei manhãs, tardes e noites, com dedicação incansável e permanecendo firme mesmo diante de ameaças, ataques e retaliações.

Quem acha que meu objetivo na Lava Jato era prender pessoas está enganado. Meu propósito sempre foi defender os brasileiros que sofrem com o desvio de dinheiro público: com mortes em hospitais, uma educação pobre, falta de segurança e poucas oportunidades. Ao lutar por justiça, meu combustível sempre foi a compaixão.

Compaixão e indignação são duas faces da mesma moeda. Foi por compaixão que Jesus expressou sua indignação contra a corrupção dos governantes, virando as mesas do templo, o centro do governo judaico, por ter se transformado num covil de ladrões. Essa foi a única vez que a Bíblia descreve Jesus usando a força física contra a injustiça.

E foi por amor que entrei na Lava Jato e trabalhei manhãs, tardes e noites, com dedicação incansável e permanecendo firme mesmo diante de ameaças, ataques e retaliações

O primeiro grande opositor da corrupção política brasileira foi um cristão, padre Antônio Vieira. Ele foi muito corajoso em confrontar os governantes corruptos brasileiros, debaixo do risco de vinganças e retaliações. Para ele, a corrupção era a origem das nossas doenças e o verdadeiro ladrão não era o de galinhas, mas o governante que roubava e despojava os povos.

A dor desses povos despojados, especialmente dos pobres, faz pulsar o coração de muitos cristãos como o do papa Francisco. Quando foi escolhido para ser o novo papa, dom Cláudio Hummes, arcebispo emérito de São Paulo, abraçou-o e disse “não se esqueça dos pobres”. Como o papa conta, esse se tornou o seu sonho, o de uma igreja que cuide dos pobres, o que foi a razão da escolha de seu nome papal, inspirado na vida de Francisco de Assis.

O cuidado dos pobres passa necessariamente pelo combate à corrupção. Políticos corruptos que sequestram o Estado usurpam os direitos de todos, mas quem mais sofre com isso são os pobres, justamente por dependerem mais dos serviços estatais de saúde, educação e segurança. Petrolão e Mensalão tiravam o dinheiro do povo que corria para farras de guardanapos, contas no exterior, malas em apartamentos, festas e triplex. É uma ilusão achar que quem rouba o país cuida dos pobres.

Justamente por isso o próprio papa Francisco afirmou, em 2017, que “a corrupção deve ser combatida com força. É um mal baseado na idolatria do dinheiro que fere a dignidade humana”. Em 2021, ele endureceu as regras contra a corrupção no próprio Vaticano.

No ano passado, o papa sublinhou que os cristãos não podem ser indiferentes à corrupção num mundo cheio de “condutas desonestas, políticas injustas e egoísmos que dominam as escolhas dos indivíduos e das instituições”. Somos chamados a fazer o bem, disse ele. Eu não poderia concordar mais.

O cuidado dos pobres passa necessariamente pelo combate à corrupção. Políticos corruptos que sequestram o Estado usurpam os direitos de todos, mas quem mais sofre com isso são os pobres, justamente por dependerem mais dos serviços estatais de saúde, educação e segurança

Tendo expressado meu imenso respeito ao papa e que compartilho dos mesmos valores e princípios bíblicos que levam os cristãos a lutar contra a corrupção, devo dizer: o que existiu contra Lula foi um processo correto que fez valer a lei contra a corrupção, porque encontrou um caminhão de provas de que Lula era culpado de um esquema de desvios e lavagem de dinheiro.

Eu tenho certeza absoluta de que não foram levadas ao papa Francisco todas as informações que constam nas acusações e condenações, por isso vou retratar um pouco do conteúdo da Lava Jato que é de conhecimento público, mas é essencial para entender o caso Lula.

Acredito que não contaram ao papa que há provas do desvio de dezenas de bilhões de reais da Petrobras e de outros órgãos e ministérios por parte de pessoas nomeadas diretamente por Lula, que criminosos confessos devolveram 15 bilhões de reais e que as empreiteiras beneficiadas nos esquemas deram benefícios milionários para Lula.

