Em resposta ao General Paulo Sérgio, Fachin praticamente decreta como será o pleito eleitoral de 2022

Diante da forte nota do Ministério da Defesa, assinada pelo General Paulo Sérgio Nogueira, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Edson Fachin, enviou um ofício com uma resposta nada agradável.

Segundo Fachin, as sugestões das Forças Armadas para a segurança do pleito eleitoral serão acolhidas apenas depois das eleições de 2022. 

“Como é do conhecimento de Vossa Excelência, a grande maioria das sugestões apresentadas no âmbito da Comissão foram acolhidas, a indicar o compromisso público desta Justiça Eleitoral com a concretização de diálogo plural não apenas com os parceiros institucionais, mas também com a sociedade civil. 

Nessa quadra, impende assinalar que, embora algumas sugestões não tenham sido acolhidas para esse ciclo eleitoral, serão consideradas para uma nova análise objetivando os próximos pleitos”, escreveu Fachin.

A resposta cai como uma bomba no cenário político.

O General Paulo Sérgio foi firme ao afirmar:

“Não nos interessa concluir eleição sob desconfiança…”

Veremos os próximos capítulos…

Fonte: Jornal da Cidade

O extraordinário tropismo positivo de Lula, farsante insuperável, desrespeitoso e misógino

Tropismo é uma expressão extraída da Biologia e refere-se à resposta de organismos vivos (fixos ou livres), ou de suas partes, a estímulos externos. Esta resposta é, em geral, um movimento ou orientação. Os estímulos externos podem ser vários e não é meu interesse cobri-los neste texto. Um exemplo simples, entretanto, pode ser dado: a orientação da parte superior de plantas em direção à luz solar. O estímulo externo aqui é a luz solar e o tropismo induz a planta a se orientar em direção a ela. Este tropismo atrativo – em direção ao estímulo – recebe o nome de tropismo positivo. Existe também o tropismo negativo, isto é, em que o organismo se afasta do estímulo externo. Tropismo é muito comum em indivíduos unicelulares livres como as amebas intestinais.

Acho que não ofenderei os Biólogos nem a Biologia se ampliar este conceito para a sociologia e a para a política. É que existem indivíduos que exercem um tropismo positivo sobre outros indivíduos de análoga formação e objetivos. Um caso exemplar foi o tropismo positivo do fora da lei Clyde Chestnut Barrow sobre Bonnie Elizabeth Parker, que se juntaram para formar a famosa dupla de assassinos cruéis conhecida por Bonnie & Clyde.

Esta dupla assassinou, segundo avaliações, cerca de treze pessoas, nove delas policiais. Entretanto, quando foram mortos em uma emboscada policial, tiveram, cada um em sua cidade natal, um enterro digno de chefes de Estado. Multidões acompanharam os caixões dos bandidos até a sepultura, como se fossem heróis nacionais. É um dos casos de tropismo positivo mais evidentes da História, só superado pelo tropismo positivo de Lula por multidões de brasileiros, inclusive nas universidades.

Mas nem sempre o tropismo positivo tem esta conotação criminosa. Existem as pessoas que são atraídas por um notável artista ou intelectual (Bach, Handel, Beethoven, Schopenhauer, Cervantes, Nietzsche, Espinoza, Rembrandt, Vermeer, …) por afinidade e admiração. Trata-se de um belo tropismo positivo. Há também os que se afastam do mau-caráter, do canalha, do corrupto, do assassino por princípios, aversão e nojo. Este é um relevante caso tropismo negativo.

Neste texto quero me cingir a um exemplo notório na vida política do Brasil. O leitor já deve ter inferido que me ocuparei aqui de Luiz Ignorácio Lula da Çilva; Lula, ‘for short’.

Lula é um caso emblemático de tropismo positivo, para alguns, e negativo, para outros. Desde logo confesso que me incluo no segundo grupo, aquele que sente uma tremenda aversão a Lula e a tudo o que lhe diz respeito: demagogia, mentira, preguiça, ignorância, corrupção, homofobia, misoginia e desrespeito humano.

