‘Quando um não quer, dois não brigam’, diz Mourão após ataques de Carlos Bolsonaro

Hamilton Mourão fala durante a Brazil Conference, na Universidade de Harvard. Foto: Reprodução/Brazil Conference.

O vice-presidente Hamilton Mourão pediu “calma” e buscou amenizar a situação gerada após as publicações do vereador Carlos Bolsonaro relacionadas a ele, e disse a jornalistas, no final da tarde desta terça-feira (23), que “todo mundo emite sua opinião”, e que “quando um não quer dois não brigam”.

“Eu sei de todas as angústias, as perguntas que vocês (jornalistas) querem fazer. É o seguinte: calma, todo mundo emite sua opinião, tal e coisa. Então, a minha mãe sempre dizia uma coisa, quando um não quer dois não brigam”, disse o vice, afirmando que essa é a sua “linha de ação”. “Vamos manter a calma”, completou.

O vice fez os comentários antes mesmo de a imprensa perguntá-lo sobre as recentes postagens do filho de Bolsonaro envolvendo Mourão.

Nesta terça-feira, Carlos reproduziu um vídeo em que o vice comenta a crise na Venezuela, apontando que a parcela da população contrária ao presidente Nicolás Maduro está desarmada. “Quando a única coisa que lhe resta é o último suspiro de vida, surgem estas pérolas que mostram muito mais do que palavras ao vento, mas algo que já acontece há muito. O quanto querer ser livre e independente parece ser a maior crueldade para alguns”, diz o vereador na postagem.
Questionado se o presidente Jair Bolsonaro deveria agir em relação ao filho como fez na segunda-feira (22), quando afirmou que as “recentes declarações” feitas pelo escritor Olavo de Carvalho, que fez ataques a militares, “não contribuem” para o “projeto de governo”, Mourão disse que o “presidente é o presidente”, e que ele “tem a forma dele de pensar”. “Aguarda, filho é filho”, disse o vice. Mourão disse que não teve oportunidade de conversar com Bolsonaro sobre o assunto.

Também nesta terça, o vereador carioca traduziu e expôs “o que parece ser”, diz, um convite para uma palestra do vice-presidente nos EUA em que Mourão é chamado de “voz da razão e moderação” no governo marcado por 100 dias de “paralisia política”. “Se não visse, não acreditaria que aceitou com tais termos”, afirma Carlos na postagem.

“Os primeiros 100 dias do governo Bolsonaro foram marcados por paralisia política, em grande parte devido às crises sucessivas geradas pelo próprio círculo interno do presidente, se não por ele mesmo”, lê-se na imagem compartilhada pelo filho de Bolsonaro, com versão traduzida por ele.

Confira matéria do Site Gazeta do Povo.

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