Como já noticiado aqui no JCO, a deputada federal Carla Zambelli está em Washigton, a capital dos Estados Unidos, desde o início da semana passada, para apresentar documentos e denunciar que os cidadãos brasileiros e, principalmente, os parlamentares e lideranças conservadores estão sendo ‘silenciados’ pelas instituições, a partir de decisões judiciais que vão desde a proibição de falar sobre determinados assuntos até o bloqueio ou banimento definitivo de contas e canais na Web.
O objetivo é cobrar providências junto à Corte Interamericana de Direitos Humanos e fazer o gravíssimo fato chegar ao conhecimento de outros países, considerando que as mídias tradicionais não estão fazendo a cobertura e veiculação do assunto.
Por meio de sua assessoria de imprensa, a parlamentar fez circular uma nota oficial com mais detalhes de sua viagem.
O comunicado contém ainda duras críticas ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes.
Leia na íntegra:
O Brasil vive um processo de descumprimento de direitos humanos por vias institucionais corrompidas e aparelhadas.
A liberdade de expressão é um desses direitos adquiridos e qualquer manifestação de ideias, seja por conversas privadas ou debates públicos, deve ser permitida e não pode ser previamente censurada por nenhum órgão de Estado.
Eu sou a mulher mais votada do Brasil para o cargo de deputada federal e estou impedida de me comunicar com meus mais de 9,5 milhões de seguidores em 7 redes sociais, o que configura claro ataque ao Estado Democrático de Direito.
A implantação do cerceamento total da liberdade de expressão me obriga a entregar à Comissão Interamericana de Direitos Humanos um documento com relatos sobre a violação de direitos básicos no Brasil.
Infelizmente, não contamos com a ajuda da maior parte da imprensa brasileira, que outrora se dizia vigilante, mas hoje se cala diante das decisões arbitrárias e autocráticas de Alexandre de Moraes, que, em seu passado recente como secretário de segurança pública em São Paulo, teve seu então escritório de advocacia envolvido em denúncias por defender empresa acusada de estar ligada à facção criminosa PCC e fazer parte de um esquema de formação de quadrilha e lavagem de dinheiro em ao menos 123 processos na área civil.
As redes sociais não podem ser palco para ações ditatoriais com fins obscuros de controle social.
Carla Zambelli
FONTE: Jornal da Cidade Online https://www.jornaldacidadeonline.com.br/noticias/43590/dos-eua-zambelli-emite-nota-em-defesa-da-liberdade-e-faz-duras-criticas-a-moraes
Gleisi deixa explicita sua ira e rancor e causa revolta na bancada evangélica
Gleisi Hoffmann é fissurada pelo poder.
É o que há de pior na imensa podridão petista.
Entretanto, Gleisi não é uma mulher inteligente. A longa convivência com Dilma talvez tenha influenciado nesse sentido.
Lula, assumindo realmente o poder, terá enormes dificuldades para governar.
O poder de barganha é diminuto – bem diferente da época do mensalão – e tem muita gente querendo uma parte na divisão do bolo.
Por outro lado, pessoas como Gleisi só dificultam ainda mais a situação.
Destemperada, a presidente do PT acaba de arrumar uma enorme confusão com a bancada evangélica.
Sobre a questão, a Revista Oeste fez uma matéria esclarecedora, denominada “Manifestações de Gleisi viram pólvora na bancada evangélica”.
Eis o texto:
“As manifestações recentes feitas pela presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), criticando declarações de apoio de lideranças religiosas ao presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), serviram como pólvora entre os parlamentares que integram a Bancada Evangélica na Câmara dos Deputados. Na análise dos legisladores que integram o colegiado, Gleisi pode dificultar as conversas do grupo com o presidente eleito, que assume o comando do país no dia 1º de janeiro.
As divergências entre os petistas e os integrantes da bancada evangélica não são recentes, mas tomaram proporções maiores nesta semana, depois que o bispo Edir Macedo, líder da Igreja Universal, pediu em uma live que os fiéis perdoem o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O bispo era um dos aliados do atual presidente da República, Jair Bolsonaro (PL).
‘Não podemos ficar com mágoa, porque é isso que o diabo quer’, disse Macedo. ‘O diabo quer acabar com sua fé, com seu relacionamento com Deus devido a Lula ou dos políticos. Não dá, não dá, minha filha, bola para frente, vamos olhar para frente’, pediu o bispo.
Gleisi, que é uma das integrantes da equipe de transição por parte do presidente eleito, usou suas redes sociais horas depois para destilar uma resposta repleta de ressentimentos, distante de aliados de Lula que defendem que as divergências religiosas precisam ser apartadas da política.
‘Dispensamos o perdão de Edir Macedo. Ele é quem precisa pedir perdão a Deus pelas mentiras que propagou, a indução de milhões de pessoas a acreditarem em barbaridades sobre Lula e sobre o PT, usando a igreja e seus meios de comunicação para isso. A nossa consciência está tranquila’, bradou Gleisi Hoffmann.
(…)
A pólvora Edir Macedo
Ainda que não tenha mandato, Edir Macedo exerce uma ampla influência sobre a bancada, que cresce sua importância no Parlamento a cada eleição. Dos 513 deputados, 20% integram a bancada. Entre os parlamentares do grupo está o o deputado federal mais votado, Nikolas Ferreira (PL-MG), que teve quase 1,5 milhão de votos.
É exatamente pela influência exercida que o ataque feito por Gleisi ao bispo causou desconforto entre os integrantes da Bancada Evangélica, que já se organizam para cobrar posicionamentos do novo governo a partir da próxima semana.
‘Não se chega ao poder de salto alto, usando de arrogância contra um líder de milhões. A arrogância precede a queda!’, afirmou o deputado federal Marco Feliciano (Republicanos-SP).
Captar o voto dos evangélicos foi uma das principais batalhas travadas por Lula nesta eleição. O PT chegou a criar núcleos de evangélicos em mais de 20 Estados para tentar recuperar os votos que perdeu entre 2016 e 2018. O próximo passo é a criação de comitês que unam líderes neopentecostais — vertente do cristianismo — aos demais partidos de esquerda, como o PSB. Tradicionalmente, os evangélicos são alinhados às pautas defendidas por Jair Bolsonaro (PL).”
FONTE: Jornal da Cidade Online https://www.jornaldacidadeonline.com.br/noticias/43586/gleisi-deixa-explicita-sua-ira-e-rancor-e-causa-revolta-na-bancada-evangelica
O último remanescente do “facão” da Jovem Pan explica com perfeição o que está acontecendo no país (veja o vídeo)
O dia da eleição passou, mas a censura continua presente.
A ‘liberdade de expressão’ agora tem regras rígidas e assuntos terminantemente proibidos.
A Jovem Pan, buscando se adaptar a esses tempos sombrios, demitiu boa parte de seus comentaristas.
A emissora certamente vai amargar uma enorme queda em sua audiência.
Talvez seja esse o preço para que permaneça no ar.
