Bolsonaro completará nesta semana, 4 anos como Presidente da República Federativa do Brasil.
Para se analisar como ele entrará para a história, pode-se recorrer a fatos que marcaram os mandatos de alguns ex-presidentes.
JK ficou marcado como o Presidente que construiu Brasília.
Jânio Quadros entrou para a história como um louco que renunciou por motivos ocultos (na verdade, ele concedeu uma medalha a Che Guevara e não aguentou a pressão imposta por militares, logo a seguir).
Jango marcou seu nome como o Presidente que foi deposto por ter ideais comunistas.
Tancredo entrou para a história por não ter assumido.
Sarney, pelo Plano Cruzado.
Collor, pelo impeachment sofrido e pelo saque das poupanças.
Itamar escreveu seu nome na história por ter ressuscitado o fusquinha e pelo escândalo com Lilian Ramos (muito embora tenha sido o Presidente do Plano Real).
FHC ficou marcado por ter se apropriado da paternidade do Plano Real.
Lula entrou para a história por ter sido preso por corrupção.
Dilma marcou seu nome pelas pedaladas e pelos discursos esquizofrênicos, sem nexo.
Temer nem fez história.
E Bolsonaro, como entrará para a história do Brasil?
Restando uma semana para o fim do seu mandato, há algo surpreendente que pode acontecer e mudar os rumos da história do Brasil?
Comentários: Mariana Lescano e Bosco Foz
Apresentação: Emílio Kerber
A denúncia contra Moraes na Comissão Interamericana de Direitos Humanos
Os comediantes Paulo Victor Souza e Bismark Fogazza, do canal de humor “Hipócritas”, e o jornalista investigativo Oswaldo Eustáquio denunciaram o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e atual presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, à Corte Interamericana de Direitos Humanos.
Segundo a denúncia, o magistrado viola os direitos à liberdade de expressão no Brasil e aplica punições, multas desproporcionais, e prisões totalmente contrárias à Constituição, que o ministro tem o dever de preservar.
– O ministro age ilegalmente, fora de suas atribuições e limites. Não pode perseguir o cidadão comum por sua opinião e não possui competência legal de fazê-lo. – diz trecho da denúncia.
Os denunciantes alegam ainda que Moraes age para favorecer a si próprio. Eles afirmam que a mulher do magistrado é sócia do ex-deputado Gabriel Chalita, que teria relações estreitas com o ex-presidiário Lula.
A denúncia lembra que Moraes pediu a prisão de Eustáquio e determinou diversas restrições nas redes sociais de Fogazza e Souza, “sem nenhum delito cometido por nenhum deles”.
Eustáquio chegou a ficar paraplégico dentro da Papuda, num acidente trágico ocorrido no final de 2020.
Além disso, durante os quatro anos em que o presidente Jair Bolsonaro (PL) esteve no poder, Moraes interferiu centenas de vezes no Governo, determinou a prisão de inúmeros aliados, bloqueou contas bancárias de pessoas físicas e privadas, aplicou multas milionárias e também baniu perfis de direita e conservadores das redes sociais.
Além disso, ainda de acordo com a denúncia, Moraes se nega a cumprir o devido processo legal e toma decisões sem a participação do Ministério Público, o que é absolutamente inconstitucional.
Lei aprovada na Espanha vai permitir que adolescentes tomem decisão crucial sobre suas vidas, sem a autorização dos pais
O Congresso de Deputados da Espanha aprovou na última quinta-feira (23), em plena antevéspera de Natal, uma lei que permite a adolescentes de 16 anos trocar de sexo sem a autorização dos pais ou responsáveis.
O projeto da esquerda foi aprovado com 188 votos a favor, 150 contrários e 7 abstenções.
Segundo a ministra da Igualdade de Gênero da Espanha, Irene Montero, o resultado da votação é consequência de uma luta para dar aos trans tratamento igualitário na legislação.
Entidades e movimentos médicos, como o Conselho Geral de Colégios Oficiais de Médicos, a Associação Espanhola de Bioética, a Associação Espanhola de Psiquiatria da Infância e Adolescência, a Sociedade Espanhola de Medicina Psicossomática, a Academia Espanhola de Sexologia e Medicina Sexual foram contra a proposta.
