O presidente Jair Bolsonaro, durante a madrugada desta segunda-feira (3), divulgou um texto nas redes sociais se manifestando sobre o resultado do primeiro turno das eleições de 2022.
Ele ressalta a vitória com relação à eleição das maiores bancadas na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, segundo ele “a maior prioridade nesse momento”.
O presidente também destaca o resultado expressivo com relação aos governadores eleitos e considera esta “a maior vitória dos patriotas na história do Brasil”.
Otimista, ele finaliza o texto garantindo que os “adversários só se prepararam para uma corrida de 100 metros”. Ele está pronto “para uma maratona”.
Leia o texto na íntegra:
– Contra tudo e contra todos, tivemos no 1° turno de 2022 uma votação mais expressiva do que aquela que tivemos em 2018. Foram quase 2 milhões de votos a mais! Também elegemos as maiores bancadas da Câmara e do Senado, o que era a nossa maior prioridade neste primeiro momento.
– Elegemos governadores no 1° turno em 8 estados e elegeremos nossos aliados em outros 8 estados neste 2° turno. Esta é a maior vitória dos patriotas na história do Brasil: 60% do território brasileiro será governado por quem defende nossos valores e luta por um país mais livre.
– Muita gente se deixou levar pelas mentiras propagadas pelos institutos de pesquisas, que saíram do 1° turno completamente desmoralizados. Erraram todas as previsões e já são os maiores derrotados desta eleição. Vencemos essa mentira e agora vamos vencer a eleição!
– Esta disputa não decidirá apenas quem assumirá um cargo nos próximos quatro anos. Esta disputa decidirá nossa identidade, nossos valores e a forma como seremos vistos pelo mundo e pelo próprio Deus. Lutemos pela liberdade, pela honestidade, por nossos filhos e pelo Brasil.
– Sabemos do tamanho da nossa responsabilidade e dos desafios que vamos enfrentar. Mas sabemos aonde queremos chegar e como chegaremos lá. Pela graça de Deus, nunca perdi uma eleição e sei que não será agora, quando a liberdade do Brasil inteiro depende de nós, que iremos perder.
– Nossos adversários só se prepararam para uma corrida de 100 metros. Nós estamos prontos para uma maratona. Vamos lutar com confiança e com força cada vez maior, certos de que vamos prevalecer pela pátria, pela família, pela vida, pela liberdade e pela vontade de Deus!
FONTE: Jornal da Cidade https://www.jornaldacidadeonline.com.br/noticias/42688/a-primeira-manifestacao-de-jair-bolsonaro-apos-a-divulgacao-do-resultado-do-10-turno
A diferença entre dois Brasis ficou evidente na contagem dos votos
Nenhum dos dois candidatos à presidência conseguiu definir as eleições no primeiro turno; está tudo adiado para segunda votação, no dia 30 de outubro, e até lá o Brasil vai continuar com o seu futuro em jogo. É possivelmente a escolha mais crucial que o país já teve em toda a sua história eleitoral – terá de optar entre o esforço atual para continuar tentando resolver os seus principais problemas, com a perspectiva real de sair deles algum dia, ou, então, vai voltar a um tipo de governo que já foi experimentado há pouco, durante quase catorze anos seguidos, e acabou num desastre sem precedentes. A contagem dos votos deixou evidente, mais uma vez, a diferença entre os dois Brasis que estão aí. Tudo o que existe de mais avançado, mais vivo e socialmente mais equilibrado optou pela primeira alternativa e deu seu voto de confiança ao presidente Jair Bolsonaro – do Mato Grosso ao Rio Grande do Sul. O que há de mais atrasado, da Bahia ao Maranhão, ficou do lado de Lula. Minas Gerais ficou no meio, entre um e outro, e o Norte tem peso eleitoral muito pequeno.
Lula, a esquerda e as elites que precisam do Brasil velho para sobreviver esperavam, naturalmente, um resultado diferente. Durante meses seguidos, numa lavagem cerebral nunca antes vista na história deste país, a confederação nacional das pesquisas eleitorais, o consórcio dos veículos de comunicação e tudo o que pode existir em matéria de “formadores de opinião” disseram que o ex-presidente ia ganhar no primeiro turno; nenhuma dúvida era admitida. Lula, até quase o dia da eleição, estava eleito com mais de 50% dos votos, já; Bolsonaro não passava dos 30%. Em seu redor já se distribuíam ministérios, faziam promessas e disparavam ameaças. O TSE e a ditadura judiciária do STF, por sua vez, fizeram todo o possível para beneficiar o candidato do PT; não há registro de uma eleição presidencial em que as autoridades eleitorais tenham sido tão abertamente parciais como na de 2022. Ficaram trabalhando até o último minuto; ainda na véspera da votação censuraram uma reportagem do site “O Antagonista” que divulgava conversas de apoio a Lula entre chefes do crime organizado. Não há nada na lei brasileira, absolutamente nada, que permita uma coisa dessas. Foi uma ilegalidade a mais – numa eleição que esteve durante o tempo todo sob a ameaça permanente de um inquérito policial conduzido pelo STF sem qualquer justificativa legal.
Lula, a esquerda e as elites que precisam do Brasil velho para sobreviver esperavam, naturalmente, um resultado diferente
Lula vai para o segundo turno com uma clara vantagem de retrospecto: nunca, desde que o Brasil voltou a ter eleições diretas para presidente, um candidato que chegou à frente no primeiro turno deixou de ganhar no segundo. Bolsonaro tem outra: nunca um candidato no exercício da presidência deixou de ser reeleito. O que valem, na verdade, uma coisa e outra? Não se sabe. Retrospecto funciona para corrida de cavalo, e mesmo assim não garante nenhum resultado futuro; o que vai importar, mais uma vez, é a capacidade que cada candidato tiver para definir uma maioria em seu favor. É essa maioria quem vai resolver a disputa. Será ela, também, quem vai pagar a conta de tudo. Sempre é.
FONTE: Gazeta do Povo https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/jr-guzzo/o-primeiro-turno-deixou-evidente-a-diferenca-entre-dois-brasis/
Se tantos aliados de Bolsonaro venceram, de onde apareceram tantos votos para Lula?
Vamos para o segundo turno em 30 de outubro – para presidente e governador em alguns estados. Andei fazendo as contas e cheguei a 30 milhões de eleitores que não foram votar, que deixaram que os outros decidissem por eles. Achei estranho o resultado, porque esperava uma decisão em primeiro turno a favor de Bolsonaro, pelo amarelo que vi nas filas de votação no Brasil inteiro, não apenas em Brasília. E pelas manifestações de um lado e de outro: a tradicional militância do PT estava silenciosa, discreta, enquanto os “amarelos” estavam todos exibindo a bandeira nacional, festejando.
Mas a votação acabou com esse resultado em que Lula termina com 5 milhões de votos à frente de Bolsonaro, e ficamos nos perguntando de onde saíram esses votos. Porque, se olharmos as eleições estaduais, Bolsonaro elegeu quase todos os seus candidatos a governador e senador, com exceção de alguns – a mais marcante delas, a do meu amigo Gilson Machado, em Pernambuco, que fez uma excelente campanha para o Senado, mas não conseguiu a vaga.
Em toda parte, auxiliares do presidente venceram: a ex-ministra Damares Alves foi um trator em Brasília, fez quase o dobro dos votos da Flávia Arruda. Bia Kicis, uma das maiores apoiadoras de Bolsonaro, foi a mais votada no Distrito Federal para deputada federal, e o mesmo quase aconteceu com a Carla Zambelli, em São Paulo, a maior apoiadora do presidente na Câmara, que ficou em segundo. Magno Malta, ligadíssimo a Bolsonaro, volta ao Senado. Gustavo Gayer, que é conhecido apoiador do presidente nas redes sociais, foi o segundo mais votado em Goiás. Tereza Cristina, no Mato Grosso do Sul, teve quatro vezes mais votos que o ex-ministro Mandetta para o Senado. O Capitão Contar, que teve o apoio de Bolsonaro “renovado” no último debate, vai para o segundo turno.
No Rio, o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello foi o deputado federal mais votado, e Romário foi reeleito senador; Cláudio Castro foi reeleito governador com o dobro de votos de Marcelo Freixo. No Rio Grande do Norte, Rogerio Marinho, também ex-ministro de Bolsonaro, foi eleito senador; no Rio Grande do Sul, e o atual vice de Bolsonaro, general Mourão, ganhou para o Senado e o ex-ministro Onyx Lorenzoni vai para o segundo turno contra o ex-governador Eduardo Leite. O deputado Hiran Gonçalves, grande apoiador de Bolsonaro na Câmara, derrotou Romero Jucá e será senador por Roraima. O ex-secretário da Pesca Jorge Seif se elegeu senador por Santa Catarina, derrotando veteranos como Raimundo Colombo e Dario Berger. Jorginho Mello, outro aliado de Bolsonaro no Senado, vai para o segundo turno contra o PT para o governo catarinense.