Creio que o papa não soube, por exemplo, das adulterações documentais e provas que demonstraram, segundo a Justiça, que o triplex foi dado pela OAS para Lula como contrapartida de benefícios que este concedeu à empreiteira quando era presidente. Aposto que o papa não sabe, ainda, que a empreiteira OAS colocou cozinhas caríssimas no triplex e no sítio usados por Lula sem cobrar um real por isso de ninguém.

Será que informaram o papa de que as empreiteiras que investiram milhões na reforma do triplex e do sítio usado por Lula não faziam esse tipo de serviço pequeno para ninguém, mas sim construíam grandes obras de engenharia como pontes, usinas e estradas?

Soube o papa que as condenações de Lula mostraram que o dinheiro para essas obras que beneficiaram Lula não saiu do seu bolso, mas foram pagas por meio de obras cartelizadas, superfaturadas ou irregularmente concedidas pelo governo petista? Contaram para o papa que havia planilha para controlar os valores das propinas devidas e pagas ao governo?

Será que o papa sabe que Lula e seu partido jamais expulsaram José Dirceu, que era braço direito de Lula quando o esquema de corrupção Mensalão aconteceu e foi condenado por corrupção e lavagem de dinheiro, não só no Mensalão, mas também na Lava Jato? Será que o papa sabe que Lula elogiou recentemente Dirceu no aniversário do Partido dos Trabalhadores, como se fosse um político modelo?

Talvez não tenham contado ao papa que o apartamento do lado de onde Lula morava em São Bernardo do Campo foi comprado com dinheiro da Odebrecht e que ele quebrou a parede e passou a usar o apartamento como seu, conforme o Ministério Público apontou no terceiro processo contra Lula.

Creio que o papa não soube, por exemplo, das adulterações documentais e provas que demonstraram, segundo a Justiça, que o triplex foi dado pela OAS para Lula como contrapartida de benefícios que este concedeu à empreiteira quando era presidente

Será que contaram ao papa que mais de duzentos criminosos confessaram seus crimes e devolveram valores que variaram entre poucos milhões até bilhões? Que um gerente da Petrobras e um ex-governador do Rio tinham 100 milhões de dólares cada em contas no exterior?

Será que o papa soube que dezessete empreiteiras reconheceram seus crimes, incluindo as que pagaram propinas a Lula, como a OAS que assinou acordo no valor de 1,9 bilhão de reais, e a Odebrecht que se comprometeu a devolver 2,7 bilhões de reais? E tomou conhecimento de que esse trabalho envolveu centenas de agentes públicos?

É importante contar para o papa que os processos contra Lula não foram uma armação. Foram movidos por um conjunto de quinze a vinte procuradores só na primeira instância, todos concursados, com grande experiência e respeitados pelos trabalhos que fizeram ao longo de sua história no Ministério Público.

E será que o papa sabe que vários desses procuradores que acusaram Lula e pediram sua condenação por crimes haviam votado em Lula, mas apresentaram a acusação para cumprir o seu dever com a verdade e a justiça? Será que o papa tem conhecimento de que dentre os procuradores havia vários progressistas?

Acredito que não relataram ao papa que Lula não foi condenado por corrupção e lavagem de dinheiro apenas por Moro, mas também por outra juíza, a Gabriela Hardt. E será que tem conhecimento de que quatro desembargadores mantiveram as condenações e de que quatro Ministros do Superior Tribunal de Justiça já haviam confirmado a primeira delas?

Será que o papa sabe que o Supremo Tribunal Federal não absolveu Lula nem analisou o mérito do seu caso, mas anulou o processo por questões formais, em uma decisão de 7 votos contra 4? E será que tomou conhecimento de que, dentre os 7 ministros vitoriosos, 4 foram nomeados pelo próprio Lula?

