As autoridades cumprem ordens ilegais. Os Poderes Executivo e Legislativo não exercem mais suas obrigações e seus direitos. As instituições pararam de funcionar
O Brasil se acostumou a viver na ilegalidade e não há sinais, até agora, de nenhuma reação efetiva contra isso — declarações de protesto, manifestações na frente dos quartéis, críticas aqui e ali, mas nada que mude o avanço constante do regime de exceção imposto ao país pelo Poder Judiciário. As autoridades cumprem ordens ilegais. Os Poderes Executivo e Legislativo não exercem mais suas obrigações e seus direitos. As instituições pararam de funcionar. É como no tempo do Ato Institucional No. 5. Ficou determinado pela força, na ocasião, que nenhuma decisão do Poder Executivo estava sujeita à apreciação judicial. Na ditadura de hoje nenhuma decisão do ministro Alexandre de Moraes e dos oito colegas que seguem a ele no STF está sujeita a qualquer tipo de recurso — só se pode recorrer a eles mesmos, o que obviamente não adianta nada.
A Constituição Federal e as leis brasileiras em vigor, quaisquer que sejam, são violadas diariamente pelos ministros do STF; as liberdades públicas e os direitos civis dos cidadãos foram eliminados. Deixou de funcionar, para efeitos práticos, qualquer sistema de controle aos atos do STF; e sem controle de ninguém, os nove ministros que mandam no tribunal estão governando o Brasil de hoje através de um inquérito policial, de ordens pessoais e decretos sem nenhum fundamento legal. O último episódio, numa série que está aí há quatro anos, é o bloqueio das contas bancárias de 43 empresas de transporte, por ordem do ministro Moraes. Não há legalidade alguma nessa decisão — é pura e simples violência.-Publicidade-
Uma conta bancária não pode ser bloqueada sem um processo previsto em lei, por nenhum juiz brasileiro — nem as contas dos traficantes de droga estão fora desta determinação. A solicitação do bloqueio tem de vir do Ministério Público, obrigatoriamente — como qualquer denúncia criminal. No caso, as contas foram bloqueadas sem processo legal nenhum; foi apenas uma ordem de Alexandre de Moraes, mais nada. O Ministério Público não pediu coisa nenhuma; na verdade, sequer foi informado do bloqueio pelo ministro. Em suma: está tudo errado, mas o Banco Central apenas obedece. Está cumprindo uma ordem ilegal, e fica tudo por isso mesmo. As transportadoras não têm a quem apelar – só podem recorrer ao próprio STF, e o STF nega todo e qualquer recurso feito contra as suas decisões.
Tudo isso é aplaudido como uma ação decisiva para combater “atos antidemocráticos”. Essa é a palavra mágica do novo Ato-5; serve como justificativa para todas as decisões ilegais do STF. Serve também, cada vez mais, para designar qualquer manifestação contrária ao novo governo.
FONTE: REVISTA OESTE https://revistaoeste.com/politica/o-brasil-esta-em-um-regime-de-excecao/
O absurdo e inconsequente ativismo de um delegado da Polícia Federal…
A notícia de que o delegado, Bruno Calandrini responsável pela investigação do escândalo que levou à prisão arbitrária e sem fundamentação jurídica do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro pediu a prisão da cúpula da Polícia Federal por interferência no caso repercutiu muito mal dentro da corporação.
“Ficou clara a inexperiência ou incúria do DPF Calandrini no planejamento operacional para deflagração da Operação”, registra a primeira das conclusões do relatório ao qual o jornal Estadão teve acesso.
O documento foi recuperado após ser divulgado o pedido de Calandrini pela prisão da cúpula da PF – informação revelada pelo portal Metrópoles – não por coincidência o Metrópoles é de propriedade de um ex-senador preso exatamente pela Policia Federal.
O delegado Calandrini parece usar uma estratégia ‘randolfista’ onde se faz uma denúncia (geralmente sem fundamentação jurídica) e vaza para a imprensa anti-bolsonarista, gerando um factoide político.
Se pegar, pegou. Senão, simplesmente parte para a próxima denúncia o objetivo é simplesmente desgastar o governo e gerar manchetes negativas para o executivo.
Descontrolado, o delegado da Polícia Federal Bruno Calandrini também pediu ao STF busca e apreensão dos telefones celulares de Augusto Aras e Paulo Guedes.
Os dois pedidos foram negados pelo ministro do Supremo, Luís Roberto Barroso.
