CENSURA CONTRA A GAZETA: UM ATO DITATORIAL

Os fatos, exatamente como eles são, provam além de qualquer dúvida razoável que está valendo tudo para devolver a presidência da República a um político condenado por corrupção e lavagem de dinheiro, com vinte meses de cadeia nas costas e a fixação de ir à forra contra os que aplicaram a lei para punir os crimes pelos quais foi condenado na justiça brasileira. O comando dessa escalada funciona nos galhos mais altos do poder judiciário de Brasília, a partir da parceria STF-TSE. Decidiram, ali, que o próximo presidente tem de ser Lula e, para impor isso ao Brasil, negam-se sistematicamente a cumprir as leis, a começar pela Constituição Federal. Tudo o que ele exige para reprimir a palavra dos aversários, ou apenas dos críticos, é concedido imediatamente pelos sócios do STF-TSE; tudo que possa criar algum problema para a sua campanha é proibido. O espasmo mais brutal dessa agressão à democracia é a censura, agora sem nenhum disfarce, que acabam de aplicar contra a Gazeta do Povo.

A censura contra a Gazeta é um ato puramente ditatorial – ou como diriam os juristas, um “ato ditatorialmente perfeito”. Não há uma única sílaba, em toda a lei brasileira, que permita ao aglomerado STF-TSE fazer o que fez. Junto com outras vítimas, o jornal foi proibido de publicar no Twitter, que faz parte do seu espaço editorial, notícias sobre a expulsão da Nicarágua da rede de televisão CNN. Foram censuradas, também, quaisquer notícias ou comentários a respeito da notória perseguição à religião e a religiosos que vem sendo praticada pelo governo do país. Lula achou que isso pode prejudicar a sua campanha. Ele sempre insistiu em defender agressivamente, aos gritos, o ditadorzinho da Nicarágua e a sua ditadura; o PT, inclusive, publicou nota oficial para comemorar a eleição do companheiro após uma tempestade de fraudes e denúncias de todo o tipo.

Mas agora Lula ficou com medo de que os seus amores com a Nicarágua possam tirar-lhe algum voto. Conclusão: mandou o TSE proibir a publicação de notícias sobre a tirania do parceiro – e o TSE obedeceu na hora. É ditadura em estado puro. A Gazeta do Povo é um órgão de imprensa, não uma “rede social”. Também não é nem candidata à eleição nenhuma. Apenas exerceu, ao escrever sobre a Nicarágua, o direito constitucional indiscutível, assegurado para a imprensa, de publicar as informações ou opiniões que queira – um advogado de porta de cadeia seria capaz de ver isso. O resultado concreto é que a “justiça eleitoral” proibiu um jornal diário com mais de 100 anos de história a publicar notícia sobre fatos conhecidos publicamente no mundo inteiro, já fartamente expostos em centenas de veículos da mídia mundial. Só na Gazeta não pode – Lula e o TSE não deixam. É a volta ao Brasil da ditatura do Estado Novo de Getúlio Vargas, ou do AI 5. Qual a diferença?

Este é o Brasil que Lula e o PT querem, de verdade – o Brasil da censura e do cala-a-boca. Não é o que dizem na discurseira de campanha; é o Brasil que vão fazer se voltarem a mandar. Não tem nada a ver com “controle social dos veículos de comunicação”, ou outra mentira da mesma família. É censura mesmo – e perseguição direta a um jornal que comete o crime, para eles, de ser independente e não se ajoelhar diante do PT, nem obedecer ao “consórcio nacional” que sonha com o dia em que o Brasil possa ter um órgão de imprensa só. Se isso que Lula, o PT e os seus sócios no STF-TSE acabam de fazer com a Gazeta não é censura, então o que seria censura neste país? Eles não querem, neste caso, que saia na imprensa nenhuma notícia informando sobre atos concretos e públicos praticados pela ditadura que governa a Nicarágua. Pronto: as notícias não saem. Isso é censurar. Não adianta conversa, aí: é censura direto na veia. Fica, então, a pergunta-chave: se Lula age desse jeito hoje, por que ele passaria a se comportar de modo diferente se chegar de novo à presidência?

A censura à Gazeta do Povo quer dizer, muito simplesmente, que no período eleitoral a Constituição não vale no Brasil – e se não vale no período eleitoral, por que voltaria a valer depois?

FONTE: Jornal da Besta Fubana https://luizberto.com/censura-contra-a-gazeta-um-ato-ditatorial/

Ex-ministro do STF diz algo horripilante sobre Lula e revela porque não votará no petista (veja o vídeo)

O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio Mello, resolveu soltar o verbo.

Não tem receio de dizer o que pensa…

Marco Aurelio Mello – Reprodução internet

Em recente entrevista, ele explicou o motivo de não votar em Lula no segundo turno, mas sim, em Bolsonaro.

“Como ex-juiz, eu não poderia jamais votar em alguém que foi condenado em 4 processos crimes por delitos contra a Administração Pública”. 

E Marco Aurélio foi além:

“Ele não foi absolvido pelo Supremo. Os processos foram anulados pelo Supremo a partir de uma visão ao meu ver equivocada.”

Confira:

FONTE: Jornal da Cidade https://www.jornaldacidadeonline.com.br/noticias/42859/ex-ministro-do-stf-diz-algo-horripilante-sobre-lula-e-revela-porque-nao-votara-no-petista-veja-o-video

Nova composição do Senado aumenta chance de impeachment de ministros do STF

Plenário do Senado: partidos da base de Bolsonaro terão 24 senadores, mas ele pode buscar mais 21 em legendas próximas| Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

A eleição de 27 novos senadores, especialmente de 17 que apoiam o presidente Jair Bolsonaro (PL), poderá dar fôlego a ações de impeachment contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Nos últimos anos, os pedidos de abertura de processos de impeachment se multiplicaram no Senado, onde eles têm de tramitar. Mas esses pedidos acabaram sempre engavetados ou rejeitados.

Além de Bolsonaro ter ampliado sua base de apoio, seu partido, o PL, terá a maior bancada na Casa em 2023 – o lhe dá vantagem para presidir o Senado. Se for reeleito, Bolsonaro poderá ter uma coalizão formada por PL (que terá 14 senadores), PP (6), Republicanos (3) e PSC (1). Seriam apenas 24 senadores entre os 81. Mas é provável que o presidente também busque apoio de parte do União Brasil (11), do Podemos (6) e do PSDB (4) – que, juntos, terão 21 senadores. Para compor maioria na Casa, de 41 senadores, bastaria que conquistasse 17 dentro desses últimos partidos.

