Lucas Furtado enviou ofício pedindo um cálculo de supostos danos aos cofres públicos pela Lava Jato
O subprocurador-geral do Ministério Público Junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), Lucas Furtado, pediu que a corte de contas faça uma avaliação de prejuízos causados por “operações supostamente ilegais” realizadas por membros da Lava Jato de Curitiba em conjunto com o ex-juiz Sérgio Moro.
No documento enviado ao ministro Bruno Dantas, Furtado menciona as práticas de “revolving door” contra a Odebrecht e “lawfare” contra os investigados. Ambas as práticas têm sido exaustivamente divulgados baseados em entrevistas e notas dos advogados do ex-presidiário Lula com o intuito de pavimentar o caminho para a anulação de sentenças proferidas pelo então juiz Sérgio Moro, sem considerar que as condenações foram mantidas pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) e pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
O subprocurador também pede que o ministro Bruno Dantas intervenha junto ao ministro Ricardo Lewandowski (STF) para compartilhar as mensagens atribuídas a procuradores e Moro, além de “oficiar ao juízo da Recuperação Judicial da empresa Odebrecht S.A a fim de solicitar o compartilhamento da documentação relativa à escolha do administrador judicial e as análises que fundamentaram a definição do juízo pela empresa de consultoria Alvarez & Marsal, bem como os valores de remuneração que foram estabelecidos”.
Furtado sugeriu também a avaliação da conveniência de se suspender qualquer pagamento à empresa Alvarez & Marsal no âmbito da recuperação judicial da Odebrecht. Em novembro de 2020, a Alvarez & Marsal contratou o ex-juiz Sérgio Moro para ser diretor de investigações.
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