URGENTE – Justiça quebra sigilos fiscal e bancário de Carlos Bolsonaro

Na noite desta terça-feira (31) o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro comunicou que acatou um pedido do Ministério Público do Rio e autorizou a quebra dos sigilos bancário e fiscal do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos) e de outras 26 pessoas e 7 empresas.

Engana-se entretanto, quem pensa que trata-se de uma decisão baseada no inquérito das fake news, movido pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que investiga, entre outros, o filho do presidente da República por suposto “comando” do chamado gabinete do ódio, um “puxadinho” que funcionaria dentro do Palácio do Planalto com o objetivo específico de criar falsas notícias para atacar adversários de Jair Bolsonaro ou mesmo para angariar novos apoiadores.

A decisão da Justiça fluminense busca, na verdade, encontrar informações e dados que possam comprovar a participação de Carlos em possível esquema de contratação de funcionários fantasmas e de rachadinhas, que é a devolução de parte do dinheiro dos salários pagos aos colaboradores do gabinete parlamentar.

Carlos Bolsonaro é vereador na cidade do Rio de Janeiro desde 2001 e, segundo o MP, há indícios de que, ao longo deste período de 20 anos, alguns funcionários não teriam cumprido expediente regularmente e seriam, portanto, considerados “funcionários fantasmas”, pois o regulamento da câmara determina que os assessores de parlamentares devem cumprir uma jornada de trabalho de 40 horas semanais.

Segundo a reportagem do G1, “os promotores citam três episódios que consideram suspeito, pelo fato de Carlos ter movimentado grandes quantias em dinheiro vivo”

O primeiro, em 2003, na compra de um apartamento de R$ 150 mil. Em 2009, o valor de R$ 15,5 mil foi utilizado para cobrir um prejuízo em um investimento na Bolsa de Valores. E, por ultimo, em 2020, quando Carlos declarou ao Tribunal Superior Eleitoral que possuía R$ 20 mil em dinheiro, guardado em casa.

A quebra dos sigilos de Carlos Bolsonaro também foram baseados, segundo o MP, em um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), sobre duas operações financeiras suspeitas “envolvendo o vereador”, entre elas, uma de R$ 1,7 milhão, feita pela mãe dele, Rogéria Nantes Bolsonaro, entre 2007 e 2019.

Os advogados do vereador, entretanto, informaram que a compra do apartamento já foi objeto de análise pelo MP, com processo arquivado em 2005, após constatação de compatibilidade de rendimentos para a realização do negócio à época”. Sobre os valores pagos em 2009, à Bolsa de Valores, a defesa esclarece que trata-se de pagamento totalmente compatível com sua renda, tratando-se de uma despesa pessoal e, mesma explicação dada sobre o valor declarado ao TSE, em 2020.

Devem estar surpresos os leitores ao constatar que na notícia acima, apesar do estardalhaço que já vem sendo feito pela velha mídia, “não leram nada a respeito de dólares na cueca, milhões de reais em malas de apartamentos na Bahia ou bilhões desviados de estatais ou enviados para republiquetas comunistas”,

Entretanto, o certo é que toda e qualquer corrupção deve ser combatida, revelada e punida, de acordo com a lei. Seja um centavo ou um bilhão. E nesta regra se enquadram também as rachadinhas, ainda que algumas delas constem até como obrigatórias – a título de colaboração voluntária! – no estatuto de um certo partido político.

Considerando, então, que os Ministérios Públicos iniciem, imediatamente, uma operação conjunta contra a rachadinha em todo país, é melhor que o TSE e os TREs “se mexam” imediatamente, pois será preciso organizar uma “grande eleição geral de emergencia para ocupar as cadeiras vazias, incluindo também os municípios”, pois não vai sobrar quase ninguém pra contar a história!

Por outro lado, eis a manifestação de Carlos Bolsonaro:

“Na falta de fatos novos, requentam os velhos que obviamente não chegaram a lugar nenhum e trocam a embalagem para empurrar adiante a narrativa. Aos perdedores, frustrados por não ser o que sempre foram, restou apenas manipular e mentir. É o que mais acusam e o que mais fazem!”

Confira a matéria no Jornal da Cidade

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