AO VIVO: Cerco se fecha contra ministros do STF / Momento histórico em Brasília (veja o vídeo)
Faltam apenas 21 assinaturas das 171 necessárias para abertura da CPI do Abuso de Autoridade do STF, protocolada pelo deputado federal Marcel Van Hattem. Além disso, senadores fazem novo pedido de impeachment do ministro Barroso, e o senador Heinze solicitou que os pedidos de impeachment do ministro Moraes sejam pautados… O cerco está se fechando!
Para falar sobre esses e outros assuntos, o Jornal da Noite recebe o analista político Gustavo Reis e a policial Mariana Lescano.
Em pauta também a resposta de Valdemar Costa Neto, presidente do PL, ao ministro Alexandre de Moraes.
Termine o dia bem informado com o Jornal da Noite! Assista, compartilhe, contribua para que o Jornal da Cidade Online continue sendo a sua voz.
Ministro do STF já fala sobre “anular eleição”
O relatório apresentado pelo Partido Liberal (PL) continua gerando polêmicas…
O ministro Ricardo Lewandowski, atual vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e integrante do Supremo Tribunal Federal (STF), resolveu se manifestar sobre o assunto.
Para Lewandowski, se houve algum tipo de irregularidade nas urnas, toda a eleição de 2022 teria de ser anulada.
Segundo o ministro, se a tese levantada pelo PL na relatório se confirmar, todos os resultados, incluindo os cargos de senador, deputado e governador, deveriam ser anulados.
“O ministro Alexandre de Moraes deu 24 horas para eles emendarem a inicial. Concordo. Se o defeito está nas urnas, está tanto no primeiro quanto no segundo turno. […] Se alegar defeito e colocar em xeque toda a votação no segundo turno, evidentemente esse defeito estaria no primeiro turno, e teria que se anular toda a eleição para senador, deputado, governador…”, disse Lewandowski.
Moraes “chuta o balde”, rejeita pedido do PL e multa o partido em 22 milhões
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes, acaba de rejeitar o pedido do PL sobre a verificação das urnas.
Na mesma decisão, ele determinou a condenação do partido ao pagamento de multa de R$ 22,9 milhões por litigância de má-fé.
Moraes também determinou o bloqueio e a suspensão dos fundos partidários da coligação de Bolsonaro até o pagamento da multa, assim como a instauração de procedimento administrativo sobre “eventual desvio de finalidade na utilização da estrutura partidária, inclusive do Fundo Partidário, em especial no que se refere às condutas de Valdemar Costa Neto e Carlos Rocha” — autor do estudo do Instituto Voto Legal.
Mais um ex-ministro do PT é alvo da Polícia Federal
A Polícia Federal cumpriu, nesta quarta-feira (23), 22 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal, São Paulo e Roraima, este último estado onde mora o ex-senador e ex-ministro do Governo Lula (PT), Romero Jucá (MDB).
A PF e a Controladoria-Geral da União (CGU) investigam um esquema milionário de corrupção e fraudes envolvendo convênios efetuados em diversos municípios, entre 2012 e 2017, na Era PT-MDB.
A investigação denominada de Imhotep iniciou depois que o Tribunal de Contas da União (TCU) apontou que o programa “Calha Norte”, em Roraima, recebia muitos recursos federais – em especial a capital de Boa Vista, onde Jucá reside – e que existia umaorganização criminosa que atuava fraudando os convênios com prefeituras do estado.
Desse esquema, participavam três empresas de engenharia, pessoas físicas e até servidores que recebiam propina para ajudar nas fraudes.
A PF constatou que laranjas e empresas – das quais os criminosos eram sócios – recebiam os valores e, depois, repassavam para o senador.
As empresas investigadas movimentaram R$ 500 milhões e a PF apurou que R$ 15 milhões são referentes a propinas.
Se condenados, os investigados podem pegar mais de 35 anos de prisão.
Faltam 21 assinaturas para completar as 171 necessárias para a CPI do abuso de autoridade do STF e TSE
O deputado Marcel van Hatten acaba de dar uma notícia alvissareira em suas redes sociais.
Eis o que postou o parlamentar gaúcho:
“ATENÇÃO MÁXIMA! FALTAM SÓ 21 ASSINATURAS das 171 assinaturas de deputados para que a CPI do Abuso de Autoridade do STF e do TSE seja instalada na Câmara. Estamos bem perto! Peça ao seu deputado para assinar o requerimento CD228980315300.”