Nesse sentido, o comentarista Roberto Motta, um dos poucos que foi poupado do ‘facão’, conseguiu recentemente explicar, com brilhantismo e perfeição, exatamente o que está acontecendo no país.
Veja o vídeo:
FONTE: Jornal da Cidade Online https://www.jornaldacidadeonline.com.br/noticias/43595/o-ultimo-remanescente-do-facao-da-jovem-pan-explica-com-perfeicao-o-que-esta-acontecendo-no-pais-veja-o-video
Moro revela a trama macabra do PT e destrincha a pretensão de “vingança” de Lula
Numa entrevista reveladora à TV Jovem Pan News, o senador eleito Sergio Moro (União Brasil-PR) disse que o PT quer cassá-lo no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
“Buscam desrespeitar a vontade de quase 2 milhões de eleitores”, observou Moro, sem mencionar a razão.
Entre outros argumentos, o PT sustenta que Moro descumpriu o requisito para filiação partidária até 2 de abril de 2022 (ou seja, ao menos seis meses antes da data da eleição). Essa fundamentação, contudo, foi rejeitada pelo TSE, em outras ações semelhantes para impugnar a candidatura.
“Isso é uma demonstração da chamada ‘democracia petista’”, afirmou Moro.
E complementou:
“Lula disse que, se voltar ao poder, vai perseguir todos os que se opuseram a ele. Mas não tenho medo de cara feia.”
Moro é o primeiro da lista de vinganças de Lula, mas não é o único. O ex-procurador da Lava Jato e deputado federal eleito, Deltan Dallagnol, é outro.
Também devm estar incluídos nessa lista o governador de Minas, Romeu Zema, o ex-braço direito de Lula, Antonio Pallocci, a Rádio Jovem Pan, sem falar em toda mídia digital – incluindo o Jornal da Cidade Online.
Para quem não sabe, os advogados do ex-presidiário entraram com uma demanda no TSE contra o JCO.
Algo inacreditável!
FONTE: Jornal da Cidade Online https://www.jornaldacidadeonline.com.br/noticias/43331/moro-revela-a-trama-macabra-do-pt-e-destrincha-a-pretensao-de-equotvingancaequot-de-lula
Ministros do STF atuaram como Executivo e Legislativo. O que esperar em um novo mandato de Lula
O ativismo judicial marcou a atuação do Judiciário durante os quatro anos de gestão do presidente Jair Bolsonaro (PL), com o Supremo Tribunal Federal (STF) e outras cortes da República – como o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o Superior Tribunal de Justiça (STJ) – assumindo papéis que antes cabiam somente ao Executivo e ao Legislativo. A partir de 2023, com Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Presidência, o cenário deve sofrer algumas mudanças.
Por um lado, bandeiras da esquerda como legalização do aborto, promoção da ideologia de gênero, controle da expressão nos meios digitais, desencarceramento em massa, descriminalização das drogas e proibição do homeschooling sofrerão forte oposição no Congresso, onde a direita elegeu dezenas de parlamentares. O Judiciário pode ser o atalho por meio do qual a esquerda buscará avançar essa pautas sem passar pelo Congresso.
O STF tem alguns julgamentos pendentes nas pautas de costumes. Em relação ao aborto, por exemplo, a ADPF 442, que discute a descriminalização da prática até a décima segunda semana de gestação, poderá entrar em pauta. Também está parado há anos o Recurso Extraordinário (RE) 635.659, sobre a liberação do porte de drogas para consumo pessoal, que pode ganhar andamento com um Executivo mais tolerante ao tema.
Quanto à liberdade de expressão nas redes, os anseios de regulação da mídia de Lula vão mais ou menos ao encontro das ações do Judiciário nos últimos anos: ambos defendem a ideia de que é preciso impedir a propagação de alguns tipos de discurso, e é possível que os dois poderes sejam aliados na tendência de cerceamento da liberdade de expressão. Alguns especialistas temem até mesmo que, nos próximos anos, as regras estabelecidas pelo TSE contra fake news sejam usadas em julgamentos não relacionados com as eleições.
Por outro lado, um presidente da República mais receptivo ao ideário do dito “progressismo” poderia amainar o ímpeto ativista em alguns temas, uma vez que o Judiciário já não se veria mais como único canal para promover uma agenda progressista. É o que pensa Alessandro Chiarottino, doutor em Direito Constitucional pela USP.
“Quando você tem um governo conservador, como era o caso do governo Bolsonaro, o ativismo tende a ser maior. Com o governo de esquerda, a gente deve esperar uma diminuição do ativismo, pela simples razão de que o próprio governo já teria iniciativas que vão no sentido em que o STF tem ido nos últimos anos. Há certa coincidência de pensamento, de visão de mundo”, diz.
Este alinhamento ideológico entre Executivo e Judiciário, segundo Chiarottino, deve causar turbulência política com o Congresso, no qual a direita ganhou muitas novas cadeiras. “Dada a configuração do Congresso, a gente pode esperar um período de conflitualidade política mais elevada. Deve haver um acirramento da batalha política por temas sensíveis, por temas de costumes. Vai ser um período bastante agitado”, afirma.
Chiarottino aposta que justamente para transmitir uma imagem de independência em relação ao Executivo, o STF deverá tentar se opor, em alguns pontos, à figura de Lula. “Penso até – e pode parecer paradoxal para alguns – que ele vai tentar mostrar uma cara independente”, afirma.
E como fica a possibilidade de impeachment dos responsáveis pelo ativismo judicial?
Um dos desejos de parte da população durante as eleições de 2022 – que se traduziu em promessa de campanha de alguns candidatos – foi a chegada de congressistas dispostos a tirar do Judiciário os ministros responsáveis pelo ativismo judicial dos últimos anos.
A presença de Lula no Executivo, contudo, deve desanimar eventuais tentativas de impeachment de ministros do STF por parte do Senado, já que o substituto da cadeira desocupada seria indicado pelo próprio petista.
Lula terá direito a nomear dois ministros do STF já em 2023, porque Ricardo Lewandowski se aposentará em maio, e Rosa Weber, em outubro do próximo ano. Com a eventual queda de um ministro por impeachment, o petista teria direito à indicação de mais um nome, o que interessa pouco a parlamentares conservadores. Além disso, a própria falta de apoio do presidente da República ajudaria a inviabilizar o impeachment.
“Com a vitória do Lula, acho que o cenário de impeachment é menos provável. Sem o apoio político da Presidência da República, o impeachment fica muito difícil. O presidente tem a sua influência dentro do Senado. Ainda que não tenha capacidade de veto técnica, ele tem influência muito grande sobre senadores. Não vejo isso caminhando. Se tivesse sido reeleito o presidente Bolsonaro, isso caminharia de forma muito mais correta”, opina Chiarottino.