Quanto ao desrespeito, Lula é notório. Desrespeito em relação às mulheres, ou, pelo menos, àquelas mulheres que não têm “grelo duro”, segundo sua expressão chula. Desrespeito com relação à sua defunta segunda mulher, ao discursar por mais de vinte e cinco minutos ao lado do caixão, falando apenas de si próprio, fazendo proselitismo político sem tocar no nome da esposa morta. Desrespeito aos homossexuais; tanto que já ofendeu a cidade de Pelotas (RS) por esta ser, segundo ele próprio falou, polo “exportador de veados”. Desrespeito aos brasileiros e aos recursos oriundos do povo trabalhador, ao criar e administrar, junto com alguns comparsas, dois dos maiores escândalos de corrupção – desvio de dinheiro público – jamais vistos em uma democracia ocidental: Mensalão e Petrolão.

Crápula entre os crápulas, mentiroso entre mentirosos, demagogo entre demagogos e farsante insuperável, desrespeitoso e misógino, é difícil apontar alguém que tenha se aproximado de Lula e que não tenha pelo menos uma das suas inúmeras “qualidades”, entre elas a mais notória: o caráter de um megacorrupto. Este é o mais evidente tropismo positivo que Lula exerce sobre todo potencial corrupto. É cansativo, tedioso mesmo, tentar listar exemplos deste deletério tropismo positivo de Lula. Entretanto, uma pequena amostra é posta aqui, todos nela já condenados na Lava Jato:

José Dirceu – ex-ministro da Casa Civil de Lula; Antônio Palocci – ex-ministro da Fazenda de Lula; João Vaccari Neto – ex-tesoureiro do PT; Delúbio Soares – ex-tesoureiro do PT; João Cláudio de Carvalho Genu – ex-assessor do PT; José Carlos Bumlai – pecuarista amicíssimo de Lula. Tinha entrada garantida ao Gabinete de Lula, sem necessidade de passar pela Segurança; Jorge Luiz Zelada – ex-diretor da Petrobras; Sérgio Cunha Mendes – ex-vice-presidente da Mendes Júnior; Roberto Marques – ex-assessor de José Dirceu; Luiz Eduardo de Oliveira e Silva – irmão de José Dirceu; Júlio César dos Santos – ex-sócio de José Dirceu, etc.

Como se já não bastasse a antiga lista de comparsas de Lula, eis que o noticiário nacional nos acorda para mais um caso de horror: o contador de Lula. Coisa recente, ao vivo. Vejam excertos da notícia divulgada pela CNN em 16/06:

“A 1ª Vara de Crimes Tributários, Organização Criminosa e Lavagem de Dinheiro da Justiça estadual de São Paulo determinou o bloqueio de R$ 40 milhões em imóveis e ônibus de integrantes do PCC e do contador João Muniz Leite. Muniz é contador da família do ex-presidente até os dias atuais. Até hoje, cuida da contabilidade e divide sala com empresas do filho do petista [Lula], Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha. Além de Muniz, o ato judicial atinge também o traficante de drogas Anselmo Becheli Santa Fausta, o Cara Preta, considerado um dos principais fornecedores de drogas do Primeiro Comando da Capital (PCC), e seu sócio, Silvio Luiz Ferreira, …”

Ora, são inúmeras as pessoas que entregam suas declarações a um contador por, entre outras razões, segurança jurídica e (é o meu caso) falta de apetite para preencher formulários que mudam todos os anos. Nunca ouvi um caso de contador ligado a uma organização criminosa. De fato, os contadores formam uma das categorias profissionais mais honestas, conforme reconhecimento público. Mas nem esta categoria parece resistir à aproximação com Lula. Este político tem um tropismo positivo impressionante, até para atrair um membro de uma profissão reconhecidamente honesta.

Há que se afirmar, por uma questão de honestidade, que o ex-presidiário Lula não é investigado no caso. E não adiantaria investigá-lo mesmo! Com a atual composição do STF (Edson Fachin, Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes, Cármen Lúcia, …) Lula teria qualquer processo derrubado, quando chegasse àquela Corte.