Em São Paulo, nem se fala. As pesquisas diziam que Tarcísio de Freitas e o astronauta estavam lá atrás; pois Marcos Pontes foi eleito senador com 50% dos votos e Tarcísio vai para o segundo turno já com uma diferença grande sobre Haddad. Lembro, ainda, das pessoas que ficaram contra Bolsonaro: Katia Abreu teve três vezes menos votos que a professora Dorinha em Tocantins. E a Lava Jato foi vitoriosa no Paraná, onde Ratinho Junior fez mais que o dobro dos votos de Roberto Requião. Sergio Moro deixou Alvaro Dias em terceiro lugar para o Senado, e Deltan Dallagnol foi o mais votado para deputado federal. São resultados cheios de significado.
Em Minas, o segundo maior colégio eleitoral, Zema passeou, reeleito em primeiro turno. O pessoal todo votou pra senador no Cleitinho Azevedo. Para deputado, no Nikolas Ferreira; como é que toda essa gente vai votar no Lula? Mas Lula venceu em Minas, e foi fundamental esse resultado dele no primeiro turno. Então, fica essa dúvida sobre de onde vieram tantos votos para o PT.
E as pesquisas erraram. Nove pesquisas davam entre 31% e 39% para Bolsonaro – no Datafolha, 33%; no Ipec 31% – e ele teve mais de 43%. É tudo difícil de digerir por enquanto.
FONTE: Gazeta do Povo https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/alexandre-garcia/aliados-bolsonaro-vitorias-lula-votos/
Erros em série mostram que há algo de muito grave nos institutos de pesquisa
Em uma disputa muito mais equilibrada do que as pesquisas de opinião indicavam, o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente, ex-presidiário e ex-condenado Lula (PT) foram para o segundo turno da disputa pelo Palácio do Planalto. Bolsonaro chegou a liderar a apuração durante boa parte do tempo, mas Lula o ultrapassou na metade final da contagem de votos e terminou com cinco pontos porcentuais de vantagem, considerando-se apenas os votos válidos. A estratégia petista de pedir o “voto útil” em Lula para encerrar a disputa já no primeiro turno não prosperou por apenas 1,7 ponto porcentual, a quantidade que faltou para Lula superar a barreira dos 50%.
E, justamente porque este primeiro turno foi mais acirrado que o previsto, novamente o desempenho desastroso dos institutos de pesquisa deve ganhar relevância, a ponto de ter sido destacado na imprensa internacional. A eleição de 2018 foi marcada por erros nada menos que grotescos, em que os resultados reais foram radicalmente diferentes daqueles apontados às vésperas do pleito. Foi assim com os desempenhos de Romeu Zema em Minas Gerais, Wilson Witzel no Rio de Janeiro, e Carlos Moisés em Santa Catarina; ainda que se possa alegar que pesquisas são “retratos de momento”, em nenhum desses casos houve algo que pudesse causar tamanha reviravolta em poucas horas. Os erros foram ainda mais numerosos na disputa para o Senado, na qual, alegou-se à época, o fato de haver duas cadeiras em jogo levou a muitas escolhas de última hora que desbancaram candidatos cuja eleição era dada como certa, como Roberto Requião e Beto Richa no Paraná, Dilma Rousseff em Minas Gerais, José Fogaça no Rio Grande do Sul e Eduardo Suplicy em São Paulo.
Jogar a culpa dos erros de 2018 nas costas de uma suposta volubilidade do eleitor foi apenas uma maneira de empurrar o problema para a frente, e ele volta a explodir bem diante dos institutos, que precisam admitir que o produto que entregam não está correspondendo ao que se promete
Quatro anos depois, houve uma nova série de erros bastante significativos, como o desempenho do ex-ministro Tarcísio Gomes de Freitas (PL), que vai para o segundo turno em São Paulo com sete pontos de vantagem sobre um Fernando Haddad (PT) que era o líder absoluto das pesquisas. Ou a reeleição em primeiro turno do fluminense Cláudio Castro (PL), quando as sondagens davam como certo um segundo turno contra Marcelo Freixo (PSB). A situação não foi diferente em disputas para o Senado – desta vez, sem a desculpa das duas vagas –, em que houve erros significativos em estados como o Espírito Santo, onde Magno Malta (PL) derrotou a líder Rose de Freitas (MDB); Paraná, em que Sergio Moro (União Brasil) venceu e Alvaro Dias (Podemos), líder das pesquisas, terminou em terceiro lugar; São Paulo, onde Marcos Pontes (PL) desbancou Márcio França (PSB) por 13,5 pontos porcentuais de vantagem, quando a pesquisa mais benéfica ao ex-ministro o mostrava rigorosamente empatado com o ex-governador paulista; e Rio Grande do Sul, onde o general Hamilton Mourão (Republicanos) se elegeu senador apesar de figurar em terceiro lugar nas pesquisas.
Por fim, é preciso também mostrar que, assim como ocorrera em 2018, a performance eleitoral de Bolsonaro no primeiro turno foi amplamente subestimada por todos os principais institutos de pesquisa. Enquanto a votação de Lula pode ser considerada dentro da margem de erro das pesquisas, ou muito próxima dela, várias sondagens de véspera colocavam o atual presidente com menos de 40%. Este fato, aliás, chama a atenção para um “padrão” nos erros de 2018 e 2022: os candidatos cujas votações são bem superiores ao projetado pelas pesquisas costumam ser conservadores, de centro-direita ou direita; já aqueles com intenções de voto “infladas” nas pesquisas são seus oponentes de centro-esquerda ou esquerda, como ocorreu agora com os paulistas Haddad e França.
Que isso tenha ocorrido em duas eleições gerais sucessivas é sinal de que existe algo muito grave no mundo dos institutos de pesquisa. O “retrato do momento” está desfocado, distorcido, alterado por lentes coloridas. Na melhor das hipóteses, metodologias equivocadas estão levando a resultados radicalmente diferentes da realidade – algo que deveria ter sido corrigido já a partir de 2018, tamanhas as diferenças entre o que diziam as pesquisas e o que disseram as urnas. Jogar tudo nas costas de uma suposta volubilidade do eleitor foi apenas uma maneira de empurrar o problema para a frente, e ele volta a explodir bem diante dos institutos, que precisam vir a público e fazer seu mea culpa, admitindo que o produto que entregam não está correspondendo ao que se promete.
Também a imprensa, com este episódio, precisa rever o tratamento que dá às pesquisas de intenção de voto. Já há muitos anos a Gazeta do Povo, por exemplo, fez a opção de não destacar como manchetes os resultados de tais pesquisas, limitando-se a apresentar seus dados ao leitor-eleitor como um serviço relevante, pois “os resultados divulgados têm potencial de influenciar decisões de partidos, de lideranças políticas e até mesmo os humores do mercado financeiro”, como escrevemos ao fim de cada publicação com dados de pesquisas eleitorais. Se essa influência está ocorrendo como resultado de números enviesados, mesmo que de forma não intencional, é chegada a hora de outros veículos se questionarem sobre a real dimensão que tais pesquisas merecem em seu noticiário.
FONTE: Gazeta do Povo https://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/editoriais/eleicoes-erros-institutos-pesquisa/
Governadores eleitos e no 2º turno: quem eles vão apoiar na disputa entre Lula e Bolsonaro
As eleições para governador terminaram neste domingo (2) em 14 estados e no Distrito Federal. A apuração dos votos pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostra que só três dos candidatos eleitos em primeiro turno não tentavam a reeleição: Clécio (SD), no Amapá; Elmano de Freitas (PT), no Ceará; e Rafael Fonteles (PT), no Piauí.
Veja abaixo quais foram os governadores eleitos em primeiro turno, e o percentual de votos que cada um deles obteve.
- Minas Gerais – Romeu Zema (Novo) – 56,18%
- Rio de Janeiro – Cláudio Castro (PL) – 58,67%
- Paraná – Ratinho Jr. (PSD) – 69,64%
- Ceará – Elmano de Freitas (PT) – 54,02%
- Pará – Helder Barbalho (MDB) – 70,41%
- Goiás – Ronaldo Caiado (União Brasil) – 51,81%
- Piauí – Rafael Fonteles (PT) – 57,17%
- Rio Grande do Norte – Fátima Bezerra (PT) – 58,31%
- Maranhão – Carlos Brandão (PSB) – 51,29%
- Mato Grosso – Mauro Mendes (União Brasil) – 68,45%
- Distrito Federal – Ibaneis Rocha (MDB) – 50,30%
- Tocantins – Wanderlei Barbosa (Republicanos) – 58,14%
- Acre – Gladson Cameli (PP) – 56,75%
- Roraima – Antônio Denarium (PP) – 56,47%
- Amapá – Clécio (SD) – 53,69%
Os partidos que venceram as eleições para os governos estaduais em 1º turno
Dos governadores eleitos, quem apoia Bolsonaro e quem apoia Lula?
Entre os governadores eleitos, seis são abertamente apoiados pelo presidente Jair Bolsonaro (PL): Cláudio Castro (PL), Ratinho Jr. (PR), Mauro Mendes (MT), Ibaneis Rocha (DF), Gladson Cameli (AC) e Antônio Denarium (RR).
