Indignados com a forma como ocorreu o processo eleitoral, o povo brasileiro está se manifestando por todo o país.
Os atos ocorrem também em apoio aos caminhoneiros, que desde a madrugada de segunda-feira estão ocupando as estradas e lutando bravamente pela continuidade da democracia, agora em risco com a volta dos que pilharam o Brasil por 14 anos.
No Rio de Janeiro, o povão lota a região da Central do Brasil, no centro da capital fluminense, ocupando principalmente a praça diante do Panteão de Duque de Caxias.
Muitos chegam de metrô, vestindo verde e amarelo e com a bandeira nacional em punho.
Milhares de pessoas também estão na frente da Academia Militar das Agulhas Negras, no município de Resende-RJ.
Em breve pronunciamento, na tarde de terça-feira (1), Bolsonaro reafirmou o seu respeito à Constituição Federal, mas ressaltou o direito à liberdade de manifestação, de forma ordeira e sem qualquer prejuízo ao patrimônio público.
Veja os vídeos:
FONTE: Jornal da Cidade Online https://www.jornaldacidadeonline.com.br/noticias/43510/o-protesto-pela-liberdade-diante-de-panteao-de-duque-de-caxias-no-rj-veja-o-video
Porque o Brasil não será uma Venezuela (ouça o podcast)
Vocês sabem qual a diferença entre um otimista e um pessimista?
Nenhuma…a não ser que o pessimista sofre duas vezes.
Agora dê um “pause” para ler e reler (ou ouvir) este artigo que é longo, mas que talvez seja útil para uma visão lúcida da importância que cada um de nós tem no futuro do Brasil e dos Brasileiros a partir de agora. Não havia como “quebrar em partes” o artigo, por isso ficou longo, e ainda que algumas coisas possam ser acrescentadas, ele vai servir como uma espécie de roteiro para tudo que acredito, irá acontecer a partir do mosaico político e econômico que vamos analisar.
Então, respire fundo e reflita comigo:
Link para a versão áudio/Podcast, CLIQUE AQUI!
Leia a matéria completa em: https://www.jornaldacidadeonline.com.br/noticias/43513/porque-o-brasil-nao-sera-uma-venezuela-ouca-o-podcast
AO VIVO: Povo diz ‘não’ a Lula / Manifestações crescem em todo o país (veja o vídeo)
Brasileiros foram às ruas em várias partes do país, protestando contra a volta de Lula e do PT ao poder. O povo não esqueceu o que os corruptos fizeram não faz tanto tempo…
Até a atriz Cassia Kiss participou das manifestações no Rio de Janeiro, para desespero dos artistas ‘globais’.
Para comentar sobre esses e outros assuntos, o Jornal da Noite recebe o analista político Gustavo Reis o advogado Claudio Caivano.
Relatório oficial das inserções de rádio mostra que prejuízo da campanha de Bolsonaro pode chegar a 1 milhão de publicações a menos.
Termine o dia bem informado com o Jornal da Noite!
Assista, compartilhe, contribua para que o Jornal da Cidade Online continue a ser a sua voz.
FONTE: Jornal da Cidade Online https://www.jornaldacidadeonline.com.br/noticias/43522/ao-vivo-povo-diz-nao-a-lula-manifestacoes-crescem-em-todo-o-pais-veja-o-video
Valdemar da Costa Neto uma figura importante do xadrez político
Valdemar da Costa Neto é 100% confiável? Essa é a pergunta que assombra os 58 milhões de conservadores que votaram em Bolsonaro.
E para frustação da maioria, essa pergunta é irrelevante agora.
O presidente é um fenômeno eleitoral a ser estudado, que sozinho criou e transformou dois partidos em gigantes, o PL com 99 deputados federais e o União com 59.
Bolsonaro agora terá que compor com Valdemar e se sujeitar ao seu comando até ter forças para assumir o controle do PL – e nem pensem em brigar ou sair do partido porque isso seria um presente para Costa Neto, como já foi para o deputado Luciano Bivar, quando Bolsonaro deixou o PSL com um grande número de deputados e um bilionário fundo partidário.