Papa Francisco é uma pessoa boa, correta e tenho certeza de que não sabe disso tudo. Na disputa de narrativas, as pessoas sofrem a influência de quem grita mais e mais alto. Lula e o PT sabem que uma mentira gritada mil vezes vira “verdade” e conseguiram iludir muita gente – até o papa.

E se você ficou chateado e quer parar de ir à igreja por conta disso, você está errado. Primeiro, porque a solução é outra: a disseminação das informações verdadeiras e o exercício da cidadania. O próprio papa disse em 2013 que “devemos estar sempre em guarda contra o engano”.

Segundo, porque a razão que nos une em igreja não é uma discussão sobre um caso criminal, mas o compromisso último da existência, a nossa fé em Cristo. O que nos une em igreja no fundo não são pessoas, mas Deus.

Meu propósito é amar e servir a Deus e aos homens, fazendo o meu melhor. Acredito no amor, na compaixão, na indignação santa e na justiça. Por isso, seguirei lutando com perseverança e com todas as forças pelo que eu amo e acredito, levando informações a todos para que o bem, a verdade e a justiça possam, no fim, prevalecer.

FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/deltan-dallagnol/lula-enganou-ate-o-papa-francisco/

Haddad e Campos Neto discutem sobre mudança nas metas de inflação

Haddad Campos Neto
Haddad e Campos Neto se reuniram nesta segunda| Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, se reuniram nesta semana para discutir sobre a meta de inflação, que, para este ano, é de 3,25%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual.

Eles conversaram sobre o debate, tanto no mercado, como nas universidades, sobre o efeito de uma alteração dos objetivos de política monetária sobre as expectativas dos agentes econômicos.

Uma das possibilidades em análise, de acordo com a “Folha de São Paulo”, é de que a meta seja considerada em um período de 12 meses e não mais para o ano-calendário. Apenas Brasil e Turquia adotam essa metodologia.

Segundo Haddad, não há intenção de antecipar a reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN), prevista para junho, para debater sobre eventuais mudanças na meta de inflação. O CMN é integrado por ele; por Campos Neto e pela ministra do Planejamento, Simone Tebet.

Autonomia do BC

Haddad destacou que precisa lidar com um novo cenário, que é a autonomia do Banco Central, e que o objetivo dele é o de construir uma relação de parceria e de confiança para avançar em direção aos mesmos objetivos.

“Sei dos ruídos, leio os jornais, sei que as coisas vão se encaminhando. Estamos criando as condições para que essa harmonia [com o BC] se estabeleça de uma vez por todas”, disse Haddad em evento do Bradesco BBI.

FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/economia/metas-de-inflacao-reuniao-haddad-campos-neto/

Foto de perfil de Polzonoff
Polzonoff

“Perdi a esperança no Brasil”

Acho que foi logo depois das eleições. Me deixando levar pela enxurrada de informações, sem me preocupar em pegar leptospirose e hepatite na água suja, assisti a um vídeo no qual alguém, chorando, dizia ter perdido a esperança no Brasil. Era um choro doído (não confundir com doido) e sincero. Choro de desespero – do latim “de” (sem) + “sperare” (esperança).

esperança Brasil
Tenho esperança em mais esse brasileiro que vai nascer, mas não nessa abstração chamada “Brasil”.| Foto: EFE

Sei que muita gente se sente assim. Porque elas me dizem e também porque voltimeia também solto um “perdi a esperança nesse país de píííííííííííííííííííííí”. Outro dia mesmo, depois de bater com o dedinho no pé da mesa. E depois de ler meu amigo Claudio Shikida explicando a tragédia do novo arcabouço fiscal do jênio Fernando Haddad.

Nos últimos cem dias, aliás, não faltaram oportunidades de soltar a frase que já estava soando como um bordão. Posse de Lula? Perdi a esperança no Brasil. Idosos e crianças presos? Perdi a esperança no Brasil. Ministro entrando tranquilamente na favela? Perdi a esperança no Brasil. Plano de assassinato de Moro é armação? Perdi a esperança no Brasil. Inauguração de letreiro do Ministério da Cultura? Nesse caso perdi só a esperanç. Porque, quando percebi, tinham me afanado o último “a”.