Já o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem alianças com cinco: Elmano de Freitas (CE), Fátima Bezerra (RN), Rafael Fonteles (PI), Carlos Brandão (MA) e Clécio (AP). No Pará, Helder Barbalho chegou a participar de eventos de campanha junto com Lula, mas não assumiu uma aliança formal.
Não está claro se Romeu Zema (MG) e Ronaldo Caiado (GO) subiriam no palanque com Bolsonaro no segundo turno. Zema, porém, já garantiu que não apoia o PT. Caiado foi aliado próximo de Bolsonaro, mas ambos se desentenderam durante a pandemia de Covid-19.
Wanderlei Barbosa (Republicanos), eleito no Tocantins, também não se posicionou em relação às eleições presidenciais durante o primeiro turno.
Os estados que terão 2º turno
Em outros 12 estados a eleição será decidida no segundo turno. Em São Paulo, o maior colégio eleitoral do país, o PSDB sofreu uma derrota histórica: o candidato do partido, Rodrigo Garcia, não foi nem ao segundo turno. É a primeira vez que os tucanos perdem a eleição no estado desde 1994.
Veja abaixo quem disputa a segunda etapa da eleição em cada estado. Na manhã desta segunda-feira (3), somente o Amazonas não tinha a apuração concluída.
- São Paulo – Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos) – 42,32% x Fernando Haddad (PT) – 35,70%
- Rio Grande do Sul – Onyx Lorenzoni (PL) – 37,50% x Eduardo Leite (PSDB) – 26,81%
- Bahia – Jerônimo Rodrigues (PT) – 49,45% x ACM Neto (União Brasil) – 40,80%
- Pernambuco – Marília Arraes (SD) – 23,97% x Raquel Lyra (PSDB) – 20,58%
- Santa Catarina – Jorginho Mello (PL) – 38,61% x Décio Lima (PT) – 17,42%
- Paraíba – João Azevêdo (PSB) – 39,65% x Pedro Cunha Lima (PSDB) – 23,90%
- Espírito Santo – Renato Casagrande (PSB) – 46,94% x Carlos Manato (PL) – 38,48%
- Amazonas – Wilson Lima (União Brasil) – 42,82% x Eduardo Braga (MDB) – 20,99%
- Alagoas – Paulo Dantas (MDB) – 46,64% x Rodrigo Cunha (União Brasil) – 26,79%
- Mato Grosso do Sul – Capitão Contar (PRTB) – 26,71% x Eduardo Riedel (PSDB) – 25,16%
- Sergipe – Rogério Carvalho (PT) – 44,70% x Fábio Mitidieri (PSD) – 38,91%
- Rondônia – Marcos Rocha (União Brasil) – 38,88% x Marcos Rogério (PL) – 37,05%
Dos candidatos que foram ao segundo turno, sete têm o apoio de Bolsonaro: Tarcísio Gomes de Freitas (SP), Onyx Lorenzoni (RS), Carlos Manato (ES), Capitão Contar (MS), Marcos Rogério (RO), Jorginho Mello (SC) e Wilson Lima (AM).
Em Sergipe, o segundo turno será disputado sem o candidato de Bolsonaro, Valmir de Francisquinho (PL), que teve a candidatura indeferida pela Justiça Eleitoral.
Do outro lado, Lula apoia oficialmente sete candidatos a governador que disputam o segundo turno: Fernando Haddad (SP), Jerônimo Rodrigues (BA), Renato Casagrande (ES), Eduardo Braga (AM), Décio Lima (SC), Rogério Caravalho (SE) e Paulo Dantas (AL).
Em Pernambuco, o candidato oficial de Lula era Danilo Cabral (PSB), que não foi ao segundo turno. No entanto, Marília Arraes (SD), que disputa a segunda etapa do pleito, é apoiadora do ex-presidente. No Sergipe, Fábio Mitidieri (PSD) também é simpático a Lula.
FONTE: Gazeta do Povo https://www.gazetadopovo.com.br/eleicoes/2022/governadores-eleitos-primeiro-turno-aliados-lula-bolsonaro/
Rejeição vai pautar a disputa de segundo turno entre Bolsonaro e Lula
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL) entram na campanha do segundo turno da eleição tendo como desafio não apenas conquistar votos, mas também reduzir seus índices de rejeição e aumentar os do adversário.
Tanto Lula quanto Bolsonaro têm altos índices de rejeição, mas os do atual presidente estavam mais altos na reta final do primeiro turno. Segundo a última pesquisa FSB/BTG, divulgada na segunda-feira passada (26), 56% dos eleitores disseram que não votariam em Bolsonaro de jeito nenhum. Já Lula teve rejeição de 46% na pesquisa.
Ambos estão muito perto dos 50%, para cima ou para baixo. Esse é o porcentual a partir do qual, segundo analistas políticos, um candidato dificilmente consegue vencer uma eleição – já que ele não terá a quantidade de votos necessários para bater o adversário no segundo turno.
O cientista político André Rosa diz que a eleição de 2022 tem um aspecto diferente em relação à de 2018, quando Bolsonaro disputou o segundo turno contra Fernando Haddad (PT). “A eleição de 2018 foi a eleição do antipetismo. Já a de 2022 é também do antipetismo, mas conta ainda com o antibolsonarismo. As duas forças estão presentes ao mesmo tempo”, diz.
Rosa avalia que a eleição do primeiro turno, por causa dos perfis de Lula e Bolsonaro, já se tornou “muito voltada para o voto útil” – fenômeno em que o eleitor escolhe sua segunda opção, que tem mais chances de evitar a vitória daquele que ele não que ver eleito de nenhum jeito. “O eleitor não necessariamente está escolhendo aquele com quem tem o melhor apreço. É uma eleição do menos pior. O eleitor faz um cálculo para ver com qual candidato vai perder menos, e assim vota”, afirma o especialista. Na avaliação de Rosa, esse cenário aumenta a possibilidade de o segundo turno ter uma trajetória de previsibilidade.
Isso acontece porque a polarização entre Lula e Bolsonaro já diminui o espaço da terceira via. E os eleitores dos demais candidatos, embora importantes no segundo turno, não terão o peso eleitoral que tiveram em eleições passadas, bem os apoios que eventualmente esses nomes venham a dar nesta etapa final da campanha. “Temos dois players [candidatos] que dividem muito o eleitorado. Vai ser uma continuidade da polarização”, afirma.
Como reverter os índices de rejeição
Especialistas em marketing político consultados pela Gazeta do Povo dizem que a rejeição elevada não torna impossível a vitória, mas que é preciso reduzi-la, além de tentar aumentar a do adversário.
“Dificilmente um candidato com rejeição acima de 50% consegue se eleger para o Executivo”, diz o publicitário Marcelo Vitorino. Segundo ele, para que um candidato com índice tão elevado de rejeição tenha a possibilidade de vencer é necessário que a disputa tenha outro candidato tão rejeitado quanto ele. “Isso motivaria a abstenção e possibilitaria uma vitória”, afirma Vitorino.
Ou seja, uma das possíveis estratégias para vencer é aumentar a rejeição do oponente. A consultora Gisele Meter afirma que ao menos num primeiro momento, a melhor estratégia para reduzir a própria rejeição e aumentar a do adversário é explorar as fragilidades do oponente.
Gisele Meter diz que “nenhuma rejeição é irreversível” porque, no segundo turno, esse indicador também depende da rejeição do adversário e de acontecimentos externos imprevisíveis. “O que devemos considerar quando falamos em rejeição é o sentimento, que está ligado à emoção que alimenta esse sentimento”, diz ela.
Vitorino afirma ainda que uma menor rejeição permite a um candidato “sair na frente” na disputa do segundo turno. A opinião é endossada por Gisele, para quem o capital negativo acumulado ao longo do primeiro turno não se extingue com a chegada do segundo. “Nenhum político zera o saldo de rejeição de uma hora para outra. Seria o mesmo que acreditar que todos os nossos problemas sumiriam na virada de ano novo. O que pode ocorrer é uma diluição dessa rejeição”, afirma a consultora.
Em todas as eleições presidenciais desde a redemocratização, o candidato mais votado no primeiro turno foi o vencedor da disputa. Foi o que ocorreu com Fernando Collor em 1989, Lula em 2002 e 2006, Dilma Rousseff em 2010 e 2014 e Bolsonaro em 2018.
Metodologia da pesquisa citada na reportagem
O Instituto FSB Pesquisa ouviu, por telefone, dois mil eleitores entre os dias 23 e 25 de setembro de 2022. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, com intervalo de confiança de 95%. A pesquisa foi encomendada pelo banco BTG Pactual e está registrada no TSE com o protocolo BR-08123/2022.