Ressalte-se que Valdemar Costa Neto será o 1º aliado de Bolsonaro a ser procurado por Lula. Eles já se conhecem bem e tem ‘uma história’ juntos. E a ele será oferecido tudo: ministérios, bancos, estatais.
Por isso será importante que Bolsonaro se mantenha próximo do presidente do PL, exatamente para constranger essa negociação.
Por outro lado, a pressão popular vai reduzir bastante a capacidade do PT em fazer acordos espúrios.
O PT vai sentir na pele o que é ter em sua sombra uma oposição vigilante.
Então sedentos para se locupletar e não tardarão em cometer vacilos.
“Fora Lula” é uma realidade que vai crescer rapidamente.
FONTE: Jornal da Cidade Online https://www.jornaldacidadeonline.com.br/noticias/43508/valdemar-da-costa-neto-uma-figura-importante-do-xadrez-politico
Relator do orçamento joga ‘pá de cal’ nas promessas de Lula
Lula terá enormes dificuldades de governar.
Não será fácil resistir.
Já há quem aposte quanto tempo o petista irá suportar.
A formação do ministério é o primeiro desafio. Todos querem a sua ‘fatia’ no bolo, mas obviamente o bolo não vai dar pra todo mundo.
Por outro lado, uma ferrenha oposição no Congresso será formada. A atual composição é mais austera que as anteriores, com uma formação ideológica mais para a direita e vai fiscalizar ferrenhamente todos os passos de Lula e de seus ministros.
Sedentos para reviverem a roubalheira da era petista nos governos anteriores de Lula e Dilma, não tardarão em cometer deslizes e certamente serão flagrados.
O risco de impeachment vai existir desde o momento da posse.
Por fim, Lula vai viver rapidamente um desgaste monstruoso, pois não conseguirá cumprir as promessas de campanha que fez para a população mais pobre.
Relator do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2023, o senador Marcelo Castro disse que “não há espaço” no orçamento para promessas de campanha do presidente eleito Lula (PT), dentre as quais a manutenção do Auxílio Brasil em R$ 600.
O ex-presidiário vai comer o pão que o diabo amassou.
Não vai conseguir sobreviver.
Quem viver verá!
Gonçalo Mendes Neto. Jornalista.
FONTE: Jornal do Povo Online https://www.jornaldacidadeonline.com.br/noticias/43516/relator-do-orcamento-joga-pa-de-cal-nas-promessas-de-lula
Manifestações extrapolam fronteiras e chegam ao exterior (veja o vídeo)
As manifestações populares que acontecem em inúmeras cidades brasileiras, contra a eleição do petista Luiz Inácio Lula da Silva, estão crescendo de maneira vertiginosa.
Em todas as regiões do país, inclusive na região Nordeste, o povo saiu às ruas.
O movimento também chegou ao exterior.
No vídeo abaixo, brasileiros protestam no centro de Londres.
“A nossa bandeira jamais será vermelha”, é o grito do que se ouve.
A força do povo é realmente indescritível.
Confira:
FONTE: Jornal da Cidade Online https://www.jornaldacidadeonline.com.br/noticias/43524/manifestacoes-extrapolam-fronteiras-e-chegam-ao-exterior-veja-o-video
STF diz o motivo da reunião a portas fechadas com Bolsonaro
Em nota, o Supremo Tribunal Federal (STF) destacou a importância do pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro.
“O Supremo Tribunal Federal consigna a importância do pronunciamento do presidente da República em garantir o direito de ir e vir em relação aos bloqueios e, ao determinar o início da transição, reconhecer o resultado final das eleições”, declarou a Corte.
Após o pronunciamento no Palácio da Alvorada, Bolsonaro foi ao Supremo e se encontrou com a presidente da Corte, ministra Rosa Weber, e mais seis ministros. O presidente estava acompanhado do ministro da Economia, Paulo Guedes.
A reunião ocorreu a portas fechadas e durou cerca de uma hora.
Segundo a assessoria de imprensa do tribunal, a reunião foi uma visita institucional feita por Bolsonaro em que foi destacada “a importância da paz e harmonia para o bem do Brasil”.
Também participaram os ministros Gilmar Mendes, Luiz Fux, Edson Fachin, Nunes Marques, André Mendonça e Alexandre de Moraes.
