“Não espalhem cheiro de pólvora”, diz irmã de Kim Jong-un ao governo Biden

(FILES) In this file photo taken on March 2, 2019 Kim Yo Jong, sister of North Korea's leader Kim Jong Un, attends wreath laying ceremony at Ho Chi Minh Mausoleum in Hanoi. - North Korean leader Kim Jong Un's influential sister slammed the US and South Korea on March 15, state media reported, as the new US secretaries of state and defence began a visit to Tokyo and Seoul. The US and South began joint military exercises last week and Pyongyang's official Rodong Sinmun newspaper carried a statement from Kim Yo Jong offering "a word of advice to the new administration of the United States that is struggling to spread the smell of gunpowder on our land from across the ocean". (Photo by JORGE SILVA / POOL / AFP)

A influente irmã do líder norte-coreano Kim Jong-un, Kim Yo-jong, criticou os exercícios militares em andamento na Coreia do Sul e alertou o novo governo dos Estados Unidos sobre “não causar cheiro de pólvora” se quiser a paz, segundo o noticiário estatal. A informação foi divulgada pela agência sul-coreana de notícias Yonhap.

“Uma palavra de conselho para o novo governo dos Estados Unidos que está tentando espalhar o cheiro de pólvora em nossas terras através do oceano. Se quiserem dormir em paz nos próximos quatro anos, é melhor não causar um mau cheiro em seu primeiro passo”.

A declaração foi dada um dia antes da chegada do principal diplomata e chefe da Defesa dos EUA a Seul para suas primeiras conversas com seus colega sul-coreanos. Os EUA e a Coreia do Sul iniciaram exercícios militares conjuntos na semana passada.

A imprensa oficial norte-coreana publicou um comunicado de Kim Yo-jong com um “conselho à nova administração dos EUA”. “Se quiserem dormir bem nos próximos quatro anos, seria melhor que não façam nada que lhes faça perder o sono”, segundo a agência, citando o comunicado.

A Coreia do Norte até agora rejeitou os pedidos dos EUA para dialogar, segundo afirmou a Casa Branca nesta segunda-feira. As relações entre os dois países sofreram um resfriamento que começou sob o então presidente Donald Trump e se estendeu até a presidência de Joe Biden.

O líder Kim Jong-un teve três reuniões de cúpula de alto nível com Trump e trocou uma série de cartas com ele, mas o fechado país com armas nucleares encerrou as negociações e disse que não se envolveria mais, a menos que os EUA “abandonassem suas políticas hostis”.

Jogos de guerra

As tropas sul-coreanas e americanas começaram uma simulação militar conjunta de primavera (no hemisfério norte), que foi limitada a simulações de computador por causa do risco de coronavírus, ao mesmo tempo em que Washington busca uma maneira de se envolver em negociações com Pyongyang.

“Os treinos de guerra e a hostilidade nunca combinam com o diálogo e a cooperação”, disse Kim Yo-jong, que se tornou uma crítica de Seul na mídia estatal.

Ela zombou da Coreia do Sul por “recorrer a jogos de guerra encolhidos, agora que se encontram no atoleiro da crise política econômica e epidêmica”.

O envolvimento entre as duas Coreias melhorou em 2018, mas, segundo ela, isso “não ocorrerá facilmente de novo”. “A Coreia do Norte estará atenta para ver se haverá mais provocações”, disse.

A Coreia do Norte analisa a saída de um acordo militar entre as Coreias que visa reduzir as tensões ao longo de sua fronteira comum e se dissolve várias organizações que visam a cooperação com o Sul, disse ela.

Confira a matéria na Gazeta do Povo

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