Entre os senadores eleitos que têm proximidade com o presidente estão os ex-ministros Marcos Pontes (PL-SP), Rogério Marinho (PL-RN), Damares Alves (Republicanos-DF) e Tereza Cristina (PP-MS), o ex-secretário de Pesca Jorge Seif (PL-SC) e o vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos-RS).

Outros aliados de Bolsonaro que se elegeram para o Senado são Alan Rick (União Brasil-AC), Magno Malta (PL-ES), Wilder Morais (PL-GO), Wellington Fagundes (PL-MT), Cleitinho (PSC-MG), Romário (PL-RJ), Jaime Bagattoli (PL-RO), Hiran Gonçalves (PP-RR), Laércio (PP-SE) e Dorinha (União-TO).

Alguns desses novos parlamentares sinalizaram, na campanha, que iriam fiscalizar o STF. Em agosto, por exemplo, Jorge Seif, que é muito próximo de Bolsonaro, denunciou à Comissão Interamericana de Direitos Humanos a operação, autorizada naquele mês pelo ministro Alexandre de Moraes, que fez busca e apreensão e bloqueou contas bancárias de oito empresários, por causa de mensagens privadas de WhatsApp em que um deles disse preferir um golpe à volta do PT ao poder.

Na terça-feira (4), em entrevista ao portal UOL, o ex-ministro e futuro senador Marcos Pontes falou da função do Senado de fiscalizar o STF, mas sem perseguir.  “O Senado tem obrigação de fiscalização do STF, faz parte do equilíbrio dos poderes. Faz parte da função do Senado manter que todos ministros trabalhem dentro do que é previsto, não extrapolem funções e que trabalhem com o que é necessário. Não é chegar e perseguir; é trabalhar com a lei”, disse.

Deputado federal licenciado e eleito senador pelo Acre, Alan Rick criticou, em setembro, a decisão do STF que suspendeu o piso salarial para enfermeiros, aprovado pelo Congresso e sancionado por Bolsonaro. “É muito temerário quando o Supremo invade a competência do que o Legislativo e o Executivo já decidiram”, afirmou ao jornal Acre 24 horas.

Em agosto, ao mesmo veículo, ele defendeu Bolsonaro no embate com a Corte. “O presidente Bolsonaro tem buscado o diálogo. Há ministros que estão extrapolando. Existem três ministros que fazem o enfrentamento, o cabo de guerra, desnecessário com o nosso presidente. Ele tem que ser firme e eles querem governar no lugar do presidente. Não existe risco de golpe [da parte de Bolsonaro]”, disse.

O mais ferrenho crítico do STF, apoiador de Bolsonaro, e que volta à Casa é o ex-senador Magno Malta. No fim de setembro, os ministros do Supremo aceitaram uma denúncia contra ele por calúnia contra o ministro Luís Roberto Barroso. Em entrevista à Revista Direita BR, antes do primeiro turno, ele defendeu abertamente o impeachment de ministros “que não atuam com conformidade com as suas funções”.

“O chamado ativismo judicial só se deu, por causa do enfraquecimento do Senado. A proatividade dos ministros do STF não tem sido algo positivo no Brasil. Há um tempo vivemos a extrapolação de um poder em relação aos demais poderes legitimamente [eleitos], com suas respectivas representatividades. Por isso, o Senado é o único órgão capaz de frear o STF através, por exemplo, de impeachment de ministros que não atuam com conformidade com as suas funções”, disse Malta.

Já o vice-presidente e futuro senador Hamilton Mourão defendeu, em entrevista à Globonews, a ampliação do número de cadeiras no STF, que atualmente são 11. Ele também se disse favorável a um prazo fixo para o mandato dos magistrados – “eu acho que não pode ser algo até os 75 anos, né? Ou 10 ou 12 anos, tem que ser discutido” – e reforçou a necessidade de o Senado deliberar sobre pedidos de afastamento.

Um caso à parte é o ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro (União-PR). Ele havia se afastado do presidente ao deixar o governo, mas passou a apoiá-lo durante a campanha eleitoral e já declarou voto no presidente neste segundo turno. Moro é criticado dentro do STF, que o julgou suspeito para julgar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e anulou as condenações do petista na Lava Jato. Durante a campanha, ele foi questionado sobre o STF, mas evitou críticas.

Senado tem 42 pedidos de impeachment contra ministros do STF

Palácio do Supremo Tribunal Federal na Praça dos Três poderes em Brasília

Levantamento feito pela reportagem mostra que atualmente tramitam no Senado 42 pedidos de impeachment de ministros do STF. O principal alvo é Alexandre de Moraes, com 17 pedidos. Em seguida, os maiores alvos de pedidos são os ministros Luís Roberto Barroso, com 11 denúncias; Gilmar Mendes (4); Edson Fachin, Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski e Cármen Lúcia (cada um com duas representações); e Luiz Fux e Rosa Weber, com um pedido cada um. André Mendonça e Kassio Nunes Marques não foram denunciados na Casa.

A abertura e o avanço de um processo de impeachment de ministro do STF não é algo simples nem fácil. A denúncia pode ser apresentada por qualquer cidadão e deve apontar crime de responsabilidade: alterar, por qualquer forma, exceto em recurso, decisão ou voto já proferido em sessão do tribunal; proferir julgamento quando, por lei, seja suspeito na causa; exercer atividade político-partidária; ser patentemente desidioso no cumprimento dos deveres; ou proceder de modo incompatível com a honra, a dignidade e o decoro.

O primeiro passo para abrir o processo é uma decisão individual do presidente do Senado. Depois, caberia a ele formar uma comissão de 21 senadores, que elaboraria, ao final de 10 dias, um parecer a ser submetido ao plenário da Casa. Se a maioria absoluta dos senadores – 41 – o aprovar, considerando que há indícios suficientes de crime, o processo é aberto. O ministro acusado ganha um prazo de 10 dias para se defender e, depois, um novo parecer é elaborado pela comissão. O plenário se reúne novamente e, se 41 senadores aprovarem o segundo parecer, o ministro já é afastado do cargo. A destituição definitiva é votada em outra sessão e depende de 54 votos favoráveis (dois terços dos senadores).

Um impeachment de ministro do STF nunca ocorreu. O atual presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), tem rechaçado reiteradamente a abertura de pedidos de processos que chegam a sua mesa. O mais recente foi um do senador Lasier Martins (Podemos-RS) – um dos maiores críticos na Casa da atuação de alguns ministros do STF. Ele acusa Moraes de abuso na condução de investigação contra oito empresários apoiadores de Bolsonaro, que criticavam o PT num grupo de WhatsApp e no qual falavam sobre um golpe de Estado.

