O Manhã de Notícias de terça-feira (16) recebeu o Comandante Robinson Farinazzo, do canal Arte da Guerra. Em uma extraordinária entrevista, repleta de conteúdo sobre história e estratégias de guerra, Farinazzo fez uma análise completa do cenário mundial.
“Estamos vivendo uma guerra, mas a gente não sabe bem qual é o objetivo, se são disputas para agregar países para um bloco comercial, ou se é imposição de uma agenda ideológica, ou um misto das duas coisas. Tivemos um começo de ano bastante tumultuado. Eu vinha avisando nas lives do canal Arte da Guerra que teríamos um ano tumultuado, eu não contava que haveria problemas em Myanmar. Tentam impor uma agenda para esses países, principalmente por meio das redes sociais e muitas vezes essa agenda vai de encontro à cultura local. Está dando errado, acho que isso não vai funcionar”, ressaltou o comandante.
Questionado sobre onde poderia começar uma nova guerra, ele foi pragmático:
“Analisando o cenário e o palco das Guerras Mundiais e Napoleônicas, a Europa deve ser o centro de um possível conflito mundial, caso ocorra”.
Com profundo conhecimento sobre a pauta, o Comandante Farinazzo também destacou que vivemos uma guerra invisível, que precede os conflitos armados, como se viu na invasão do Iraque em 2003, quando os Estados Unidos convenceram a opinião pública antes de partirem para a guerra propriamente dita.
Para o comandante, quem tem ameaçado o Brasil não é a China, e sim a França, os Estados Unidos, a Alemanha.
“A gente tem que ficar de olho o tempo todo. Parece que o governo de Joe Biden vai impor um tratado sobre gerenciamento da Amazônia ao Brasil. Essas bobagens que Macron fala sobre a Amazônia, a gente sabe que ele quer atingir o agronegócio, isso prejudica bastante nosso motor, que é o segmento agroindustrial”, explicou.
Farinazzo concorda com a ideia que o Brasil deve ter uma bomba atômica para se impor internacionalmente, e lembrou o ex-deputado Enéas Carneiro, que era defensor do projeto.
“Enéas foi um visionário. Um homem à frente de seu tempo, muito inteligente e que foi massacrado pela força que a mídia possuía em sua época e que hoje não tem mais. Ele estava certo ao defender a produção da bomba atômica pelo Brasil. A bomba tem poder de dissuasão, poder que a Ucrânia perdeu ao abdicar da bomba para a Rússia em 1991 e depois pagou caro ao perder a Criméia para os russos.”
O comandante comentou ainda uma declaração recente do ministro do STF, Edson Fachin, que afirmou que a pressão dos militares sobre o STF é intolerável e inaceitável.
“Eu respeito o STF, é uma instituição importante, mas o problema é que os ministros do STF falam sobre tudo. Outro dia teve um ministro que condenou a intervenção militar em Myanmar. O que o STF tem a ver com intervenção militar em Myanmar?!? Os ministros do STF opinam sobre tudo, do alfinete ao foguete!”, ressaltou.
A entrevista com o Comandante Farinazzo está simplesmente imperdível.
Confira:
Siga o canal Arte da Guerra:https://www.youtube.com/channel/UCNlCllCWYAtU7TzBNKwaMHw
Confira a matéria no Jornal da Cidade
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