Um desembargador do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul derrubou liminar concedida a pedido da procuradoria do governador gaúcho Eduardo Leite (PSDB) e que suspendia o sistema de cogestão nas medidas de isolamento social motivadas pelo coronavírus. Ou seja, as prefeituras ficam autorizadas a flexibilizar medidas determinadas pelo governador.
Alguns prefeitos já definiram a partir de segunda-feira (22) a reabertura de bares, restaurantes e lojas. A medida anterior atenta contra a federação, contra a União; tirava a autonomia dos poderes como tem reclamado o prefeito de Aparecida do Norte, por exemplo. O prefeito naquele caso ficava de mãos atadas.
No ano passado, o prefeito da minha cidade natal vivia me ligando; lamentava que o comércio vai cobrar é do prefeito os impactos com o fechamento, não cobra do governador que está longe.
No meio do caminho, o Alexandre de Moraes
Outra decisão é sobre a Ferrogrão. O projeto parte de Lucas do Rio Verde (MT), no centrão produtor brasileiro, passando por Sorriso (MT), a maior produtora do mundo de soja e por Sinop (MT). A malha, então, vai até Itaituba (PA) e de lá para Belém (PA) onde pega um navio e já vai para o Canal do Panamá e depois, China. Do contrário, as cargas no centro-oeste tem que ir até o sudeste, para o Porto de Santos, e de lá fazer o caminho de volta, uma maluquice total.
Essa ferrovia vai resolver questões importantes para as exportações brasileiras. Só que tinha o Alexandre de Moraes no caminho.
Uma medida provisória de dezembro de 2016 alterou os limites do Parque Nacional de Jamanxim para poder passar a ferrovia e a BR-163 também. A MP foi convertida em lei pelo Congresso Nacional em 2017, mas agora o PSOL, com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade, encaminhou a questão para Supremo Tribunal Federal e o ministro suspendeu sozinho a lei.
O partido argumentou danos ao meio ambiente. Para Alexandre de Moraes, a situação não deveria ser tratada por meio de Medida Provisória.
Isso é uma questão de estratégia nacional, de interesse nacional, de segurança nacional, de economia nacional. Uma ferrovia absolutamente necessária. A gente vê aí as interferências do Judiciário – infelizmente nocivas para os verdadeiros interesses do país. Parece que estão em outro mundo.
Aniversariante Bolsonaro
Eu estou há 45 anos em Brasília e nunca vi uma manifestação como a de domingo (21), lembrando o aniversário de 66 anos do presidente Jair Bolsonaro. Interessante que tentaram impedir que ele fosse presidente com a facada do Adélio e ela agora é substituída por facadas todos os dias de Gramsci, pela mídia militante.
Mas o povo não está dando a mínima para ela, que está cada vez mais distante do povo. E o povo foi para lá.
Nessas últimas décadas, o povo que faz manifestação recebe ônibus com verba pública, recebe a quentinha do governador, recebe tenda para acampar, tudo patrocinado. Essa não, ela foi espontânea.
Aos apoiadores o presidente falou novamente, que estão estendendo a corda, que as nossas liberdades estão em jogo e que ele vai lutar por essas liberdades. Aliás, é dever dele preservar a democracia, a Constituição, a lei e a ordem.
Preocupações com a vacina da AstraZeneca
Após países europeus suspenderem a aplicação do imunizante em decorrência do surgimento de trombose pulmonar e cerebral em algumas pessoas, a Agência europeia de Medicamentos disse na quinta (18) que a vacina da Oxford/AstraZeneca é segura e eficaz. É um alívio, afinal o Brasil comprou 220 milhões de doses dessa vacina.
Mas agora um grupo de pesquisadores da Universidade de Medicina de Greifswald, na Alemanha, disse ter identificado que a reação imunológica da pessoa pode provocar trombos, mas já se identificou tratamento para os efeitos colaterais. A Anvisa está atenta e vamos esperar bons resultados aqui.
Esperança nas pesquisas
Aliás, a Anvisa já recebeu representantes de um estudo de Manaus, ainda não publicado, que aplicou um teste em 590 pacientes de Covid-19 com um medicamento anti-andrógeno (usado normalmente no tratamento do câncer de próstata) com resultados promissores já na fase 2. É esperança.
Vamos vencer esse vírus com um ano de conhecimento, os médicos brasileiros e os prefeitos do Brasil que já estão se libertando de uma ditadura imposta, estão percebendo que a realidade é mais forte.
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