Entenda por que o auxílio emergencial 2021 deve ser prorrogado

Concebido inicialmente em quatro parcelas, o auxílio emergencial 2021 tende a ser prorrogado. Não está claro ainda quantos pagamentos extras devem ocorrer, mas já se observa a formatação de uma atmosfera política favorável à extensão dos benefícios.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, disse, nesta semana, ser provável o pagamento por mais dois meses. Pacheco afirmou que esta possibilidade existe enquanto não for criado um novo programa social que substitua o Bolsa Família.

POR QUE O AUXÍLIO EMERGENCIAL DEVE SER PRORROGADO

PRESSÃO POLÍTICA

Já há no Congresso o aumento na temperatura das cobranças para alongar as parcelas do benefício emergencial. A oposição, aliás, defendia valores mais robustos do auxílio, algo que se aproximasse do montante pago em 2020, quando as transferências variaram de R$ 600 a R$ 1.200.

O valor de 2021 é reconhecidamente baixo, portanto, garantir mais parcelas já está nas margens de cálculo do Governo Federal.

GANHO NA IMAGEM DO PRESIDENTE

O auxílio emergencial foi um importante fator de impulsionamento de popularidade do presidente Jair Bolsonaro no ano passado.

Diante do aumento da reprovação à gestão federal e da antecipação do clima eleitoral, que promete ser de extremo acirramento e polarização, o Planalto pode se beneficiar de uma eventual ampliação no calendário de pagamentos do benefício e fomentar agenda positiva em meio à miríade de crises.

PREOCUPAÇÃO COM A PANDEMIA

O ritmo lento da vacinação e o surgimento de novas cepas do coronavirus impõem ao Brasil um estado constante de alerta sobre a pandemia. Por mais que os dados de óbitos e internações estejam em queda, mais de 2 mil pessoas ainda morrem diariamente no País, um quantitativo chocante.Diante disto e da possibilidade de uma terceira onda, é mais prudente assegurar a prorrogação do auxílio emergencial e não incorrer novamente no erro do ano passado, quando Governo Federal e Congresso deixaram ocorrer um hiato nos pagamentos ao fim de dezembro.

ESTÍMULO À ECONOMIA

Ainda sob efeito das restrições necessárias para coibir o vírus de se alastrar, a economia segue carente de estímulos. O auxílio é um dispositivo de crucial importância para garantir a subsistência de profissionais vulneráveis, principalmente os autônomos, que constituem uma massa trabalhadora gigantesca.

Embora os valores sejam módicos, se o Governo, como já deu sinais, não pretende bancar parcelas maiores, compete pelo menos assegurar estes pagamentos por mais tempo.

Além de reduzir a pobreza extrema, o benefício estimula o consumo e isto retorna parcialmente para os cofres públicos em forma de arrecadação.

COMO SERIAM OS NOVOS PAGAMENTOS?

A julgar pelo histórico recente, o provável é que haja apenas um aumento no número de parcelas. Os beneficiários deverão ser os que já fazem parte do programa hoje.

Considerando que o calendário atual de pagamentos encerra-se em setembro para os nascidos em dezembro, caso a MP de prorrogação do auxílio seja assinada, a Caixa deve fazer uma atualização no cronograma de pagamentos, o qual pode ser alongado até o fim do ano, a depender do número adicional de parcelas.

CONFIRA CALENDÁRIO COMPLETO DO AUXÍLIO EMERGENCIAL

NASCIDOS EM JANEIRO

1ª parcela – 6/4
Saque – 4/5

2ª parcela – 16/5
Saque – 31/5

3ª parcela – 20/6
Saque – 13/7

4ª parcela – 23/7
Saque – 13/8

NASCIDOS EM FEVEREIRO

1ª parcela – 9/4
Saque – 6/5

2ª parcela – 18/5
Saque – 1/6

3ª parcela – 23/6
Saque – 15/7

4ª parcela – 25/7
Saque – 17/8

NASCIDOS EM MARÇO

1ª parcela – 11/4
Saque – 10/5

2ª parcela – 19/5
Saque – 2/6

3ª parcela – 25/6
Saque – 16/7

4ª parcela – 28/7
Saque – 19/8

NASCIDOS EM ABRIL

1ª parcela – 13/4
Saque – 12/5

2ª parcela – 20/5
Saque – 4/6

3ª parcela – 27/6
Saque – 20/7

4ª parcela – 1/8
Saque – 23/8

NASCIDOS EM MAIO

1ª parcela – 15/4
Saque – 14/5

2ª parcela – 21/5
Saque – 8/6

3ª parcela – 30/6
Saque – 22/7

4ª parcela – 3/8
Saque – 25/8

NASCIDOS EM JUNHO

1ª parcela – 18/4
Saque – 18/5

2ª parcela – 22/5
Saque – 9/6

3ª parcela – 4/7
Saque – 27/7

4ª parcela – 5/8
Saque – 27/8

NASCIDOS EM JULHO

1ª parcela – 20/4
Saque – 20/5

2ª parcela – 23/5
Saque – 10/6

3ª parcela – 6/7
Saque – 29/7

4ª parcela – 8/8
Saque – 30/8

NASCIDOS EM AGOSTO

1ª parcela – 22/4
Saque – 21/5

2ª parcela – 25/5
Saque – 11/6

3ª parcela – 9/7
Saque – 30/7

4ª parcela – 11/8
Saque – 1/9

NASCIDOS EM SETEMBRO

1ª parcela – 25/4
Saque – 25/5

2ª parcela – 26/5
Saque – 14/6

3ª parcela – 11/7
Saque – 4/8

4ª parcela – 15/8
Saque – 3/9

NASCIDOS EM OUTUBRO

1ª parcela – 27/4
Saque – 27/5

2ª parcela – 27/5
Saque – 15/6

3ª parcela – 14/7
Saque – 6/8

4ª parcela – 18/8
Saque – 6/9

NASCIDOS EM NOVEMBRO

1ª parcela – 29/4
Saque – 1/6

2ª parcela – 28/5
Saque – 16/6

3ª parcela – 18/7
Saque – 10/8

4ª parcela – 20/8
Saque – 9/9

NASCIDOS EM DEZEMBRO

1ª parcela – 30/4
Saque – 4/6

2ª parcela – 30/5
Saque – 17/6

3ª parcela – 21/7
Saque – 12/8

4ª parcela – 22/8
Saque – 10/9VICTOR XIMENES

Confira a matéria no Diário do Nordeste

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