FONTE: Jornal da Cidade Online https://www.jornaldacidadeonline.com.br/noticias/43503/stf-diz-o-motivo-da-reuniao-a-portas-fechadas-com-bolsonaro
Mesmo com pedido de Bolsonaro, protestos seguem em rodovias federais de 11 estados
Rodovias federais de 11 estados seguiam bloqueadas ou com interdições parciais, nesta quinta-feira (3), feitas por caminhoneiros e outros manifestantes que apoiam o presidente Jair Bolsonaro (PL) após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a Presidência da República. O balanço da Polícia Rodoviária Federal foi divulgado por volta das 6h30 nas redes sociais.
Na quarta-feira (2), Bolsonaro pediu que os atos fossem encerrados em um vídeo e afirmou que não são manifestações legítimas, já que impedem o direito de ir e vir de outras pessoas. Ele ressaltou também que o bloqueio das estradas prejudica a economia do país.
“Quero fazer um apelo a vocês: desobstruam as rodovias. Isso não faz parte, no meu entender, dessas manifestações legítimas. Não vamos perder, nós, aqui, essa nossa legitimidade. Outras manifestações que vocês estão fazendo pelo Brasil todo, em praças, fazem parte, repito, do jogo democrático. Fiquem à vontade”, afirmou Bolsonaro.
Segundo a PRF, protestos ainda estavam em andamento no Acre, Amazonas, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná, Rondônia, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Apenas em Santa Catarina existiam rodovias federais totalmente fechadas nesta manhã e eram 13, de acordo com os dados das 6h30. Mas as interdições parciais foram verificadas pela PRF em 73 estradas brasileiras.
FONTE: Gazeta do Povo https://www.gazetadopovo.com.br/eleicoes/2022/apos-pedido-de-bolsonaro-protestos-seguem-em-rodovias-federais-de-11-estados/?#success=true
A importância de uma oposição forte
O resultado do primeiro turno das eleições de outubro mostrou que, se Jair Bolsonaro acabasse vencendo Lula no segundo turno, teria mais facilidade para governar a partir de 2023, com uma base aliada mais ampla do que vinha tendo até agora. De fato, o eleitor deu mais cadeiras aos partidos que vêm apoiando o atual presidente da República. Mas isso não quer dizer que a vitória de Lula lhe traga dificuldades intransponíveis para construir maioria parlamentar, pois partidos e políticos prontos a abraçar a mudança de ares não faltarão. No entanto, também há razões para crer que a oposição terá força, se assim desejar, para barrar ao menos os projetos mais radicais que Lula e o PT desejarem colocar em prática pela via parlamentar. E uma oposição forte será essencial ao longo dos próximos quatro anos.
Lula governou praticamente sem contestação em sua primeira passagem pelo Planalto – um pouco porque suas vitórias eleitorais em 2002 e 2006 foram bastante convincentes, um pouco porque o petismo usou os métodos que hoje o Brasil todo conhece para comprar apoio parlamentar. Desta vez, contra um presidente que boa parte do jornalismo e da opinião pública classificou como “o pior da história”, além de “genocida” e “fascista”, Lula precisou buscar aliados até entre antigos inimigos, contar com o apoio maciço da imprensa, dos formadores de opinião e de quase toda a sociedade civil organizada, e receber uma ajuda (independentemente de ter sido intencional ou não) da Justiça Eleitoral – tudo isso para triunfar por míseros dois pontos porcentuais de vantagem. Ou seja, Lula pode ter vencido, mas não tem a mística de antigamente; ainda que blocos como o Centrão migrem para a futura base aliada do governo petista, é possível prever que desta vez ele terá vida muito mais difícil no Congresso.
A futura oposição brasileira tem de ser numerosa, mas também aguerrida, apoiando os bons projetos, venham de onde vierem, e contrapondo-se a qualquer tentativa de Lula e do petismo de colocar em prática uma plataforma radical
Parte dessa dificuldade se deve ao perfil da bancada eleita pelos apoiadores de Bolsonaro. Em 2018, vários deputados e senadores foram eleitos na esteira do bolsonarismo e depois romperam com o governo; muitos deles acabaram punidos nas urnas em 2022. Desta vez, com a experiência de quatro anos de observação, o eleitor alinhado com Bolsonaro preferiu candidatos – tanto novatos quanto aqueles que já tinham cargo eletivo – que se mantiveram leais ao presidente mesmo nos momentos em que ele foi mais contestado. A “bancada bolsonarista” eleita em 2022, portanto, é não apenas mais numerosa, mas também mais fiel que a de 2018 e mais propensa a defender, no Congresso, as pautas socioeconômicas e comportamentais que impulsionaram sua eleição.