Mas aí. (E nada de bom pode vir depois de um “mas aí”, mas este parágrafo é a exceção que confirma a regra. Garanto). Mas aí, durante uma conversa com meu amigo Francisco Escorsim, na qual resolvemos todos os problemas do país, como convém a dois homens de meia idade diante de um copo de cerveja, me veio ela, toda linda e cheia de graça, no doce balanço a caminho do bar: a epifania. Ficou curioso? Então continue lendo depois do nosso intervalo necessário & urgente.

Intervalo necessário & urgente

Pode pular, se quiser. Mas preciso falar e é agora. Estou há meses para contar que, durante um período de trevas, escrevi uma crônica intitulada “Desgraçado”. No texto, cujos detalhes me escapam e do qual não quero nem chegar perto, me descrevia como um desgraçado. Isto é, alguém a quem Deus negou a Graça. Um absurdo, concordo e enfatizo! Pois sabia que até hoje esse foi meu único texto considerado digno de antologia? Para você ter uma ideia da mentalidade do mundinho literário.

Venho por meio desta, contudo, declarar enfaticamente que me arrependo da ingratidão que expressei naquela crônica – ela, sim, desgraçada. Aquilo era resquício de um homem caído. De um homem à margem. De um homem que achava que a Graça de Deus se traduzia em reconhecimento. Em aceitação de pessoas que nem admirar eu admirava. Peço desculpas e encerro este intervalo necessário & urgente agradecendo por me saber um escritor abençoado para além dos meus sonhosAgora, de volta à epifania.

A epifania

De repente me vi transportado para a remota década de 1980. Hiperinflação. Escassez de carne e leite. Moedas mudando de nome. Cid Moreira falando em desemprego. Crise. Onda de sequestros. Enchentes. Diante de tudo isso, o menino precoce e cabeludo (!) que fui já repetia o bordão sem pensar no significado daquilo. E foram necessários mais de trinta anos de “perdi a esperança no Brasil” para que eu finalmente me perguntasse, dois pontos.

O que significa “ter esperança no Brasil”? Não sabia a resposta para essa pergunta aos doze anos e não sei agora. E, pela cara de espanto, o Escorsim tampouco sabe. Significa ver essa enormidade caótica transformada numa Dinamarca? Aliás, qual país serve de parâmetro a nortear nossas esperanças ou falta-de? Ou será que, em criança, eu imaginava um país com ruas folheadas a ouro, onde todos tinham carrinhos de controle remoto e sorvete à vontade no café da manhã?

Falando sério e como adulto ou quase isso: que tipo de país seria a concretização daquilo que nomeamos de “esperança no Brasil”, mas que, desconfio, não passa de delírio progressista? Em que momento se pode dizer que um país bárbaro é civilizado? Quanto desenvolvimento basta para satisfazer as esperanças das pessoas? Ou será que o país ideal, o Brasil da “esperança realizada” é só mais uma das muitas cenouras que perseguimos asininamente do berço à cova?

Não tenho esperança no Brasil porque, na verdade, nunca tive esperança no Brasil. O que não significa que eu não tenha nutrido esperanças ao longo dessa vida. Tive esperança, por exemplo, de um dia escrever para esta Gazeta do Povo. E sobretudo de ser lido. Tive esperança de formar uma família. Tive e tenho esperança de não me faltarem boas companhias nas mesas da vida. Tive esperança de encontrar um caminho para a Salvação.

Mas esperança no Brasil? Não. Assim como “Humanidade”, o Brasil é uma abstração intangível, usada para justificar mesquinharias individuais travestidas de altruísmo, de interesse pelo bem comum e, nos casos mais extremos, até de amor ao próximo. O Brasil é isso que me cerca, mas sobre o que não tenho nenhuma ilusão de controle. O Brasil é a realidade política com a qual eu lido e em meio da qual navego, mas não a realidade que transformo para ver minha vontadezinha egoísta triunfar.

