Durante o encerramento de uma webconferência da Associação Nacional dos Membros do Ministério Público, o ministro Luís Roberto Barroso defendeu a Operação Lava Jato, exaltando as suas conquistas e alertando para a tentativa de sequestro da verdadeira narrativa.
“Claro que se tiver havido um excesso ou erro, ele tem que ser objeto de reflexão, mas é preciso não perder o foco. O problema não é ter havido um exagero aqui e ali, o problema é esta corrupção estrutural, sistêmica e institucionalizada que não começou com uma pessoa, um governo ou um partido. Veio num processo acumulativo que um dia transbordou”.
O ministro disse ainda que o que ocorre no Brasil hoje é uma ‘tentativa de sequestrar a narrativa como se isso (corrupção) não tivesse acontecido’.
E, em seu momento mais impactante, Barroso criticou a tentativa de uso das mensagens roubadas da Lava Jato:
“Nós vivemos um momento de recuo, nós vivemos um momento de exaltação das provas ilícitas e da legitimação da profissão de hacker. Mas a verdade é que, apesar dos retrocessos que nós vivemos neste momento e, parodiando uma frase famosa do Einstein, quando as pessoas adquirem uma nova ideia, o cérebro não volta ao seu tamanho original”.
Para o ministro, as acusações de excesso contra a Lava Jato não podem tirar o foco do combate à corrupção.
Uma pena que nem todos os ministros do STF pensem assim…
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