A hora é agora!
Vamos pressionar.
Abaixo a lista dos que já assinaram.
Enfim, a hora chegou e agora cabe ao povo a decisão mais importante do século
Os últimos dias foram de intensa movimentação em Brasília.
O clima de tensão paira pelo ar.
Momentos decisivos para o futuro do Brasil estão acontecendo.
Com o avanço da censura, a mídia independente está sendo “calada” aos poucos…
O “sistema” quer esconder tudo o que está acontecendo e, assim, o povo ficará sem saber das informações mais impactantes dos próximos dias.
Veja o exemplo da TV Piauí – que foi obrigada a fechar as portas depois que teve todas as suas contas banidas da web.
Um caso chocante!
O povo não pode mais ficar em silêncio…
Questionar urnas no TSE rende ao PL multa de R$22,9 milhões e acusação de ‘má fé’
Sobrou até para o PP e Republicanos, que nada têm com a representação
O presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, não apenas indeferiu nesta quarta (23) a representação do PL que apontou “indícios” de irregularidades em mais de 270 mil urnas eletrônicas, como aplicou multa de R$22,9 milhões aos partidos da coligação e os acusou de “litigância de má-fé”. Ou seja, sobrou também para o Progressistas (PP) e para o Republicanos, que nada tiveram com o questionamento.
O PL apresentou nesta terça-feira (22) relatório em que especialistas contratados pela sigla apontam “inconsistências” em seis modelos de urnas, que representariam cerca de 60% do total. Nestas, que segundo o partido não são auditáveis, o presidente eleito Lula recebeu maior número de votos, mas nas demais, adotadas desde 2020, o vencedor foi o atual presidente Jair Bolsonaro.
Durante coletiva, na tarde desta quarta, o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, e o advogado do partido, Marcelo Bessa, afirmaram que a intenção da representação não seria anular e nem realizar outra eleição.
Na decisão, Moraes nega que as urnas “possuem o mesmo número ou que não possuem patrimônio que as diferencie umas das outras”. Segundo ele, “somente ignorância – o que não parece ser o caso – ou evidente má-fé” levariam a essa conclusão.
“As explicações técnicas da STI-TSE (secretário de tecnologia de informação do TSE), inclusive acompanhadas de fotos, não deixam qualquer dúvida de que “uma urna eletrônica pode ser identificada fisicamente e logicamente”, diz Moraes. “[…] Os argumentos da requente, portanto, são absolutamente falsos, pois é totalmente possível a rastreabilidade das urnas eletrônicas de modelos antigos”.
FONTE: DIÁRIO DO PODER https://diariodopoder.com.br/justica/ttc-justica/questionar-urnas-no-tse-rende-ao-pl-multa-de-r229-milhoes-e-acusacao-de-ma-fe
Senadores fazem novo pedido de impeachment do ministro Barroso
Violação da lei orgânica da magistratura está entre as principais alegações
Os senadores Eduardo Girão (Pode-CE), Luiz Carlos Heinze (PP-RS), Styvenson Valentim (Pode-RN), Lasier Martins (Pode-RS) e Plínio Valério (PSDB-AM) convocaram coletiva de imprensa para anunciar a apresentação de um pedido de impeachment do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, por diversos motivos, entre eles infrações graves à lei orgânica da magistratura.
Segundo Girão, a regra da boa convivência é o respeito e as faltas a convites para comparecer a comissões no Senado, sem dar qualquer satisfação, não foram abordadas. Tampouco foi incluída a falta de respeito para com o brasileiro que o abordou de forma respeitosa nos Estados Unidos, onde o ministro falaria sobre liberdade e democracia, e disparou o “perdeu mané, não amola”.
O senador explicou que são três os pontos principais incluídos no pedido, o primeiro dele seria a atuação político-partidária em reunião com lideranças partidárias, caracterizando interferência direta em outro poder na ocasião da votação da PEC do voto auditável. “Coincidentemente, após essa reunião, deputados que eram a favor do voto auditável foram substituídos por deputados que eram contra o voto auditável”, lembrou.
O segundo ponto é que o ministro não se declarou suspeito nos julgamentos envolvendo a legalização das drogas e do aborto no Brasil, mesmo tendo feito palestras no exterior advogando a favor de ambas as causas. “Pela lei orgânica da magistratura nacional, pelo código de ética da magistratura nacional, o código de processo civil e, principalmente, a Constituição Federal, ele tinha que declarar-se suspeito. Porque ele chegou a votar na legalização da maconha, do porte de drogas no Brasil. Como ele fez palestra como militante da causa, defendendo isso, isso dá conflito de interesse flagrante”, disse.
