O presidente Jair Bolsonaro visitou nesta quarta-feira (24) o Acre, acompanhado, entre outros, do senador Márcio Bittar, que é o relator do Orçamento deste ano. Eles combinaram a abertura de créditos especiais para socorrer o estado. O Acre sofre os efeitos de uma enchente nunca antes vista na história.
Bolsonaro afirmou que pretende voltar ao estado no dia 18 de março para inaugurar uma ponte sobre o Rio Madeira, entre o Acre e Rondônia, que estava sendo construída desde 2014. A ponte vai servir para a BR-364, que vai ligar o Brasil ao Oceano Pacífico junto com outras rodovias federais.
Finalmente, mais uma obra que ficou inconclusa, que já estava sendo ironizada, o presidente vai entregar. Botou lá o ministro Tarciso de Freitas para fazer os acessos à ponte, terminou, e agora vão entregar.
Ex-presidentes da Câmara denunciados
Por falar em Rio Madeira, hoje, por causa da usina de Santo Antônio, a Procuradoria-Geral da República denunciou dois ex-presidentes da Câmara: o petista Arlindo Chinaglia e o emedebista Eduardo Cunha. Eles são acusadso de receber propina da Odebrecht por causa das obras da hidrelétrica lá no Rio Madeira. Foram enquadrados em lavagem de dinheiro e corrupção.
Pena “rigorosa” para desembargadora
Outro dia eu encontrei num restaurante, em Brasília, um juiz, ministro de tribunal superior, almoçando. E ele tentou se justificar, dizendo que fora injustiçado. Acusado de vender sentença, foi punido com aposentadoria. Estava lá gastando o dinheiro da aposentadoria num bom restaurante.
Conto isso porque o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) puniu com a pena máxima a desembargadora de Mato Grosso do Sul, Tânia de Freitas Borges, que tirou o filho da cadeia por conta própria, num evidente caso de abuso de poder.
O filho tinha sido preso com 130 quilos de maconha e 200 cartuchos de fuzil. E ela, como mãe, foi lá, tirou o rapaz da cadeia e botou numa clínica por conta própria. Ela então foi punida com a pena máxima pelo CNJ: aposentadoria com vencimento integral. Ora, na verdade, ela foi premiada. Não precisa mais trabalhar e vai continuar ganhando a mesma coisa.
Quem não ajuda não deve atrapalhar
Uma diretora da Eletrobras interpelou o presidente da República com uma carta enviada ao Ministério de Minas e Energia, perguntando se Bolsonaro confirma que disse que ia “botar o dedo” no setor elétrico. O presidente respondeu pegando a medida provisória que acelera a privatização da Eletrobras, e levando pessoalmente ao Congresso. Entregando para o presidente da Câmara e o presidente do Senado. Foi assim que ele respondeu.
É uma moda assim que a gente fica embasbacado, porque o presidente da República foi eleito para governar por quase 58 milhões de eleitores. E está cheio de gente dentro da estrutura estatal que acha que pode governar no lugar de presidente. Juiz de primeira instância, diretora da Eletrobras…
E quem está interferindo também é o pessoal do Supremo. Partidos pequenos que usam o STF para isso. É uma coisa incrível, mas o presidente está respeitando todos eles e agindo conforme determina a lei.
Eu vou repetir que democracia é liberdade, é obediência às leis. As instituições, com exceção do legislativo, não fazem leis. Quem recebeu os nossos votos para fazer isso são os deputados federais e os senadores porque todo poder emana do povo.
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