Logo após, supostamente, vender sentença, filho de desembargadora comprou Ford Ranger por R$ 145 mil

O advogado Arthur Barata, filho da desembargadora presa, Lígia Maria Ramos Cunha, do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), comprou veículo no valor de R$ 145 mil após, supostamente, vender sentença.

Pelo menos, é o que aponta uma investigação da Polícia Federal (PF), em âmbito da “Operação Faroeste”. O inquérito mostra que Arthur comprou a Ford Ranger, um dia após a mãe ter proferido sentença, que teria sido negociada por R$ 400 mil.

Os dois foram denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por esquema de venda de decisões judiciais no TJ baiano. A sentença da qual ele adquiriu o carro foi, inclusive, intermediada pelo advogado Júlio César Cavalcanti Ferreira, que assinou acordo de delação premiada com a “Operação” e revelou tudo.

De acordo com Ferreira, os 400 mil reais foram combinados da seguinte forma: 100 mil ficariam com ele mesmo e o restante foi entregue a Arthur Barata, em frente a uma concessionária da capital baiana, Salvador.

Com base nisso, a PF descobriu que o advogado adquiriu a caminhonete no dia seguinte, apenas 24 horas após a mãe conceder sentença favorável ao grupo criminoso que Ferreira representava.

A PGR acusa a desembargadora e dois filhos dela de organização criminosa e já solicitou ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) que ela seja afastada do cargo.

Se for condenada, Lígia Ramos terá que pagar multa de R$ 950 mil, mesmo valor que ela teria recebido com o preço da suposta venda de quatro processos judiciais.

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