Este cenário é especialmente evidente no Senado, onde aliados de Bolsonaro foram eleitos por várias legendas do Centrão, e não apenas o PL, o partido do presidente: é o caso do atual vice-presidente, Hamilton Mourão, e da ex-ministra Damares Alves (ambos do Republicanos), bem como da também ex-ministra Tereza Cristina (do PP). Ao lado de outros senadores que consideram impensável uma aproximação com o petismo, eles devem ser a maior esperança de impedir Lula de conquistar ao menos a maioria qualificada que permita mudar a Constituição. Por fim, é sempre necessário lembrar que, tanto no Centrão quanto em outras legendas, como o PSDB e o União Brasil, há inúmeros parlamentares que têm postura mais moderada e estariam dispostos a rejeitar excessos radicais, seja por convicção própria, seja por medo da reação do seu eleitorado.
A democracia, da qual tanto se falou ao longo de toda essa campanha eleitoral, é prejudicada quando inexiste oposição – e basta observar como regimes autocráticos mundo afora se empenham em aniquilar os blocos políticos que não lhes são subservientes. Uma boa oposição parlamentar fiscaliza o governo de turno e freia seus excessos, aprimora o debate político, chama a atenção para assuntos importantes negligenciados pelo Executivo. A esquerda brasileira, quando esteve fora do governo, se pautou pela oposição destrutiva e pelo recurso ao tapetão, aproveitando-se do ativismo judicial para conseguir o que era incapaz de obter no Congresso. A futura oposição brasileira tem de ser numerosa, mas também aguerrida, apoiando os bons projetos, venham de onde vierem, e contrapondo-se a qualquer tentativa de Lula e do petismo de colocar em prática uma plataforma radical.
FONTE: Gazeta do Povo https://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/editoriais/a-importancia-de-uma-oposicao-forte/
A Constituição é maior que as pessoas
O artigo 5º da Constituição é o que estabelece os direitos e garantias individuais. E lá, no inciso IV, diz que é livre a expressão do pensamento. Ou seja, você pode dizer o que quiser desde que você se revele, vedado o anonimato. É livre você expressar o que pensa.
Estou dizendo isso porque estão chamando de baderneiros e arruaceiros os manifestantes que têm ido para frente dos quartéis. Estão incomodados, como diz o The New York Times, com o modo como a Justiça Eleitoral tratou a campanha, censurando um lado mais e o outro menos. Desequilibrando a balança, quando a lei eleitoral é feita para dar igualdade de oportunidade para os dois lados. E mais a politização, o ativismo, que todo mundo viu.
É livre a pessoa dizer o que quer. Uma coisa é o dizer – e isso está sendo muito censurado –, o fazer é diferente. É o caso de um advogado que trate de uma acusação de ameaça, por exemplo. Ameaça de boca, sem que se demonstre que há um potencial de realizar a ameaça, não é considerada na Justiça. Isso não é ameaça, faz parte de um bate-boca.
A pessoa pode pedir seja lá o que for. Agora, se esta pessoa estiver perturbando a ordem, alterando a normalidade democrática… Mas, pelo que a gente está vendo até agora, pedem uma coisa e os quarteis estão lá fechados e mudos. Tudo bem, quer se manifestar, pode, mas as coisas serão feitas em obediência à Constituição. O problema é que um lado obedece a Constituição e o outro não. Mas o que é preciso fazer é não desobedecer a Constituição o lado que vinha obedecendo.
Se manter com a Constituição é se manter com a razão, essa é a verdade. Por exemplo: bloqueio de estrada, está infringindo o direito de ir e vir, do inciso XV do Artigo 5.º. Violaram esse artigo na pandemia – o Supremo deixou os prefeitos e governadores bloquear, se achassem que deveriam. Mas a Constituição diz que só pode alterar esse direito em tempo de guerra. Em tempo de paz, não.