FONTE: Gazeta do Povo https://www.gazetadopovo.com.br/eleicoes/2022/rejeicao-vai-pautar-a-disputa-de-segundo-turno-entre-bolsonaro-e-lula/
Pesquisas eleitorais erram resultados na Presidência e nos estados
Com 99,8% das urnas apuradas na disputa para a Presidência da República neste 1º turno, os resultados – 48,3% para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e 43,3% para Jair Bolsonaro (PL), o que leva a disputa para o segundo turno – apresentaram um cenário bem diferente do que mostraram as pesquisas eleitorais divulgadas neste sábado (1º), véspera da votação, por alguns dos principais institutos de pesquisa do país.
Na corrida presidencial, a Gazeta do Povo comparou o resultado de pesquisas divulgadas no sábado por cinco institutos: Datafolha, Ipec, Quaest, Ipespe e MDA, considerando as intenções de votos válidos. Na disputa entre Lula e Bolsonaro, o que mais se aproximou do resultado foi o Instituto MDA, que estimou 48,3% para Lula, e 39,7% para Bolsonaro. Este número, aliás, foi o maior projetado para o atual presidente, que chegou a ter estimativa de 35% dos votos pelo Ipespe. Já Lula chegou a ter 51% apontados pelo Ipec, na mais alta projeção.
Dentro da margem de erro, todos os levantamentos apontaram para uma provável decisão do pleito já no primeiro turno, com vitória do candidato petista. Já entre os demais candidatos, em apenas um dos levantamentos a candidata Simone Teber (MDB) foi posicionada à frente de Ciro Gomes (PDT). A emedebista obteve 4,2% dos votos válido, deixando Ciro para trás. O Ipespe chegou a projetar 8% dos votos para o pedetista, que registrou apenas 3%.
Veja abaixo o resultado das pesquisas estimuladas dos cinco institutos citados. Os números a seguir são exclusivamente de votos válidos, isto é, excluindo brancos, nulos e indecisos, e todos de pesquisas estimuladas, nas quais uma lista de candidatos é apresentada ao eleitor respondente.
Datafolha
- Luiz Inácio Lula da Silva (PT): 50%
- Jair Bolsonaro (PL): 36%
- Simone Tebet (MDB): 6%
- Ciro Gomes (PDT): 5%
- Soraya Thronicke (União Brasil): 1%
- Felipe d’Avila (Novo): 1%
- Vera Lúcia (PSTU): 0
- Sofia Manzano (PCB): 0
- Eymael (DC): 0
- Léo Péricles (UP): 0
- Padre Kelmon (PTB): 0
Ipec
- Luiz Inácio Lula da Silva (PT): 51%
- Jair Bolsonaro (PL): 37%
- Ciro Gomes (PDT): 5%
- Simone Tebet (MDB): 5%
- Soraya Thronicke (União Brasil): 1%
- Felipe d’Avila (Novo): 1%
- Vera Lúcia (PSTU): 0
- Sofia Manzano (PCB): 0
- Eymael (DC): 0
- Léo Péricles (UP): 0
- Padre Kelmon (PTB): 0
Quaest
- Lula (PT): 49%
- Bolsonaro (PL): 38%
- Ciro Gomes (PDT): 6%
- Simone Tebet (MDB): 5%
- Soraya Thronicke (União Brasil): 1%
- Felipe d’Avila (Novo): 1%
- Vera Lúcia (PSTU): 0
- José Maria Eymael (DC): 0
- Leonardo Péricles (UP): 0
- Sofia Manzano (PCB): 0
- Eymael (DC): 0
Ipespe
- Luiz Inácio Lula da Silva (PT) – 49%
- Jair Bolsonaro (PL) – 35%
- Ciro Gomes (PDT) – 8%
- Simone Tebet (MDB) – 7%
- Soraya Thronicke (União Brasil) – 1%
- Padre Kelmon (PTB) – 1%
- Felipe D’Avila (Novo) – 0%
- Léo Péricles (UP) – 0%
- Sofia Manzano (PCB): 0%
- Vera Lúcia (PSTU): 0%
- José Maria Eymael (DC): 0%
Instituto MDA
- Luiz Inácio Lula da Silva (PT) – 48,3%
- Jair Bolsonaro (PL) – 39,7%
- Ciro Gomes (PDT) – 4,9%
- Simone Tebet (MDB) – 4,7%
- Soraya Thronicke (União Brasil) – 1,3%
- Felipe d’Avila (Novo) – 0,4%
- Padre Kelmon (PTB) – 0,3%
- Sofia Manzano (PCB) – 0,2%
- Vera Lúcia (PSTU) – 0,1%
- Leonardo Péricles (UP) – 0,0%
- Eymael (DC) – 0,0%
Resultados também destoaram nos estados
Nas disputas estaduais, para governador e senador, também houve divergências significativas entre as pesquisas do Ipec divulgadas entre sexta (30) e sábado (1º) e os resultados. Entre os cinco maiores colégios eleitorais do país – São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia e Rio Grande do Sul – as principais dissonâncias foram observadas nos estados paulista, gaúcho e baiano.
A última estimativa do instituto para o governo de São Paulo apontava Fernando Haddad (PT) com 41% dos votos válidos, seguido de Tarcísio de Freitas (Republicanos) com 31%, e Rodrigo Garcia (PSDB) com 22%. Ao contrário do levantamento, quem saiu vitorioso numericamente, levando a disputa para o 2º turno, foi Freitas, que obteve 42,3%, frente a 35,7% de Haddad e 18,4% de Garcia.
Já na corrida para o Senado, o ex-ministro do governo Bolsonaro Marcos Pontes (PL) tinha votos válidos estimados em 31%, contra 43% de Márcio França (PSB). Pontes, no entanto, saiu vencedor com quase 50% dos votos válidos.
Já no Rio Grande do Sul, as estimativas mencionaram que o ex-governador Eduardo Leite (PSDB) obtinha 40% da preferência do eleitorado, ante 30% de Onyx Lorenzoni (PL). De forma semelhante a São Paulo, os postos se inverteram e o ex-ministro de Bolsonaro ficou à frente com 37,5% das intenções de voto, enquanto Leite somou 26,81%. No estado, a disputa também foi ao segundo turno.
No estado gaúcho, houve uma diferença bastante significativa também para o Senado. No último levantamento, foi estimado 23% para o vice-presidente da República Hamilton Mourão (Republicanos), o que o colocava em terceiro lugar na disputa para a única vaga ao Senado. Ele, no entanto, somou 44,1% e ficou com a vaga.
Um outro estado em que houve mudança nas colocações foi a Bahia – O Ipec apontou possível vitória de ACM Neto (União Brasil) já no 1º turno, com 51% dos votos. No entanto, quem por pouco não venceu já neste turno foi Jerônimo Rodrigues (PT), que obteve 49,3% de votos – a projeção para o petista era de 40% dos votos. ACM Neto ficou em segundo lugar nas urnas, com 40,9%.
A estimativa para o confronto baiano para o Senado não sofreu tantas divergências – Otto Alencar (PSD) foi eleito com 58,2%, enquanto o levantamento apontava 54%
Já no Rio de Janeiro e em Minas Gerais, os candidatos estimados nas pesquisas como primeiros colocados para o governo mantiveram o primeiro posto. No estado fluminense, o levantamento estimava 47% dos votos para o atual governador Cláudio Castro (PL), levando a definição para o 2º turno. Castro, no entanto, somou 58,6% e sagrou-se vitorioso já no 1º turno, em disputa com Marcelo Freixo (PSB).
A vaga de senador do Rio de Janeiro era prevista na pesquisa para Romário (PL) com ampla facilidade – 41% dos votos. A disputa, porém, não foi tão fácil; o ex-jogador saiu vitorioso, mas com 29,1% dos votos.
No estado mineiro, por fim, Romeu Zema (Novo) somava 50% no último levantamento do Ipec, divulgado neste sábado. Alexandre Kalil (PSD) vinha em segundo com 42%. O candidato do Novo, entretanto, obteve 56,2% da preferência do eleitorado e conquistou a reeleição no 1º turno, enquanto Kalil somou 35% dos votos.
Para o Senado, foram estimados 33% de votos válidos para Cleitinho Azevedo (PSC), que de fato venceu a disputa, mas com 41,5%.
Pesquisador explica divergências entre pesquisas eleitorais e resultado das eleições
Na avaliação de Raphael Nishimura, estatístico e diretor de Operações de Amostragem em Pesquisas de Levantamento da Universidade de Michigan, há diferentes fatores que fazem com que não seja raro que pesquisas pré-eleitorais mostrem, em dias anteriores e até mesmo na véspera da eleição, números diferentes do resultado das urnas. Essas pesquisas, segundo o especialista, representam um retrato do exato momento em que os dados foram colhidos, o que inviabiliza mensurar decisões que venham a ser tomadas de última hora pelos eleitores.
“Parte significativa do eleitorado acaba decidindo o voto no dia anterior, na noite anterior, ou até mesmo no próprio dia da eleição, em alguns casos na própria seção eleitoral. E aí, obviamente, como a pesquisa foi realizada num momento anterior, elas não vão conseguir captar essas mudanças”, explica o estatístico, que aponta números expressivos de abstenções como outro fator que pode impactar nessas divergências.
