No próximo dia 8 de maio, quarta-feira, completam-se 74 anos da rendição incondicional do Nazismo, terminando assim a Segunda Guerra na Europa. Em agosto depois das bombas atômicas em Hiroshima e Nagasaki houve a rendição também incondicional do Japão. Estava destruído o eixo Alemanha, Itália e Japão.
A história da Segunda Guerra Mundial ainda não se esgotou, como sustenta o pesquisador Daniel Mata Roque em seu livro “A Cobra Vai Filmar”. Apesar de sua juventude, o autor é membro da diretoria da Associação dos Veteranos da FEB. O título “A Cobra Vai Filmar” parte de homofonia com “A cobra vai fumar”, expressão símbolo da Força Expedicionária Brasileira.
DIFICULDADE – O título de Daniel Mata Roque relata inclusive a dificuldade de se reunir a filmografia sobre a jornada heróica brasileira nos campos da Itália, principalmente nas tomadas de Monte Castelo e Montesi, onde resistiam núcleos alemães no final da batalha na Europa.
Mesmo assim, em seu livro o jovem autor, neto de Olimpío da Mata, meu amigo e contemporâneo, refere-se ao material encontrado sobre a participação brasileira no cenário internacional.
Mas me referi a rendição incondicional da Alemanha Nazista e a velocidade da informação, no fundo um processo na verdade impossível de conter. Nos momentos críticos dos países e da humanidade, as informações estratégicas terminam sempre vazando.
BBC DE LONDRES – De volta a 1945, no dia 22 de abril, a BBC de Londres, que tinha Antonio Callado como editor para a América Latina, anunciou a morte de Hitler. As agências alemães rebateram a versão e disseram que Hitler estava combatendo nas linhas da frente ocidental. Muito bem. A guerra terminou em 8 de maio de 45, e de 22 de abril a 8 de maio não há nenhum registro ou ato assinado pelo nazista no seu país em meio às ruínas da Guerra.
O que me leva a crer que a 22 de abril Hitler tenha dado fim à sua diabólica presença no mundo. A informação assim rompeu mais uma barreira entre o que aconteceu de fato e a versão divulgada pelos derrotados. Na madrugada de 8 de maio, a UPI divulgava pelo telégrafo que” exatamente às 2 horas e 41 minutos da madrugada, o Almirante Doenitz assinou a rendição incondicional do nazismo”.
MÁQUINA DE GUERRA – Com base na diferença de horário, a rendição foi assinada em torno das 10 horas da noite em nosso país. Esse episódio pôs fim à maior máquina de guerra que se encontra na História Universal. Morreram 50 milhões de pessoas, das quais 20% de russos. Mas esta é uma outra história.
O livro “A Cobra Vai Filmar” consagra o autor como um dos mais jovens pesquisadores que se debruçam sobre a história moderna brasileira. Voltarei ao assunto nos próximos dias.
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