Os jovens de 12 a 14 anos seguirão necessitando de ordem judicial e aval dos pais para fazer a transição.
Na Europa, dez países já aprovaram leis mais cômodas para quem deseja mudar de sexo. Mas, por outro lado, a comunidade científica alerta: é cada vez mais frequente o número de pessoas arrependidas e depressivas e milhares de relatos de sequelas e problemas de saúde resultados do procedimento artificial.
URGENTE: Índios furam bloqueio e protestam no STF contra prisão de cacique
Indígenas furaram o bloqueio de proteção do Supremo Tribunal Federal (STF) no final da tarde deste domingo (25).
O grupo se posicionou embaixo da marquise externa do prédio, localizado na Praça dos Três Poderes.
Eles protestam contra a prisão do cacique José Acácio Serere Xavante, ocorrida há 13 dias, por determinação do ministro Alexandre de Moraes.
Cacique Serere foi preso no dia 12 de dezembro, por participar de manifestações populares contra o resultado da eleição do ex-presidiário Lula.
Ele defendeu publicamente que Bolsonaro não entregue o cargo e chamou a eleição de Lula de fraude.
Ao chegar ao STF, os indígenas disseram aos seguranças terem ido ao local para exigir a soltura do cacique. A tropa de choque da Polícia Militar e equipes da Polícia Federal foram para o local.
Depois de cerca de duas horas, os indígenas deixaram a marquise do STF e retornaram para o lado de fora das grades que cercam a Corte.
O grupo diz que permanecerá na Praça dos Três Poderes até receber informações sobre o Cacique Serere.
Escolha de comunista para ciência e tecnologia confirma abismo de competência entre o governo Bolsonaro e Lula
Confirmada nesta semana como ministra da Ciência e Tecnologia, Luciana Santos, presidente do PCdoB, foi condenada em 2019 por improbidade administrativa. Luciana Santos foi responsabilizada por contrato fraudulento para a gestão do parque energético de Olinda, cidade onde ela foi prefeita.
Ela e outros servidores foram responsabilizados por um contrato fraudulento para a gestão do parque energético e de iluminação de Olinda por meio de uma licitação de 2004. Luciana Santos foi prefeita da cidade pernambucana. A 1ª Vara da Fazenda Pública de Olinda determinou a suspensão dos direitos políticos da futura ministra por seis anos, além de multa de cinco vezes o salário dela na época. Ela recorreu da decisão, mas o recurso ainda não foi julgado.
Luciana Santos é a atual vice-governadora de Pernambuco, estado que ela entrega na péssima colocação, 18ª, entre as 27 unidades federativas considerando o IDH (índice de desenvolvimento humano).
Pernambuco é o 4º estado mais violento do Brasil, se considerarmos os números de assassinatos por habitante. Só para efeito de comparação no mesmo ranking o Rio de Janeiro é o 19º.
Entre as competências do Ministério que logo será comandado pela pernambucana estão o planejamento, a coordenação, a supervisão e o controle das atividades de ciência, tecnologia e inovação, em áreas como informática e automação, biossegurança, política espacial e nuclear, entre outras.
Entre todos os ministros de Bolsonaro e os próximos de Lula, nesse talvez haja o maior gap (degrau) de competência. Sai Marcos Pontes, graduado também em engenharia, mas pelo ITA um dos vestibulares mais concorridos do país, com mestrado em engenharia de sistemas pela Naval Postgraduate School, da Califórnia (EUA). Aprovado também pelo rigorosíssimo treinamento para ser selecionado pela NASA e se tornar um astronauta (apenas uma centena de pessoas em todo globo tem esse know-how). Tudo isso para ser substituído por uma pessoa que fez carreira na UNE, defensora de uma ideologia tão ultrapassada que os partidos comunistas se viram forçados a mudar de nome.
A última esperança comunista foi derrotada em 1989 com a Queda do Muro de Berlim. Ela só sobrevive em ditadura cruéis como Coreia do Norte (onde ainda existem campos de concentração) e na China onde as pessoas contaminadas por Covid-19 são buscadas dentro de casa pelo governo a tapas e pontapés para ser levadas para o ‘confinamento’.