Mas o que se conclui desta nova notícia é o que acima eu já havia comentado: nem Bonnie & Clyde foram capazes de gerar tamanho tropismo positivo, capaz de competir com Lula. Este, se hoje morresse (não estou desejando isso!) bateria em muito o comparecimento que se verificou quando do enterro da dupla americana.

Vergonhoso, este recorde brasileiro.

Fonte: Jornal da Cidade

O que Lula fez pelos sequestradores de Abílio Diniz

Lula diz ficar triste com relação das Forças Armadas com Bolsonaro

Durante 33 anos o PT, a esquerda e suas redondezas negaram qualquer ligação com os autores do sequestro do empresário Abílio Diniz, em 1989, executado por uma quadrilha multinacional de terroristas. Os bandidos, que se apresentavam como militantes esquerdistas, foram presos, julgados e condenados a penas pesadas de prisão, mas não pagaram realmente por seu crime – cerca de dez anos depois, estavam soltos. Sabia-se, até agora, que um dos sequestradores era um canadense, que o Canadá pressionou por sua soltura e que o presidente Fernando Henrique, para bajular essa nação tão liberal, tão maravilhosa, tão democrática, tão primeiro-mundista e tão objeto de desejo de tanta gente por aqui, cedeu às pressões. Funcionou, mais uma vez, o velho e invencível complexo de inferioridade do brasileiro que se imagina civilizado, europeu e social-democrata. Com medo de desagradar ao Canadá, o Brasil soltou o canadense – e no arrastão acabou saindo todo mundo da cadeia. Foi um dos piores momentos da biografia do ex-presidente.

Esse pior acaba de se tornar pior ainda – e o PT, mais uma vez, acaba de ser desmentido pelo próprio chefe. Lula, em sua escalada para se mostrar cada vez mais como um radical de esquerda, revelou por sua livre e espontânea vontade que pediu a Fernando Henrique a libertação dos criminosos em 1998 – e que foi atendido “pelo Fernando”. Segundo Lula, “os meninos” ficaram tempo demais na cadeia, iam fazer uma greve de fome e tinham de ser soltos para não prejudicar a “imagem do Brasil” – como se o Brasil, e não os sequestradores, fosse o culpado da história. Além da pressão do Canadá, sabe-se agora que houve também a pressão do atual candidato à presidência da República – que deixa perfeitamente claro, de novo, qual o lado em que ele sempre está. Os seus “meninos” eram criminosos violentos, armados e prontos a matar. Mas Lula, com sua declaração, mostra que está orgulhoso do que fez. E a “herança maldita” que, segundo ele, foi deixada por Fernando Henrique? Não inclui, com certeza, o perdão para os sequestradores de Diniz.

Como dizia o seu candidato à vice-presidente, Geraldo Alckmin, Lula quer ser presidente para “voltar à cena do crime”. Hoje ele não diz mais nada e todo mundo finge que está tudo bem, mas não está – Lula continua condenado pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, em três instâncias e por nove magistrados diferentes. Com a revelação de que pediu para soltar os bandidos, ele mostra que também aprova o crime de sequestro, quando é praticado por gente de esquerda – os seus “meninos”, como diz. “Esse é o PT”, diz Luiz Felipe d’Avila, genro de Abílio Diniz e atual candidato à presidência pelo Partido Novo. “Esse é o Lula. Sempre do lado do crime”.


Fonte: Gazeta do Povo

Empreiteiras envolvidas na Lava Jato pretendem rever os acordos de leniência

A operação Lava Jato demonstrou a ocorrência de um acordo espúrio entre uma dezena de construtoras, partidos políticos, operadores financeiros, e executivos da Petrobras. O referido acordo consistia na realização de cartéis entre as empreiteiras com intuito de combinar preços superfaturados em licitações realizadas pela estatal. Os valores do preço eram repartidos entre três partidos políticos, o Partido dos Trabalhadores (PT), que era o governo da situação durante 2003 a agosto de 2016; o Partido Progressista (PP); e o Movimento Democrático Brasileiro (MDB), sendo estes dois últimos partidos da base aliada.