O ministro da Justiça já fez um apelo. O primeiro veio do presidente da República para desbloquear a estrada, de não alterar o direito de ir e vir. Agora, o direito de manifestação é óbvio. O interessante é quando o MST bloqueia estrada, daí dizem que é movimento social.
São coisas que a gente está considerando num dia como hoje, em que a gente tem bloqueios em 16 estados e tem manifestações diante de quartéis. Um dia depois que o Supremo confirmou uma decisão do ministro Barroso de rever decisões judiciais de quando a propriedade é invadida. O ministro sugere, e o Supremo já aprovou isso, que se revise a reintegração de posse – que é quando vem um oficial de justiça e manda os invasores saírem da propriedade. Mas o mesmo artigo 5.º da Constituição põe em sua cabeça, na mesma linha, o direito de propriedade, direto à vida, direito de liberdade. Tudo na mesma linha.
É importante que a gente lembre disto: a Constituição é maior que as pessoas. A Constituição está acima das pessoas. Vamos respeitar a Constituição.
FONTE: Gazeta do Povo https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/alexandre-garcia/a-constituicao-e-maior-que-as-pessoas/
JOGO SUJO
“Nós concordamos em participar de um jogo em que o outro jogador (Lula) não deveria estar jogando. Mas se a gente concordou, não há mais do que reclamar. A partir daí, não adianta mais chorar, nós perdemos o jogo”, disse o general Mourão, vice-presidente e eleito senador pelo RS.
Mourão acrescentou: “Deveria ter sido realizado quando o jogador que não deveria jogar foi (autorizado a jogar). Ali deveriam ter ido para a rua, buzina. Mas não fizeram. Existem 58 milhões de pessoas inconformadas, mas aceitaram participar do jogo. Então tem que baixar a bola. Aceitamos participar do jogo. Não considero que houve fraude na eleição. Mas um jogador não deveria estar jogando. Essa é minha visão”.
Sim, aceitaram participar do jogo, pois não havia outra opção. Mas e se o jogo foi sujo? Essa é a sensação de muitos brasileiros. Não só Lula jamais poderia ser candidato num país sério, como o TSE não poderia ter se transformado numa espécie de puxadinho do PT, basicamente impedindo com censura o adversário de lembrar quem é Lula e o que ele fez no verão passado.
Isso é apenas a ponta do iceberg. Todos vimos comportamento suspeito por parte dos “donos da bola”. A questão das inserções nas rádios, por exemplo. O relatório de uma auditoria independente concluiu que houve, sim, bastante tempo usurpado da campanha de Bolsonaro.
Mas além da partidarização do TSE, da censura, da perseguição a empresários “bolsonaristas”, de todo esse empenho para favorecer um dos lados na disputa – aquele que sequer poderia participar – temos a questão da confiança nas urnas. Esse assunto está longe de desaparecer, apesar do jogo pesado do sistema, e da ingerência de Barroso no Legislativo, como ele mesmo se vangloria.
Com 70% das urnas apuradas até esta manhã, Netanyahu deve voltar a governar Israel. Boa notícia para os conservadores. Mas chama a atenção que uma Start-up Nation como Israel, líder em tecnologia, não tem contagem veloz como o Brasil. Ou o TSE é sinistro de eficiente – menos para monitorar as rádios, ou é sinistro em algum outro aspecto, como na pouca transparência…
Os petistas, tais como Gregorio Duvivier, ainda “tiram sarro” dos americanos por ficarem perplexos com a velocidade de nosso resultado. Pois é, tadinhos desses americanos, incapazes de criar uma urna tão veloz… ou será que aqueles que mandaram o homem à Lua na década de 1960 rejeitam isso por algum outro motivo?!
Tudo isso é passado, mas o povo nas ruas não: é presente, e tem assustado o sistema podre e carcomido. É impressionante! A primeira vez que um presidente “perde” e tem manifestação de apoio mesmo assim, enquanto o vitorioso viu festa nas favelas dominadas pelo tráfico e nos presídios, mas quase nada nas ruas…
O povo brasileiro não quer ver sua bandeira verde e amarela ser trocada por uma vermelha, não aceita a volta da corrupção e, acima de tudo, não engole a forma como a eleição ocorreu. É verdade que não há soluções mágicas aqui. Mas o protesto – se pacífico e ordeiro – representa um grito legítimo de quem sabe, no fundo, que houve jogo sujo.