O Brasil é a massinha de modelar dos políticos e, sinceramente, já estou grandinho demais para acalentar a esperança de que, desta vez (ou da próxima ou da próxima), o castelinho colorido dos meus sonhos vai vingar. E tudo bem. [DANDO DE OMBROS]. Nem queria mesmo.

FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/polzonoff/perdi-a-esperanca-no-brasil/

O cenário perfeito para o impeachment está se desenhando… Falta apenas um ingrediente

Foto reprodução
Foto reprodução

As primeiras pesquisas nesse início de mandato do ex-presidiário Lula, levam a uma constatação. O petista é certamente o presidente mais impopular da história.

Nunca se viu alguém tão impopular, logo no início de um mandato.

Enquanto isso, Bolsonaro continua arrastando multidões e a oposição vai se fortalecendo.

Lula não consegue construir uma base na Câmara dos Deputados e está cada vez mais fraco.

A CPMI do 8 de janeiro deve ser lida no dia 18 de abril, conforme já afirmou o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco.

Pelo que se vislumbra, será um grande baque em Lula e no seu ministro trapalhão, Flávio Dino.

E com apenas mais um ingrediente estará formado o cenário propício para o impeachment. A economia está indo para o buraco, afundando cada vez mais e as medidas tomadas pelo governo parecem apenas agravar ainda mais o quadro.

Com Haddad, impera a incompetência.

Assim, percebe-se que fica faltando tão somente o crime de responsablidade.

A CPMI do 8 de janeiro cuidará dessa questão.

Lula não vai resistir.

Vai cair embriagado.

Gonçalo Mendes Neto. Jornalista.

FONTE: JCO https://www.jornaldacidadeonline.com.br/noticias/47458/o-cenario-perfeito-para-o-impeachment-esta-se-desenhando-falta-apenas-um-ingrediente

URGENTE: Quatro crianças são mortas, em ataque a creche

Uma creche foi alvo de um ataque na manhã desta quarta-feira (5) em Blumenau, Santa Catarina.

Um homem invadiu o local com uma machadinha e atacou as crianças.

Quatro crianças foram mortas. Outras quatro crianças foram feridas, sendo que uma delas está em estado grave. As informações da Polícia Militar.

As crianças mortas são três meninos e uma menina, com idades entre quatro e sete anos.

Além disso, há três adultos feridos. O suspeito atacou as vítimas com uma machadinha e depois foi preso pela Polícia Militar.

Segundo a imprensa local, ele foi preso com a ajuda de testemunhas que viram o homem descendo de uma moto e pulando o muro da creche.

A Creche Cantinho Bom Pastor, onde ocorreu o atentado, é particular.

FONTE: JCO https://www.jornaldacidadeonline.com.br/noticias/47461/urgente-quatro-criancas-sao-mortas-em-ataque-a-creche

Brutalidade: ataque em Blumenau mata 4 crianças a golpes de machadinha

Homem de 25 anos atacou as crianças e depois se entregou à PM

A creche atacada funciona no Centro Educacional Bom Pastor, em Blumenau.

Quatro crianças foram mortas e uma se encontra em estado grave após ataque de um criminoso armado de machadinha, nesta quarta-feira (5) a uma creche foi alvo de um ataque em Blumenau, no Vale do Itajaí, em Santa Catarina.

O ataque aconteceu em uma creche particular chamada Bom Pastor, localizada na rua dos Caçadores, bairro Velha.

De acordo com a Polícia Militar, um homem de 25 anos invadiu a creche com uma machadinha, atacou as crianças e depois se entregou no Batalhão da PM, segundo Ulisses Gabriel, o delegado geral de polícia de Santa Catarina.

O ataque ocorre menos de dez dias após uma escola em São Paulo ser alvo de um aluno adolescente que matou uma professora com golpes de faca e deixou outras três feridas, além de um estudante.