Senadores críticos do STF dizem que nova composição favorece impeachment

Para Lasier, a nova composição do Senado “vai tornar muito viável” a abertura de um processo de impeachment de ministros do STF. “Vamos ter nova eleição e o Pacheco não vai ter a mínima chance [de se eleger presidente da Casa]. O PL vai querer exercer a presidência, já que terá a maior bancada. O partido do presidente da República vai presidir o Senado. E está voltando para o Senado o Magno Malta, que é visceralmente contra o Alexandre de Moraes. E, terceiro, cresceu muito o clamor nacional para uma mexida no STF”, disse à reportagem o senador, que está no final de seu mandato.

Outro crítico da atuação de alguns ministros do STF, o senador Eduardo Girão (Podemos-CE) também considera que a nova composição do Senado favorece o avanço de processos de impeachment. Para ele, foi algo que os eleitores pediram nas urnas. “Foi um assunto muito debatido. O eleitor perguntou muito aos seus candidatos que foram eleitos o que eles pensavam sobre esse assunto. E eles falaram claramente, se comprometeram. Agora, isso depende muito da vigilância da população, de ela continuar observando, vendo os excessos, cobrando seus parlamentares. É uma coisa que não pode parar. Porque se a sociedade adormece, vem o comodismo, vem as conveniências políticas dos próprios parlamentares, daqueles que estão entrando também”, disse.

Gazeta do Povo perguntou para vários senadores eleitos ligados a Bolsonaro se eles consideravam que impeachment de ministros poderiam avançar na nova legislatura. Todos evitaram responder.

Mas, nos bastidores, o nome do senador Carlos Portinho (PL-RJ), que já líder do governo no Senado, surge forte nos bastidores para presidir a Casa a partir de 2023. Políticos críticos do STF na Câmara e no Senado esperam que ele dê sequência aos processos.

Na terça-feira (4), numa entrevista à Folha de S.Paulo, Portinho disse que a eleição de muitos senadores próximos de Bolsonaro é uma sinalização ao Judiciário. “O voto, que o Judiciário preserva e exalta, dá sinais de crítica. Já venho defendendo há muito tempo uma autocrítica do Judiciário. É sempre melhor a autocrítica, do que a intervenção de um Poder sobre o outro”, disse. Ele afirmou ainda que o resultado das urnas “renova a oportunidade de se construir a harmonia entre os Poderes”. E, questionado sobre as chances maiores de impeachment de ministros, respondeu nem que sim, nem que não. “O impeachment é uma medida drástica. É a exceção; não é a regra.”

Ministros do STF preferem Rodrigo Pacheco

Já entre ministros do STF, a expectativa é que Rodrigo Pacheco, que tem mantido postura de defesa da Corte, se reeleja para o comando do Senado em 2023. Um sinal disso apareceu na manhã da quinta-feira (6) – quando, por unanimidade, os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovaram uma proposta de Ricardo Lewandowski para conceder ao senador uma medalha de homenagem. “(… a) homenagem se justifica por sua excelência [Pacheco] haver prestado relevantes serviços à Justiça Eleitoral e contribuído para o engrandecimento do país, constituindo exemplo para a coletividade”, afirmou Lewandowski. Alexandre de Moraes disse que Pacheco prestou “relevantíssimos serviços à democracia brasileira”.

No domingo do primeiro turno da eleição (2), vários ministros do STF acompanharam a totalização dos votos no TSE e saíram surpresos com o tamanho da bancada de Bolsonaro no Senado e na Câmara – algo que não esperavam, em razão de pesquisas eleitorais que mostravam alta rejeição do presidente; muitas delas, como se soube depois, erraram na captação das intenções de voto.

Um obstáculo frequentemente citado por senadores que questionam a atuação dos ministros é a manutenção do foro privilegiado para parlamentares. O risco de ser investigado, julgado e eventualmente condenado no STF faz com que muitos senadores evitem se opor aos magistrados e estabeleçam relações próximas com eles.

FONTE: Gazeta do Povo https://www.gazetadopovo.com.br/eleicoes/2022/nova-composicao-do-senado-aumenta-chance-de-impeachment-de-ministros-do-stf/?#success=true

As eleições e o aborto

Próximo presidente indicará dois ministros do STF, podendo reforçar ou conter o abortismo dentro da corte.| Foto: Nelson Jr./SCO/STF

Para um brasileiro comprometido com a defesa da vida da concepção até a morte natural, e que leva esta preocupação consigo para a urna, importa tanto o voto para o Executivo quanto para o Legislativo. Já há um bom tempo os eleitores pró-vida entenderam que também é preciso eleger bons legisladores, pois é do Congresso Nacional e, em menor parte, das Assembleias Legislativas e Câmaras Municipais que partem leis que incentivam o respeito à vida nascente ou que, no caso federal, podem tornar a lei penal mais leniente com a prática do aborto. Neste sentido, o Congresso que emergiu das eleições de 2 de outubro oferece razões de otimismo, seja pela configuração partidária, seja pela vitória de nomes bastante combativos tanto na Câmara quanto no Senado.

Mas isso não significa que o voto para o Executivo será de menor importância, por vários fatores. Em primeiro lugar, a depender do resultado do segundo turno da eleição presidencial, haverá mudanças. Partidos em que ideologias e plataformas morais importam menos, e que hoje estão na base aliada de Jair Bolsonaro, poderão muito bem migrar para o apoio a Lula em caso de vitória do petista, sem falar nas mudanças individuais de parlamentares em direção ao governismo na primeira janela partidária que se abrir. O petismo jamais governou sem maioria razoável no parlamento – ainda que essa maioria tenha sido adquirida pelos meios que o Brasil inteiro passou a conhecer quando estouraram os escândalos do mensalão e do petrolão.

Se para o brasileiro defensor da vida o voto para o Legislativo sempre foi relevante, não exageramos ao afirmar que o voto para o Executivo é mais importante hoje do que já foi no passado

No entanto, o Congresso sempre foi um freio importante às pretensões petistas de legalização total ou parcial do aborto. Projetos nesse sentido existem desde logo depois da promulgação da Constituição de 1988, e mesmo no primeiro mandato de Lula, em que a base aliada era suficiente até mesmo para aprovação de emendas constitucionais, tais projetos nunca foram adiante. Isso porque até aliados de ocasião do petismo sabiam que um voto pelo aborto seria suicídio político. Essa realidade não mudou, felizmente, e há muitos motivos para imaginar que, mesmo em caso de vitória de Lula, não será o Congresso o responsável por abrir as portas ao abortismo no país.

