“DISCURSO DE ÓDIO”: A TÁTICA DA ESQUERDA PARA CONFUNDIR PALAVRA COM AGRESSÃO

(Photo credit should read KEREM YUCEL/AFP/Getty Images)

Incitar a violência: eis a acusação que a esquerda faz o tempo todo sobre qualquer discurso conservador de que não gosta. Como tudo que vem da esquerda, isso também é seletivo, seguindo um duplo padrão hipócrita.

Quando um seguidor de Bernie Sanders, voluntário de sua campanha, abre fogo contra políticos republicanos, os democratas e a mídia esquecem de falar em retórica agressiva que pode incitar a violência. É um caso isolado de um maluco qualquer, ponto.

Mas se qualquer político de esquerda for hostilizado, isso é prova cabal de que a responsabilidade é das lideranças de direita, do próprio presidente, por adotar “discurso de ódio” e, com isso, “incitar a violência”. Indivíduos deixam de ter responsabilidade por seus atos, e toda a direita passa a ser culpada.

A coisa chegou a um grau tão absurdo que palavras são consideradas maior agressão do que a própria agressão física muitas vezes. Quando Michael Knowles, do Daily Wire, foi alvo de um ataque com um líquido desconhecido durante uma palestra numa universidade, a mídia tratou agredido e agressor como equivalentes: um “desentendimento”, uma “confusão”, pois Knowles “agride” com suas ideias conservadores, enquanto o rapaz do protesto “apenas reagiu”.

É essa mentalidade, que transforma toda “minoria” sempre em vítima e todo conservador sempre em algoz, que explica o tratamento obsequioso para com vândalos ou criminosos, gente do Black Lives Matter ou da Antifa, por exemplo.

Se o sujeito quebrar tudo, ameaçar com armas brancas, tacar fogo, ele está apenas reagindo, pois foi vítima de agressão antes. Qual? As palavras “ofensivas” dos conservadores, com seus “discursos de ódio”. Se todos que não são socialistas são fascistas, então é legítimo reagir sempre, mesmo com violência, pois a simples presença de um “fascista” é a maior agressão de todas.

Essa inversão tosca chegou ao ápice da canalhice com a congressista Ilhan Omar. Ela fez várias declarações antissemitas nos últimos meses, a ponto de seu próprio partido preparar uma resolução contra ela, que depois virou, por covardia, uma resolução contra o preconceito em geral.

Nesta semana, Omar se superou e, falando para muçulmanos radicais, descreveu o 11 de setembro como “uma coisa” que “alguns fizeram”. O maior atentado terrorista contra a América, praticado por adeptos do Islã radical!

A fala desastrosa teve enorme repercussão negativa, seus companheiros saíram em sua defesa, e eis que quem criticou o que a deputada disse foi acusado de… isso mesmo, agressão! Se você condena o que foi dito, você só pode ser um fascista agressor que tem preconceito contra uma mulher negra e muçulmana. Toda crítica é assim calada numa inversão abjeta.

Mas como Trump não dança conforme a música do politicamente correto, ele replicou um tweet que levou a esquerda ao desespero. O que tem no vídeo? Simples: a fala de Omar intercalada com imagens dos ataques de 11 de setembro, para lembrar o que foi “alguma coisa” feita “por alguns”.

Reparem: o presidente postou um vídeo em que a fala da própria Omar é reproduzida, ponto. Isso foi suficiente para uma grande celeuma na esquerda, com vários companheiros democratas acusando o presidente de “incitar a violência”. Como, exatamente? O que em sua mensagem incita a violência? Absolutamente nada!

O mesmo Trump foi chamado de “desumano” numa entrevista recente por Ilhan Omar, ao responder uma pergunta que o comparava a Obama. Chamar o presidente de “desumano” não tem problema e não é agressão, mas reproduzir o que a própria deputada disse, isso é inaceitável, uma terrível agressão, um discurso de ódio que incita a violência. Uma piada!

Mas é no que se transformou a esquerda: uma piada de muito mau gosto, e perigosa. Qualquer crítica ao esquerdismo, mesmo que expondo o que a própria esquerda disse, é tratada como “agressão”, enquanto toda agressão concreta vindo da esquerda é vista como uma reação legítima. Como não entender o sucesso político de Trump nesse ambiente?

Rodrigo Constantino – Confira matéria do Site Gazeta do Povo.

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