Bolsonaro avalia nomear novo porta-voz, mas enfrenta dificuldades

Presidente respeitar o escolhido e considerá-lo aliado, mas é como achar agulha no palheiro

O presidente Jair Bolsonaro considera nomear um porta-voz. Dois anos depois, a área de comunicação do governo continua à deriva. O chefe do governo não tem assessor de imprensa que dê a cara e a publicidade é um desastre.

Em conversas reservadas, Bolsonaro admite o erro das entrevistas do Alvorada, desgastantes e até inúteis. Mas, para dar certo, o porta-voz deve ser alguém que Bolsonaro respeite e reconheça como aliado. Os poucos enquadrados nesse perfil têm recusado o convite. A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.

É possível convocar outra vez um diplomata para porta-voz, mas o governo precisa de um especialista nas relações com a imprensa.

Ao nomear o novo porta-voz, Bolsonaro precisa protegê-lo dos ciúmes da turma da finada Secom, que desestabilizou o ex-porta-voz Rêgo Barros.

Experiente chefe de comunicação do Exército, o general Rego Barros foi esvaziado, humilhado, ofendido. Hoje é um ácido crítico do governo.

Quando alguém de bom senso sugere o fim das “coletivas” no Alvorada, Bolsonaro descarta: “De política eu entendo, mexo nisso há 30 anos”.

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