O que mudou, no entanto, foi a compreensão de que o Poder Executivo tem muitos meios à disposição se quiser contornar o Legislativo. O petismo já tinha certa consciência disso ao usar o instrumento das normas técnicas, e o aproveitou bem em 2004 (no primeiro mandato de Lula), ao dispensar a apresentação de boletim de ocorrência para a realização de abortos na rede pública em caso de gravidez decorrente de estupro. A regra foi mantida em 2011 (no primeiro mandato de Dilma Rousseff), e toda a gritaria causada pela mais recente normativa do Ministério da Saúde, que obriga a notificação da autoridade policial, em linha com leis aprovadas nos últimos anos, demonstra que um governo abortista pode aproveitar-se de algumas brechas para ampliar o acesso ao aborto sem necessidade do Congresso.

Mas a maior diferença entre passado e presente está na possibilidade de uma “tabela” entre Executivo e Judiciário. Quando Dilma Rousseff foi cassada, em 2016, encerrando o período petista no Planalto, o Supremo Tribunal Federal já havia aprovado o aborto de anencéfalos, mas ainda estava por descobrir seus poderes praticamente ilimitados e incontestados, como o de criar crimes sem lei que os defina, a exemplo do que ocorreu com a equiparação da homofobia ao racismo, em 2019. O abortismo vem cada vez mais recorrendo ao Supremo na intenção de conseguir o que a via legislativa não lhe proporciona: já apresentou um pedido para a liberação do aborto em caso de gestantes portadoras do zika vírus e, mais recentemente, protocolou a ADPF 442, que busca legalizar o aborto em qualquer circunstância no primeiro trimestre de gestação. O próximo presidente da República nomeará pelo menos dois ministros do Supremo – um deles, em substituição a Ricardo Lewandowski, que votou contra a permissão para o aborto de anencéfalos. Com duas escolhas similares à de Luís Roberto Barroso em 2013, por exemplo, o abortismo terá passe livre no STF, a não ser que o Senado adquira uma combatividade inédita e passe a recusar nomes, o que não ocorre desde o fim do século 19.

Assim, se para o brasileiro defensor da vida o voto para o Legislativo sempre foi relevante, pela consciência de que o Congresso pode promover ou barrar o aborto, não exageramos ao afirmar que o voto para o Executivo é mais importante hoje do que já foi no passado. Buscar informação sobre o que os candidatos pensam, o que já fizeram quando estiveram no poder (seja diretamente, seja por meio de seus subordinados) e o que já disseram sobre o tema (especialmente fora do período eleitoral) é a chave para uma escolha que fará uma enorme diferença nos próximos quatro anos.

FONTE: Gazeta do Povo https://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/editoriais/as-eleicoes-e-o-aborto/

Médicos explorados por Cuba processam a Organização Panamericana de Saúde

Médicos cubanos retornando para Havana, após a vitória de Bolsonaro na eleição de 2018.| Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O Departamento de Estado dos Estados Unidos e grupos de direitos humanos reconheceram recentemente que o modelo do governo cubano para o tráfico de médicos e outros profissionais de saúde para o exterior como sendo tráfico de pessoas e uma importante fonte de dinheiro – a maior até agora – para a ditadura cubana. O programa foi inserido no Brasil durante o governo de Dilma Rousseff, que comandou o país de 2011 a 2016, e foi reformulado em 2019 pelo presidente Jair Bolsonaro, com a contratação de médicos brasileiros.

A ação judicial conjunta em curso nos Estados Unidos desde 2018 parte de quatro ex-integrantes do Mais Médicos que conseguiram fugir para o país contra a Organização Panamericana de Saúde (OPAS). Ramona Matos, que estava no Pará, foi a primeira a conseguir escapar da vigilância cubana no início de 2014, apenas cinco meses depois da chegada da primeira leva de cubanos. Ela se refugiou no gabinete da liderança do partido Democratas na Câmara dos Deputados e levou documentos que mostravam como funcionava o financiamento da ditadura caribenha com dinheiro brasileiro.

“A OPAS inicialmente transferiu dinheiro do tesouro federal brasileiro para o governo cubano, porque os negociadores não acreditavam que o Congresso brasileiro autorizaria o programa diretamente”, conta à Gazeta do Povo o advogado Sam Dubbin, que defende médicos cubanos na justiça americana.

De acordo com ele, nesse início a OPAS arrecadou pelo menos US$ 1,5 bilhão (R$ 7,7 bilhões) do Brasil, transferindo US$ 1,3 bilhão (R$ 5,16 bilhões) para Cuba, e menos de menos de 10% aos médicos e ficando com 5% para a organização (cerca de US$ 75 milhões, cerca de R$ 390 milhões).

Até 2018, Cuba gerou pelo menos US$ 8 bilhões (R$41,5 bilhões) por ano com “missões médicas” nas quais o governo “exporta” médicos e outros profissionais de saúde para países estrangeiros. As missões trabalhistas estrangeiras compreendem o maior elemento individual (mais de 50%) do orçamento nacional cubano.

“Os médicos estão exigindo justiça e responsabilidade contra a OPAS por sua conduta como facilitadora do empreendimento de tráfico de Cuba, confiscando os salários de milhares de médicos cubanos e os submetendo a condições de trabalho forçado”, explica Dubbin.

O advogado conta que os clientes dele foram informados pelo governo cubano de que seriam enviados ao Brasil e não tiveram escolha sobre a tarefa.  Também não foram informados para qual cidade brasileira iriam ou quais atividades desempenhariam.

Dubbin também informa que os profissionais da saúde tiveram aulas de português básico e de métodos de doutrinação política da população brasileira local para apoiar Cuba e políticos brasileiros pró-castristas (que defendiam os ex-ditadores do país Fidel e Raúl Castro).

Segundo descreve Dubbin, os profissionais cubanos tinham restrição de movimentação pelo Brasil, com documentos especiais de viagem e não podiam circular pelas cidades fora do horário de trabalho sem a autorização dos supervisores. Cuba também teria enviado agentes de inteligência para controlar os movimentos dos trabalhadores da saúde e suas manifestações nas redes sociais. Esses agentes teriam sido pagos diretamente pela OPAS.

“As famílias dos médicos eram mantidas como reféns em Cuba, e as visitas ao Brasil eram estritamente limitadas para evitar deserções”, conta Dubbin.  “Eles foram obrigados a ‘doutrinar’ os pacientes brasileiros com propaganda pró-Cuba – o que gerou até críticas de algumas autoridades brasileiras”, lembra o advogado.

