Defesa do empresário buscava suspender a prisão preventiva decretada em maio; PGR foi contra e apontou que Peixoto foi responsável por ‘sangrar recursos da saúde pública’ e que a organização criminosa que ele supostamente liderava ainda ‘não foi abatida’
A Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) manteve preso o empresário Mário Peixoto, acusado de liderar suposta organização criminosa que desviou R$ 500 milhões da Saúde do Rio de Janeiro. Ele foi detido no âmbito da operação Favorito, que mirou a contratação da organização social Iabas – a investigação atingiu um dos esquemas que levaram ao afastamento do ex-governador do Rio Wilson Witzel (PSC).
A defesa de Peixoto buscava suspender a prisão preventiva, decretada em maio. A PGR foi contra, apontando que o empresário foi responsável por ‘sangrar recursos da saúde pública’ e que a organização criminosa que ele supostamente liderava ainda ‘não foi abatida’.
Eventual liberdade do investigado colocaria em risco a recuperação dos recursos desviados, bem como a instrução criminal com a possível ocultação e destruição de provas, conforme tentativas já demonstradas em interceptações telefônicas. Manter preso o homem que figura no centro dessa teia criminosa é algo que não condiz apenas com a ordem pública, mas também com a instrução criminal e com a preservação da prova e a recuperação dos ativos”, afirmou o subprocurador-geral Domingos Dresch.
O ministro Rogério Schietti Cruz concordou com a Procuradoria e afirmou que ainda há necessidade de manter a prisão preventiva, visto que Peixoto exerce influência perante a administração pública estadual e é suspeito de ter ocultado ativos no exterior por meio de offshores. “A manutenção da prisão é imprescindível para cessação da atividade criminosa”, firmou o Schietti, que foi acompanhado pelos ministros Nefi Cordeiro, Sebastião Reis Júnior e Laurita Vaz.
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