Desde 2011, mais de 10 escolas foram atacadas por criminosos no Brasil.

FONTE: DIÁRIO DO PODER https://diariodopoder.com.br/brasil-e-regioes/ttc-brasil/brutalidade-ataque-em-blumenau-mata-4-criancas-a-golpes-de-machadinha

PGR recua e defende rejeição de denúncia contra Arthur Lira 

Lindôra Araújo concluiu que não há provas que sustentem a acusação

Vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo. Foto: Gil Ferreira/Agência CNJ
Vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo. Foto: Gil Ferreira/Agência CNJ

A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu nesta terça-feira (4) ao Supremo Tribunal Federal (STF) a rejeição de uma denúncia apresentada pelo próprio órgão contra o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). 

Com base na acusação da PGR, em outubro de 2019, a Primeira Turma do Supremo tornou o deputado réu por corrupção passiva.

Na petição enviada ao Supremo, a vice-procuradora da República, Lindôra Araújo, afirmou que a PGR reavaliou o entendimento sobre o caso e passou a entender que não há provas suficientes para basear a acusação contra Lira.

Segundo Lindôra, como ainda cabe recurso contra a decisão, a procuradoria pode mudar o entendimento sobre o processo, sobretudo após inovações legislativas.

“Em reavaliação do entendimento anteriormente exposto, a partir de uma análise aprofundada das teses defensivas apresentadas pelo denunciado Arthur Lira, assim como da leitura da exordial, entende este órgão ministerial que, à luz das inovações trazidas pela Lei nº 13.964/2019 (Pacote Anticrime), não foi demonstrada a existência de lastro probatório mínimo indispensável para a instauração de um processo penal em face do referido denunciado”, disse.

Entenda

Em outubro de 2019, a Primeira Turma do Supremo tornou o presidente da Câmara réu por corrupção passiva, sob a acusação de receber R$ 106 mil de propina em espécie.

O caso remonta a 2012, quando um dos assessores parlamentares do deputado foi flagrado no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, tentando embarcar para Brasília com a quantia. Após a ocorrência, o próprio Arthur Lira admitiu ter pago as passagens de ida e volta do assessor à capital paulista, mas alegou não saber sobre o dinheiro.

Contudo, segundo a denúncia, apresentada em abril de 2018 pela então procuradora-geral da República, Raquel Dodge, o deputado orientou o assessor a ocultar o dinheiro nas vestes, junto ao corpo, inclusive dentro das meias, de modo a não ser detectado ao passar pela área de segurança do aeroporto. Ao tentar passar pelo aparelho de raio x, o funcionário foi abordado por agentes aeroportuários e detido pela Polícia Federal.

A denúncia afirmou ainda que a propina teria sido paga pelo então presidente Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), Francisco Colombo, com o intuito de angariar apoio político para permanecer no cargo. O MPF apontou que o dinheiro se insere no contexto de outros crimes investigados na Operação Lava Jato e delatados pelo doleiro Alberto Yousseff.

Durante o julgamento no Supremo, a defesa de Arthur Lira declarou que as investigações não foram capazes de comprovar que o deputado agiu no sentido de “receber” e que as acusações foram baseadas somente na palavra um delator conhecido por ser “inimigo do deputado”. (ABr)

FONTE: DIÁRIO DO PODER https://diariodopoder.com.br/brasil-e-regioes/ttc-brasil/pgr-recua-e-defende-rejeicao-de-denuncia-contra-arthur-lira

Parlamentares ligados ao agro têm campanha contra invasões de terras

Pedido de criação da CPI do MST foi protocolado na Câmara no dia 15 de março

Pedido de criação da CPI do MST foi protocolado na Câmara dos Deputados no dia 15 de março Foto: MST Twitter

Devido as sucessivas invasões de terras e a inoperância do governo em relação a essas ações, a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) lançou uma campanha nas redes sociais ‘ Semana de Combate à Invasão no Campo’.

https://twitter.com/fpagropecuaria/status/1642994875833434113?s=20

Objetivo da ação é  conscientizar a população para a importância de conter as invasões.