OPAS ficou com milhões de dólares 

Pessoa manuseia notas de dólares em banco em Seul

De acordo com o processo em tramitação nos Estados Unidos, “a OPAS arrecadou mais de US$ 75 milhões (R$ 389 milhões na cotação atual) desde 2013 ao permitir, gerenciar e aplicar o tráfico humano ilegal de profissionais médicos cubanos no Brasil.  Os demandantes são médicos cubanos que foram vítimas de tráfico de pessoas pela OPAS e que receberam apenas uma fração (10% ou menos) dos honorários que o governo brasileiro pagou à OPAS por seus serviços, enquanto a OPAS pagou pelo menos 85% ao governo cubano, e reteve uma taxa de corretagem de 5% para si”.

Os documentos enviados à Justiça contribuem, desde 2018, com informações sobre as “missões médicas cubanas” presentes nos Relatórios Anuais de Tráfico de Pessoas do governo americano a partir de 2019 até o mais recente.

O juiz do tribunal de primeira instância e o tribunal de apelações em Washington consideraram que os profissionais da saúde alegaram conduta que viola a Lei de Proteção às Vítimas de Tráfico dos EUA e que sujeitaria a OPAS à jurisdição dos EUA, apesar de suas alegações de imunidade.

“No momento, as vítimas estão solicitando documentação sobre transações bancárias e registros contábeis internos da OPAS”, conta Dubbin sobre a situação atual dos processos no país.

O real objetivo do programa 

Em 2015, a emissora de televisão Band teve acesso a áudios de uma reunião que aconteceu antes do lançamento do programa, com ao menos seis assessores de ministérios do antigo governo petista. Uma participante disse que era preciso esconder o fato de que o Mais Médicos era, no fim, uma trama entre Brasil e Cuba – daí a necessidade de aceitar uma minoria de profissionais de outros países –, e que o destino dado ao dinheiro por Havana não era problema do governo brasileiro.

No final de 2018, o jornal Folha de S.Paulo teve acesso a telegramas da embaixada brasileira em Cuba, cujo sigilo havia expirado, mostrando que a ideia do Mais Médicos partiu de Havana, e a Sociedade Mercantil Cubana Comercializadora de Serviços Médicos Cubanos (SMC) veio ao Brasil em 2012 para mapear as áreas carentes de profissionais.

Por fim, a própria ditadura cubana chamou todos os médicos cubanos de volta assim que o presidente Jair Bolsonaro foi eleito. Alguns profissionais, no entanto, pediram cidadania para continuar no país.

ONU diz que é escravidão 

Em 2019, a ONU enviou uma carta à Cuba pedindo explicações sobre as condições dos profissionais do programa. A partir de relatórios de ONGs, as relatoras Urmila Bhoola e Maria Grazia Giammarinaro escreveram para Havana indicando que estavam “preocupadas pelas condições de trabalho e de vida que estariam afetando os médicos cubanos enviados ao exterior”.

Entre as denúncias recolhidas por elas estava a de que médicos cubanos se sentiam “pressionados a participar de tais missões e temiam represálias por parte do governo cubano se não participassem”. A maioria deles não assinava contratos ou, quando assinavam, não ficavam com uma cópia.

O governo cubano ainda estaria congelando uma parte do salário a que os médicos só podiam ter acesso após o regresso ao país. “Mas, de acordo com a informação recebida, muitas vezes eles não receberam a quantia total a que têm direito”, destacaram as relatoras.

De acordo com as informações de ONGs divulgadas pela ONU, os profissionais da saúde cubanos estavam sujeitos a uma jornada de 64 horas semanais, configurando “exploração laboral”.

Além disso, as Nações Unidas revelaram que muitos profissionais relataram receber ameaças de funcionários da ditadura cubana e médicas dizem ter sofrido assédio sexual durante as “missões”.

Diante da constatação, as relatoras apontaram que “as condições de trabalho relatadas poderiam ser elevadas ao trabalho forçado, de acordo com os indicadores de trabalho forçado estabelecidos pela Organização Internacional do Trabalho”. “O trabalho forçado é uma forma contemporânea de escravidão”, destacaram.

FONTE: Gazeta do Povo https://www.gazetadopovo.com.br/mundo/medicos-explorados-por-cuba-processam-a-organizacao-panamericana-de-saude/

Bancada conservadora no Congresso pode brecar aborto e avançar o Estatuto do Nascituro

Um Congresso mais conservador emergiu das urnas no dia 2 de outubro.| Foto: Roque de Sá/Agência Senado

Deputados federais e senadores pró-vida já se preparam para aproveitar o perfil mais conservador no Congresso para avançar propostas que impeçam a legalização do aborto no Brasil. O perigo é real: apesar de 70% da população brasileira ser contrária à prática, há vários grupos de pressão tentando defender o aborto em qualquer fase da gestação, inclusive quando ele já é viável fora do útero, depois da 21º semana de gestação, o que seria infanticídio.

Como as principais mobilizações pró-aborto não foram bem-sucedidas nos últimos anos no Congresso Nacional, partidos nanicos – que não representam a maioria da população, como o PSOL – e organizações abortistas recorreram ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo que, com um malabarismo jurídico, Corte reconheça ser constitucional o aborto até a 12ª semana de gestação. Ao invés de devolver o tema para o Poder Legislativo, o STF assumiu o papel de legislador (ativismo judicial) e segue com a tramitação da ação (a ADPF 442), com boa parte dos ministros favorável ao aborto.

A aprovação do Estatuto do Nascituro, que reconhece o direito à vida do não nascido, em qualquer etapa de desenvolvimento, é uma das medidas previstas para tentar evitar que a pauta pró-aborto avance no Congresso e ou devido ao ativismo judicial no STF . Outra iniciativa em estudo é deixar claro, por emenda constitucional, que o direito à vida no Brasil deve ser respeitado desde a concepção.

Estatuto do Nascituro aguarda a votação do novo parecer na Comissão de Direitos da Mulher da Câmara dos Deputados, desde junho de 2017. Se for aprovado na comissão, segue para análise da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) para depois seguir ao Plenário, onde deverá ter o apoio da maioria simples dos deputados federais, ou seja, de pelo menos 207 parlamentares.

aborto é crime no Brasil, previsto no Código Penal, não sendo punido quando a gestação decorre de estupro ou existe risco de vida para a gestante. Ou seja, não existe, juridicamente, “aborto legal”. Em 2012, o STF “legislou” incluindo entre as escusas absolutórias o fato de o feto apresentar anencefalia.

Bancada pró-vida fortalecida

A bancada pró-vida na Câmara dos Deputados segue fortalecida com a reeleição de Chris Tonietto (PL/RJ), Diego Garcia (PHS/PR), Carla Zambelli (PL/SP), Bia Kicis (PL/DF), Caroline de Toni (PL/SC), Eros Biondini (PL/MG), além de outros que já tinham uma forte atuação em defesa do nascituro.

