A prisão do presidente do PTB, Roberto Jefferson, por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) aconteceu mesmo com a Procuradoria-geral da República (PGR) tendo se manifestado contra o pedido. O ministro do STF pediu uma resposta do Ministério Público Federal sobre a ação, o que aconteceu na noite de segunda-feira (12), depois do órgão ser informado sobre a expedição do mandado de prisão contra o ex-deputado e horas antes da ação da Polícia Federal. A defesa do ex-parlamentar diz que a prisão foi arbitrária e que vai pedir a domiciliar.
Em nota encaminhada pelo próprio gabinete, o ministro Alexandre de Moraes afirma que o pedido da Polícia Federal (PF) para a prisão preventiva de Roberto Jefferson chegou no dia 5 de agosto. No mesmo dia, o requerimento foi encaminhado à PGR com um prazo de 24 horas para a manifestação do órgão, o que não ocorreu. “Até a decisão que decretou a prisão preventiva de Roberto Jefferson e determinou a realização da busca e apreensão, na data de ontem, 12 de agosto de 2021, não havia qualquer manifestação da Procuradoria-Geral da República a esse respeito, embora vencido o prazo”, diz o comunicado.
Já PGR negou que deixou de se manifestar disse que opinou contrariamente à prisão porque Jefferson não tem foro privilegiado para ser investigado pelo STF e porque a medida representa uma violação à liberdade de expressão.
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