Resumindo para gerir nossa Ciência e Tecnologia, Lula nos presenteou com uma mulher cujo pensamento ainda esta na Guerra Fria dos anos 1950 e, ainda assim, ela está do lado dos estados autoritários. Não dá para ficar pior que isso.
Dino chama acampamentos patriotas em frente aos QGs de “incubadoras de terroristas”
O ex-governador do Maranhão Flávio Dino (PSB), está bem à vontade no cargo que pretende ocupar a partir do dia 1º de janeiro de 2023. Neste domingo (25), ele comentou sobre a prisão de um empresário paraense acusado pela Polícia Civil do DF de colocar uma dinamite em um caminhão de combustível, próximo ao Aeroporto Internacional de Brasília.
De acordo com os policiais, o homem tinha contatos com as manifestações em frente ao Quartel General do Exército e seria contrário à volta do ex-presidiário Lula (PT) à presidência do Brasil.
No Twitter, o comunista escreveu:
– Os graves acontecimentos de ontem em Brasília comprovam que os tais acampamentos “patriotas” viraram incubadoras de terroristas – bradou.
– Não há pacto político possível e nem haverá anistia para terroristas, seus apoiadores e financiadores – acrescentou Dino.
O PT não pretende mesmo dar trégua às manifestações contrárias ao Governo do ex-condenado até que todos os opositores sejam silenciados exatamente como ocorreu na Venezuela e em Cuba.
Deus nos proteja!
Você só é “minoria” no Brasil, se for de esquerda!
A advogada, Sonaira Fernandes de Santana, tem uma trajetória que lembra a de muitas petistas. É uma mulher, negra e nordestina nasceu em Riachão do Jacuípe, um pequeno município perdido no desassistido interior da Bahia, em 1990.
Em 2012 repetiu a romaria de milhões de seus conterrâneos e rumou para SP e com muita dificuldade (trabalhando de ambulante ou recepcionista) conseguiu por mérito e esforço próprio concluir a faculdade de Direito. Apenas oito anos depois já era vereadora na capital paulista.
Agora, Sonaira, foi indicada para Secretária da Mulher pelo governador eleito Tarcísio de Freitas e isso seria motivo de celebração pelos movimentos organizados, afinal ela pertence a 3 ‘minorias’ – ela é negra, mulher e nordestina. Porém ela não pertence a esquerda então a reação dos movimentos ‘pró minorias’ foi descer o pau na própria Sonaira.
O que prova que esses movimentos não estão nem aí para defender minorias – eles estão aí para manipular minorias que rezem a cartilha da esquerda.
Se você for negro, mulher, nordestino ou pertencer a qualquer grupo do espectro LBTQi+, mas não pertencer à esquerda, então danem-se os seus direitos.
A vereadora Sonaira Fernandes (Republicanos) passou a ser atacada nas redes sociais, depois de ter sido escolhida para a Secretaria da Mulher, pelo governador eleito de São Paulo, Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos).
Cristã, Sonaira considera-se antifeminista e classifica o movimento como “sucursal do inferno”.
Uma internauta lamentou “pelas mulheres de São Paulo”, enquanto outra comparou Sonaira à senadora eleita Damares Alves (Republicanos-DF), ex-ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos: “Que retrocesso”. Sonaira foi chamada ainda de “fantoche do bolsonarismo”. “Erradicamos a doença Bolsonaro, mas teremos uma maluca no governo Tarcísio”, publicou outra internauta esquerdista.
Após os ataques, a futura secretária se pronunciou na internet e interpelou a esquerda sobre a indicação da vice-governadora comunista de Pernambuco, Luciana Santos, para o Ministério da Ciência e da Tecnologia.
“Ela pode ser rotulada de ‘ala ideológica’?”, perguntou Sonaira.
Em outro tuíte, Sonaira desabafou:
“Nenhuma das feministas está feliz porque uma mulher, negra e nordestina faz parte do governo que se inicia em São Paulo”.