Eleita por São Paulo para o segundo mandato, a deputada federal Carla Zambelli (PL/SP) destaca que “o Brasil terá um Parlamento ainda mais comprometido com a vida”. Ela avalia que as chances de aprovar pautas pró-vida são reais. “Precisamos trabalhar com determinação para que, ainda no primeiro ano da nova legislatura, consigamos aprovar legislações em favor da vida para que o governo Bolsonaro possa colocar em prática as políticas que os brasileiros almejam”, disse a deputada.

Além deles, Nikolas Ferreira (PL/MG) é um dos novos parlamentares que abraçam a defesa da vida. Ferreira foi o deputado federal eleito com o maior número de votos no país. “Eu devo lealdade aos meus eleitores. Realmente, eles votaram por alguém contra o aborto, eu vou ser contra o aborto”, disse em entrevista para a Rádio Câmara.

Também há outros conservadores eleitos que vão trabalhar contra a legalização do aborto como a indígena e militar Silvia Waiãpi (PL/AP), André Fernandes (PL/CE), entre tantos outros parlamentares do PL e do Republicanos que têm em seus valores a “defesa do conservadorismo e da família”. Esses partidos conseguiram uma forte bancada com a vitória de 99 e 41 deputados federais, respectivamente.

“Temos muito o que comemorar. Vários parlamentares que já realizavam um excelente trabalho no âmbito pró-vida foram reeleitos, bem como novos parlamentares que abraçam a causa com muita firmeza. Temos um combustível pró-vida extraordinário a ser usado nesse próximo pleito”, destacou Nicholas Costa, um dos fundadores do Movimento Salvamos Vidas, que tem atuado fortemente na defesa do nascituro.

Feministas eleitas que lutam pela legalização do aborto

Apesar da forte renovação conservadora no Congresso Nacional, há muitas feministas pró-aborto que conseguiram se reeleger para a nova legislatura como Sâmia Bonfim (PSOL/SP), Alice Portugal (PCdoB/BA), Jandira Feghali (PCdoB/RJ), Talíria Petroni (PSOL/RJ), Maria do Rosário (PT/RS), Natália Bonavides (PR/RN) e Lídice da Mata (PSB/BA).

Em um evento da CUT no ano passado, a deputada Natália Bonavides declarou que “a base religiosa do Governo veta qualquer debate sobre gênero e educação sexual nas escolas e que o direito ao “aborto legal” no Brasil vem sendo alvo de empecilhos, colocando em risco a vida das vítimas de violência sexual”.

Entre os novatos, também estão nomes de ativistas de causas feministas. Entre as mulheres eleitas com esse perfil, que se apresentam como feministas em suas redes sociais, estão: Daiana Santos (PT/RS), Denise Pessoa (PCdoB/RS), Ana Paula Lima (PT/SC), Dandara (PT/MG), Juliana Cardoso (PT/SP), Jack Rocha (PT/ES) e Camila Jara (PT/MS).

Além das feministas, uma série de partidos se expressam claramente a favor da legalização do aborto no Brasil e isso pode impactar bastante nas votações já que os parlamentares seguem o posicionamento do partido. A segunda maior bancada da Câmara dos Deputados com 80 deputados federais integra a Federação composta por PT, PCdoB e PV, partidos que já se declararam pró-aborto.

Cresce bancada pró-vida no Senado

Entre os 27 senadores eleitos para a próxima Legislatura, pelo menos 20 se assumem como conservadores como a senadora mais votada no Distrito Federal e ex-ministra, Damares Alves (Republicanos).

Como ex-ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares defendeu um Brasil sem aborto, por meio de políticas públicas de planejamento familiar e disse que o aborto nunca deve ser considerado e visto nessa nação como método anticonceptivo.

Outro nome forte para a causa pró-vida que retorna ao Senado é o pastor Magno Malta (PL). Ele é autor da PEC 29/15 que proíbe o aborto em qualquer situação e resguarda o direito da criança nascer. A proposta, que está parada na Comissão de Constituição de Justiça do Senado, aguarda a designação de um novo relator desde maio de 2020.

“O Brasil precisava desse conservadorismo e Deus me traria de volta ao Senado”, disse Malta após o resultado das eleições.

Na nova legislatura, a maior bancada no Senado será o PL que tem bandeiras mais conservadoras com 13 cadeiras, seguida do União Brasil (12), MDB (10), PSD (10) e PT (9).

FONTE: Gazeta do Povo https://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/bancada-conservadora-no-congresso-pode-brecar-aborto-e-avancar-o-estatuto-do-nascituro/

TSE endossa fake news do PT e censura a Gazeta do Povo por dizer a verdade

Censura, ditadura, atos antidemocráticos… Falam tanto das sombras do passado rondando o Brasil e fingem não perceber que a ditadura 2.0 já está implantada por aqui e atuando a todo vapor. Ao contrário do que dizem, não é por causa de um governo autoritário, mas devido a um Judiciário que não respeita as leis.

Brasileiros, conservadores, estão sob censura, sendo cerceados em seu direito mais básico: o de expressar o que pensam. A tão falada liberdade de expressão vem sendo tolhida a passos largos, estimulada pela turma que se diz democrática e contra a ditadura, mas fala apenas da boca para fora.

No fundo, petista de carteirinha defende a tirania da perseguição a quem pensa diferente, defende a prática da mentira disfarçada de verdade; adora fazer acusações levianas, adjetivar quem está no espectro ideológico oposto (genocida, facista, homofóbico).

Desumanizar adversários é estratégia para tentar eliminá-los do debate. Monstros devem ser isolados, segundo sua ótica. E monstros são sempre os outros, aqueles que não seguem o que eu digo que é certo seguir.

Esta semana vimos mais um capítulo dessa tragédia tupiniquim, travestida de democracia. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) censurou uma publicação da Gazeta do Povo no Twitter que reproduzia o título de uma reportagem.

Preciso dizer o óbio: reportagem com título e notícia não só verdadeiros, mas extremamente fiéis aos fatos. É triste. A ditadura da toga caminhou tão solta nos últimos anos, apesar de todos os alertas, que estendeu seus tentáculos também para a corte eleitoral.

Censura à Gazeta do Povo

Para quem fazia vista grossa para a tirania da toga, fingindo que não via as ordens inconstitucionais e arbitrárias partindo de cortes superiores, a primeira semana de outubro de 2022 trouxe mais uma prova de que veio com a intenção de ficar.

A censura, agora por ordem do TSE, atendeu pedido de advogados do PT, que mentem no processo. Acusam os outros do que eles mesmos fazem: produzir fake news. O ministro do TSE Paulo de Tarso Sanseverino deixou-se convencer e censurou 30 publicações no Facebook e Twitter.