FONTE: Jornal da Besta Fubana https://luizberto.com/jogo-sujo/
ESCOLHA O QUE VAI FINGIR
FONTE: Jornal da Besta Fubana https://luizberto.com/escolha-o-que-vai-fingir/
UMA ELEIÇÃO SUJA
Digamos que um cidadão qualquer, num dia em que tem um tempinho livre, pega o termômetro, enche uma chaleira com água e põe no fogo. O fogo vai esquentando, esquentando, até que, a uma certa altura, a água ferve. Ele coloca então o termômetro dentro – e vê que está marcando 100 graus. O cidadão guarda o termômetro, esvazia a chaleira e chega à seguinte conclusão: “A água ferve a 100 graus”. Errado – não só errado como também, pior que isso, possivelmente uma ameaça à democracia. Estaria certo em qualquer país do mundo, mas isso aqui é o Brasil do ministro Alexandre de Moraes e dos seus colegas do Supremo Tribunal Federal, e as coisas não são assim. Aqui o ministro Moraes vai dizer que de fato há a chaleira com água, que o termômetro existe e que a água foi para o fogo até que ferveu ao chegar aos 100 graus; todos esses fatos são “verdadeiros”, como ele próprio admitiria. Mas a conclusão de que a água ferve a 100 graus está errada – se Moraes decidir que ela está errada. Nesse caso, passa a ser uma fake news disfarçada de notícia verdadeira. Segundo Moraes e os seus colegas, isso se chama “desordem informacional”; é um novo tipo de “ato antidemocrático”, que tem de ser severamente punido para salvar o “estado de direito” neste país. Muito cuidado, portanto: no Brasil a água só ferve à temperatura que o ministro deixar.
O cidadão poderia perguntar o seguinte: “Por que a conclusão está errada, se de fato o termômetro estava marcando 100 graus quando a água ferveu?”. Seria melhor não perguntar nada, para que o infeliz não se veja enfiado de repente no inquérito criminal, ilegal e perpétuo montado por Moraes para reprimir atividades “antidemocráticas”. Mas, se por acaso alguém perguntasse, a resposta seria: “Porque o ministro diz que está errada, e no Brasil de hoje o tribunal supremo da justiça deu a si próprio uma função até hoje desconhecida no direito universal – por força dela só o ministro Moraes e os colegas podem realmente chegar a conclusões certas. É a nova Teoria Geral das Conclusões: seu mandamento fundamental estabelece que qualquer conclusão, por mais que esteja baseada em fatos autênticos, só é correta se o STF, ou TSE, ou coisa parecida, decidir que é correta. Essa teoria também pode ter outro nome: Ordenamento Universal do Mundo Segundo a Vontade de Lula.
Um caso concreto? Pois não – é o que o leitor vai encontrar nas linhas seguintes. É verdade, por exemplo, que o ex-presidente Lula foi condenado na justiça brasileira pelos crimes de corrupção passiva e de lavagem de dinheiro, em três instâncias e por nove juízes diferentes. É verdade que diretores da Petrobras (para ficar só nela) e empreiteiros de obras públicas confessaram espontaneamente, assistidos em juízo por seus advogados, que cometeram atos de corrupção durante os governos Lula. É verdade que devolveram parte do dinheiro roubado, e que esse dinheiro foi depositado no Tesouro Nacional. É verdade que colaboradores de primeira grandeza do ex-presidente, a começar pelo seu ministro mais importante, fizeram delações públicas acusando-se mutuamente de ladroagem e denunciando casos de corrupção de uma ponta a outra nos 14 anos de governo da dupla Lula-Dilma. É verdade, enfim, mais um caminhão coisas desse tipo. Entra então, a essa altura, a Teoria Geral das Conclusões. O ministro Moraes diz que todos os fatos relacionados acima são “verdadeiros”; diz por escrito, em despacho oficial do TSE. Mas o ministro também diz outra coisa. De acordo com a sua decisão, ninguém pode afirmar, em cima desses fatos, que existem ligações entre Lula e a corrupção; isso é uma “conclusão errada”. Ele acha que está errada e pronto; você pode achar que está certa, como no caso da água que ferve a 100 graus centígrados, mas não interessa – está errada porque o ministro Moraes resolveu que é assim. Sendo errada, não pode ser divulgada por ninguém. É um ato contra a “democracia”.