Mas o comentário mais rancoroso veio da veterana jornalista global, Mônica Waldvogel:
“O governador Tarcísio entrega ao bolsonarismo a secretaria que trata do que essa gente mais despreza: as mulheres. As ideias da indicada condensam a ignorância.”
Para Monica Waldvogel quero responder com a elegância e o português erudito de um membro da Suprema Corte:
– Perdeu Mané, não amola!
Preocupado com o ‘poste’ Haddad na Economia? Espere só até ver ‘como pensa o seu número dois’ (veja o vídeo)
O renomado economista e especialista em finanças e investimentos, Samy Dana, resolveu usar um vídeo para apresentar Gabriel Galípolo, o escolhido de Fernando Haddad, o futuro ministro da Fazenda (atual ministério da Economia), para assumir a secretaria-executiva da pasta, ou seja, o número dois da pasta.
O fato o correu em conversa com os colegas de bancada do programa Pânico, da Jovem Pan News e traz a fala Galípolo com sua visão sobre o cenário econômico e o comportamento da inflação
“Sujeito que vier falar que vai ter um excesso de demanda nesse cenário, eu não tenho paciência… é uma questão de sanidade mental, pois como é que eu converso com um sujeito que vem dizer pra mim que vai ter inflação em um cenário de derrocada da economia como esta?”, diz o futuro auxiliar de Haddad, citando ainda que deixou de estudar economia para estudar outras coisas…
Samy Dana, indignado, revela o absurdo que haviam acabado de ouvir.
“Ele está falando que não dá para ter inflação com a economia indo mal, mas a gente nunca sabe se é burrice ou má-fé… por exemplo – Afeganistão, inflação alta, mas a economia está perdendo 20%… – Venezuela, quantos anos ficou a com a inflação altíssima?… a Argentina, o Brasil da Dilma…”, então quer dizer, preocupa, porque esse é o nome técnico, esse é o que mais sabe, conclui Dana, com ironia.
Galípolo é conhecido por ter assinado um documento com Fernando Haddad defendendo a tal moeda única para a América Latina (um dos pilares do Foro de SP) e por declarações contrárias à existência do teto de gastos.
Pois é, minha gente… essa é a galera que vai tomar conta do dinheiro e das contas do país, se o ex-presidiário subir a rampa…
Assista:
Na dança de cadeiras de Lula, Simone Tebet arrisca acabar sentando no chão
Só pra gente pensar, né. O governador da Flórida pediu à Corte Suprema da Flórida, e lá cada estado tem sua corte suprema de justiça, que investigue as produtoras de vacinas, as consequências das vacinas, os efeitos das vacinas, a eficácia das vacinas.
E a Corte Suprema aceitou e vai investigar. Antes de esperar os resultados, a gente já sabe quais são, pelo noticiário por aí.
Por falar em vacina, a senadora Simone Tebet, que teve uma atuação lá na CPI da Covid que prejudicou a saúde de muita gente, porque foi uma das que falavam que não existe tratamento para a Covid, e também foi uma que lá no impeachment da Dilma foi a favor do impeachment, trabalhou muito, tá tendo dificuldade.
E o pior é que ela tem dificuldade dos dois lados. Com quem percebeu a atuação dela na CPI da Covid e quem percebeu a atuação dela lá no impeachment de Dilma. Resultado: até agora ela não achou um lugar, tá meio desesperada pelo jeito. Ela queria porque queria o Desenvolvimento Social, que foi para o Wellington Dias, ex-governador do Piauí. Aí ela aceitava o Meio Ambiente, desde que Marina Silva nada obstasse. Só que Marina Silva já foi convidada por Lula para o Meio Ambiente.
Estão procurando alguma coisa para dar para ela. Parece a dança das cadeiras, ela não consegue sentar numa cadeira, tá sempre em pé dançando. Vai ser um vexame se acabar sentando no chão.
