Como explicar aos EUA o pedido de extradição de Allan dos Santos

O ministro Alexandre de Moraes, que é o relator do “Inquérito do Fim do Mundo”, no Supremo Tribunal Federal (STF), está cobrando do Ministério da Justiça informações sobre a extradição do jornalista Allan dos Santos, que está nos Estados Unidos. Moraes determinou a extradição dele em outubro do ano passado.

O que Moraes esquece, no entanto, é que os EUA, tem por tradição não devolver perseguidos políticos ao país de origem. Ou seja, o governo brasileiro terá que “rebolar” para explicar que Santos não é um perseguido político, mas um “perigo” para a democracia brasileira.

Será muito difícil isso, porque não estamos falando de um guerrilheiro, um sequestrador, alguém que fabrica bombas, um assaltante, um sabotador, não, mas de um jornalista que fala, que aí sim, é verdade, não tem papas na língua.

Os americanos podem pensar: mas o governo brasileiro está perseguindo esse jornalista. Como é que o governo vai explicar que não é o Poder Executivo, o Ministério de Relações Exteriores ou o da Justiça, nem o presidente da República e nem o Congresso Nacional que estão pedindo isso, mas um ministro do Supremo. É difícil de explicar isso para um país que tem tradição de dar asilo político.

Mercado canadense

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, anunciou que o Canadá está abrindo o seu mercado para receber carne bovina e suína do Brasil. Ela é uma grande estrategista e o que tem feito muito nesses três anos à frente do Ministério. Ela já abriu 200 novos mercados.

Vale lembrar que o Canadá é um dos maiores produtores de potássio e que nós precisamos importar de 90% a 95% desse mineral que é usado para fertilizar nossas terras e produzir alimento.

O Ministério da Agricultura está tendo papel fundamental num momento que a guerra no Leste Europeu prejudica o abastecimento. O Brasil é, atualmente, o maior importador do mundo de fertilizantes. Por isso, temos que conseguir o máximo possível de suficiência interna desses produtos.

Agora é impeachment

Lula não quer mais falar em “golpe” contra Dilma Rousseff. Porque agora ele está conversando com quem votou pelo impeachment da ex-presidente. Em entrevista à rádio Banda B, do Paraná, o petista afirmou que se fosse conversar só com quem foi contra o afastamento de Dilma, não teria com quem conversar. Por isso, está indo atrás do Gilberto Kassab, do PSD; do Renan Calheiros do MDB; do Geraldo Alckmin, que era do PSDB, e etc.

Ora, Lula conhece as ruas. Ele não acredita em pesquisas. Por isso, está fazendo o que o ex-primeiro-ministro do Reino Unido, Winston Churchill, disse que faria na Segunda Guerra Mundial: que se aliaria até com o diabo para combater Hitler. Pois é o que o Lula está fazendo

Fonte: Gazeta do Povo

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