Tudo isso acaba de acontecer na vida real, na campanha eleitoral mais facciosa já registrada na história do Brasil, pela ação abertamente parcial do TSE em benefício de um dos candidatos. (É claro que houve uma ou outra decisão a favor do presidente Jair Bolsonaro, como na objeção a dizer que ele come carne humana, segundo acusa o PT; afinal, nenhum juiz pode dar 100% das faltas do jogo para um time só. Mas até uma criança com 10 anos de idade sabe perfeitamente que a “justiça eleitoral” está fechada com Lula, ou contra Bolsonaro, desde o primeiro minuto.) Esta história da “conclusão errada” é o último acesso de esquizofrenia seletiva do nosso judiciário mais alto – e vale a pena ser registrada apenas pela particularidade de ser provavelmente um novo recorde nacional em matéria de decisão estúpida. A produtora Brasil Paralelo, como se sabe, reuniu diversos vídeos registrando os atos de corrupção descritos no parágrafo anterior e, com base no material coletado, afirmou que há pontos de contato entre Lula e a corrupção. Qual poderia ser a dúvida? Impossível saber. Só que Lula não quis que o material fosse exibido; exigiu sua censura e foi atendido na hora pelo TSE. Segundo Moraes e seus parceiros, todos os vídeos sobre a corrupção no governo Lula são “verdadeiros”, mas a conclusão de que Lula tem alguma coisa a ver com corrupção está “errada”. Isso aí, segundo eles, é um novo delito contra a democracia – a tal “desordem informacional”, como dizem, ou uma notícia verdadeira que se transforma em fake news quando as autoridades não aprovam a conclusão à qual se chega pela observação dos fatos objetivos em relação a ela. No caso, censuraram a Brasil Paralelo porque Lula e os advogados do PT proibiram que a informação fosse publicada.
Lula transformou o TSE num órgão de Estado histericamente parcial. Para ficar apenas no mais grosseiro, o tribunal proibiu o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, de expor ao eleitor de seu Estado fatos públicos e indiscutíveis que deixam Lula muito mal na foto – “conclusão errada” do governador, provavelmente. Proibiu mostrar vídeos em que o ex-presidente defende a legalização do aborto. Proibiu a exibição de um vídeo em que Lula diz, com todas as letras: ainda bem que a natureza nos mandou esse monstro da covid, para as pessoas aprenderem a importância do “Estado”. (Ou seja: segundo Lula, o brasileiro tem de aprender que o governo manda e ele obedece.) Ameaça de punição quem quer investigar as empresas de “pesquisa” pela divulgação de números grotescamente errados em favor de Lula. Proibiu a exibição das imagens das comemorações do Sete de Setembro, quando mais de 1 milhão de eleitores foram às ruas em todo o país para manifestar seu apoio a Bolsonaro. Proibiu que fosse mostrado o vídeo de sua viagem oficial para os funerais da Rainha Elizabeth II. Proibiu o vídeo de seu último discurso na ONU, também em viagem de Estado – e por aí vamos, num cala-boca geral que nem o AI-5 pretendeu impor.
É uma coisa frenética, que se passa sob a cumplicidade, ou apoio aberto, de veículos de imprensa e de jornalistas, empenhados em agir como militantes políticos anti-Bolsonaro – ou a favor da candidatura de Lula. A Rádio Jovem Pan está sob censura permanente, e absolutamente ilegal: foi proibida de dizer qualquer coisa sobre os processos e condenações de Lula por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. É uma demência: trata-se de fatos públicos, registrados em autos oficiais da Justiça brasileira, como no caso da Brasil Paralelo. A censura atinge, na verdade, tudo o que os advogados do PT acham que pode afetar a “imagem” de Lula. O ex-ministro Marco Aurélio, do próprio STF, está proibido de dizer que Lula não foi absolvido pela justiça; ele lembrou, apenas, que os processos do ex-presidente foram “anulados”, sem qualquer tipo de julgamento, e isso não tem nada a ver com absolvição. Também é proibido informar que o PT votou contra, na prática, o Auxílio Brasil, ao também votar contra o pagamento parcelado dos precatórios – de onde saiu o dinheiro para pagar o auxílio. Ou é essa censura primitiva ou, então, é repressão policial em estado puro, como no caso da mulher do Paraná que foi proibida de pintar o seu Fusca, de para-choque a para-choque, com as cores da bandeira do Brasil e os dizeres “Bolsonaro 2022”.
