- Dentro em breve André Mendonça deixará a chefia da Advocacia-Geral da União (AGU) para tomar posse como ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Três candidatos disputam sua vaga. Tércio Tokano tem a preferência de Mendonça. É o número 2 na AGU e ocupou a mesma posição quando seu chefe foi ministro da Justiça. Sérgio Tapety, consultor jurídico junto ao Ministério do Meio Ambiente, conta com o apoio da base aliada do governo, mas não é o preferido de seus colegas de trabalho. Corre por fora, Izabel Vinchon, que atualmente exerce a função de secretária-geral de contencioso. Como o Centrão é quem está dando as cartas no Poder Executivo, é bem provável que Tapety seja o vencedor da corrida.
- Diante da forte reação negativa da sociedade ao desmesurado aumento do fundo eleitoral, Bolsonaro anunciou que vai vetar o reajuste. Resta saber qual será a resposta do Congresso Nacional, já que se trata de imbróglio criado com ampla participação dos parlamentares integrantes da base governista. Melhor mesmo seria extinguir esse maldito fundo ou pelo menos impor limites para coibir os abusos. Mas, para que isso seja viável, muita coisa precisa ser feita antes em termos de mudança na legislação eleitoral. A adoção do voto distrital misto já seria um bom começo.
- Bolsonaro anunciou que reconduzirá Augusto Aras à chefia da Procuradoria-Geral do Ministério Público. Vários senadores da oposição se manifestaram contrários à medida, sob a alegação que Aras atua apenas em favor do presidente. Já os parlamentares governistas aprovaram a recondução, afirmando que ele tem feito um bom trabalho no comando da PGR. Penso que o ideal seria que a escolha recaísse sempre dentre aqueles que integram a lista tríplice, eleitos pelos seus pares, de modo a conferir a necessária autonomia ao ocupante desse importante cargo.
- O jovem sociólogo e deputado distrital Leandro Grass (Rede/DF) tem se revelado um político hábil e muito atuante, com firmes posicionamentos sobre temas relacionados com educação, saúde e outros projetos de interesse dos brasilienses. Está honrando os compromissos assumidos quando de sua campanha. Conheci pessoalmente o parlamentar distribuindo santinho para feirantes e frequentadores da CEASA-DF, ocasião em que lhe falei que minha esposa e eu iríamos votar nele por indicação do meu filho Marcelo Coutinho, que foi contemporâneo dele no Colégio Marista. Grass segue os passos do ilustre senador Reguffe (Podemos/DF), particularmente no tocante à austeridade nos gastos públicos e ao combate à corrupção. O Brasil precisa de mais políticos com os atributos que ambos são detentores.
Nosso foco é o Brasil
Brasília, 26 de julho de 2021. José Leite Coutinho
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