Uma delas tinha sido publicada pelo perfil da Gazeta do Povo, o maior jornal do Paraná e atualmente um dos maiores do Brasil, com 103 anos de existência. Noticiava que o ditador da Nicarágua, Daniel Ortega, apoiado por Lula, mandou fechar o canal de televisão CNN no país.

É algo, aliás, bem típico de ditador: censurar a imprensa para que a população fique mal informada. E foi isso que o ministro Sanserverino fez também aqui no Brasil, ao acatar pedido da equipe jurídica da campanha do PT.

Os advogados do partido deram uma de Randolfe Rodrigues e foram fazer mimimi nas barras da toga de ministros do TSE, fazendo-se de vítimas. Reclamaram que a Gazeta do Povo, ao dar a notícia verdadeira, associou o nome de Lula ao do ditador.

Alegaram que o coitadinho do cliente deles podia ter sua imagem prejudicada, em plena corrida eleitoral. Que culpa tem o jornal, ou a imprensa, se Lula tem amigos ditadores? Se ele mesmo ou representantes do seu partido, o PT, fazem questão de ir à posse de ditadores para aplaudir ditaduras?

Qual a culpa da Gazeta do Povo e dos donos de outros perfis censurados, que associaram Lula a ditadores, se ele próprio, Lula, quando presidente da República, mandou bilhões de reais do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), para sustentar ditaduras em países da América Latina e África?

Liberdade de imprensa e expressão

No vídeo, publicado junto com este artigo, dou voz à Gazeta do Povo, lendo o brilhante editorial publicado no dia seguinte à ordem de censura à publicação do jornal no Twitter. Caso não tenha lido e prefira leitura a vídeo, clique aqui.

Se optar por conhecer, por vídeo, a posição do jornal acerca de mais esse ato antidemocrático do PT, e de desrespeito à liberdade de imprensa, de expressão, à Constituição e à própria democracia, por parte de um ministro do TSE, clique no play da imagem que ilustra esta página.

Para contribuir com o debate sobre liberdade de imprensa e de expressão deixe sua reação, indicando o que sentiu ao ler este conteúdo e um comentário.

Compartilhe para que mais gente se atente para o fato de que a censura pode piorar, e muito, caso um defensor de ditaduras consiga voltar ao poder.

FONTE: Gazeta do Povo https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/cristina-graeml/tse-endossa-fake-news-do-pt-e-censura-a-gazeta-do-povo-por-dizer-a-verdade/

Senador eleito Efraim Filho diz que Congresso agirá contra ativismo no Supremo

Para ele, é preciso “delinear e balizar melhor as competências” do STF

Senador eleito Efraim Filho (União Brasil-PB) . Foto: reprodução do canal da Rádio Bandeirantes.

O senador eleito Efraim Filho (União Brasil-PB) afirmou nesta segunda-feira (10) que o novo Senado, parcialmente renovado, precisa discutir o que chamou de “usurpação de competências” exercita à margem da Constituição pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Jurista de formação, Efraim Filho afirmou em entrevista ao programa Jornal Gente da Rádio Bandeirantes que é necessário o Poder Legislativo discutir formas de “delinear e balizar melhor as competências” do STF, a fim de reduzir os espaços para o ativismo político e judicial em curso.

O novo senador da Paraíba considera que o Congresso precisa tomar decisões com vistas a evitar a tendência intervencionista dos atuais ministros do STF em competências dos outros Poderes, “legislando ou tentando administrar o País”.

Eleito com quase 700 mil votos, Efraim Filho revelou-se confiante na virada do candidato do PSDB ao governo do Estado, Pedro Cunha Lima, mencionando que o atual governador, João Azevêdo PSB), totalizou 39% dos votos. “Isso significa que 61% dos paraibanos se posicionaram pela mudança”, afirmou.

O senador Efraim Filho foi  entrevistado na Rádio Bandeirantes pelos jornalistas Thays Freitas, Sonia Blota, Pedro Campos e Cláudio Humberto.

FONTE: Diário do Poder https://diariodopoder.com.br/uncategorized/senador-eleito-efraim-filho-diz-que-congresso-agira-contra-ativismo-no-supremo

Embaixada do Brasil em Kiev pede que brasileiros busquem abrigo

Diplomatas também recomendam que brasileiros não viajem para Ucrânia

Embaixada do Brasil em Kiev, capital da Ucrânia.

A embaixada do Brasil em Kiev, capital da Ucrânia, divulgou nta em suas redes sociais recomendando “fortemente” os brasileiros residentes na cidade a seguirem a orientação das autoridades locais e buscarem abrigo.

A nota se refere aos bombardeios registrados em diversas cidades ucranianas e a possibilidade de novos ataques das forças russas, em resposta à bomba que atingiu a ponte de ligaçã a Criméia, classificada pelo presidente Vladimir Putin de “ato de terrorismo”.

A nota da embaixada do Brasil em Kiev.

A nota não contém assinatura, mas a embaixada em Kiev é chefiada pelo diplomata Norton Rapesta. Nela, a representação diplomática també recomenda que “deslocamentos só devem ser iniciados após o fim do alerta, quando houver condições de segurança”.

A embaixada ainda disponibiliza um telefone (+380 50 384 5484) para “brasileiros em situação de emergência na Ucrânia” entrarem em contato.

A nota finaliza com mais um aviso importante aos brasileiros que pretendam viajar àquele país: “A Embaixada reitera sua recomendação de que sejam evitadas todas as viagens à Ucrânia, bem como a permanência no país”.

FONTE: Diário do Poder https://diariodopoder.com.br/exteriores/embaixada-do-brasil-em-kiev-pede-que-brasileiros-busquem-abrigo

Senadores pressionam pela instalação imediata da CPI das Pesquisas Eleitorais

Conspira contra a CPI lentidão nas decisões do roda-presa Rodrigo Pacheco

Senador Marcos do Val (Podemos-ES).

Os senadores que pediram a criação da CPI das Pesquisas Eleitorais aguardam a leitura do seu requerimento no plenário o quanto antes, para sua instalação imediata, até porque a comissão só poderá funcionar até o final de janeiro, quando a atual legislatura chega ao fim. E todos conhecem o estilo “roda presa” do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. A CPI só pode ser instalada após a leitura do requerimento no plenário.

O autor requerimento, o senador Marcos do Val (Podemos-ES), que logo ganhou apoio de outros 29 senadores. argumenta que as pesquisas eleitorais têm impacto sobre a decisão de voto dos cidadãos, e que as variações de prognósticos entre diferentes institutos indicam “óbvia e inegável existência de desvios inaceitáveis”. Para o senador, há possibilidade convincente de preferência de alguns institutos por determinados candidatos.