FONTE: Gazeta do Povo https://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/ativismo-judicial-stf-o-que-esperar-governo-lula/?#success=true
Nikolas, Zambelli, Moro, Cleitinho: quais serão as “pedras no sapato” de Lula no Congresso
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enfrentará, em seu terceiro mandato à frente do Palácio do Planalto, um Congresso Nacional de viés mais conservador do que o que existia entre 2003 e 2010, quando o petista comandou o país. No primeiro turno das eleições, escolheram novos deputados federais e senadores com um perfil, em sua maioria, mais alinhados com pautas da direita. Com a derrota de Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno da disputa presidencial, esses grupos conservadores foram automaticamente transformados na futura bancada da oposição – que deve endurecer a vida de Lula no Legislativo.
A lista das “pedras no sapato” que Lula enfrentará no Congresso contém tanto novatos em Brasília quanto figuras que chegaram ao Legislativo na “onda conservadora” de 2018 ou mesmo que já faziam oposição ao PT nos governos do ex-presidente e de sua sucessora Dilma Rousseff.
Um exemplo de novato que tentará criar dores de cabeça para Lula é o senador Cleitinho (PSC), eleito por Minas Gerais. Ele recebeu 4,2 milhões de votos em outubro e superou Alexandre da Silveira (PSD), o candidato apoiado por Lula, e Marcelo Aro (PP), que era o nome do governador Romeu Zema (Novo). Cleitinho é atualmente deputado estadual e tem no endurecimento da legislação penal uma de suas bandeiras políticas.
A deputada Carla Zambelli (PL-SP) é um exemplo de parlamentar em segundo mandato que tende a ser uma das lideranças da oposição a partir de 2023. Ela chegará para a nova legislatura referendada por um crescimento expressivo em sua votação: saltou de 76.306 votos em 2018 para 946.244 em 2022, número que superou o obtido por Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do presidente.
Já o grupo dos opositores que são adversários do PT de longa data tem como um de seus representantes Eder Mauro (PL-MG), que na sessão do impeachment de Dilma, em 2016, justificou seu voto favorável ao dizer que se opunha à ideologia de gênero do PT. Ele foi reeleito em 2022 como o segundo mais votado do Pará, com 205.543 votos. Iniciará em 2023 seu terceiro mandato.
Confira abaixo outros deputados federais e senadores eleitos que deverão protagonizar a oposição a Lula no Congresso.
Quem serão os destaques da oposição no Senado
Eduardo Girão (Podemos-CE)
Senador pelo Ceará, eleito em 2018, Eduardo Girão ganhou destaque na defesa do governo Bolsonaro durante a CPI da Covid, embora se apresente como um parlamentar independente. O antipetismo é uma de suas bandeiras políticas, o que deverá ser acentuado com o retorno do PT ao Palácio do Planalto.
Flávio Bolsonaro (PL-RJ)
O filho mais velho do presidente é o atual líder do PL no Senado e tende a continuar tendo representatividade como membro da oposição, a partir de janeiro. Flávio chegou a ser citado como possível candidato a presidente do Senado se seu pai se reelegesse.
General Hamilton Mourão (Republicanos-RS)
O atual vice-presidente se elegeu senador pelo Rio Grande do Sul e, depois de sua vitória, se empenhou na campanha de Bolsonaro no segundo turno. Ele também apoiou o candidato derrotado ao governo gaúcho Onyx Lorenzoni (PL). Ao longo das últimas semanas, não poupou críticas a Lula e ao PT.
Magno Malta (PL-ES)
O ex-senador voltará ao Congresso após perder a eleição de 2018, quando tentou renovar seu mandato no Senado. Malta foi cogitado no passado para ser vice-presidente de Bolsonaro e para ocupar um ministério, mas as especulações não se confirmaram. Ele permaneceu ao lado de Bolsonaro – e contra o PT – ao longo dos últimos anos. Deve retomar a abordagem contra a esquerda que marcou os últimos anos de seu mandato anterior.
Marcos Rogério (PL-RO)
Derrotado na tentativa de se eleger governador de Rondônia, Marcos Rogério permanecerá no Senado e tentará se consolidar como uma voz de oposição ao PT. O senador ganhou notoriedade durante a CPI da Covid, quando foi uma das principais vozes de defesa do governo Bolsonaro. Antes de chegar ao Senado, foi deputado federal – na Câmara, se opôs ao PT durante seus mandatos.
Sergio Moro (União Brasil-PR)
O ex-juiz da Lava Jato e ex-ministro da Justiça já seria um adversário natural de Lula, pelo fato de ter sido o magistrado que condenou o petista em primeira instância judicial. A recente reaproximação de Moro com Jair Bolsonaro, após ele ter saído do Ministério da Justiça acusando o presidente de tentar interferir na Polícia Federal (PF), pode dar um papel ainda maior para o ex-juiz na oposição.
Soraya Thronicke (União Brasil-MS)
A senadora era uma parlamentar de pouco destaque no Congresso até se lançar como candidata a presidente. Passou a ser conhecida nacionalmente; e obteve 600 mil votos, ficando em quinto lugar na eleição presidencial. Ao longo do segundo turno, indicou que não apoiaria Lula nem Bolsonaro. Posteriormente, declarou que seria oposição no Senado a qualquer um dos dois. Tem ainda quatro anos de mandato.
Conheça os principais oposicionistas da Câmara
André Fernandes (PL-CE)
Fernandes estreará em Brasília em 2023 respaldado por ter sido o candidato mais votado nas duas eleições que disputou: a de 2022 para deputado federal e a de 2018 para deputado estadual. É um apoiador convicto de Bolsonaro e crítico de pautas progressistas. Em seu período como deputado estadual, travou acalorados embates com representantes do PT do Ceará.
Bia Kicis (PL-DF)
A deputada foi eleita para o Congresso em 2018 como uma das principais apoiadoras de Bolsonaro. Ao longo dos últimos anos, reforçou a condição e se reelegeu como o nome de maior votação no Distrito Federal. Tende a fazer linha-dura contra o PT.
Carlos Sampaio (PSDB-SP)
Reeleito para o sexto mandato, o tucano buscará reviver na Câmara o tempo em que foi líder do PSDB e era uma das principais vozes da oposição aos governos petistas. O combate ao PT foi o que o fez decidir pelo voto em Bolsonaro no segundo turno. Terá como obstáculo, porém, o fato de o PSDB ter hoje um tamanho bem menor do que tinha há alguns anos – em 2022, elegeu apenas 13 deputados federais e nenhum senador.
Deltan Dallagnol (Podemos-PR)
Assim como o senador eleito Sergio Moro, o ex-procurador é outra figura que ganhou notoriedade com a Lava Jato. Deltan foi o candidato a deputado federal mais votado no Paraná e, no segundo turno da disputa presidencial, declarou voto em Bolsonaro como oposição à “corrupção do PT”. Deverá focar seu mandato em criticar os escândalos das gestões petistas e discutir pautas anticorrupção.
Eduardo Bolsonaro (PL-SP)
O terceiro filho do atual presidente experimentará novamente a experiência de ser membro da oposição na Câmara, como ocorreu em seu primeiro mandato, época que combatia o governo de Dilma Rousseff. Eduardo continuará no Congresso respaldado por 741.701 votos, e tentará ser uma das maiores vozes contra a gestão de Lula.