“É preciso conscientizar mais pessoas sobre a importância da luta contra as invasões e os efeitos devastadores na geração de emprego, no aumento da fome e dos preços dos alimentos”.

https://twitter.com/fpagropecuaria/status/1643313858499543041?s=20

O pedido de criação da CPI do MST foi protocolado na Câmara dos Deputados no dia 15 de março e desde então o presidente da Câmara, Arthur Lira (PL-AL) não autorizou a instalação da comissão. Enquanto isso as invasões continuam pelo país.

Nesta terça-feira (4), um grupo com 250 pessoas ligadas ao  Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) invadiram terras do Engenho Cumbe, em Timbaúba, Pernambuco, A área tem aproximadamente 800 hectares. A invasão marca o início do “abril vermelho”.

FONTE: DIÁRIO DO PODER https://diariodopoder.com.br/brasil-e-regioes/sta-brasil/parlamentares-ligados-ao-agronegocio-lancam-campanha-contra-invasoes-de-terras

Jeep celebra um milhão de veículos produzidos em Pernambuco

A marca foi alcançada com uma unidade do Commander, além dele, Compass e Renegade são fabricados no Polo Automotivo de Goiana

Jeep Commander um milhão.
Jeep celebra um milhão de veículos produzidos em Pernambuco. Fotos: Jeep.

Em 2015, a Jeep inaugurou a planta de Goiana, no interior de Pernambuco. De início, o Polo Automotivo foi responsável pela produção do Renegade e da prima Fiat Toro. Logo veio o irmão Compass e, há pouco tempo, o caçula e maior membro da família, o Commander. 

Pois foi com uma unidade do SUV de sete lugares – o primeiro modelo da americana 100% desenvolvido no Brasil – que a Jeep alcançou a importante marca de um milhão de veículos produzidos no Polo Automotivo de Goiana. 

Polo Industrial da Stellantis em Goiana.
Polo Industrial da Stellantis em Goiana, Pernambuco.

Segundo a montadora, chegar a um milhão de unidades da Jeep produzidas em oito anos demonstra o enorme sucesso dos modelos da marca no mercado brasileiro. Além do mais, esses veículos também são exportados para diversos países da América Latina, como Chile, Argentina, Colômbia e Uruguai.

Primeiro modelo produzido na moderna planta, o Renegade é responsável por mais da metade dos mais de um milhão de unidades produzidas em Goiana. Em oito anos – até o fim de março – 538.845 unidades do SUV compacto saíram da linha de produção pernambucana. 

Jeep Compass.
O Compass foi o segundo modelo da marca a ser produzido na planta.

Em 2016, a Jeep resolve ampliar a gama de modelos da marca no Brasil e passa a produzir o Compass em Goiana. Assim como o irmão menor, a segunda geração do SUV médio cai rapidamente no gosto do brasileiro e, desde então, 420.071 unidades já foram produzidas em solo nacional. 

No segundo semestre de 2021, veio o último modelo da família a ser produzido na planta pernambucana, o Commander, até agora o único modelo da Jeep totalmente desenvolvido no Brasil. Em pouco mais de um ano e meio de produção, 41.048 unidades do SUV de sete lugares foram produzidas em Goiana. 

Jeep Commander.
O SUV de sete lugares também é fabricado em Goiana.

De acordo com a Jeep, se enfileirar todos os modelos produzidos em Goiana, podemos praticamente cruzar o Brasil e fazer uma linha reta do Monte Caburaí, em Roraima, ao Arroio do Chuí, no Rio Grande do Sul (4.394km), considerando o comprimento dos três modelos (Renegade = 4.268mm, Compass = 4.400mm, Commander = 4.769mm).

Considerando a produção de um milhão, foram 213 mil unidades 4×4 que saíram das linhas de montagem de Goiana. Dentre elas, o o Renegade foi o modelo mais produzido nesses oito anos. Para chegar a este número de produção da Jeep, foram necessárias 30 mil horas trabalhadas nas linhas de Goiana. As cores branca, cinza e preta foram as mais solicitadas.