E os outros ministérios também não ficam atrás. O novo ministro da Justiça, em vez de saber quem é que ele estava anunciando, já teve que desanunciar dois. A ministra da Cultura foi escolhida, mas está enrolada até no Ministério da Cultura em prestação de contas que o TCU pegou. Fora pagamento de imposto e de Previdência Social. Agora mesmo ela nomeou o presidente da Fundação Palmares. É o presidente do Olodum, João Jorge Rodrigues. Ele se declarou filho de Xangô com Oxóssi e Ogum.
Entre tantos problemas, se descobriu agora que a futura ministra de Ciência e Tecnologia, que substitui um astronauta, a Luciana Santos quando era prefeita de Olinda foi processada e condenada por improbidade. Está na segunda instância agora. Ela recorreu. Ela é presidente do Partido Comunista do Brasil, o partido anterior do futuro ministro da Justiça.
Estão querendo revogar as escolas cívico-militares que eram o sonho dos prefeitos, porque resolvem o problema de droga entre a juventude, ensinam disciplina, respeito às leis, põem ordem numa juventude que pode estar sendo subjugada, tentada pelo vício e pelo traficante. Por tudo isso, o Estadão, que é um dos mais tradicionais jornais do país, no seu editorial disse o seguinte: “Absolutamente decepcionante a composição ministerial. Um governo radicalmente petista. Frustrante constatar que Lula e seu partido não entenderam nada, não aprenderam nada, não mudaram nada.
Eu acho também que o Estadão se declarando frustrado está confessando ingenuidade, é sinal que não aprendeu. Porque ingenuidade é pecado capital para o jornalista. Eu já cometi ingenuidade, mas o jornalista tem que ser cético. Não pode ser ingênuo de jeito nenhum. Estou dizendo isso porque o Estadão apoiou a candidatura Lula e foi contra Bolsonaro o tempo todo, inclusive durante os quatro anos de governo Bolsonaro. E para encerrar, o Lula desejou feliz Natal, disse que infelizmente muitas famílias não podem comemorar por causa da fome. E aí eu lembro que ele prometeu, enfim, picanha. Picanha com cerveja. É isso que o povo pode esperar para o próximo governo.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/alexandre-garcia/na-danca-de-cadeiras-de-lula-simone-tebet-arrisca-acabar-sentando-no-chao/
O ÓDIO DO BEM DOS ZISQUERDÓIDES
DIPLOMAÇÃO, DESERTO DE ESTADISTAS
Carlos Alberto Di Franco
Eu tinha esperança de que a diplomação do presidente eleito pudesse representar aquilo que só os estadistas são capazes de fazer: entender o contexto, construir pontes verdadeiras, olhar para além da própria militância e estender a mão a todos os brasileiros. Não foi o que aconteceu.
A história sempre é rica em ensinamentos. O presidente Juscelino Kubitscheck sofreu muito mais do que protestos de rua contra sua eleição. Após assumir a presidência, e ainda no primeiro mês do seu mandato, o fundador de Brasília enfrentou uma revolta armada contra o seu governo. Militares da Aeronáutica se organizaram em um levante contra o presidente. Sufocada a rebelião, como devia ser, JK anistiou todos os envolvidos. O presidente era um homem sem retrovisor, sem ódios e sem amarguras. Olhava para frente. Tinha a grandeza dos estadistas.
O que se viu no passado dia 12, na sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foi rigorosamente o contrário.
No seu discurso de diplomação, o presidente eleito disse que ele venceu “um projeto de destruição do país” e da democracia. Jogou no limbo do autoritarismo, da mentira e do ódio 58,2 milhões de brasileiros que votaram em Jair Bolsonaro. Ele afirmou que “o resultado destas eleições não foi apenas a vitória de um candidato ou de um partido”. Foi a vitória de “uma verdadeira frente ampla contra o autoritarismo”.
Para Lula, portanto, os cidadãos que votaram em Bolsonaro – quase a metade do eleitorado – aderiram a um projeto de destruição da democracia. A narrativa, construída de costas para a realidade, não é capaz de captar o sentimento profundo dessa gigantesca parcela do eleitorado: uma forte decepção com a entronização na Presidência da República de um personagem cuja imagem está intrinsicamente vinculada ao maior caso de corrupção da nossa história.