Kim Kataguiri (União Brasil-SP)
O líder do Movimento Brasil Livre (MBL) pregou o voto nulo na disputa de segundo turno entre Lula e Bolsonaro. Ele apoiou Bolsonaro em 2018, mas ao longo de quase todo o governo criticou o atual presidente. Sob Lula, deverá reforçar seu antipetismo, vetor que motivou a fundação do MBL, na década passada.
Nikolas Ferreira (PL-MG)
O candidato a deputado federal mais votado do Brasil é um apoiador convicto de Bolsonaro e, por extensão, deverá ser um dos protagonistas da oposição a Lula no Congresso. Nikolas já costuma entrar em embates com membros da esquerda nas redes sociais e na Câmara Municipal de Belo Horizonte, onde atualmente exerce o mandato de vereador .
Ricardo Salles (PL-SP)
“É hora de serenidade”, escreveu o deputado federal eleito e ex-ministro do Meio Ambiente nas redes sociais horas depois da conclusão do segundo turno. A manifestação foi vista como uma das primeiras de apoiadores de Bolsonaro que reconheceram a derrota. O texto conciliador, porém, não tende a se manter quando Salles assumir seu mandato no Legislativo. O ex-ministro deverá focar em embates constantes com o governo do PT, principalmente na pauta ambiental.
Zé Trovão (PL-SC)
O líder dos caminhoneiros também reconheceu a vitória de Lula e disse aos seus aliados que é “hora de erguer a cabeça”. Ele exercerá seu primeiro mandato de deputado federal a partir de fevereiro e pretende prosseguir na defesa de pautas alinhadas com as de Bolsonaro.
FONTE: Gazeta do Povo https://www.gazetadopovo.com.br/republica/oposicao-contra-lula-quais-serao-os-principais-nomes-no-congresso/
Equipe de Lula deve apresentar PEC para furar o teto de gastos e não uma MP
Uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que pode possibilitar ao novo governo furar o teto de gastos deve ser apresentada pelo coordenador da equipe de transição Geraldo Alckmin (PSB), vice-presidente da República eleito. A informação foi dada pelo deputado José Guimarães (PT-CE) ao jornal O Estado de S. Paulo. Alckmin vai apresentar a PEC a Luiz Inácio Lula da Silva (PT), presidente eleito, nesta segunda-feira (7) e a decisão pode sair já nesta terça-feira (8).
A equipe de Lula teria optado pela PEC no lugar de apresentar uma Medida Provisória (MP) para obter o dinheiro extra. Segundo Guimarães, a aprovação por meio de Proposta de Emenda à Constituição “dá mais segurança jurídica e política”, já que terá de passar pela Câmara dos Deputados e pelo Senado.
A verba extra será destinada ao cumprimento de promessas de campanha de Lula e Alckmin, como a manutenção do Auxílio Brasil – que deve voltar a se chamar Bolsa Família – em R$ 600 em 2023. Se a PEC for aprovada, também poderá possibilitar que seja concedido aumento ao salário mínimo acima da inflação – outra promessa de campanha.
Mas a medida tem gerado críticas, pois, mesmo antes da posse, o novo governo já dependerá de negociações com o Centrão para fazer a PEC avançar no Congresso. É preciso o apoio de três quintos dos parlamentares em cada Casa Legislativa – em dois turnos de votação – para aprovar uma Proposta de Emenda à Constituição.
FONTE: Gazeta do Povo https://www.gazetadopovo.com.br/economia/equipe-de-lula-deve-apresentar-pec-para-furar-o-teto-de-gastos-e-nao-uma-mp/
PRF: rodovias federais têm 2 bloqueios totais e 8 interdições parciais
Rodovias federais voltaram a ser totalmente bloqueadas por caminhoneiros e outros manifestantes que apoiam o presidente Jair Bolsonaro (PL) nesta segunda-feira (7). De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), dois pontos tinham interrupção total do fluxo no fim manhã: em Rio do Sul (SC) e em Campos de Júlio (MT). As estradas também registravam oito interrupções parciais do tráfego.
Os trechos citados no boletim das 11h30 ocorrem em cidades diferentes dos que foram verificados às 7 horas. Mais cedo, as vias chegaram a ficar totalmente interrompidas em Palhoça (SC) e em Pontes e Lacerda (MT).
Os atos ocorrem desde a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva para a Presidência da República em 30 de outubro. A corporação havia informado na sexta que todas as estradas tinham sido liberadas dos bloqueios totais, mas eles foram retomados nesta segunda. A PRF disse que 1048 manifestações já foram desfeitas até o momento.
Interdições parciais
Além disso, oito interdições parciais eram registradas nas rodovias federais nesta segunda, segundo o balaço da 11h30. A PRF não informou os estados em que eles eram registrados.
No início da manhã, havia restrições parciais em Blumenau (SC), em Vilhena (RO) e duas em Altamira (PA).
O número cresceu em relação ao último domingo (6), quando chegou a existir apenas um ponto com restrição parcial ao tráfego e ficava em Santarém (PA).
FONTE: Gazeta do Povo https://www.gazetadopovo.com.br/republica/manifestantes-voltam-a-bloquear-rodovias-federais-diz-prf/
A vingança está planejada
Na noite de domingo, já com a vitória confirmada, o presidente eleito Lula fez um discurso de conciliação. “A ninguém interessa viver num país dividido, em permanente estado de guerra. Esse país precisa de paz e união, povo não quer mais brigar, cansado de chegar no outro inimigo, ser temido ou destruído. É hora de baixar armas”, afirmou. Mas, assim como em muitas outras ocasiões nas quais a prática desmentiu o discurso petista, o partido já demonstrou, antes mesmo do segundo turno, que “baixar armas” não é exatamente o plano do PT quando se trata daqueles que ousaram atrapalhar os esquemas montados pela legenda durante sua primeira passagem pelo Planalto.
“Na hora que o Deltan [Dallagnol] aparecer, vocês já caem de cacete em cima dele. Do [Sergio] Moro, a mesma coisa.” São palavras de João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT condenado por seu envolvimento no petrolão, a Rui Falcão, ex-presidente da legenda e coordenador da comunicação da campanha de Lula à Presidência, segundo reportagem do jornal O Estado de S.Paulo. De acordo com o jornal paulista, Vaccari preparou um dossiê com o objetivo de infernizar a vida do ex-coordenador da força-tarefa da Lava Jato no Ministério Público Federal e do ex-juiz federal responsável por condenar Lula no caso do tríplex do Guarujá (condenação depois anulada pelo Supremo Tribunal Federal) – Dallagnol foi eleito deputado federal pelo Podemos, e Moro conquistou uma vaga no Senado pelo União Brasil.