Os responsáveis pelas principais diretorias da Petrobras – Abastecimento, Internacional e Serviços – recebiam uma generosa fatia da propina, e as indicações desses diretores eram feitas pelos três partidos mencionados. O PT era responsável pela indicação da Diretoria de Serviços, tendo nomeado o executivo Renato Duque, e o operador financeiro era João Vaccari. A Diretoria de Abastecimento era de indicação do PP, onde Paulo Roberto Costa foi nomeado, e o operador era o doleiro Alberto Youssef; já o MBD indicava o titular para a Diretoria Internacional, sendo nomeado Nestor Cerveró, e o respectivo operador era Fernando Baiano.

Todos os envolvidos eram remunerados com valores públicos desviados da Petrobras, e as construtoras eram agraciadas com obras bilionárias, tanto no Brasil como em outros países, incluindo Angola, Argentina, Colômbia, Equador, Guatemala, México, Moçambique, Panamá, Peru, República Dominicana e Venezuela. A título de ilustração, devemos lembrar que o ex-gerente da Diretoria de Serviços, Pedro Barusco, após realizar acordo de colaboração premiada e reconhecer os crimes praticados, devolveu aos cofres públicos a estratosférica quantia de 100 milhões de dólares, que recebeu como propina e encontrava-se depositada em bancos suíços.

Paulo Roberto Costa possuía no exterior R$ 79 milhões obtidos ilicitamente, valor que também foi devolvido à Petrobras. Durante o avanço das investigações, as construtoras envolvidas na Lava Jato realizaram acordos de leniência com os órgãos de investigação, como Ministério Público Federal e Controladoria Geral da União. Por conta de tais acordos, já foram devolvidos mais de 6 bilhões de reais aos cofres públicos pelas empreiteiras envolvidas nos escândalos de corrupção.

Somente no ano de 2017, em apenas 10 dias, a Braskem – petroquímica do Grupo Odebrecht – devolveu R$ 736,5 milhões, e a Andrade Gutierrez R$ 94 milhões. Em julho de 2019, a Camargo Corrêa se comprometeu a devolver R$ 1,4 bilhão em acordo de leniência. Somando-se todos os acordos, as construtoras deveriam devolver R$ 8 bilhões, sendo certo que já foram pagos R$ 1 bilhão.

A Lava Jato demonstrou a realização de obras completamente irrelevantes e altamente custosas, muitas delas com  objetivo principal não de atender aos interesses da sociedade brasileira, mas, sim, irrigar os bolsos de políticos corruptos e empresários desonestos

Entretanto, atualmente as empresas Odebrecht (atual Novonor), Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa e UTC pretendem revisar seus acordos de leniência e as justificativas oferecidas por elas seriam as dificuldades financeiras em que se encontram, por conta da recessão econômica; efeitos da pandemia; e também pela não existência de grandes obras públicas atualmente. Devemos voltar a atenção para esse último ponto trazido pelas construtoras, qual seja: o fim das grande obras, e constatar que esse ponto é extremamente positivo.

Evidentemente, obras de infraestrutura – ao menos as de fato necessárias – são primordiais para o crescimento e progresso de uma nação. Contudo, o que a Lava Jato demonstrou foi a realização de obras completamente irrelevantes e altamente custosas, muitas delas com  objetivo principal não de atender aos interesses da sociedade brasileira, mas, sim, irrigar os bolsos de políticos corruptos e empresários desonestos. Como exemplo, podemos citar a Refinaria Abreu e Lima no Nordeste, uma obra que jamais se pagará. O orçamento inicial para sua construção foi de US$ 2 bilhões, contudo, resultou em um custo final à Petrobras de US$ 18 bilhões.

Também foi demonstrado o superfaturamento de quase todos os estádios construídos e reformados para a Copa do Mundo de 2014, havendo grandes indícios de corrupção nessas obras, tais como os estádios de Manaus, Natal, Brasília e Cuiabá, sendo que em alguns estados não há nem campeonatos de futebol de relevância nacional.

