O presidente Jair Bolsonaro entregou uma carta ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), defendendo a votação pelo Senado da medida provisória 870 do jeito que veio da Câmara dos Deputados, com o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) subordinado ao Ministério da Economia, informa o repórter Nilson Klava, da GloboNews. A MP também modificou a estrutura do governo, reduzindo de 29 para 22 o número de ministérios.
A carta foi entregue durante café da manhã no Palácio da Alvorada com os chefes dos três poderes e também é assinada pelos ministros da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, da Economia, Paulo Guedes, e da Justiça, Sergio Moro.
No texto original da MP, o governo transferia o Coaf para a pasta da Justiça, de Sérgio Moro. Na tramitação da proposta no Congresso, parlamentares levaram o conselho de volta para o Ministério da Economia. A alteração foi aprovada em votação na Câmara.
O objetivo da carta de Bolsonaro é sinalizar ao Senado que, apesar de senadores governistas continuarem defendendo a votação de um destaque para reverter a decisão tomada pela Câmara, o governo está disposto a defender o texto do que jeito que está.
A grande preocupação é com o tempo para votação no Congresso, já que a MP perde a validade na próxima segunda-feira (3), e uma alteração no Senado exigiria nova análise da Câmara.
“O governo já ganhou em 95% do texto. O Coaf vai continuar nas mãos do governo, a atuação vai ser a mesma. Temos que garantir que a MP não caduque”, disse ao blog um integrante do governo.
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