O revanchismo, por certo, não deve parar em Moro e Dallagnol. O que é, por exemplo, a constante promessa de Lula de realizar a “regulação social da mídia” a não ser vingança contra o jornalismo que denunciou os desmandos petistas em um passado não muito distante?
Vaccari, esse “guerreiro do povo brasileiro”, afirmou a Falcão (ainda segundo o Estadão) que seu dossiê foi montado com material da chamada “Vaza Jato”, o circo midiático montado com a divulgação de diálogos atribuídos a Moro, Dallagnol e outros membros da força-tarefa, e cuja autenticidade jamais foi comprovada nem mesmo após perícias da Polícia Federal. Este conteúdo fazia parte da Operação Spoofing, que investigava o ataque hacker contra autoridades, e foi liberado pelo ministro Ricardo Lewandowski para acesso da defesa de Lula em dezembro de 2020, sob condição de que ele fosse mantido em sigilo. Em fevereiro de 2021, quando comentamos a decisão do plenário do STF que confirmou a liminar de Lewandowski, lembramos o alerta da subprocuradora Cláudia Sampaio: “O ex-presidente tem materiais relativos a opositores políticos”. Seria tão descabido assim, àquela época, imaginar que esse tipo de conteúdo acabaria nas mãos de quem jamais deveria ter acesso a ele?
O revanchismo, por certo, não deve parar em Moro e Dallagnol. O que é, por exemplo, a constante promessa de Lula de realizar a “regulação social da mídia” a não ser vingança contra o jornalismo que denunciou os desmandos petistas em um passado não muito distante? O petismo e seus blogueiros chapa-branca não criaram a expressão “imprensa golpista” à toa. Por mais que hoje boa parte da classe jornalística tenha abraçado a candidatura de Lula, com maior ou menor entusiasmo, o petismo não quer correr o risco de ver a lua-de-mel se transformar rapidamente em divórcio litigioso. E que ninguém se engane, pois os petistas não escondem que seu modelo é o venezuelano ou o da Lei de Meios kirchnerista, em que os veículos de comunicação que não se curvam ao governo são sufocados – seja pelo estrangulamento rápido ou pela asfixia lenta.
Ao petismo se aplica ao menos parte do que Charles Maurice de Talleyrand-Perigord disse sobre os Bourbon, que retomaram a coroa francesa após o fim do período bonapartista: “Não esqueceram nada”. O diplomata também afirmara que eles “não aprenderam nada”, mas é incerto que o veredito valha para o PT. Por mais que a “autocrítica” feita pelo partido após o impeachment de Dilma Rousseff tenha concluído que o PT perdeu o poder por não ter colocado cabresto na imprensa, no Ministério Público e nas Forças Armadas, mostrando completo desconhecimento das verdadeiras razões do impeachment, não há como dizer que o petismo não aprendeu com sua primeira passagem pelo Planalto. Eles sabem onde seu projeto de poder perpétuo “falhou” e não pretendem que isso se repita.
FONTE: Gazeta do Povo https://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/editoriais/vinganca-esta-planejada-pt-lava-jato-moro-dallagnol/
Estão querendo passar por cima do direito de propriedade
Uma nota assinada pelo presidente do Centro de Indústrias do Pará alerta para uma decisão do Supremo Tribunal Federal de prorrogar, cancelar, demorar ou paralisar as reintegrações de posse já concedidas pelos juízes.
Reintegração de posse é quando alguém invade uma área que não é sua e o proprietário entra na Justiça para reaver a sua propriedade. É o direito de propriedade, previsto no caput do artigo 5º da Constituição. Está na mesma linha do direito à vida, é um direito importante.
E o ministro Luís Roberto Barroso tomou iniciativa para formar comissões para estudar a reintegração de posse com um olhar humanitário. Muita gente desconfiada que estão agora querendo passar por cima de outra questão, que é cláusula pétrea, que são os direitos e garantias fundamentais, entre os quais o direito de propriedade.
Ruas inconformadas com a “anomalia”
O TSE deve estar apostando que o povo vai sair das ruas. Neste domingo (6), as ruas estavam cheias de novo, e as pessoas inconformadas, mais ainda depois daquela live do argentino mostrando a disparidade de resultados entre as urnas da geração 2020 e as urnas das cinco gerações anteriores, a mais antiga de 2009, urnas que não foram auditadas. As novas foram e não há nenhum problema no resultado das novas, mas nas velhas, em lugares homogêneos, as curvas dos dois não batem. Eles chamam isso de anomalia.
Parece que as urnas velhas estavam torcendo pelo 13 e contra o 22. Enfim, eles não acusam ninguém de fraude, mas pedem que a gente confira isso nas seções eleitorais, e que enfim, todos vão chegar às mesmas conclusões. As conclusões deles é que se não houvesse essa anomalia, o resultado da eleição seria exatamente o inverso.
Furar teto para cumprir promessa da picanha com cerveja
O presidente eleito voltou do sul da Bahia, está em São Paulo e agora a primeira missão dele é convencer o Congresso a fazer um fura-teto, uma emenda constitucional que, como diz o vice-presidente, general Mourão, que possa estuprar a Constituição para dar uma pedalada. Para cumprir promessas feitas, o futuro presidente vai precisar de R$ 200 bilhões, que não estão no Orçamento.
É para cumprir promessa da picanha com cerveja, aumento de salário mínimo, isenção de imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil, aumento do funcionalismo, mais R$ 15 bilhões para a Saúde, mais R$ 1,5 bilhão para merenda escolar, mais compromisso aqui e ali… Então, está chegando a quase R$ 200 bilhões que não estão no Orçamento. Na hora que um candidato faz promessa, ele devia dar uma olhada para ver se tem dinheiro para isso. Primeiro prometeu, agora sai correndo atrás do dinheiro que é de nossos impostos.
Jair Bolsonaro fez o Auxílio Brasil, sustentou governador na pandemia, tirou imposto e a arrecadação está subindo, e as contas estão equilibradas. Botou água no Nordeste. E o que aconteceu? Não entregou ministério nem estatal para partido político. Aí não tendo o ralo da corrupção, foi mais fácil. Agora já estão correndo atrás do nosso dinheiro.
FONTE: Gazeta do Povo https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/alexandre-garcia/estao-querendo-passar-por-cima-do-direito-de-propriedade/
Tarcísio antecipa parte de seu ‘time de craques’ para governar São Paulo
Governador eleito de São Paulo reforça compromisso de ter secretários com perfis técnicos na sua equipe
O governador eleito de São Paulo, Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos), antecipou na sexta (4), nomes que devem fazer parte de sua equipe, que chamou de “time de craques”. A lista dos pré-convocados tem o perfil técnico prometido durante sua campanha eleitoral.
Entre as dicas de sua provável equipe de governo, o ex-ministro da Infraestruruta do presidente Jair Bolsonaro (PL) incluiu: Guilherme Afif Domingos, Jorge Lima, Eleuses Paiva e Rafael Benini.
