Há dois anos, um engenheiro naval dos Estados Unidos e sua esposa tentaram vender os segredos da tecnologia por trás dos reatores nucleares que alimentam a frota de submarinos do país, um dos segredos mais bem guardados da Marinha americana… Para o Brasil.
O casal Jonathan e Diana Toebbe, de 42 e 46 anos, foram pegos e se declararam culpados no último mês de fevereiro, mas até então, não se sabia com qual nação a dupla havia tentado negociar as informações roubadas.
Segundo uma reportagem do The New York Times publicada nesta terça-feira (16), um alto funcionário brasileiro e outras pessoas envolvidas com a investigação revelaram que os Toebbes abordaram o Brasil ainda em 2020 com uma oferta de milhares de páginas de documentos confidenciais roubados da US Navy Yard em Washington.
De acordo com a reportagem, “o engenheiro parecia acreditar que entrar em contato com adversários americanos como a Rússia ou a China seria ir longe demais, moralmente”.
O plano começou a dar errado desde o princípio, uma vez que as autoridades brasileiras entregaram a primeira carta de oferta de Jonathan Toebbe, enviada à agência de inteligência militar no Brasil, ao FBI.
Meses depois, um agente do escritório americano se fez passar por um oficial brasileiro e convenceu o criminoso a depositar os documentos em um local escolhido pelos investigadores. A esposa, Diana, agiu como vigia enquanto o marido deixava as informações em um cartão de dados dentro de um sanduíche de manteiga de amendoim.
Presos em outubro, o casal Toebbe morava em Annapolis, Maryland. Ele pode pegar até 17 anos e meio de prisão por espionagem; ela, como cúmplice, até três.
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