Lula carrega um passivo inescapável. Sua estratégia, aparentemente, será afogar e reprimir a verdade dos fatos. Como pretende evitar que eles se imponham? Segundo ele, “o combate precisa se dar nas trincheiras da governança global, por meio de tecnologias avançadas e de uma legislação internacional mais dura e eficiente”. O recado do que virá está dado: recorrer ao globalismo asfixiante para, em nome da suposta defesa da democracia, reprimir a liberdade de expressão nas redes sociais. Depois, estou certo, a repressão se estenderá às empresas jornalísticas tradicionais.
Mas não foi apenas Lula que decepcionou os brasileiros. O presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, aproveitou a cerimônia para escalar seu empenho contra a liberdade de expressão. Ao citar o que considera “grupos extremistas”, Moraes afirmou que as redes sociais foram subvertidas para a disseminação de notícias fraudulentas e que a liberdade de expressão foi “desvirtuada”.
O fato é que, objetivamente, o nível de repressão à liberdade de expressão adotado antes, durante e depois do período eleitoral nos tem colocado mais perto das nações autocráticas que das nações livres. Não existe “democracia combatente”, como afirmam alguns. O Estado democrático se caracteriza, dentre outros atributos, pela liberdade de expressão do pensamento e da crítica. É assim que a coisa se dá nas democracias maduras.
Na França, os gilets jaunes (movimento dos “coletes amarelos”) pediram, durante dois anos, a destituição pura e simples do presidente Macron, em manifestações que se deram nas praças e locais de grande aglomeração. Nem por isso houve alteração do princípio do livre protesto. Nos Estados Unidos, agora mesmo, um número considerável de militantes republicanos continua questionando o resultado das eleições. Numa boa. A liberdade de expressão está preservada. A invasão do Capitólio, no entanto, é crime. Outra conversa. Deve ser punida.
A repressão à liberdade de pensamento é a completa deformação da natureza do regime democrático e do direito de criticá-lo, quando se sabe que a única maneira de levá-lo a aperfeiçoar-se está exatamente nas críticas profundas que se fazem em um determinado momento.
Meus reparos ao Poder Judiciário não têm ânimo de antagonismo. As reservas que faço a certos comportamentos se apoiam na convicção da importância essencial da instituição. A corte exige moderação, despolitização e recato.
Não foi o que aconteceu logo após a cerimônia no TSE. Segundo o jornal O Estado de S.Paulo, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva comemorou a diplomação na casa do advogado criminalista e antilavajatista Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay. O evento, numa casa luxuosa no Lago Sul, em Brasília, foi organizado pela primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, ao som de samba e com garçons servindo uísque, vinho, champanhe e canapés às mais de 50 autoridades, entre ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e parlamentares, que estiveram presentes.
Faz sentido a presença de ministros da corte suprema numa festa com as características acima descritas? É coerente com a discrição e o recato que se espera dos membros do Judiciário?
O Brasil precisa de estadistas. Com muita urgência.
Excelente Ano Novo!
Bom dia a todos os fubânicos.
Estamos a apenas alguns passos do dia 1 de janeiro de 2023…
Não tendo nada a dizer, compartilho com vocês o vídeo abaixo.
Que Deus se apiede do Brasil e dos brasileiros.
O BRASIL DA FALTA
Flavio Quintela
Diz-se que a falta de inteligência é a mais terrível das faltas, pois quanto menos inteligente formos, menos capazes seremos de perceber nossa falta de inteligência.
O Brasil que se avizinha, o de 2023, tem toda a pinta de ser o Brasil das faltas.
É certo que faltará vergonha na cara, pois somente num país sem o menor pudor em ser indecente é possível que alguém que tenha sido condenado e preso consiga ocupar o cargo de presidente da República.
Faltará dinheiro, é óbvio, pois já ficou claro que o novo governo pretende eliminar todos os limites institucionais à gastança pública e imprimir dinheiro em ritmo alucinante.
Faltará justiça. Já falta hoje, e o prognóstico não é de melhora, muito pelo contrário. O Judiciário brasileiro não tem em que se espelhar. O tribunal mais alto do país é também onde se praticam as maiores atrocidades contra as liberdades dos brasileiros.