“Podem observar que o compromisso que nós fizemos de ter aí um perfil técnico é o que vai ser mantido. Nós vamos buscar as melhores capacidades, As melhores aptidões, para que a gente dê o melhor resultado também”, resumiu o governador eleito, após escalar parte de seu time, na entrevista ao jornalista Reinaldo Gottino, no programa Balanço Geral, da Record TV.
Tarcísio de Freitas esclareceu que anunciará sua equipe de governo ao longo da transição. E afirmou que pessoas que trabalharam na elaboração de seu plano de governo poderão, se assim desejarem, fazer parte da equipe, o que o deixaria muito honrado, por ter o perfil técnico que almeja.
Justificativa para escolhas
O governador justificou suas escolhas, citando características dos primeiros nomes citados. Confira:
Guilherme Afif Domingos: “É uma pessoa que tem uma história ligada ao empreendedorismo, está muito focado no programa Jovem Aprendiz, que é aquele programa que vai abrir as portas do mercado de trabalho para os jovens, junto às pequenas empresas, junto às micro empresas, com custo do estágio subsidiado pelo Estado. É um programa que vai dar a primeira experiência profissional para muitos jovens. Então, é um programa super relevante, está focado também na questão da competitividade.
Jorge Lima: “Me ajudou, com a coalizão de indústrias de São Paulo, a desenvolver um plano para redução na carga tributária, para o aumento da competitividade, de resgate dos créditos ICMS. Para que a gente possa ter realmente uma programação muito consistente de investimento em geração de emprego no estado de São Paulo.
Eleuses Paiva: “Me ajudou na elaboração do programa de saúde, já foi presidente da Associação Paulista de Medicina, da Associação Médica Brasileira”.
Rafael Benini: “Me ajudou na estruturação dos projetos do Ministério da Infraestrutura, para cá para São Paulo, também para me ajudar nessa questão de infraestrutura, me ajudar tirado papel o Trem Intercidades, o Rodoanel Mário Covas, empreendimentos que são importantes, e o paulista tá esperando há muito tempo”.
FONTE: Diário do Poder https://diariodopoder.com.br/brasil-e-regioes/csa-brasil/tarcisio-antecipa-parte-de-seu-time-de-craques-para-governar-sao-paulo
Barros: Lula tem de agradecer ao STF, que o deixou ser candidato, e ao TSE, que o favoreceu
Líder do governo na Câmara é um crítico do ativismo político no STF e TSE
O deputado Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo na Câmara. afirmou neste sábado (5), em entrevista ao programa Jornal Gente, da Rádio que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) “terá de agradecer todos os dias ao Supremo Tribunal Federal (STF), que o deixou ser candidato”, soltando-o, e ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que o favoreceu “explicitamente”, durante a campanha eleitoral.
O parlamentar tem sido um crítico do comportamento que classifica “ativista” dos ministros do STF e do TSE e acha que o Congresso deveria discutir formas de conter o viés legislador dessas cortes, para além de decisões que extrapolam suas competências e ignoram a Constituição, como restringir o exercício de liberdade de expressão dos cidadãos.
Apesar disso, Ricardo Barros não acredita que o Congresso adote qualquer medida nem vote alterações na Constituição que imponha limites ao comportamento de integrante do STF e do TSE, em razão da dívida do futuro governo em relação a esses magistrados.
Ele acha, por exemplo, que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), por suas ligações aos ministros, jamais deixará prosperar qualquer dos inúmeros pedidos de impeachment de ministros do STF como Alexandre Moraes, o recordista em requerimentos desse tipo.
Primeiro parlamentar importante ligado ao presidente Jair Bolsonaro (PL) a reconhecer a vitória de Lula, Ricardo Barros acha que não será fácil a articulação do futuro presidente para a formação de uma base governista no Congresso.
O experiente parlamentar, o mais antigo em atividade, observa que o País se dividiu nas últimas eleições a tal ponto que um deputado eleito por integrar o movimento de apoio a Bolsonaro não será perdoado se aderir ao novo governo. “Ele não poderá circular nas ruas de sua cidade”, disse.
Barros considera também que a base de apoio ao atual governo no Congresso apoiará medidas que viabilizem a continuação do pagamento de R$600 do Auxílio Brasil, “até porque esse era um compromisso também do presidente Bolsonaro”, mas as demais pretensões enfrentarão dificuldades de aprovação.
O deputado Ricardo Barros foi entrevistado no Jornal Gente da Rádio Bandeirantes pelos jornalistas Agostinho Teixeira e Cláudio Humberto.
FONTE: Diário do Poder https://diariodopoder.com.br/politica/ttc-politica/barros-lula-tem-de-agradecer-ao-stf-que-o-deixou-ser-candidato-e-ao-tse-que-o-favoreceu
Elon Musk faz sua primeira manifestação sobre a censura no Brasil
O empresário Elon Musk, novo dono do Twitter, prometeu que vai olhar o caso dos brasileiros que tiveram suas contas banidas no Brasil por ordens judiciais do Tribunal Superior Eleitoral e do Supremo Tribunal Federal.
Entre eles a juíza Ludmila Lins Grilo, o ex-candidato a vice-presidente Marcos Cintra, o deputado Major Victor Hugo e a deputada Carla Zambelli.
Um usuário fez uma menção a Elon Musk com uma mensagem em inglês que dizia o seguinte:
“Sua empresa anda impondo uma censura ideológica draconiana sobre o direito à liberdade de expressão do povo brasileiro”.
E completou:
“Pensamos que você comprou o Twitter exatamente por essa razão. Erga-se contra a censura agora!”
Elon, perguntou a que censura o usuário se referia.
Quem respondeu foi o empresário e jornalista Paulo Figueiredo Filho:
“É claro que o Twitter precisa obedecer a decisões de ‘tribunais’ brasileiros. Mas a empresa foi longe demais, impondo espontaneamente a sua própria censura, até mais estrita que aquela das nossas cortes defeituosas. Os seus moderadores estão no momento sendo mais ditatoriais que os nossos próprios tribunais!”
A resposta:
“Eu vou olhar a questão”, disse Elon Musk, que há pouco mais de uma semana administra o Twitter de forma privada após adquirir a rede social por US$44 bilhões (R$221 bilhões).
Vamos aguardar.