O fato é que jamais houve uma campanha eleitoral como essa, e nem uma sucessão presidencial tão suja. O TSE conduz a eleição como se ela fosse um evento interno do PT, no qual quem dá as ordens é Lula – uma eleição típica de ditadura em país de partido único. Os ministros estão cometendo uma ilegalidade neurótica. Saíram do horário eleitoral – onde as suas proibições já são um ataque direto à liberdade de expressão, mas ainda guardam algum ponto de contato com a lei – e estenderam os seus poderes de censura a tudo. Em qual dos seus artigos a Constituição lhes permite algo remotamente parecido com isso? E quando foi que o Congresso aprovou algum tipo de autorização para fazerem o que estão fazendo? O resultado é uma aberração: acabaram dando ordens aos órgãos de imprensa, ao ex-ministro Marco Aurélio e à mulher do Fusca. Quanto tempo o Brasil vai levar para ter de novo confiança na autoridade eleitoral, justo num momento que a credibilidade da população no Supremo atinge os seus níveis mais baixos? Não é apenas a conduta dos ministros na campanha. É a perda maciça que a sociedade brasileira sofre, como um todo, quando vê os principais magistrados do país usarem seus cargos para violar tão abertamente a lei – e, ainda por cima, destruir a vida inteligente em tudo aquilo que tocam.
É o que está acontecendo todos os dias na atuação política do TSE. Para potencializar o caso da “conclusão errada”, os ministros “avaliam” uma petição demente de Lula e do PT – coisa tão idiota que jamais poderiam permitir que sequer passasse pela catraca de sua portaria. O candidato da esquerda nacional exige o seguinte disparate: que o TSE imponha “isonomia”, entre ele e Bolsonaro, no tratamento que recebem no noticiário da Rádio Jovem Pan. Segundo seus advogados, pagos com os milhões de reais que o “Fundo Eleitoral” extorquiu do pagador de impostos (Lula, disparado, foi quem mais gastou nessa campanha), a emissora teria a obrigação de dar “espaço igual” para os dois. Heimmmm? “Espaço igual”? Por que espaço igual? De onde eles foram tirar um negócio desses? Em que lei deste país está escrito que um órgão de imprensa tem de dar o mesmo espaço em minutos, ou em centímetros, ou seja lá no raio que for, para os dois candidatos que sobraram no segundo turno – ou para qualquer outra coisa? A Constituição Federal garante para todo e qualquer veículo brasileiro de comunicação a liberdade de distribuir o seu espaço da maneira como achar que deve; não existe para nenhum órgão de imprensa, simplesmente não existe, a obrigação de dedicar porcentagens exatas para coisa nenhuma, ou para absolutamente ninguém. Se a emissora quiser dedicar 100% do seu tempo a Bolsonaro, ou a lições de geometria, isso é problema dela e dos seus ouvintes. A Jovem Pan não é, embora o PT queira que ela seja, uma extensão do “horário eleitoral obrigatório”, nem uma rádio cubana; é uma emissora privada, e tem o direito de editar o seu conteúdo sem pedir licença para ninguém. Por que não se exige “isonomia” da TV Globo ou da Folha de S.Paulo, que são mil por cento contra Bolsonaro – e têm todo o direito legal de fazer isso? Dar ordens à Jovem Pan, para que que seja neutra entre Lula e Bolsonaro, ou coisa parecida, é ditadura aberta. Pior: é ditadura que pretende ter argumentos. Há poucas coisas piores que isso na vida política de qualquer país deste mundo.
FONTE: Jornal da Besta Fubana https://luizberto.com/category/j-r-guzzo/
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