Faltará honestidade. Creio que esse ponto dispensa explicações.
Faltará paz, pois as melhorias que vinham paulatinamente acontecendo na segurança pública serão canceladas e revertidas pelas políticas de leniência para com o crime, tão comuns na caixa de ferramentas do PT.
Faltará prosperidade. O PT segue à risca a cartilha básica do socialismo, que é a igualdade na pobreza. Mesmo para o mais competente dos governos seria quase impossível fazer com que o Brasil crescesse em ritmo suficiente para compensar a deterioração da renda do brasileiro. Dá para imaginar o resultado com um governo progressista e corrupto no poder.
Mas, acima de tudo, faltará liberdade. Semelhantemente à falta de inteligência, a falta de liberdade é percebida de forma bem mais suave por aqueles que não fazem questão de ser livres, ou que entendem a liberdade de uma forma truncada e egoísta.
O sujeito que exalta Alexandre de Moraes por sua conduta durante o processo eleitoral de 2022, alegando que ele preveniu um golpe, não sabe o que é liberdade. E é justamente uma grande parte da imprensa nacional, aquele pessoal que deveria lutar com todas as forças contra qualquer tipo de censura, que está pavimentando o caminho para uma ditadura das mais terríveis.
A revista Isto É, por exemplo, elegeu Alexandre de Moraes como o Brasileiro do Ano de 2022, e definiu-o com o título de “fiador da democracia”. O mesmo Alexandre de Moraes que extrapolou todos os limites do poder que lhe é garantido pela Constituição, desrespeitou a tripartição dos poderes, estabeleceu uma censura ferrenha à liberdade de expressão, desequilibrou o pleito eleitoral, mandou prender gente sem o devido processo legal, criou tribunais de exceção, puniu “crimes” de opinião e instaurou a maior crise institucional já vivida em toda a história da República. Esse homem, segundo os editores da Isto É, é o brasileiro do ano.
A mesma parte da imprensa que aplaude Alexandre de Moraes é a que criticou o governo e a pessoa de Jair Bolsonaro sem absolutamente nenhuma consequência negativa à sua liberdade de expressão. Xingaram o homem de tudo, escreveram milhares e milhares de linhas recheadas de mentiras, notícias falsas e relatos fantasiosos. Ninguém foi preso, sequer processado. Ninguém perdeu perfil de Twitter, ninguém foi desmonetizado, ninguém foi cancelado.
O grande erro dessas pessoas, provavelmente por sua falta de inteligência, é achar que a falta de consequência até o momento será o método que o novo governo adotará no tocante às críticas. Temos de conceder que boa parte dos críticos a Bolsonaro não tem a menor das intenções de criticar o futuro governo Lula. Basta lembrar da cena de comemoração que aconteceu no jornalismo da Globo quando da divulgação da vitória do petista. Festa efusiva é o que todos vimos, algo bastante incompatível com o conceito de “imprensa livre”.
Mas tem gente que pretende criticar Lula. É a turma do nojinho. Rejeitaram Bolsonaro por sua estética, por seus palavrões, por suas idiotices, chegando a colocá-lo no mesmo nível de “ruindade” que o criminoso dos nove dedos. Votaram nulo ou 13, na esperança de não se contaminarem. Fizeram-no com a certeza arrogante de que, a partir de 2023, farão o mesmo com Lula. “O PT ficou 13 anos no poder e nunca nos censurou”, pensam. Sim, foram 13 anos de PT no poder e, sim, nossa liberdade de expressão permaneceu intacta. Mas não havia Alexandre de Moraes. Não havia policiamento virtual no nível de hoje. Não havia desmonetização, pois sequer havia monetização em nível considerável.
O terceiro governo de Lula vem aí, ao que tudo indica. Vem para fazer faltar tudo, principalmente a liberdade. Anote bem os nomes daqueles seus amigos que votaram 13 ou nulo, pois em breve, ainda que passe pela mesma crise que eles, somente você poderá dizer “eu te disse”. Não é muito, mas é melhor que estar do lado do arrependimento. E da falta de inteligência.
FONTES: JBF https://luizberto.com/
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