O terceiro ponto listado no pedido de impeachment diz respeito ao jantar reservado, enquanto estava nos EUA, com o advogado de Lula, Cristiano Zanin. “O ministro Luís Roberto Barroso votou na anulação dos processos do Lula, ou seja, ele ajudou a anular as condenações, o que permitiu que o ex-presidente Lula se candidatasse nessas eleições”, concluiu.
FONTE: DIÁRIO DO PODER https://diariodopoder.com.br/brasil-e-regioes/xwk-brasil/senadores-fazem-novo-pedido-de-impeachment-do-ministro-barroso
Câmara de Porto Alegre aprova moção em protesto a Alexandre de Moraes
A moção foi aprovada por 17 votos a favor e 10 contra
A Câmara de Vereadores de Porto Alegre aprovou, com 17 votos a favor e 10 contra, nesta quarta-feira (23), uma moção de protesto ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes.
Dez vereadores apontaram em ordens recentes do ministro “atos contrários à liberdade de expressão, censura e prisão de parlamentares e ativistas políticos”.
Na moção, os gaúchos também criticam o bloqueio de contas bancárias de empresas e empresários, de forma liminar, e sem que seja assegurado o direito à ampla defesa e ao contraditório, o que, no entendimento dos parlamentares, restringe os direitos e garantias fundamentais protegidos constitucionalmente.
O vereador Ramiro Rosário (PSDB) ressalta. “Não há choro de perdedor. Há uma voz, uma manifestação política daqueles que ainda têm direito a voz e ainda podem se manifestar politicamente sobre o que acontece no nosso Brasil”.
Em seguida, o vereador leu a íntegra da justificativa da moção de protesto:
“Desde que foi nomeado relator do Inquérito das Fake News, o Ministro Alexandre de Moraes tem tomado decisões que buscam censurar e prender parlamentares acusados de, supostamente, compartilhar notícias falsas na internet. Foram determinados, ao longo dos últimos meses, mediante medidas cautelares sem que sejam ouvidos, o bloqueio de suas contas nas redes sociais, impedindo que esses parlamentares possam exercer suas liberdades e seus direitos de personalidade de forma ampla e digna, conforme preconiza a Constituição Federal. Além disso, o Excelentíssimo Ministro tem tomado decisões que restringem o direito à propriedade de cidadãos brasileiros que, supostamente, estariam financiando atos políticos, colocando em risco a segurança financeira de suas empresas, além de dezenas de milhares de empregos e do sustento e a dignidades das famílias que dependem direta e indiretamente do seu trabalho. Desta forma, ciente dos riscos à liberdade e à propriedade que a presente crítica possa gerar, âmbito do Supremo Tribunal Federal, os vereadores que subscrevem apresentam a presente moção de protesto.”
A moção é de autoria dos vereadores Ramiro Rosário (PSDB), Fernanda Barth (PRTB), Nadia Gerhard (PP), Alexandre Bobadra (PL), Felipe Camozzato (Novo), Mariana Pimentel (Novo), Mônica Leal (PP), Cassiá Carpes (PP), Cezar Schirmer (MDB) e José Freitas (Republicanos).(Com informações Felipe Vieira)
FONTE: DIÁRIO DO PODER https://diariodopoder.com.br/brasil-e-regioes/sta-brasil/camara-de-porto-alegre-aprova-mocao-em-protesto-a-alexandre-de-moraes
Como a irresponsabilidade fiscal despedaçou a economia da Argentina e de outros países
O Brasil não precisa olhar muito longe para aprender como a irresponsabilidade fiscal pode despedaçar a economia de um país. A inflação na Argentina beira os 100% e o peronismo, com seu desinteresse pela redução do déficit fiscal, é um dos principais fatores que a levaram a esse cenário caótico.
“O que realmente destruiu a Argentina foi o peronismo, um sistema organizacional político onde existe uma força muito grande de movimentos sindicais”, destacou o economista e doutor em relações internacionais Igor Lucena. “A organização política sindical do país coloca como o bem superior o corporativismo: não importam os custos fiscais”, descreveu.