Para Nishimura, nos cargos cuja eleição se dá no sistema majoritário, que é o caso da presidência da República, o voto do eleitor costuma ser decidido com mais antecedência. Mas para os cargos de senador e deputado federal, por exemplo, que ocorrem no sistema proporcional, é mais comum que haja essas decisões de voto em cima da hora. Tal comportamento pode fazer com que pesquisas eleitorais para os cargos do sistema proporcional tendam a ter uma discrepância ainda maior.
Já quanto às dissonâncias nos números entre os próprios institutos, o estatístico diz que as escolhas metodológicas de cada entidade impactam diretamente nos resultados. O modo de coleta é o principal fator de impacto – pesquisas presenciais e por telefone, por exemplo, tendem a apresentar divergências. “Pesquisas por telefone têm um problema de cobertura da população, pois só conseguem cobrir pessoas que têm acesso a um telefone. Mesmo que hoje em dia um grande percentual da população tenha acesso, ainda existe uma diferença relevante entre as pessoas que não têm, principalmente com relação à renda, um dos fatores que podem estar associados ao voto”, aponta.
Metodologias das pesquisas citadas
Nacionais
Datafolha: O Datafolha entrevistou 12,8 mil eleitores entre os dias 30 de setembro e 1º de outubro em 310 municípios do país. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%. O levantamento foi contratado pelo jornal Folha de S. Paulo e pela TV Globo e está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o protocolo BR-00245/2022.
Ipec: O Ipec entrevistou 3.008 eleitores entre os dias 29 de setembro e 1º de outubro de 2022. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, com intervalo de confiança de 95%. A pesquisa foi encomendada pela TV Globo e está registrada no TSE com os protocolos BR-00999/2022 e BR‐01640/2022.
Quaes: A pesquisa foi realizada pelo instituto Quaest e contratada pelo Banco Genial. Foram ouvidos 3,6 mil eleitores presencialmente entre os dias 30 de setembro e 1º de outubro de 2022 em todas as regiões do país. A margem de erro estimada é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, e o intervalo de confiança é de 95%. O levantamento foi registrado no Tribunal Superior Eleitoral sob o protocolo BR-02444/2022.
Ipespe: A pesquisa do Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe) em parceria com a Associação Brasileira de Pesquisadores Eleitorais (Abrapel), ouviu 1,1 mil eleitores no dia 30 de setembro de 2022. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos, com um intervalo de confiança de 95,45%. O levantamento foi registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-05007/2022. Veja aqui o relatório da pesquisa (em PDF).
Instituto MDA: A pesquisa realizada pelo instituto MDA foi realizada por telefone entre os dias 28 e 30 de setembro de 2022, por encomenda da Confederação Nacional dos Transportes (CNT). A amostragem é de 2.002 eleitores brasileiros com 16 anos ou mais, com margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos e nível de confiança é de 95%. O levantamento está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo BR-02944/2022.
Estaduais
Ipec São Paulo: A pesquisa eleitoral do Ipec, encomendada pela TV Globo, entrevistou 2.000 eleitores em São Paulo entre os dias 29 de setembro e 1º de outubro. A margem de erro do levantamento é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob os protocolos SP-05847/2022 e BR-03126/2022.
Ipec Rio De Janeiro: A pesquisa eleitoral do Ipec, encomendada pela TV Globo, entrevistou 2.000 eleitores no Rio de Janeiro entre os dias 25 de setembro e 1º de outubro. A margem de erro do levantamento é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo RJ-01526/2022.
Ipec Minas Gerais: A pesquisa eleitoral do Ipec, encomendada pela TV Globo, entrevistou 2.000 eleitores em Minas Gerais entre os dias 25 de setembro e 1º de outubro. A margem de erro do levantamento é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob os protocolos MG-09012/2022 e BR-06476/2022.
Ipec Bahia: A pesquisa eleitoral do Ipec, encomendada pela TV Bahia, entrevistou 2.000 eleitores no estado da Bahia entre os dias 25 de setembro e 1º de outubro. A margem de erro do levantamento é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo BA-01710/2022.
Ipec Rio Grande do Sul: A pesquisa Ipec entrevistou 1.808 eleitores do Rio Grande do Sul entre os dias 28 e 30 de setembro. A margem de erro do levantamento é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%. O levantamento está registrado na Justiça Eleitoral com o número RS-04427/2022.
FONTE: Gazeta do Povo https://www.gazetadopovo.com.br/eleicoes/2022/pesquisa-eleitoral/pesquisas-eleitorais-resultados-divergem-levantamentos-presidencia-governos-senado/
Collor, Major Vitor Hugo e Gilson Machado: quais aliados de Bolsonaro não se elegeram
Alguns dos aliados mais próximos do presidente Jair Bolsonaro (PL) já tiveram seus destinos definidos neste domingo (2) e não foram eleitos a cargos no Legislativo e no Executivo para os quais haviam se candidatado.
Entre os principais nomes derrotados estão Daniel Silveira (PL), que era candidato ao Senado pelo Rio de Janeiro, Major Vitor Hugo, que disputava o governo de Goiás, e Fernando Collor, que tentava o governo de Alagoas.
Daniel Silveira não conquista vaga para o Senado
Ex-policial militar, tornou-se conhecido nacionalmente durante a campanha eleitoral de 2018, quando quebrou uma placa feita em homenagem à vereadora Marielle Franco. Ele concorreu com registro de candidatura indeferido com recurso judicial (por isso apareceu como inapto na apuração). Foi eleito deputado federal naquele ano e atuou, na Câmara, sempre em parceria com o governo Bolsonaro. Chegou a ser preso e condenado por ter veiculado um vídeo com ameaças a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Optou por concorrer ao Senado pelo PTB, decisão que contrariou segmentos do próprio governismo. Ficou em terceiro lugar na eleição, atrás de Romário (PL) e Alessandro Molon (PSB).
Major Vitor Hugo fica em terceiro em Goiás
Deputado federal em primeiro mandato, chegou a ser líder do governo na Câmara e também do PSL, antes de o partido acabar. Foi candidato ao governo de Goiás lançado por Bolsonaro ao posto ainda no ano passado. “Ele é um cara competente, é inteligente, é trabalhador, entende do assunto, se empenha, busca soluções”, disse o presidente na ocasião.
Sua candidatura, porém, não emplacou, e não ameaçou a reeleição de Ronaldo Caiado (União Brasil). Vitor Hugo, que tem formação militar e é consultor concursado da Câmara dos Deputados, ficou em terceiro lugar, atrás de Caiado e Gustavo Mendanha (Patriota).
Gilson Machado perde vaga no Senado para petista
O ex-ministro do Turismo se consolidou como um nome querido por Bolsonaro em 2021, quando participou de dez lives semanais do presidente da República. Ficou conhecido como “sanfoneiro” pela sua habilidade com a sanfona e por tocar o instrumento tanto nas lives quanto em outros eventos. Antes do Turismo, foi presidente da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo, a Embratur. Perdeu a vaga de Pernambuco no Senado para Teresa Leitão (PT).
Fernando Collor fica em terceiro lugar em Alagoas
Senador desde 2007, o ex-presidente da República resolveu correr o risco de disputar uma eleição para o Executivo e ficar sem mandato. Foi apenas o terceiro colocado na corrida local, atrás de Paulo Dantas (MDB) e Rodrigo Cunha (União Brasil). Collor se aproximou de Bolsonaro principalmente ao longo de 2022. Acompanhou o presidente em agendas pelo estado e buscou ser visto como “o candidato de Bolsonaro” em Alagoas.
Roberto Rocha perde para Flávio Dino no Maranhão
Eleito em 2014 ao Senado pelo PSB, Roberto Rocha (PTB) se aproximou, nos últimos anos, do governo Bolsonaro. Foi chamado pelo presidente de “pessoa maravilhosa, excepcional” e o acompanhou em muitas agendas pelo estado. Rocha se candidatou à reeleição para o Senado pelo estado do Maranhão e perdeu a disputa para o ex-governador Flávio Dino (PSB).
Paulo Martins perde para Sergio Moro no Paraná
Jornalista que ganhou notoriedade por comentários de viés conservador, Paulo Martins foi eleito deputado federal em 2018 e para 2022 resolveu dar um “passo maior” com a candidatura ao Senado pelo PL. Seu projeto de eleição para o Senado, porém, esbarrou no nome do ex-juiz Sergio Moro (União), que ganha pela primeira vez em sua carreira de político um cargo eletivo.
FONTE: Gazeta do Povo https://www.gazetadopovo.com.br/eleicoes/2022/collor-major-vitor-hugo-e-gilson-machado-quais-aliados-de-bolsonaro-nao-se-elegeram/
Senado: PL ganha 6 vagas e vira maior bancada; veja como fica a distribuição de forças
As eleições deste domingo (2) indicaram os ocupantes de 27 cadeiras do Senado e consagraram o partido do presidente Jair Bolsonaro. O PL fez 6 senadores e agora tem 14 representantes no Senado, a maior bancada da casa.