FONTE: Jornal da Cidade Online https://www.jornaldacidadeonline.com.br/noticias/43600/elon-musk-faz-sua-primeira-manifestacao-sobre-a-censura-no-brasil
DE VOLTA À CENA DO CRIME
O ex-presidente Lula está de volta à cena do crime, de acordo com a descrição feita tempos atrás pelo próprio vice da sua chapa – eis ele aí de novo, aos 77 anos de idade, eleito presidente do Brasil pela terceira vez. Foi por pouco. Mas jogo que acaba em 5 a 0, ou 1 a 0, vale o mesmo número de pontos, e o que conta é o resultado marcado no placar do TSE. Após a campanha eleitoral mais desonesta que já se viu na história política deste país, com a imposição de uma ditadura judiciária que violou todo o tipo de lei para lhe devolver a presidência, o líder supremo da esquerda nacional volta a mandar no Brasil. Com ele não vêm “os pobres”, nem um “projeto de justiça social”, e nenhuma das coisas cheias de virtude de que falam as classes intelectuais, os parasitas que lhe dão apoio e a sua própria propaganda. Voltam a mandar os donos do Brasil do atraso – esses que querem manter os seus privilégios de 500 anos, não admitem nenhum governo capaz de atender aos interesses da maioria dos brasileiros que trabalha e exigem um “Estado” com poderes de Deus, e eternamente a seu serviço. São eles os que realmente ganharam. Conseguiram convencer a maior parte do eleitorado, segundo os números da autoridade que controla as eleições, que é uma boa ideia colocar de novo na presidência da República um cidadão condenado pelos crimes de corrupção passiva e de lavagem de dinheiro. Começa agora o pagamento da conta – e quem vai pagar, como sempre acontece, são os brasileiros que têm menos.
Lula foi levado à presidência pelo colapso geral da Constituição e das leis brasileiras ao longo do processo eleitoral – resultado de uma inédita intromissão do alto Poder Judiciário, abertamente ilegal, em cada um dos passos da eleição. O fato objetivo é que a dupla STF-TSE, com o ministro Alexandre Moraes dando as ordens e Lula no papel de beneficiário único, fez tudo o que seria preciso para um observador neutro definir a disputa como uma eleição roubada – pode não ter sido, na contagem aritmética dos votos, mas com certeza fizeram o possível para dar a impressão de que foi. Basicamente, os ministros do Supremo Tribunal Federal e seu braço eleitoral, o TSE, montaram peça por peça um mecanismo desenhado para favorecer em tudo o candidato do PT. O primeiro passo foi a decisão de anular a lei, aprovada pelo Congresso Nacional, que permitia a prisão dos réus condenados em duas instâncias – como efeito imediato e direto dessa virada de mesa, Lula foi solto do xadrez de Curitiba onde cumpria há 20 meses a pena pelos crimes a que foi condenado na justiça. Em seguida veio o que deverá ficar na história como a sentença mais abjeta jamais dada nos 131 anos de existência do STF, do ponto de vista da moralidade comum e pelo princípio elementar que manda a justiça separar o certo do errado. Os ministros, simplesmente, anularam as quatro ações penais que havia contra Lula, incluindo as suas condenações – e, com isso, fizeram a mágica de desmanchar a ficha suja que impedia o ex-presidente de ser candidato. Não deram motivo nenhum para isso, não fizeram um novo julgamento em que ficasse provada a sua inocência, e nem o absolveram de coisa nenhuma – disseram apenas que o endereço do processo estava errado e, portanto, ficava tudo zerado. A partir daí, e até desfecho no dia 30 de outubro, o sistema STF-TSE passou a trabalhar sem qualquer disfarce para favorecer Lula e prejudicar o único adversário real de sua candidatura – o presidente Jair Bolsonaro
A campanha eleitoral de 2022 foi uma fraude jurídica e política como jamais se viu neste país. O STF e os advogados de Lula, pagos com os bilhões do “Fundo Eleitoral” que foi extorquido do pagador de impostos, deram a si próprios o poder de violar as leis e a Constituição Federal para “defender a democracia” – e essa defesa, desde o primeiro minuto, foi fazer tudo para impedir que Bolsonaro ganhasse a eleição. A campanha se fez debaixo da pior censura imposta à imprensa desde o AI-5 do regime militar. A liberdade de expressão individual foi liquidada nas redes sociais. O TSE desviou para Lula, com desculpas de quinta categoria, tempo do horário eleitoral que pertencia legalmente a Bolsonaro. Houve trapaça direta, também – cerca 1.300 horas de mensagens devidas ao presidente em rádios do Nordeste simplesmente não foram levadas ao ar durante a campanha. O TSE não fez nada: a única providência que tomou foi ameaçar com processo criminal quem fez a queixa e demitir o funcionário que encaminhou a denúncia aos seus superiores. Inventaram, num momento especial de demência, multas de 150.000 por hora a quem não obedecesse aos decretos do sistema. O ex-ministro Marco Aurélio, até outro dia decano do STF, não teve permissão para dizer que Lula não foi absolvido de nada pela justiça brasileira; o homem é um jurista, mas não pode falar de uma questão puramente jurídica. Em outro momento extraordinário, Moraes proibiu que fossem mostrados vídeos em que ele próprio, Moraes, dizia que o PT fez um governo de ladrões – nos tempos em que não era o protetor de Lula, nem seu servidor. Proibiram uma foto em que Lula aparece com o boné usado por uma facção criminosa no Rio de Janeiro; na hora ele achou que era uma grande ideia, mas no fim os seus advogados decidiram que a coisa estava pegando mal e mandaram o TSE tirar. Uma ministra, para coroar este desfile de aberrações, anunciou em público que estava, muito a contragosto, violando a lei, mas só fazia isso de forma “excepcional” – porque tinham de impedir a reeleição de Bolsonaro e, com isso, salvar a “democracia”. Nunca se viu nada de parecido em nenhum país sério do mundo.
Mas é aí que está, justamente: o consórcio STF-TSE transformou o Brasil, do ponto de vista legal, numa ditadura de republiqueta bananeira em que eleição só é ganha por quem manda. Volta a vigorar, agora, o Brasil da senzala, com os donos do “Estado” no papel de senhores de engenho e com a população escalada de novo para trabalhar, pagar imposto e sustentar a casa-grande. Sabe-se, desde sempre, quem é essa gente. São as múltiplas modalidades de parasitas do Tesouro Nacional – dos que estão diretamente instalados dentro da máquina estatal até os que se servem dela para ganhar a vida sem risco, sem competição e sem trabalho. São as empreiteiras de obras públicas, que governaram o país nos quase 14 anos de Lula-Dilma e agora voltam ao Palácio do Planalto – a turma do “amigo do amigo do meu pai” e você sabe muito bem quem mais. São os eternos donos das estatais, que passaram esses últimos quatro anos longe delas — um desastre que jamais tinham experimentado antes. Foi um período em que as estatais deram lucro; o que poderia haver de pior para quem ganha bilhões com os seus prejuízos, como foi regra na era PT? São, obviamente, os ladrões do erário público – esses mesmos que confessaram livremente os seus crimes na Operação Lava Jato, devolveram fortunas em dinheiro roubado e fizeram do governo Lula, com base em provas materiais, o mais corrupto da história do Brasil. São os advogados criminalistas que defendem corruptos e o crime organizado. É a mídia, que voltará a receber verbas bilionárias em publicidade oficial pagas com dinheiro dos impostos; só a Globo, nos governos do PT, levou R$ 7 bilhões em valores corrigidos.