Absorver gastos do governo que não conseguem ser desvinculados faz parte dessa organização político-econômica do país que, segundo o especialista, é muito difícil de ser combatida sem um plano radical econômico, tal qual foi o Plano Real no Brasil.
“O peronismo transformou a Argentina, que era um dos países mais ricos da América Latina, em um dos mais pobres”, frisou Lucena.
Dentro desse sistema, o país hoje comandado pelo peronista Alberto Fernández imprime dinheiro descontroladamente, gasta mais do que arrecada e ainda toma emprestado em dólar – precisa, portanto, devolver em dólar. Isso se torna quase um círculo vicioso, no qual as desvalorizações cambiais tornam as dívidas impagáveis.
Atravessando o Oceano, outro acontecimento recente envolveu a ex-premiê Liz Truss, a quinta no Reino Unido desde 2016. A dança das cadeiras, em que ela ficou por apenas 45 dias, também esteve relacionada às questões fiscais.
A proposta inicial de Truss era criar um grande corte de impostos, que beneficiaria até os mais ricos, dentro de um mini-orçamento, com um Estado enxuto, muito diferente do argentino. Porém, para cobrir o buraco nas contas do governo, a ideia era pedir empréstimos bilionários. O temor de um aumento na dívida pública preocupou os investidores e fez a libra cair para o menor valor da história frente ao dólar.
Depois dos investidores demonstrarem pessimismo em relação aos planos econômicos de Truss, o governo britânico anunciou mudanças, mas não foram o suficiente para manter a primeira-ministra recém-chegada ao poder. Ela renunciou e a rápida movimentação na liderança do Reino Unido pode ter evitado maiores tragédias econômicas.
A Grécia, por exemplo, apesar de sofregamente recuperar parte da credibilidade econômica internacional, ainda vive consequências de irresponsabilidades fiscais de mais de dez anos atrás. De acordo com uma pesquisa recente do Instituto Marc, a maior preocupação da população grega é o aumento do custo de vida (para 84,5% dos gregos). Esse problema está muito à frente das tensões com a Turquia (44%), por exemplo.
Diante de uma inflação galopante, que atingiu 12,1% – uma das mais altas da União Europeia, segundo o Eurostat -, foi especialmente no campo da energia que os aumentos foram os mais espetaculares: os preços do gás quadruplicaram em um ano (+ 332%) e os da eletricidade subiram 30%. À medida que o inverno se aproxima, muitos gregos temem que não possam se aquecer adequadamente.
Quando a crise econômica eclodiu, em 2010, as taxas subiram e o país não podia mais se financiar nos mercados internacionais. Em 2015, após a chegada ao poder do governo de esquerda radical de Alexis Tsipras e o confronto com Bruxelas para reduzir as medidas de austeridade, as taxas chegaram perto de 11%.
Demorou para Atenas recuperar a confiança. A mudança política em julho de 2019 também teve um impacto positivo nos investidores, que consideraram o governo conservador de Kyriakos Mitsotakis menos imprevisível, promovendo a redução dos impostos sobre a propriedade, as empresas e as contribuições sociais. Mas ainda existe um longo caminho para dar conta dos prejuízos de tantos anos.
Diante desses exemplos, a política monetária no Brasil é eficiente e teve até mesmo três meses de deflação neste ano. Para Lucena, o maior risco do país hoje é a imaturidade fiscal. “A gente não pode gastar mais do que a gente arrecada”, alertou. O economista apontou que o que segura o Brasil é a maturidade cambial e monetária, mas existe o risco de seguir caminhos como os dos países citados na reportagem se houver total descontrole dos gastos fiscais.
“Por isso é tão importante que essa PEC de transição que está sendo anunciada tenha um limite próximo a R$ 70 ou 80 bilhões e sirva só para este ano. E que, no ano que vem, a gente tenha mudança do teto de gastos para um controle de dívidas no longo prazo”, resumiu Lucena.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/mundo/como-a-irresponsabilidade-fiscal-despedacou-a-economia-da-argentina-e-de-outros-paises/
O brasileiro vai para a frente do quartel porque não confia mais nos seus representantes
O líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), disse que a chance de o recurso do PL no TSE sobre 279 mil urnas antigas que não têm garantia de resultado é zero. Não tem como, já vimos a reação imediata do presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, dizendo que seria preciso acrescentar em 24 horas também pedido relativo às urnas no primeiro turno. É uma jogada para saber se vão assumir a “deseleição” de deputados estaduais e federais. Considerando só as urnas novas, de 2020, Bolsonaro teria 51% dos votos e seria o vencedor. Mas a chance é zero, disse Ricardo Barros.