A vice-liderança fica com o PSD, que ficará com 11 nomes. A terceira posição é do União Brasil, de 10 senadores.
O ambiente pró-Bolsonaro que o Senado passará a ter em 2023 diverge do cenário atual, em que a casa, embora não seja exatamente dominada pela oposição, fez jogo duro para o presidente durante todo o mandato do atual chefe do Executivo.
O Senado, por exemplo, instalou a CPI da Covid, que foi conduzida por adversários de Bolsonaro, e não avançou com pedidos de impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), uma demanda do presidente e seus aliados. O presidente do Senado é Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que em muitas vezes divergiu publicamente de Bolsonaro, especialmente em assuntos ligados às urnas eletrônicas e à segurança do processo eleitoral.
O Senado tem 81 membros e faz sua renovação de forma alternada: em uma eleição são selecionados um representante para cada estado e para o Distrito Federal, totalizando 27 parlamentares, e na seguinte são dois para cada unidade da federação, o que resulta em 54 vagas. Os eleitos tomarão posse em fevereiro.
A renovação de 2022 pode ser maior, caso os senadores que disputam as eleições para os governos de seus estados sejam vitoriosos. Estão na disputa do segundo turno os senadores Jorginho Mello (PL-SC), Eduardo Braga (MDB-AM), Rogério Carvalho (PT-SE) e Rodrigo Cunha (UB-AL). Se eles vencerem, seus primeiros suplentes assumem os mandatos.
Como está o Senado hoje
Atualmente, a maior bancada do Senado é a do MDB, que tem 13 representantes. Na relação estão desde parlamentares eleitos em 2014 e 2018 e também suplentes que estão no exercício do mandato, como Ivete da Silveira (SC) e Luiz Pastore (ES).
A segunda colocação é do partido do presidente do Senado, o PSD. Além de Pacheco, a agremiação conta com outros 11 representantes. Três deles buscaram a renovação de seus mandatos neste domingo, Alexandre Silveira (MG), Otto Alencar (BA) e Omar Aziz (AM). Alencar e Aziz venceram a eleição e Silveira foi derrotado.
PP e Podemos, ambos com oito nomes cada, têm as terceiras maiores bancadas. O único nome do Podemos que disputou a reeleição foi Alvaro Dias (PR), que acabou derrotado. Lasier Martins (RS) concorreu a uma vaga de deputado e os demais estão na metade de seus mandatos.
Os partidos de Lula e Bolsonaro, PT e PL, têm sete senadores cada, assim como o União Brasil, da agora ex-presidenciável Soraya Thronicke (MS).
Confira a relação dos eleitos em 2022
AC
Alan Rick (União Brasil)
AL
Renan Filho (MDB)
AP
Davi Alcolumbre (União Brasil)
AM
Omar Aziz (PSD)
BA
Otto Alencar (PSD)
CE
Camilo Santana (PT)
DF
Damares Alves (Republicanos)
ES
Magno Malta (PL)
GO
Wilder Moraes (União Brasil)
MA
Flávio Dino (PSB)
MG
Cleitinho (PSC)
MS
Tereza Cristina (PP)
MT
Wellington Fagundes (PL)
PA
Beto Faro (PT)
PB
Efraim Filho (União Brasil)
PE
Teresa Leitão (PT)
PI
Wellington Dias (PT)
PR
Sérgio Moro (União Brasil)
RJ
Romário (PL)
RN
Rogério Marinho (PL)
RO
Jaime Bagatolli (PL)
RR
Hiran Gonçalves (PP)
RS
General Mourão (Republicanos)
SC
Jorge Seif (PL)
SE
Laércio Oliveira (PP)
SP
Marcos Pontes (PL)
TO
Professora Dorinha (União Brasil)
FONTE: Gazeta do Povo https://www.gazetadopovo.com.br/eleicoes/2022/senado-pl-ganha-7-vagas-e-vira-maior-bancada-veja-como-fica-a-distribuicao-de-forcas/
Sergio Moro vence eleição ao Senado e vai para seu primeiro mandato eletivo
Em disputa acirrada, Sergio Moro (União) foi eleito neste domingo (2) para a cadeira do Paraná no Senado Federal, com 33,50% dos votos válidos, de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Será o primeiro mandato eletivo de Moro, que aos 50 anos de idade também fez sua estreia nas urnas. A apuração total chegou ao fim por volta das 22h30, com Moro registrando um total de 1.953.159 votos.
A maioria das pesquisas de intenção de voto registradas até aqui apontava a possibilidade de reeleição de Alvaro Dias (PODE), embora com números próximos aos de Moro. Mas, neste domingo (2), Alvaro fez 23,94% dos votos válidos, ficando apenas em terceiro lugar. Já o candidato do presidente Jair Bolsonaro (PL) ao Senado, Paulo Martins (PL), ficou em segundo lugar, com 29,12% dos votos válidos. A diferença entre Moro e Paulo Martins foi de 255.210 votos.
Sergio Moro se tornou nacionalmente conhecido durante a Operação Lava Jato, quando ocupava a cadeira de juiz federal na 13ª Vara Criminal de Curitiba. Abandonou a magistratura para assumir a pasta da Justiça no governo Bolsonaro, com quem rompeu no início de 2020. Ao longo da campanha eleitoral, contudo, Moro fez acenos claros a Bolsonaro e levantou a bandeira anti-PT e contra o ex-presidente Lula. Também trabalhou para ligar seu adversário Alvaro Dias à esquerda, aproveitando a aliança do senador com o PSB de Geraldo Alckmin.
O ex-juiz federal entrou na política ao aceitar o comando do Ministério da Justiça no primeiro ano do mandato de Bolsonaro, mas foi somente no final de 2021 que Moro se filiou ao Podemos, já de olho no Palácio do Planalto. Em março de 2022, em um movimento inesperado, se mudou para o União Brasil. Dentro da legenda comandada por Luciano Bivar, o ex-juiz federal não conseguiu apoio para a corrida ao Planalto, entrando na disputa ao Senado. Na mesma época, também tentou se candidatar por São Paulo, mas a troca de domicílio eleitoral, de Curitiba para São Paulo, foi barrada pela Justiça Eleitoral.
Os suplentes de Moro no Senado são o advogado Luis Felipe Cunha (União), de 42 anos, e o empresário Ricardo Guerra (União), de 43 anos. Primeiro suplente, Cunha mantém um escritório de advocacia full service em Curitiba, atualmente exerce a vice-presidência do Instituto dos Advogados do Paraná e é membro da Comissão de Direito Desportivo da OAB no Paraná. Cunha é considerado um braço direito de Moro. O segundo suplente de Moro é uma indicação de um aliado. O empresário Ricardo Guerra é irmão do deputado estadual Luiz Fernando Guerra (União).
- Veja a proporção de votos válidos obtidos pelos candidatos que disputaram a cadeira do Paraná no Senado:
- Sergio Moro (União): 33,50% (1.953.159 votos)
- Paulo Martins (PL): 29,12% (1.697.949 votos)
- Alvaro Dias (PODE): 23,94% (1.395.926 votos)
- Rosane Ferreira, da Federação PT-PCdoB-PV: 8,16% (475.586 votos)
- Desiree (PDT): 2,24% (130.520 votos)
- Aline Sleutjes (Pros): 1,54% (89.560 votos)
- Orlando Pessuti (MDB): 1,09% (63.784 votos)
- Laerson Matias (Psol): 0,31% (17.953 votos)
- Roberto França da Silva Junior (PCO): 0,06% (3.402 votos)
- Dr Saboia (PMN): 0,04% (2.521 votos)
FONTE: Gazeta do Povo https://www.gazetadopovo.com.br/eleicoes/2022/pr/sergio-moro-vence-eleicao-ao-senado-pelo-parana/
PSDB perde eleição para o governo de São Paulo pela primeira vez desde 1994
O PSDB perdeu a primeira eleição para o governo de São Paulo desde o pleito de 1994. O atual governador do estado, Rodrigo Garcia, que é filiado à legenda, ficou em terceiro lugar no primeiro turno das eleições 2022 e está fora na disputa pelo Palácio dos Bandeirantes. O segundo turno será disputado por Tarcísio de Freitas (Republicanos) e por Fernando Haddad (PT).
>> Acompanhe a apuração do primeiro turno das eleições 2022
O enfraquecimento político do ex-governador João Doria (PSDB) contribuiu para o desempenho de Garcia no pleito deste domingo (2). Ao longo da campanha, o atual governador chegou a afirmar que não tinha padrinho político e que era a sua trajetória que seria avaliada pelos eleitores paulistas. Garcia era vice de Doria e assumiu a gestão do estado após a renúncia dele em março deste ano. O ex-governador tentou articular a candidatura à Presidência da República, mas não conseguiu apoio. Ele, então, decidiu se retirar da vida pública e voltou a atuar na iniciativa privada.