Possivelmente há um grande fator que impulsionou esse movimento das empreiteiras para tentar renegociar seus acordos de leniência, o desmonte da Lava Jato, ocasionado, principalmente, pelas mais altas cortes de nosso país, as quais anularam inúmeros processos de diversos envolvidos, como os dos ex-presidentes Lula e Temer; do ex-ministro Guido Mantega; e do ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha.

Além dessas anulações, os tribunais soltaram diversos réus, disseminando uma percepção de impunidade e desesperança no efetivo combate à corrupção. É por isso que as empreiteiras pretendem surfar nessa onda de anulações, solturas e prescrições, com o intuito de lucrarem, novamente, por conta de um sistema de Justiça disfuncional, ineficiente e benevolente com a criminalidade.

Fonte: Gazeta do Povo

Qual é o plano de Lula para os militares e as Forças Armadas se for eleito

Qual é o plano de Lula para os militares e as Forças Armadas se for eleito

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sinaliza uma série de mudanças que deve impactar na presença e atribuições dos militares no governo, caso ele seja eleito em outubro. Na prévia do plano de governo, divulgado no começo de junho, a campanha do PT afirma que as Forças Armadas atuarão “estritamente” dentro de suas funções constitucionais – que, basicamente, é cumprir suas obrigações militares de defesa nacional. E que só vão agir em outras áreas sob subordinação dos poderes civis.

“Cumprindo estritamente o que está definido pela Constituição, as Forças Armadas atuarão na defesa do território nacional, do espaço aéreo e do mar territorial. A partir de diretrizes dos Poderes da República, colaborarão na cooperação com organismos multilaterais e na modernização do complexo industrial e tecnológico da defesa”, diz o documento que traz a prévia do plano de governo de Lula.

Uma das possibilidades é de que Lula proponha a volta da indicação de um civil para o Ministério da Defesa. Durante os governos do PT, nenhum militar de carreira ou da reserva ocupou o cargo de ministro da Defesa. Entre 2004 e 2006, por exemplo, o então vice-presidente José de Alencar (PL) foi o responsável pela pasta.

E há a sinalização de que não será apenas o Ministério da Defesa que os militares vão perder num possível governo do PT, mas a grande maioria dos cargos que hoje eles têm no governo Bolsonaro. Em abril, Lula sinalizou que não haverá militares em funções políticas e de direção do governo. “Nós vamos ter que começar o governo sabendo que vamos ter que tirar quase 8.000 militares que estão em cargos de pessoas que não prestaram concurso. Vamos ter que tirar”, disse o ex-presidente.

No entanto, a prévia do plano de governo de Lula ainda não é definitiva e passou por “ajustes” para uma nova redação, que deve ser apresentada publicamente nesta terça-feira (21). Ou seja, as diretrizes de governo (inclusive para as Forças Armadas) podem mudar. “Ainda vamos ouvir os demais partidos da coligação e a sociedade. A prévia do plano traz apenas as diretrizes que defendemos”, afirma o senador Humberto Costa (PT-PE), integrante do núcleo da campanha de Lula.VEJA TAMBÉM:

Escolas cívico-militares entram no radar da campanha de Lula

Outro trecho da prévia do plano de governo, que não faz menção direta aos militares, pode afetar uma das políticas públicas do governo Bolsonaro para a qual as Forças Armadas e os policiais militares foram convidados a participar: as escolas cívico-militares.

Essa possibilidade consta da proposta do PT de um novo pacto com entes federados (estados e municípios). “Estamos comprometidos com o respeito e o fortalecimento do pacto federativo. É impossível garantir direitos e políticas públicas desconsiderando estados e os 5.570 municípios. Queremos resgatar a construção fraterna, respeitosa e republicana, baseada em critérios objetivos e na garantia de direitos e justiça social, na relação com estados e municípios”, diz o texto da prévia do plano de governo de Lula.