Jeep Renegade.
O Renegade foi responsável por mais da metade da produção da fábrica.

A marca de um milhão é tão expressiva, que é maior do que a população de grandes capitais brasileiras, como Natal (RN), Campo Grande (MS) e Teresina (PI). Seria como se cada habitante dessas cidades tivesse um Jeep e ainda sobraria.

FONTE: DIÁRIO DO PODER https://diariodopoder.com.br/diario-motor/jeep-celebra-um-milhao-de-veiculos-produzidos-em-pernambuco

PERCIVAL PUGGINA

A ESQUERDA E A INFALIBILIDADE DO PAPA

Quando o Papa Francisco emite alguma opinião política, a esquerda vive um comovente surto de arrebatamento espiritual. Aquilo que é mera e imprudente adesão do Pontífice a uma narrativa se transforma em objeto de culto, é envolto em incenso e exibido como relíquia canônica. Mas isso só vale se o Papa for Francisco. Não se aplica a qualquer outra opinião política, seja de Bento XVI, João Paulo II, Paulo VI, João XXIII, Pio XII e assim, regressivamente, até São Pedro.

Nunca imaginei que um dia veria esquerdistas invocando a infalibilidade papal! “Como pode um católico questionar as afirmações do Papa se ele é infalível?”, muitos escreveram comentando um vídeo que gravei sobre a entrevista em que Francisco se manifestou sobre assuntos institucionais brasileiros.

Opa! Não corram com esse andor! A infalibilidade papal não se aplica a meras opiniões de quem calça as “sandálias do Pescador”, para usar a expressão de Morris West. É óbvio que não. O dogma da infalibilidade é uma dedução teológica com origem no próprio ato de instituição da Igreja por Jesus Cristo após pedir a tripla confirmação de Pedro. Graças ao que ali aconteceu, a Igreja Católica, exceção feita ao sempre lamentável Cisma do Oriente, se manteve hígida e como tal chegou até nós.

O dogma da infalibilidade foi proclamado em 1870 por Pio IX através da constituição dogmática Pastor Aeternus. O documento estabelece como dogma que, em virtude de sua suprema autoridade apostólica, ao definir uma doutrina de fé ou de moral, o Romano Pontífice conta com a assistência divina prometida a seu antecessor Pedro e esta lhe assegura a infalibilidade desejada por Jesus à sua Igreja.

Para que estes requisitos se verifiquem, a proclamação de um dogma – repito: sempre sobre doutrina de fé, ou de moral – é preciso que o Papa o faça na precisa e anunciada condição “ex-cathedra”, vale dizer, desde a cadeira de Pedro. Fora isso, ele tem a falibilidade inerente à condição humana.

Resta claro, portanto, que a opinião do Papa sobre a política brasileira é mera opinião pessoal, notoriamente de esquerda, transparente nas suas manifestações. Em virtude das repercussões, muitas passam longe das funções da “cathedra” e, obviamente, abastecem o arsenal das narrativas mundo afora.

Na longa tradição que acompanhei de perto, como leigo católico estudioso dos documentos oficiais emitidos pelos pontífices de meu tempo, eu os reverenciei e admirei pela prudência e contenção de suas manifestações públicas.

Eu seria o último a negar, a quem quer que seja os diretos de opinião, palpite e achismo. Mas se quem opina, palpita ou acha é meu líder religioso e diz um disparate, alimentando a tensão política local, eu me permito opinar, palpitar ou achar que perdeu uma oportunidade de ficar calado.

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PRA REFRESCAR A MEMÓRIA

LAUDEIR ÂNGELO – A CACETADA DO DIA

É MUITA PRESSÃO

Governo Lula vai suspender a implementação do novo ensino médio.

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NÃO HÁ ÓLEO DE PEROBA SUFICIENTE

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FONTES: JBF https://luizberto.com/

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