O Partido Comunista Chinês e as Big Techs estão preparando a escravidão do futuro

Victim's chain, slavery, cruelty, violence, domestic violence, labor slavery, luxury of freedom

A escravidão é uma excrescência. É uma violação abjeta da dignidade humana. Não surpreende, pois, que os cristãos estivessem na linha de frente da luta contra a escravidão. O fim da escravidão na Europa teve a ver com a ascensão da cristandade e o fim do tráfico negreiro foi obra de abolicionistas cristãos.

A força por trás do tráfico negreiro não era o supremacismo racial branco, como dizem os racialistas, e sim o orgulho e a ambição humanas, que não levavam em conta a cor da pele, ajudadas e impulsionadas pelo “progresso” tecnológico. Tribos negras escravizavam outras tribos e as vendiam a traficantes brancos. Tamanha imoralidade se sobrepunha à dignidade humana e é uma mancha na história. “Gerações esmagaram, esmagaram, esmagaram”, lamenta o poeta e padre jesuíta Gerard Manley Hopkins:

E tudo isso está marcado pelo tráfico, marcado pelo sofrimento;
E traz em si a marca humana, exalando o cheiro do homem…

Graças aos cristãos abolicionistas, hoje é ilegal comprar e vender pessoas. Esse intervencionismo cristão foi revolucionário ao incutir princípios cristãos à vida econômica. Isso precisa ser enfatizado. A retirada dos escravos do mercado foi revolucionária; foi uma restrição às forças do livre mercado em nome da liberdade humana. A escravidão, nesse sentido, é coisa do passado, por causa do poder da cristandade.

O problema é que a escravidão surge disfarçada.

Se a escravidão é definida como uma pessoa detendo a propriedade sobre outra, pode-se dizer que ela foi abolida. Se, contudo, definirmos “escravidão” como falta de liberdade, é evidente que vivemos numa época de escravidão cada vez mais intensa.

Vivemos numa era na qual os direitos à consciência individual, família e até o direito à vida foram perdidos ou tirados. Vivemos numa era na qual o governo cresce cada vez mais e se distancia das pessoas, uma era na qual os governos locais são enfraquecidos, enquanto os governos nacional e internacional ganham força. Vivemos numa era em que o processo democrático está sendo controlado por plutocratas sem voto. Os super ricos usam seu poder nas empresas de tecnologia, imprensa e mercado financeiro para manipular o mercado de ideias, assim como o mercado de bens e serviços. Vivemos numa era na qual empresas usam seu poder financeiro para pilhar os recursos naturais da África, passando por cima dos nativos que eles consideram primitivos por não praticarem os princípios estéreis da cultura da morte.

Impotentes diante do imperialismo plutocrata e tecnológico, os africanos são explorados hoje da mesma forma que foram explorados pelos plutocratas do passado. Eles não são propriedade de ninguém, mas tampouco são proprietários do que possuem. Essa é a escravidão de hoje — e, sendo sincero, ela não parece nada melhor do que a escravidão de ontem.

E ainda há a escravidão do futuro.

Não há dúvida de que as grandes empresas, ajudadas e impulsionadas pela tecnologia, estão pressionando a humanidade e eliminando as diferenças entre poder econômico e político. Entre os aliados delas estão o Partido Comunista Chinês, que tem as mãos sujas com o sangue de dezenas de milhões de civis, e a elite “progressista” dos Estados Unidos e União Europeia.

Esses parceiros estranhos trabalharão juntos para garantir que o chamado Grande Reset promova uma interação global maior. A economia e política mundiais serão controladas por elites que não foram democraticamente eleitas e que escapam ao controle de qualquer governo. Essas elites respondem apenas a seus próprios interesses, que tentam satisfazer à custa da liberdade política e econômica dos povos cada vez mais impotentes. Será que essa não é a nova geração de senhores de escravos, imensamente mais poderosos do que os senhores de escravos do passado?

E qual a posição dos socialistas e anarquistas diante da escravidão do hoje e do amanhã? Uma das grandes ironias da história, nós os vemos ao lado dos senhores de escravo. Eles não se opõem ao globalismo que promove a livre movimentação de capital e pessoas. Ao contrário, eles se opõem a todos os esforços antiglobalistas para proteger economias locais por meio de restrições comerciais e migratórias. Eles não se opõem à aliança danosa entre empresas e o Partido Comunista Chinês. Ao contrário, eles travam guerra contra as forças do localismo e nacionalismo. Eles tentam cancelar a matemática e a música clássica por serem “sistematicamente racistas”, mas silenciam diante do racismo sistêmico praticado por empresas na África.

Considerando que os socialistas e anarquistas são como cruzados do globalismo, entendemos melhor o suposto apoio dos socialistas e anarquistas aos pobres e desesperados. Com “amigos” assim, os trabalhadores do mundo estão sendo entregues aos senhores de escravos do futuro. Precisamos ter isso em mente quando esses socialistas e anarquistas, obcecados pela escravidão do passado, nos convencem a aceitarmos a escravidão do presente e, pior, a escravidão do futuro.

Joseph Pearce é escritor e colaborador do Imaginative Conservative.

© 2021 Veículo. Publicado com permissão. Original em inglês

Confira a matéria na Gazeta do Povo

Be the first to comment on "O Partido Comunista Chinês e as Big Techs estão preparando a escravidão do futuro"

Leave a comment

Your email address will not be published.


*