A vitória da associação Lula-STF é a vitória do Brasil da licença-prêmio, dos aumentos automáticos para o funcionalismo público e dos “penduricalhos” que fazem as castas mais elevadas do judiciário terem salários mensais de R$ 100.000 ou mais, sempre com uma explicação legal para isso. Ganham, com Lula, os 12 milhões de funcionários públicos de todos os níveis – é uma população inteira de eleitores, e a maioria vota no PT, por questões elementares de interesse pessoal. (No governo de Bolsonaro o número de servidores federais foi o menor desde 2011; alguma surpresa que Lula tenha aí um dos seus principais reservatórios de voto?) Ganham o “imposto sindical” e os proprietários de sindicatos, que enriquecem metendo esse dinheiro no próprio bolso. Ganha o “consórcio do Nordeste”, um bloco de governadores formalmente acusado de agir como organização criminosa durante a covid. Ganham os vendedores de navios-sonda para a Petrobras, que não extraíram uma gota de petróleo — mas embolsaram bilhões de reais até, convenientemente, suas empresas irem à falência. Ganham os artistas, ou quem se apresenta como tal, que em vez de público têm verbas do Estado, por força da infame “Lei Rouanet”. Ganha, em suma, o Brasil do antitrabalho – as classes que não admitem o mérito, o esforço e o talento individuais como a base da prosperidade pessoal, do crescimento econômico e da igualdade social. Em vez disso querem “políticas públicas” que sustentem o seu conforto e, como sempre, deixem a pobrada exatamente como está, com umas esmolas e a ficção de que “o governo” morre de preocupação com eles.
Não há, a partir de agora, grandes notícias a esperar na economia. Lula, pelo que ele próprio vem dizendo aos gritos e há meses, é contra tudo o que foi posto em prática por este governo e deu certo – a começar pelo surgimento de estruturas produtivas que abriram a possibilidade de uma economia menos dependente do Estado. Quer mais estatal, mais ministério e mais funcionário público. Acha que desrespeitar o teto legal de gastos do governo é fazer “política social”. Acha que combater a inflação é coisa “de rico”; para ele, pobre precisa de aumento salarial e dinheiro no bolso, mesmo que esse dinheiro não valha nada. Acha que a Argentina é um modelo de administração econômica; só não está dando certo por culpa do capitalismo. Acha que os invasores de terra do MST devem fazer parte do governo – e por aí vai a procissão. Seu passado, em matéria de economia, é um pesadelo em formação. Ele passa o tempo todo dizendo que o Brasil vivia feliz, ninguém era pobre e todo mundo viajava de avião; na vida real, os 14 anos de governo petista deixaram o país com a maior recessão de sua história, inflação à beira do descontrole, taxas inéditas de desemprego, estatais à beira da bancarrota e a falência múltipla dos serviços prestados à população. Também não se pode contar com qualquer melhora no combate ao crime. As taxas de criminalidade ao fim dos governos petistas foram as piores da história; desde que saíram, todos os índices só tiveram melhoras. Qual a surpresa? Lula é contra a polícia; disse, para efeitos práticos, que os policiais não são seres humanos. Tirou foto com o tal boné de bandido numa favela governada pelo crime no Rio de Janeiro. Diz que é um absurdo prender “meninos” que roubam um mero celular – e mais uma porção de coisas do mesmo tipo. Pode-se contar com o pior, também, em matéria de transferência de dinheiro público brasileiro para a “América Latina”. Lula diz, o tempo todo, que os seus grandes modelos de sociedade são Cuba, Venezuela e Nicarágua. Proibiu, via TSE, que se dissesse que ele vive um caso de amor político com essas ditaduras, porque achou que isso não ficava bem na reta final da eleição, mas só provou a sua hipocrisia; é a favor, sim, e quis esconder que era até ser eleito. A partir de janeiro de 2023, esses três, mais Argentina, Chile, Colômbia e Bolívia, terão acesso de novo aos cofres do BNDES, à diretoria da Petrobras e aos US$ 400 bilhões que o Brasil mantém nas suas reservas internacionais. Por que não? Lula, o PT e o seu entorno acham que é bom juntar-se a países que são notórios perdedores; imaginam que vão ficar mais fortes, quando estão apenas somando os problemas dos outros a todos aqueles que o Brasil já tem.
Muito se falou, entre um turno e outro, no crescimento da direita e do “bolsonarismo” dentro do Congresso. As almas mais otimistas têm imaginado até que a nova composição da Câmara, e principalmente do Senado, poderia servir de freio para os desastres anunciados por Lula, pelo PT e pelo que passa por sua “equipe econômica”, sem contar o MST e outros componentes tóxicos. No Senado, em especial, os candidatos de Bolsonaro ficaram com a maioria das vagas em disputa nesta eleição – e isso poderia, quem sabe, abrir uma perspectiva de oposição à ditadura do STF, cujos ministros dependem dos senadores para continuar sentados nas suas cadeiras e nas suas canetas. Impossível não é. Mas também não parece provável, levando-se em conta o que mostra a experiência – deputado e senador brasileiro só fazem oposição de verdade a governo morto, como aconteceu com Dilma Rousseff. O Congresso não manda nada hoje; com Lula na presidência, promete mandar menos ainda. Obedece de olhos fechados, hoje, tudo o que o STF manda; no seu momento mais infame, concordou com a prisão ilegal de um deputado federal, por ordem e vontade de Alexandre Moraes, um caso sem precedentes na história da República. Por que iria enfrentar o STF com Lula, se não enfrenta nem com Bolsonaro?
Se o presidente tivesse ganhado, a história poderia ser diferente — seus senadores assumiriam com o dobro da força política, e os ministros poderiam se ver diante de um perigo real. Com Lula no governo, porém, o STF está com a vida ganha; não deve ser mais o que é hoje, quando manda em tudo, mas a lagosta fica garantida. O fato é que o grande objetivo do STF foi alcançado – tiraram Bolsonaro do Palácio do Planalto, depois de quatro anos inteiros de sabotagem e de oposição declarada a seu governo. Agora os ministros vão trocar o passo; em vez de dar ordens ao presidente, estarão a seu serviço. Foi assim durante toda a caminhada que levou Lula de novo à presidência. Por que ficariam contra, agora que ele ganhou? O Congresso, hoje, pode decidir o que quiser – é o STF quem diz se a decisão vale ou não vale. Vai continuar dizendo – só que, daqui para a frente, os ministros vão querer o que Lula quiser, e só vai valer aquilo que ele decidir que vale.
Lula tem desde já uma explicação pronta para todo e qualquer fracasso do seu governo – será culpa da “herança maldita” de Bolsonaro, assim como já foi com a “herança maldita” que recebeu de seu atual admirador Fernando Henrique Cardoso, como disse na época. É exatamente o contrário, num caso e no outro. Agora, em especial, ele vai receber uma casa em excelente situação — infinitamente melhor que as ruínas que sua sucessora Dilma deixou ao ser deposta da Presidência pelo Congresso Nacional. Mas e daí? Ele estará de volta ao que seu vice definiu como o local do crime. Pode começar tudo de novo.
FONTE: Jornal da Besta Fubana https://luizberto.com/de-volta-a-cena-do-crime/
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