A conta de energia tem sido uma verdadeira pedra no sapato dos brasileiros. Desde agosto, o consumidor está submetido à bandeira tarifária “escassez hídrica”, a mais cara a ser aplicada. Apesar dos valores exorbitantes no final do mês, o abastecimento de água não foi comprometido.
De acordo com levantamento da Paraná Pesquisas, 71,3% dos consumidores não sofreram com interrupção no fornecimento de água, contra 28,7% que disseram, sim, terem sido afetados pela falta d’água em suas residências.
Mudança de hábitos
A pesquisa aponta que o cenário hídrico foi a força motriz para a adoção de novos hábitos de consumo. Do total, somente 10,9% dos entrevistados afirmaram que não passaram a economizar água.
A maior mudança relatada é a redução no tempo de banho, 47,0% dos respondentes informaram que às idas ao chuveiro têm sido bem mais rápidas.
Em segundo lugar, outro hábito positivo que os consumidores disseram empregar é a reutilização da água da lavagem das roupas. Foram 32,9% dos entrevistados que disseram fazê-lo.
Logo atrás, com o bronze no pódio de boas práticas está o acúmulo de roupas a serem lavadas de uma só vez, 26,0% afirmaram aguardar juntar mais peças para lavá-las juntas.
Bandeira verde
Na última quinta-feira (14), o presidente Jair Bolsonaro afirmou, durante evento, que mandará o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, normalizar a cobrança da energia no país. Desta forma, a cobrança adicional da bandeira “escassez hídrica” daria lugar à “bandeira verde” já no mês de novembro.
“Estávamos na iminência de um colapso. Não podíamos transmitir pânico à sociedade. Dói a gente autorizar o ministro Bento, das Minas e Energia: ‘Decreta bandeira vermelha’. Dói no coração. Sabemos das dificuldades da energia elétrica. Vou pedir para ele, pedir não, determinar, que ele volte para a bandeira normal no mês que vem”, disse o presidente na ocasião.
Pesquisa
A Paraná Pesquisas entrevistou, entre os dias 12 e 15 de outubro, 2.300 consumidores dos 26 estados e do Distrito Federal com idade superior a 16 anos.
A margem de erro do estudo é de dois pontos percentuais e o grau de confiança é de 95%. A Paraná Pesquisas está registrada sob o número 3122/21, no Conselho Regional de Estatística da 1ª, 2ª, 3ª, 4ª, 5ª, 6ª e 7ª Região.
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