Por outro lado, os padrinhos políticos dos candidatos do Republicanos e do PT desempenham papel importante na campanha e trazem para o plano estadual a polarização verificada no cenário nacional. O presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, é o principal apoiador de Tarcísio de Freitas. Já o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que também concorre ao Palácio do Planalto, é o principal “cabo eleitoral” de Fernando Haddad.
Eleições
O último candidato eleito ao governo de São Paulo que não era do PSDB ou não estava coligado com a legenda tucana foi Luiz Antônio Fleury Filho, do PMDB. Ele venceu a eleição em outubro de 1990 e governou entre 5 de março de 1991 e 1 de janeiro de 1995.
Na sequência, Mário Covas (PSDB) foi eleito em 1994, tomou posse em 1 de janeiro de 1995 e ficou no cargo até 2001. Covas deu início a uma sucessão de governadores tucanos em São Paulo.
Depois dele, Geraldo Alckmin – à época do PSDB – venceu as eleições estaduais de 2002. José Serra ganhou em 2006. Alckmin foi o vencedor do pleito em 2010 e foi reeleito em 2014. E Doria foi eleito para o Palácio dos Bandeirantes em 2018.
FONTE: Gazeta do ´Povo https://www.gazetadopovo.com.br/eleicoes/2022/psdb-perde-eleicao-para-o-governo-de-sao-paulo-pela-primeira-vez-desde-1994/
Moraes celebra “sucesso” na apuração: “Era de ataques à Justiça Eleitoral já é passado”
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, afirmou na noite deste domingo (2) que “novamente, a Justiça Eleitoral teve sucesso apurando os votos”. Em entrevista à imprensa ao lado de outras autoridades, iniciada no momento em que 99% dos resultados já estavam totalizados, ele disse que não houve atraso na divulgação, que a votação ocorreu com “segurança, tranquilidade e harmonia entre eleitores” e que não houve contestação dos números apresentados pela Corte.
“Se pudermos afirmar que houve alguns vencedores, são dois: a sociedade brasileira, que demonstrou novamente maturidade, consciência, tranquilidade e harmonia para votar. E a Justiça Eleitoral, que mostrou competência, seriedade, e total transparência na apuração dos votos”, afirmou, ao lado de outros ministros do TSE, e diante de outros colegas do Supremo Tribunal Federal (STF) e de dezenas de observadores internacionais convidados para atestar a integridade do processo.
Desde o ano passado, o TSE enfrenta questionamentos sobre a integridade do sistema de votação, principalmente por parte do presidente Jair Bolsonaro, de seus aliados, do seu partido, o PL, de parte dos eleitores e das Forças Armadas. Nenhum documento questionando os números divulgados chegou à Corte neste domingo, segundo Moraes.
Ainda será finalizada uma das fiscalizações feitas pelos militares em seções eleitorais, para conferir se 385 boletins de urna impressos nas seções apresentam as mesmas quantidades de votos nos candidatos dos boletins que foram divulgados no site do TSE. O mesmo se dará com fiscalização semelhante feita pelo Tribunal de Contas da União (TCU) com 4.161 boletins.
“Estamos proclamando o resultado hoje. Não há nenhuma contestação. Cheguei a dizer que, como corintiano, contesto até hoje a final de 1976 com o Internacional. Mas a contestação fica comigo mesmo”, afirmou o ministro, repetindo o que havia dito no início da tarde. Reiterou também que uma auditoria do PL, que apontou risco de manipulação dos resultados por servidores do TSE, é fraudulenta e é objeto de investigação.
Outra fiscalização, feita por sugestão das Forças Armadas, consistiu no teste de integridade com biometria nas próprias seções eleitorais. Isso foi feito em 58 urnas e, segundo o TSE, o “projeto-piloto ocorreu com tranquilidade em todo o país, com uma boa adesão de eleitoras e de eleitores”. Em 19 estados e no Distrito Federal, 1.525 eleitores se voluntariaram para participar, sem registro de problemas. O teste consiste em verificar se votos preparados previamente e digitados em urnas retiradas da eleição batem com votos registrados em cédulas.
Moraes também descartou um aumento dos questionamentos à Justiça Eleitoral com o acirramento da disputa presidencial no segundo turno: “O acirramento é político, não acredito que haja nem ataques maiores à Justiça Eleitoral, porque novamente mostrou sua competência e transparência. Novos 27 senadores foram eleitos com base na legitimidade dos votos, novos 513 deputados. Acredito que a era de ataques à Justiça Eleitoral já é passado”.
TSE nega atraso na divulgação e diz que analisa causas das filas
O ministro também negou que tenha ocorrido atraso na apuração e totalização dos resultados. Atribuiu uma percepção de demora no início à unificação do horário de votação em todo o país. “Começamos às 17h, encerrada a votação, começamos a totalizar. Alguns estranharam que no começo, o percentual era baixo. Obviamente, porque diferentemente de outros anos, em que se aguardava o estado do Acre terminar, após duas horas sai o primeiro boletim. Quando deu duas horas, já estávamos na média normal, de 26%, 27%. Não houve nenhum problema. Às 22h, estamos chegando a quase 100% na totalização”, disse.
Uma percepção maior de demora no início foi atribuída pelo TSE ao tempo de transporte de mídias físicas, que guardam o resultado de cada urna, a pontos de transmissão – zonas eleitorais ou Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) –, feita numa rede fechada.
O presidente do TSE também apontou algumas possíveis causas para as filas. Disse, por exemplo, que embora a abstenção, de 20,89%, tenha sido semelhante à de anos anteriores à pandemia, entre os restantes que apareceram para votar, bem menos eleitores anularam ou votaram em branco. Esse índice caiu de 8,8% para 4,2% em relação a 2018.
“7,5 milhões que compareceram a mais para votar em candidatos. Talvez porque é uma eleição mais acirrada, polarizada, as pessoas votaram mais. Talvez tenha sido um dos motivos para ter fila, porque é mais rápido a pessoa chegar e anular, do que chegar e escolher cinco candidatos, que leva tempo a mais”, disse.
Outra possibilidade, segundo ele, é que uma parte expressiva optou por votar entre as 11h30 e 13h30, o que pode ter contribuído para a demora. Outro fator, segundo o ministro, pode ter sido uma nova programação da urna, que aguarda um segundo antes de permitir que o eleitor confirme seu voto – a novidade serve para ele conferir e ter mais tempo para corrigir. Por fim, a biometria pode ter falhado na identificação por causa de uso de álcool em gel.
“Vamos analisar para o segundo turno. Lembrando que em alguns estados será um único voto, outros, dois votos. Vamos analisar em cada localidade”, disse ainda, negando que tenha faltado planejamento.
Moraes diz não acreditar em violência política no segundo turno
Moraes também disse que não houve nenhuma intercorrência “gravíssima” ligada à disputa eleitoral. Disse que houve “total êxito” na proibição de armas a 100 metros das seções e no veto à circulação de caçadores, atiradores e colecionadores com armas. “Não há necessidade alguma de as pessoas irem armadas votar”, afirmou.
Também disse acreditar que não ocorrerão episódios de violência política no segundo turno da disputa presidencial. “O que a sociedade brasileira demonstrou hoje foi extrema maturidade democrática. Não acredito que ocorrerá no segundo turno.”
Dados da votação
Um balanço final do TSE informou que das 472.075 urnas de votação utilizadas no país, 4.063 (0,76%) tiveram de ser substituídas. Apenas cinco sessões tiveram de realizar votação manual (2 no Amazonas, 1 na Bahia, 1 no Rio Grande do Sul e 1 em São Paulo).
Do dia 16 de agosto até este domingo, a Justiça Eleitoral recebeu 37.392 denúncias de irregularidades nas campanhas.
A Polícia Federal divulgou dados de sua atuação no combate a crimes eleitorais. A corporação informou ter instaurado 26 inquéritos policiais e registrado 84 termos circunstanciados de ocorrência. Duzentas e catorza pessoas foram conduzidas às delegacias e R$ 590.880,40 foram apreendidos.
Foram ainda registrados 169 procedimentos de polícia judiciária, sendo 37 de propaganda de boca de urna e 44 de divulgação de qualquer espécie de propaganda de partidos políticos ou de seus candidatos.
FONTE: Gazeta do Povo https://www.gazetadopovo.com.br/eleicoes/2022/moraes-celebra-sucesso-na-apuracao-era-de-ataques-a-justica-eleitoral-ja-e-passado/
PT deve apostar no discurso de resgate da democracia e no eleitor paulista e de centro
Aliados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) buscaram demonstrar otimismo para o segundo turno contra o presidente Jair Bolsonaro (PL), embora houvesse na campanha a expectativa de que a eleição pudesse ter sido definida já neste domingo (2) com a vitória do petista. O discurso adotado pelos aliados foi semelhante ao do próprio Lula, que disse ter certeza da vitória em 30 de outubro.
Paralelamente ao discurso de otimismo, a campanha já começou neste domingo (2) a pensar nas estratégias eleitorais para o segundo turno. Alguns focos já apareceram nas primeiras declarações de aliados de Lula e dele mesmo: ampliar o leque de alianças políticas para além da esquerda (numa busca pelo eleitor de centro), reforçar o discurso de que é preciso resgatar a democracia no Brasil e priorizar a busca de eleitores especialmente em São Paulo.