De acordo com o Regimento Interno do Senado, o trabalho de uma CPI não pode ultrapassar a legislatura em que ela foi criada.

Marcos do Val quer apurar as expressivas discrepâncias em eleições recentes entre os números de intenção de voto apresentados em pesquisas eleitorais e os eventuais resultados das urnas.

Para isso, ele pretende que a CPI investigue as metodologias e sistemas de realização de pesquisas, a partir de elementos sociológicos, matemáticos e demográficos, mas também “político-partidários”. O objetivo é identificar quais institutos operam “fora das margens toleráveis”.

Influência criminosa

Senadores que já assinaram o requerimento se manifestaram nos últimos dias defendendo a criação da CPI. É o caso de Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que disse nas redes sociais que os institutos de pesquisa “induziram” os eleitores e influenciaram os pleitos “de forma criminosa”.

“Em qualquer lugar do mundo, se uma empresa erra de maneira tão acintosa, como esses institutos têm errado, suas portas já estariam fechadas. Tais erros não foram vistos apenas nesta eleição, o histórico é longo e antigo. Tais institutos precisam dar uma resposta para o cidadão que foi enganado”, escreveu ele.

Os senadores Luis Carlos Heinze (PP-RS) e Lasier Martins (Podemos-RS) também manifestaram estranhamento com os resultados das pesquisas e defenderam ser urgente uma investigação dos institutos.

“A democracia exige colocar isso a limpo. As discrepâncias com o resultado das urnas são tão vergonhosas que não se cogita apenas incompetência. Já temos o número necessário, precisamos saber a verdade”, afirmou Lasier.

O senador Eduardo Girão (Podemos-CE) alegou que os institutos tentam manipular os eleitores. Ele lembrou que, nas eleições de 2018, as pesquisas mostravam o seu nome longe de qualquer chance de vitória, e ele acabou eleito.

“Eles querem continuar mandando no seu voto, na sua vida e na sua opinião”, acusou.

Por outro lado, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) disse achar “curioso” o esforço pela criação da CPI, que ele associa ao governo federal. Randolfe questionou a falta de iniciativas semelhantes voltadas para casos de corrupção no Executivo.

“Para esclarecer a roubalheira na Educação, eles não se esforçaram assim. Fizeram o possível para adiar a instalação da CPI do MEC [Ministério da Educação] que tem denúncias até de propina em ouro. Investigar a corrupção eles não querem”, criticou.

FONTE: Diário do Poder https://diariodopoder.com.br/uncategorized/senadores-pressionam-pela-instalacao-imediata-da-cpi-das-pesquisas-eleitorais

Esquerdista quer ‘purificar a raça’ matando Damares e ‘filhos pequenos’ de bolsonaristas

Tweet foi excluído por iniciativa do criminoso e não por ordem judicial

Senadora eleita Damares Alves, ex-ministra das Mulheres, da Família e dos Direitos Humanos.

A Delegacia de Repressão aos Crimes Cibernéticos, da Polícia Civil do Distrito Federal, investiga um ativista de esquerda que se utilizou de uma conta no Twitter para pregar a morte da ex-ministra dos Direitos Humanos e senadora eleita Damaraes Alves (Republicanos-DF).

Em suas postagens, o extremista criminoso também pediu a “execução” de crianças, filhos de eleitores bolsonaristas, para “purificar a raça”.

“Eu apoio que todos os eleitores do Bolsonaro e seus filhos pequenos sejam executados , precisamos purificar a raça brasileira”, diz o post do bandido identificado apenas por Raphael ou “@raphaelzz”.

Na ameaça, cuja autenticidade foi confirmada pela assessoria da senadora eleita, o extremista de esquerda faz um apelo ao assassinato da ex-ministra:

– “Vamos atentar contra a vida dessa mulher! Empalar ela em praça pública, ela precisa sofrer a dor da morte”. Ao final da mensagem, o bandido publica a hastag “#ExecutemDamares”.

Após a iniciativa da senadora eleita de denunciar a ameaça à Polícia Civil o criminoso excluiu o perfil da rede social, mas os policiais têm meios e a confiança de que ele será identificado e entregue à Justiça.

Não há informação sobre inclusão do criminoso no chamado inquérito que investiga “atos antidemocráticos” e supostas fake news, sob chefia do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A assessoria de Damares trabalha com a informação de que o próprio criminoso excluiu seu perfil para tentar dificultar as investigações.

De acordo com assessores, Damares tem recebido ameaças desde sua vitória no Distrito Federal, com mais de 45% dos votos para o Senado.

A ocorrência foi registrada na delegacia pelo advogado da senadora eleita, Flávio da Costa Brito, que entregou aos policiais os dados do perfil @raphaelzz (twitter.com/raphaelzz/status/.1576709876516294656?s=20&t=ElfXrfKE7LfWoQNCFiNmQ).

Veja aqui o boletim de ocorrência na Polícia Civil do DF:

FONTE: Diário do Poder https://diariodopoder.com.br/eleicoes-2022/esquerdista-quer-purificar-a-raca-matando-damares-e-filhos-pequenos-de-bolsonaristas

‘A ética do PT é roubar’, dizia FHC, que agora apoia o petista Lula

Falta de memória também afeta os economistas milionários do PSDB

Autor da frase “esqueçam o que escrevi” dos tempos de presidente, FHC chegou a afirmar que “a ética do PT é roubar”, como mostra a capa da revista IstoÉ de anos atrás, viralizada nas redes

A falta de memória de muitas pessoas ligadas ao PSDB, adversários históricos de Lula e do PT, afeta sobretudo o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que esta semana declarou voto no ex-presidiário. Autor da frase “esqueçam o que escrevi” dos tempos de presidente, ele chegou a afirmar que “a ética do PT é roubar”, como mostra a capa da revista IstoÉ de anos atrás, viralizada nas redes.

O jeito petista de roubar agora parece encantar aqueles que encararam a fúria de Lula & cia. A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.

Assim como FHC, um grupo de economistas tucanos milionários declarou voto em Lula, “por uma política econômica responsável”.

Para essa turma, certamente são produto da atual “política econômica irresponsável” a inflação em queda, os empregos em alta e PIB de 3%.

Os economistas desmemoriados já não se lembram da oposição insana de Lula e do PT ao Plano Real, que eles implantaram a duras penas.

FONTE: Diário do Poder https://diariodopoder.com.br/brasil-e-regioes/a-etica-do-pt-e-roubar-dizia-fhc-que-agora-apoia-o-petista-lula

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