Ex-ministro é réu em ação aberta a partir de denúncia da força-tarefa por supostos repasses da Engevix e da UTC Engenharia por meio de contratos fictícios com assessoria de imprensa
O Ministério Público Federal (MPF) no Paraná pediu à Justiça na noite de segunda-feira, 8, a condenação do ex-ministro José Dirceu (Casa Civil – Governo Lula) por lavagem de dinheiro em um processo aberto na esteira da Operação Lava Jato. Na ação, ele é acusado de receber R$ 2,4 milhões em propinas das empreiteiras Engevix e UTC.
Nas alegações finais do processo, encaminhadas ao juiz Luiz Antônio Bonat, da 13ª Vara Federal de Curitiba, os procuradores também pediram a condenação do irmão do ex-ministro, Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, e do ex-diretor da Engevix, Gerson Almada, ambos réus no mesmo processo.
A denúncia foi aceita pelo então juiz Sérgio Moro em fevereiro de 2018, quando o petista já havia sido condenado por corrupção e lavagem de dinheiro em outros dois processos da operação. De acordo com a investigação do caso, Dirceu teria recebido os valores durante e depois do julgamento do Mensalão. As propinas teriam sido pagas em acertos de corrupção envolvendo contratos da Petrobras.
Além das condenações, os procuradores pediram o bloqueio de R$ 2,4 milhões dos réus, pagamento de multas e cumprimento de penas em regime inicial fechado.
O ex-ministro, que chegou a ser preso em mais de uma ocasião, deixou a prisão em novembro de 2019, após decisão do Supremo Tribunal Federal revogar a prisão após condenação em segunda instância.
COM A PALAVRA, O ADVOGADO ROBERTO PODVAL, QUE DEFENDE JOSE DIRCEU
A reportagem entrou em contato com o advogado Roberto Podval, que defende o ex-ministro, e aguarda resposta. Quando a denúncia foi recebida pela Justiça, em 2018, a defesa afirmou ver ‘desnecessidade’ da ação contra Dirceu.
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