Presidente nacional do PT, a deputa Gleisi Hoffmann (PR), afirmou o segundo turno significa vencer a eleição duas vezes. “Esse resultado [a vitória de Lula no primeiro turno] demostra a confiança do povo e a esperança do povo de ter uma transformação. Ir ao segundo turno significa ganhar duas vezes. Ganhamos no primeiro e ganharemos no segundo”, afirmou a petista.
Ainda de acordo com Gleisi, a partir desta segunda-feira (3) a campanha recomeça com o objetivo de ampliar a votação que Lula obteve no primeiro turno. “Se acharam que estávamos tristes e abatidos, erraram. Quero agradecer os partidos, movimento sindical, o movimento social e as personalidades da sociedade brasileira que nos apoiaram até aqui. Cumprimos o objetivo de atingir o número imenso de votos e agora vamos buscar ampliar os votos para o presidente Lula”, completou.
Na mesma linha, Geraldo Alckmin (PSB), vice na chapa de Lula, comemorou o resultado que colocou Lula à frente de Bolsonaro. “Estamos em festa. Vamos para o segundo turno com mais de cinco milhões de votos à frente. Vamos salvar a democracia, fazer o Brasil voltar a crescer. Conte conosco [Lula], com o nosso empenho e a nossa garra”, completou.
Na Avenida Paulista, onde Lula foi recebido pela militância, a ex-presidente Dilma Rousseff cobrou empenho dos petistas no segundo turno. Afastada por um processo de impeachment em 2016, Rouseff lembrou seu discurso ao deixar o Palácio da Alvorada. “Temos a obrigação de dar a maior votação para o presidente Lula no segundo turno. Esse é o nosso objetivo. Fizemos mais de 56 milhões de votos, e vamos aumentar isso no segundo turno. Vamos reconstruir o Brasil. Quando eu deixei o Palácio da Alvorada eu disse que nós voltaríamos e estamos voltando com o Lula”, disse.
Aliados vão em busca de novas alianças no segundo turno
Em nota, a direção do PT afirmou que o segundo turno é mais importante e que será preciso ampliar as alianças. “Nós sabíamos que não seria fácil e estamos prontos para a segunda etapa, que é a mais importante. Agora, vamos falar com mais gente, plantar as nossas sementes e trabalhar ainda mais para eleger Lula presidente do Brasil.
A campanha de Lula pretende começar um mapeamento de todas as alianças que podem ser construídas neste segundo turno. A expectativa do partido do petista é de atrair o apoio de Ciro Gomes (PDT) e de Simone Tebet (MDB).
“Vamos conversar com os nossos adversários, com os nossos amigos, com aqueles que pensam que não gostam de nós, vamos convencê-los que nós seremos a melhor opção para melhorar a vida do povo brasileiro”, disse Lula após o resultado das urnas.
Responsável pela comunicação do PT, Jilmar Tatto afirmou que o foco será na disputa entre Lula e Bolsonaro e na eleição de Fernando Haddad (PT) contra o ex-ministro Tarcísio de Freitas (Repúblicanos) ao governo de São Paulo. Aliado de Bolsonaro, Freita terminou o primeiro turno com mais de 42% dos votos válidos, à frente do petista, que somou cerca de 35%, no maior colégio eleitoral do país.
“Agora é segundo turno e vamos ganhar de qualquer jeito. Vamos para a rua a partir de amanhã e o foco será na campanha de Lula e de [Fernando] Haddad para o governo de São Paulo”, defendeu Tatto.
Na mesma linha, Haddad afirmou que o “campo progressista não irá recuar” e defendeu que a campanha abra diálogo com outros setores da sociedade. “Nós temos aí um segundo turno para conversarmos com outros setores da sociedade. O campo progressista está no segundo tudo e vamos retomar as conversas. O Brasil precisa superar esse momento, e nós vamos superar esse momento sobre a liderança do ex-presidente Lula”, disse.
Aliado de Lula, o deputado André Janones (Avante-MG) prometeu “entrar para a história” com o trabalho que será feito nas redes sociais. O mineiro foi um dos principais articuladores da campanha de Lula na internet neste primeiro turno. “O que nós vamos fazer nas redes e nas ruas nesse segundo turno vai ficar pra história. Não acabou, mas estamos na frente. Temos mais algumas batalhas pra travar até o trunfo”, afirmou Janones.
FONTE: Gazeta do Povo https://www.gazetadopovo.com.br/eleicoes/2022/pt-qual-deve-ser-a-estrategia-do-segundo-turno-lula/
Contados os votos, pesquisas passam vergonha nas presidenciais e nos Estados
Os institutos de pesquisa passaram vergonha, no primeiro turno das eleições deste ano, errando quase todos os diagnósticos ou “prognósticos”, como definiu seus curiosos números o diretor do mineiro Quaest, caçula no ranking do vexame. Após os resultados que não confirmaram seus números, os responsáveis pelo Datafolha, pelo Ipec (ex-Ibope) ou Ipespe se fingiram de mortos, sem apresentar explicações.
Coisa feia…
Na derradeira pesquisa presidencial, o Datafolha cravou vantagem de 14 pontos para Lula. Acabou em 4,8.
Pesquisas ativistas
Os pesquiseiros tentaram fazer acreditar que Haddad venceria em São Paulo. Perdeu feio. Quase Tarcísio Freitas foi eleito em 1º turno.
Honrosa exceção
Só o Paraná Pesquisas apontou a vitória de senadores Astronauta Marcos Pontes (PL) em São Paulo e Sérgio Moro (UB) no Paraná.
Honrosa exceção II
No cenário nacional, apenas a média da Potencial Inteligência para o Diário do Poder acertou a diferença entre Lula e Bolsonaro: 4,1 pontos.
Maior vitória de Bolsonaro foi no Senado Federal
O ex-presidente Lula vai para o segundo turno com pequena vantagem, mas o presidente Jair Bolsonaro já ganhou apoio expressivo no Senado Federal. Nada menos que 59% das vagas em disputa foram para políticos que receberam apoio de Bolsonaro. São nove vagas para seu partido (PL), de senadores eleitos como Magno Malta (ES), e sete para aliados próximos como Damares Alves (DF) e Tereza Cristina (MS).
Quem diria
Sérgio Moro (União) foi um cujo apoio declarado a Bolsonaro de última hora ajudou muito a garantir a própria cadeira de senador por oito anos.
Missão cumprida
Escanteado, o vice-presidente Hamilton Mourão (Rep) levou a vaga do Rio Grande do Sul e vai ajudar na governabilidade ou oposição a Lula.
Bloco unido
Dr. Hiran desbancou o antes todo poderoso Romero Jucá em Roraima. Do mesmo PP de Arthur Lira, ajuda a compor grande bloco no Senado.
Paraná mandou bem
Atacado de forma cruel e covarde, só o Instituto Paraná Pesquisas acertou no último levantamento sobre as intenções de voto para senador, em São Paulo, apontando a liderança do Astronauta Marcos Pontes (PL).
Novo nome
Em sua última pesquisa, o Ipec cravou 16% de Izalci Lucas (PSDB), na disputa pelo governo do DF. O ex-Ibope já deve estar considerando mudar de nome outra vez: abertas as urnas: Izalci teve 4,3%.
Senador Mourão
O vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos) confirmou uma vitória considerada improvável para o Senado, no Rio Grande do Sul, de acordo com a maioria dos institutos de pesquisa enganadores.
Pastas ao vento
Após 20 anos a senadora Kátia Abreu (PP) vai ficar sem mandato a partir do ano que vem. Ela foi derrotada na disputa para voltar ao Senado com 17%, enquanto Professora Dorinha (UB) foi eleita com mais de 50%.
Padre teve votos
Candidato que substituiu Roberto Jefferson aos 45 do segundo tempo na campanha, o queridinho da internet Padre Kelmon (PTB) conseguiu arrancar quase 80 mil votos para presidente da República.
Cara de tacho
A vitória do Capitão Contar no Mato Grosso do Sul, após o apoio declarado por Bolsonaro no último debate, deixou com cara de tacho os pesquiseiros do Ipec, ex-Ibope, que reservavam para ele o 4º lugar.
Cirinho
Candidato a presidente pela quarta vez, o pedetista Ciro Gomes não chegou a ter sequer 10% dos 13 milhões de votos que conquistou em 2018. Foi o seu pior desempenho como presidenciável.
Bem a tempo
Foi aos 45 do segundo tempo, mas a declaração de voto de Sérgio Moro em Bolsonaro ajudou mais a garantir mandato, e importantíssimo foro privilegiado, ao ex-juiz que desempenho do presidente no Paraná.
Pensando bem…
…quem perdeu mesmo foram as velhas pesquisas.
FONTE: Diário do Poder https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/contados-os-votos-pesquisas-passam-vergonha-nas-presidenciais-e-nos-estados
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