A semana mal começou e muito já se falou sobre o derretimento do MBL e da tão falada 3ª Via, em função do fracasso da manifestação de 12 de setembro em São Paulo e em algumas outras poucas capitais.
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Há, porém, análises importantes ainda a fazer a partir da baixíssima adesão do público ao movimento que reuniu pelo menos seis pré-candidatos à presidência da República em cima de um mesmo palanque.
É real a união de propósitos entre eles ou estiveram juntos no palanque por mero oportunismo? Mesmo que todos formassem uma única chapa, o candidato escolhido teria votos em 2022 suficientes para chegar ao 2º turno? Um ano é tempo suficiente para mudar o discurso anti-Bolsonaro e convencer o eleitor de que há opção viável fora da polarização atual?
A resposta negativa parece óbvia se as pergutnas forem feitas à luz das gigantescas manifestações do feriado de 7 de setembro, onde milhões de brasileiros coloriram as ruas de todo o país de verde e amarelo pedindo por liberdade e pelo impeachment de ministros do STF que desrespeitam a Constituição, e sendo ouvidos apenas pelo presidente Jair Bolsonaro.
A considerar que aquelas eram manifestações apenas de ‘bolsonaristas’, como grande parte da mídia e dos opositores ao governo insistem em dizer, e a manifestação de 12 de setembro, de opositores declarados do presidente, está realmente difícil vislumbrar uma 3ª via fora das opções Bolsonaro ou Lula.
Esta é a pauta do 11º episódio do programa Hora do Strike, que conta novamente a presença do jornalista Luís Ernesto Lacombe. Colunista da Gazeta do Povo, Lacombe esteve no programa de estreia e, depois, no episódio 7.
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Palanque do 12 de setembro
Com exceção de João Amoedo (NOVO), que se diz liberal e, por isso, é mais associado à direita, todos os pré-candidatos a presidente da República que estavam no palanque da manifestação de 12 de setembro organizada pelo MBL pertencem a partidos de esquerda ou de centro-esquerda que se autointitulam 3ª Via.
Além dele estavam no palanque Ciro Gomes (PDT), os senadores Alessandro Vieira (Cidadania) e Simone Tebet (MDB), o ex-ministro Luiz Henrique Mandetta (DEM) e o governador de São Paulo João Doria (PSDB).
Muitos, inclusive o governador João Doria, foram flagrados sem máscara, descumprindo o protocolo sanitário exigido em São Paulo. Pelo mesmo motivo, o não uso de máscara em evento público, Doria multou o presidente Bolsonaro, a deputada federal Carla Zambelli e outas pessoas que estavam no caminhão de som na Avenida Paulista onde o presidente discursou no dia 7 de setembro.
Não há informações de que qualquer multa tenha sido aplicada na manisfestação deste domingo (12).
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