Família muda olhar sobre futuro do banco Votorantim

A família Ermírio de Moraes já vê o Banco Votorantim, do qual é sócia com o Banco do Brasil, com outros olhos. Cogita até mesmo não se desfazer ou oferecer um pedaço menor da sua participação, de 50,01% do capital com direito a voto, em um movimento de abertura de capital ou venda. A mudança de visão da família está calçada na reviravolta do Votorantim em termos de resultado. No primeiro trimestre, o banco viu seu lucro líquido crescer 32% em relação ao mesmo período do ano passado, totalizando R$ 336 milhões. Foi o maior resultado trimestral da instituição em oito anos. Como reflexo da diversificação de seus negócios, para deixar de ser um banco focado no financiamento de veículos, sua rentabilidade chegou perto do patamar de 15% ao fim de março.

Agora sim. A repaginada nos resultados fez os sócios avançarem na ideia de levar o Votorantim à bolsa. Tanto é que contrataram o JPMorgan para coordenar o trabalho de preparação para uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês). O trabalho de consultoria já terminou, mas os bancos que vão assessorar a operação ainda não foram escolhidos. Pesa, sobretudo, o momento do mercado, que está a reboque de uma sinalização positiva da reforma da Previdência.

Estrada. A ideia, ao menos até aqui, é listar o Votorantim na B3 e depois vendê-lo, pavimentando o caminho em termos de preço para um futuro comprador. O movimento é a oportunidade do BB desovar sua participação de 49,99% do capital com direito a voto do banco, algo já esperado pelo mercado, uma vez que o ativo está na sua lista de desinvestimentos e não é de hoje. Já a família Ermírio de Moraes, que chegou a cogitar deixar o negócio ou vender parte de sua fatia, pode permanecer por mais tempo. Procurado, Votorantim e seus sócios não comentaram.

Confira matéria do site Estadão.

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