Barros ainda afirmou que o que é preciso fazer é contestar a parcialidade do TSE durante a campanha, uma parcialidade expressa. Pegar todos os eventos, os episódios de parcialidade, e discutir tudo no Congresso Nacional. Aliás, o Congresso não discute nada. É por isso que o povo está na frente dos quartéis, porque desistiu de seus representantes. Isso é gravíssimo, está rompido o elo da democracia, entre representante e representado, mandante e mandatário. O mandante não confia mais no mandatário, porque o mandatário se encolheu. Temos 62 requerimentos de impeachment de ministros do Supremo parados no Senado.
Na Câmara, o deputado Marcel van Hattem está colhendo assinaturas para uma CPI que pretende investigar crimes de abuso de autoridade da parte de ministros do Supremo. Ele está com metade das 171 assinaturas necessárias. A Câmara ficou quieta quando prenderam Daniel Silveira, apesar de estar escrito na Constituição que deputados e senadores são invioláveis por quaisquer de suas palavras. A Câmara se encolheu igual ao Senado, quando senadores levam ao Supremo discussões políticas que deveriam ser resolvidas nos plenários do Congresso. Entregam ao Supremo como se dissessem “vocês é que são o poder político”. O poder de legislar fica entregue ao Supremo, o poder constituinte está no Supremo. Aí o povo não sabe a quem recorrer, não confia mais em seus representantes, e vai pedir aos quartéis para protegê-lo contra abusos.
Jucá é alvo de nova operação contra corrupção, mas será que vai acontecer algo?
A Polícia Federal fez busca e apreensão em torno do ex-senador Romero Jucá, de Roraima, que tentou voltar ao Senado este ano e perdeu. Jucá e outros teriam ficado com R$ 15 milhões de propina em negócios de R$ 500 milhões envolvendo dinheiro federal. O TCU descobriu, e a Controladoria-Geral da União e a Polícia Federal foram atrás: é dinheiro de convênios com prefeituras, e as empreiteiras pagavam a propina para ganhar as obras.
Não sei o que vai acontecer com Jucá, que há muito tempo vem sendo alvo dessas investigações, porque estamos vendo que são poucos os que pagam. Alguém como Sérgio Cabral é condenado a 425 anos e já está para sair da prisão. Por isso há quem queira algo como o que aconteceu esses dias lá no Afeganistão, onde encheram um estádio para dar chibatadas em ladrões. A legislação brasileira, como diz o ex-reitor da Universidade Federal do Pará Alex Fiuza de Mello, é de uma república que não é republicana, porque favorece a corrupção.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/alexandre-garcia/tse-urnas-democracia-confianca-representantes/
Bloqueios aumentam, manifestações ganham força e a pressão se agiganta…
Os comerciantes e empresários dos municípios de Sinop e Sorriso no Mato Grosso, tomaram uma atitude radical, fecharam as portas do comercio e das empresas e vão mantê-las fechadas até sábado 26/11.
Bloqueios também foram registrados em Rondônia, nas imediações do Porto de Paranaguá no Paraná e na região de Joinville em Santa Catarina. O congestionamento de navios nos portos brasileiros já é notícia na imprensa internacional – claro que a velha imprensa brasileira guarda obsequioso silêncio sobre o assunto.
Na Câmara de Vereadores de Criciúma foi apresentada uma moção de repudio ao Ministro Alexandre de Moraes. A Câmara de Curitiba deu um passo a frente e já aprovou uma moção de protesto contra o Ministro por atos ditatoriais e inconstitucionais praticados contra o povo. Na votação houveram 17 vereadores a favor da moção e apenas cinco contrários.
Some-se a isso o pedido de providências sobre violações às prerrogativas da advocacia por parte do ministro Alexandre de Moraes encaminhado pelos presidentes de 10 seccionais da OAB (AC, DF, GO, MG, MS, MG, PR, PE, RS e RO). De forma vexatória, a OAB de São Paulo, presidida pela criminalista, Patrícia Vanzolini e a OAB-SC, também presidida por uma advogada, Drª Cláudia Prudêncio, optaram pela confortável omissão.
Numa época em que se fala tanto de “empoderamento feminino”, temos dúvidas se esse é o melhor exemplo a ser passado.
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