Segundo líderes petistas, um dos objetivos do novo pacto federativo é o revogar uma série de leis e medidas que foram adotadas pelo governo de Jair Bolsonaro (PL) e que tratam de medidas conjuntas com estados e municípios – entre elas, a legislação que permite a implantação da gestão integrada com militares e PMs em escolas públicas de todo o país.

A militarização das escolas é uma bandeira do governo Bolsonaro e alcançou mais de 200 colégios públicos em 25 estados, desde 2019. De acordo com o modelo, os militares não atuam nas salas de aula, mas sim no preparo dos alunos na entrada dos turnos, nos intervalos de aulas e nos períodos de encerramento, além de apoiar as ações desenvolvidas pela escola e atividades extraclasses sob a liderança do diretor da escola.

“O projeto das escolas cívico-militares fracassou. O PT é contra esse projeto e com certeza não vai bancá-lo”, diz a deputada estadual Teresa Leitão (PE), responsável pela área de educação no PT. Para a parlamentar, os pais que optarem pela escola militar podem fazer isso com os colégios militares tradicionais.

Diferentemente da escola cívico-militar, os colégios militares são outro modelo educacional e administrados diretamente pelas Forças Armadas. Nessas unidades, as práticas didático-pedagógicas subordinam-se às normas e prescrições do Sistema de Ensino do Exército e à Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.

Campanha de Lula tenta abrir diálogo com militares através de Alckmin

Embora a prévia do plano de governo de Lula possa desagradar aos militares, lideranças do PT sinalizam que querem restabelecer um diálogo com as Forças Armadas. Aliados de Lula temem que os integrantes de Exército, Marinha e Aeronáutica cruzem os braços diante de uma resistência do presidente Bolsonaro em reconhecer uma eventual derrota na eleição de outubro.

Nas últimas semanas, os ex-ministros Celso Amorim, Aloizio Mercadante e Jaques Wagner buscaram militares da ativa para encontros informais. O ex-governador paulista Geraldo Alckmin (PSB), indicado como vice na chapa de Lula, também deve buscar interlocução com os militares. Alckmin mantém proximidade com policiais militares e também com generais que passaram pelo Comando Militar do Sudeste.

Lideranças do PT admitem que o partido tem buscado militares para conversar. “Temos dialogado, sim, por meio de vários interlocutores, sobre a conjuntura, a democracia e a pauta do interesse do setor, com vistas a um futuro governo Lula-Alckmin”, disse recentemente o ex-governador do Piauí Wellington Dias (PT), um dos integrantes da coordenação da pré-campanha, ao jornal O Estado de S. Paulo.

A tentativa de aproximação entre a campanha do ex-presidente e os militares ocorre depois de diversas críticas públicas de Lula em relação aos integrantes das Forças Armadas. No ano passado, por exemplo, o petista chegou a dizer que só conversaria com os militares se fosse eleito. “Os militares não têm que se meter em política. Se quiser se meter em política, tira a farda, vai virar um cidadão comum e pode ser candidato a qualquer coisa”, disse à época.

Em outra ocasião, o ex-presidente criticou a participação de militares na política e disse que o papel deles não é “puxar o saco” – nem dele, nem do presidente Bolsonaro. “Eles [militares] têm que ficar acima das disputas políticas. Exército não serve para política. Ele deve servir para proteger a fronteira e o país de ameaças externas”, afirmou.

No sábado passado (18), Lula voltou a falar sobre os militares, lamentando que eles tenham de bater continência para Bolsonaro. “Eu fico triste, [senador Jacques] Wagner, você foi ministro da Defesa… Fico triste quando vejo as Forças Armadas batendo continência para um cara que foi expulso do Exército brasileiro por mau comportamento. Não é possível”, disse Lula, durante evento do PT em Aracaju (SE).

Na verdade, Bolsonaro não foi expulso do Exército. Ele respondeu a processo militar por indisciplina, mas foi absolvido pelo Superior Tribunal Militar (STM). Logo depois, foi para a reserva.

Fonte: Gazeta do Povo

Be the first to comment on "Em resposta ao General Paulo Sérgio, Fachin praticamente decreta como será o pleito eleitoral de 2022"

Leave a comment

Your email address will not be published.


*